A partir do dia 4 de outubro, a Vermelho recebe a Ocupação JAMAC. O coletivo, que completa 20 anos de atividade, passa a ocupar a banca da Vermelho, onde exibirá e comercializará peças de dois projetos: Inventários e Aprender algo novo.
O JAMAC ficará em residência na banca, onde poderá receber o público e conversar sobre seus processos de longa duração.
O Jardim Miriam Arte Clube – JAMAC, fundado por Mônica Nador em 2004, parte da realização de oficinas de pintura mural em estêncil, promovendo também práticas de criação e reflexão coletivas. Ao longo de duas décadas, o JAMAC tem se dedica a integrar a arte ao cotidiano da comunidade, instrumentalizando o público a utilizar o estêncil como meio de expressão visual e, em muitos casos, como uma fonte de renda.
Esse conjunto de experiências é agora organizado em Inventários, um conjunto de reagrupamentos transversais dessas experiências, organizados por temas.
Inventários é uma investigação aberta do acervo de estampas produzidas ao longo de 20 anos de oficinas de estêncil do JAMAC. O trabalho organiza o acervo em coleções temáticas. Na Ocupação JAMAC o Inventário apresentado será Inventário: casa, que será exibido em um conjunto de caixas com estêncis onde a arquitetura é o tema principal.
Aprender Algo Novo é um projeto que nasce da colaboração entre o JAMAC, o Projeto Descartes e o grupo Colo de Vó/Instituto Nova União da Arte, que resulta em uma coleção de porcelanas e uma publicação que reúnem estampas e histórias compartilhadas durante encontros semanais por um grupo de artesãs de diferentes partes do Brasil.
Ao longo da Ocupação, novas práticas serão apresentadas.
Foto Vermelho
Aprender Algo Novo é um projeto que nasce da colaboração entre o JAMAC, o Projeto Descartes e o grupo Colo de Vó/Instituto Nova União da Arte, que resulta em uma coleção de porcelanas e uma publicação que reúnem estampas e histórias compartilhadas durante encontros semanais por um grupo de artesãs de diferentes partes do Brasil.
Os encontros fazem parte do Projeto Descartes, um ateliê dedicado ao reaproveitamento de resíduos de fábricas de porcelana. Em oficinas realizadas com o JAMAC, os desenhos criados são aplicados em xícaras, pratos e outros utensílios domésticos, transformando esses objetos em suportes para contar memórias e experiências das artesãs. Além dos resíduos de porcelana, resíduos de decalques também são aproveitados na elaboração das estampas.
O projeto Descartes, criado pela artista Natasha Barricelli em parceria com o Instituto Nova União da Arte (NUA) e o grupo Colo de Vó, surgiu em 2022 com o objetivo de reaproveitar resíduos de porcelana, promovendo oficinas de arte para comunidades vulneráveis. Nessas oficinas, o grupo Colo de Vó, formado por moradoras da comunidade do Jardim Pantanal, desempenha um papel central ao criar e compartilhar histórias por meio das porcelanas. O NUA, uma organização focada no desenvolvimento comunitário, oferece suporte e fomenta a inclusão social e econômica através de práticas educativas inovadoras.
Aprender Algo Novo é um projeto que nasce da colaboração entre o JAMAC, o Projeto Descartes e o grupo Colo de Vó/Instituto Nova União da Arte, que resulta em uma coleção de porcelanas e uma publicação que reúnem estampas e histórias compartilhadas durante encontros semanais por um grupo de artesãs de diferentes partes do Brasil.
Os encontros fazem parte do Projeto Descartes, um ateliê dedicado ao reaproveitamento de resíduos de fábricas de porcelana. Em oficinas realizadas com o JAMAC, os desenhos criados são aplicados em xícaras, pratos e outros utensílios domésticos, transformando esses objetos em suportes para contar memórias e experiências das artesãs. Além dos resíduos de porcelana, resíduos de decalques também são aproveitados na elaboração das estampas.
O projeto Descartes, criado pela artista Natasha Barricelli em parceria com o Instituto Nova União da Arte (NUA) e o grupo Colo de Vó, surgiu em 2022 com o objetivo de reaproveitar resíduos de porcelana, promovendo oficinas de arte para comunidades vulneráveis. Nessas oficinas, o grupo Colo de Vó, formado por moradoras da comunidade do Jardim Pantanal, desempenha um papel central ao criar e compartilhar histórias por meio das porcelanas. O NUA, uma organização focada no desenvolvimento comunitário, oferece suporte e fomenta a inclusão social e econômica através de práticas educativas inovadoras.
Foto Vermelho
Aprender Algo Novo é um projeto que nasce da colaboração entre o JAMAC, o Projeto Descartes e o grupo Colo de Vó/Instituto Nova União da Arte, que resulta em uma coleção de porcelanas e uma publicação que reúnem estampas e histórias compartilhadas durante encontros semanais por um grupo de artesãs de diferentes partes do Brasil.
Os encontros fazem parte do Projeto Descartes, um ateliê dedicado ao reaproveitamento de resíduos de fábricas de porcelana. Em oficinas realizadas com o JAMAC, os desenhos criados são aplicados em xícaras, pratos e outros utensílios domésticos, transformando esses objetos em suportes para contar memórias e experiências das artesãs. Além dos resíduos de porcelana, resíduos de decalques também são aproveitados na elaboração das estampas.
O projeto Descartes, criado pela artista Natasha Barricelli em parceria com o Instituto Nova União da Arte (NUA) e o grupo Colo de Vó, surgiu em 2022 com o objetivo de reaproveitar resíduos de porcelana, promovendo oficinas de arte para comunidades vulneráveis. Nessas oficinas, o grupo Colo de Vó, formado por moradoras da comunidade do Jardim Pantanal, desempenha um papel central ao criar e compartilhar histórias por meio das porcelanas. O NUA, uma organização focada no desenvolvimento comunitário, oferece suporte e fomenta a inclusão social e econômica através de práticas educativas inovadoras.
Aprender Algo Novo é um projeto que nasce da colaboração entre o JAMAC, o Projeto Descartes e o grupo Colo de Vó/Instituto Nova União da Arte, que resulta em uma coleção de porcelanas e uma publicação que reúnem estampas e histórias compartilhadas durante encontros semanais por um grupo de artesãs de diferentes partes do Brasil.
Os encontros fazem parte do Projeto Descartes, um ateliê dedicado ao reaproveitamento de resíduos de fábricas de porcelana. Em oficinas realizadas com o JAMAC, os desenhos criados são aplicados em xícaras, pratos e outros utensílios domésticos, transformando esses objetos em suportes para contar memórias e experiências das artesãs. Além dos resíduos de porcelana, resíduos de decalques também são aproveitados na elaboração das estampas.
O projeto Descartes, criado pela artista Natasha Barricelli em parceria com o Instituto Nova União da Arte (NUA) e o grupo Colo de Vó, surgiu em 2022 com o objetivo de reaproveitar resíduos de porcelana, promovendo oficinas de arte para comunidades vulneráveis. Nessas oficinas, o grupo Colo de Vó, formado por moradoras da comunidade do Jardim Pantanal, desempenha um papel central ao criar e compartilhar histórias por meio das porcelanas. O NUA, uma organização focada no desenvolvimento comunitário, oferece suporte e fomenta a inclusão social e econômica através de práticas educativas inovadoras.
Abertura da Ocupação JAMAC, na banca tijuana. No dia da inauguração, o projeto Inventários, foi exposto no cubo branco da galeria.
Foto Vermelho
papel color plus e tinta para serigrafia
Foto Vermelho
Inventários é uma investigação aberta do acervo de estampas produzidas ao longo de 20 anos de oficinas de estêncil do JAMAC. O trabalho organiza o acervo em coleções temáticas que refletem a sobrevivência e ressonância de imagens e debates ao longo dos anos: paisagens, autorretratos, grafismos, traquitanas, plantas, jogos, objetos de culto, entre outros. Na Ocupação JAMAC o Inventário apresentado será Inventário: casa, que será exibido em um conjunto de caixas com estêncis onde a arquitetura é o tema principal e um conjunto de panos de prato colecionáveis que remete às primeiras oficinas do JAMAC, que eram voltadas a capacitação de senhoras para produção e venda de panos como fonte de renda.
Inventários é uma investigação aberta do acervo de estampas produzidas ao longo de 20 anos de oficinas de estêncil do JAMAC. O trabalho organiza o acervo em coleções temáticas que refletem a sobrevivência e ressonância de imagens e debates ao longo dos anos: paisagens, autorretratos, grafismos, traquitanas, plantas, jogos, objetos de culto, entre outros. Na Ocupação JAMAC o Inventário apresentado será Inventário: casa, que será exibido em um conjunto de caixas com estêncis onde a arquitetura é o tema principal e um conjunto de panos de prato colecionáveis que remete às primeiras oficinas do JAMAC, que eram voltadas a capacitação de senhoras para produção e venda de panos como fonte de renda.
papel color plus e tinta para serigrafia
Foto Vermelho
Inventários é uma investigação aberta do acervo de estampas produzidas ao longo de 20 anos de oficinas de estêncil do JAMAC. O trabalho organiza o acervo em coleções temáticas que refletem a sobrevivência e ressonância de imagens e debates ao longo dos anos: paisagens, autorretratos, grafismos, traquitanas, plantas, jogos, objetos de culto, entre outros. Na Ocupação JAMAC o Inventário apresentado será Inventário: casa, que será exibido em um conjunto de caixas com estêncis onde a arquitetura é o tema principal e um conjunto de panos de prato colecionáveis que remete às primeiras oficinas do JAMAC, que eram voltadas a capacitação de senhoras para produção e venda de panos como fonte de renda.
Inventários é uma investigação aberta do acervo de estampas produzidas ao longo de 20 anos de oficinas de estêncil do JAMAC. O trabalho organiza o acervo em coleções temáticas que refletem a sobrevivência e ressonância de imagens e debates ao longo dos anos: paisagens, autorretratos, grafismos, traquitanas, plantas, jogos, objetos de culto, entre outros. Na Ocupação JAMAC o Inventário apresentado será Inventário: casa, que será exibido em um conjunto de caixas com estêncis onde a arquitetura é o tema principal e um conjunto de panos de prato colecionáveis que remete às primeiras oficinas do JAMAC, que eram voltadas a capacitação de senhoras para produção e venda de panos como fonte de renda.
papel color plus e tinta para serigrafia
Foto Vermelho
Inventários é uma investigação aberta do acervo de estampas produzidas ao longo de 20 anos de oficinas de estêncil do JAMAC. O trabalho organiza o acervo em coleções temáticas que refletem a sobrevivência e ressonância de imagens e debates ao longo dos anos: paisagens, autorretratos, grafismos, traquitanas, plantas, jogos, objetos de culto, entre outros. Na Ocupação JAMAC o Inventário apresentado será Inventário: casa, que será exibido em um conjunto de caixas com estêncis onde a arquitetura é o tema principal e um conjunto de panos de prato colecionáveis que remete às primeiras oficinas do JAMAC, que eram voltadas a capacitação de senhoras para produção e venda de panos como fonte de renda.
Inventários é uma investigação aberta do acervo de estampas produzidas ao longo de 20 anos de oficinas de estêncil do JAMAC. O trabalho organiza o acervo em coleções temáticas que refletem a sobrevivência e ressonância de imagens e debates ao longo dos anos: paisagens, autorretratos, grafismos, traquitanas, plantas, jogos, objetos de culto, entre outros. Na Ocupação JAMAC o Inventário apresentado será Inventário: casa, que será exibido em um conjunto de caixas com estêncis onde a arquitetura é o tema principal e um conjunto de panos de prato colecionáveis que remete às primeiras oficinas do JAMAC, que eram voltadas a capacitação de senhoras para produção e venda de panos como fonte de renda.
Serigrafia sobre tecido
Foto Vermelho
Em Inventário: Casa (pano de prato) a arquitetura emerge como o tema principal. O trabalho é formado por uma série de panos de prato colecionáveis, que remete às primeiras oficinas do JAMAC, focadas em capacitar senhoras para a produção e venda de panos como fonte de renda.
Em Inventário: Casa (pano de prato) a arquitetura emerge como o tema principal. O trabalho é formado por uma série de panos de prato colecionáveis, que remete às primeiras oficinas do JAMAC, focadas em capacitar senhoras para a produção e venda de panos como fonte de renda.
Serigrafia sobre tecido
Foto Vermelho
Em Inventário: Casa (pano de prato) a arquitetura emerge como o tema principal. O trabalho é formado por uma série de panos de prato colecionáveis, que remete às primeiras oficinas do JAMAC, focadas em capacitar senhoras para a produção e venda de panos como fonte de renda.
Em Inventário: Casa (pano de prato) a arquitetura emerge como o tema principal. O trabalho é formado por uma série de panos de prato colecionáveis, que remete às primeiras oficinas do JAMAC, focadas em capacitar senhoras para a produção e venda de panos como fonte de renda.
Serigrafia sobre tecido
Foto Vermelho
Em Inventário: Casa (pano de prato) a arquitetura emerge como o tema principal. O trabalho é formado por uma série de panos de prato colecionáveis, que remete às primeiras oficinas do JAMAC, focadas em capacitar senhoras para a produção e venda de panos como fonte de renda.
Em Inventário: Casa (pano de prato) a arquitetura emerge como o tema principal. O trabalho é formado por uma série de panos de prato colecionáveis, que remete às primeiras oficinas do JAMAC, focadas em capacitar senhoras para a produção e venda de panos como fonte de renda.
Foto Vermelho
JAMAC + Descartes + Colo de Vó
O projeto Descartes, idealizado pela artista Natasha Barricelli em parceria com o Instituto Nova União da Arte (NUA) e o grupo Colo de Vó, teve início em agosto de 2022. Este projeto nasceu da inquietação frente ao grande volume de material descartado durante a fabricação de peças de porcelana e, sobretudo, do desafio de significados às práticas de produção e consumo por meio da arte.
Com um foco especial em comunidades em situação de vulnerabilidade social, o projeto promove oficinas que combinam formação e experiência artística. Nessas oficinas, a criatividade é despertada através da transformação de peças de porcelana descartadas, e os participantes encontram um espaço de acolhida e escuta ativa, utilizando a arte como ferramenta de transformação social e geração de renda.
O grupo Colo de Vó, formado por moradoras da comunidade do Jardim Pantanal, Vila Nova União, e fundado pelo empreendedor social Hermes de Sousa, desempenha um papel central no DESCARTES, sendo responsável por muitas das criações e histórias que emergem desse processo de transformação.
JAMAC + Descartes + Colo de Vó
O projeto Descartes, idealizado pela artista Natasha Barricelli em parceria com o Instituto Nova União da Arte (NUA) e o grupo Colo de Vó, teve início em agosto de 2022. Este projeto nasceu da inquietação frente ao grande volume de material descartado durante a fabricação de peças de porcelana e, sobretudo, do desafio de significados às práticas de produção e consumo por meio da arte.
Com um foco especial em comunidades em situação de vulnerabilidade social, o projeto promove oficinas que combinam formação e experiência artística. Nessas oficinas, a criatividade é despertada através da transformação de peças de porcelana descartadas, e os participantes encontram um espaço de acolhida e escuta ativa, utilizando a arte como ferramenta de transformação social e geração de renda.
O grupo Colo de Vó, formado por moradoras da comunidade do Jardim Pantanal, Vila Nova União, e fundado pelo empreendedor social Hermes de Sousa, desempenha um papel central no DESCARTES, sendo responsável por muitas das criações e histórias que emergem desse processo de transformação.
06.DEZ
Foto Bruno O.
Lançamento do livro “Frango de Capinha da Dona Lourdes”, de Julia Cavazzini Cunha, como parte da programação da Ocupação JAMAC. O evento contou com uma conversa entre a autora e a artista e cozinheira Daniela Avelar sobre comida, memória, sistemas alimentares e práticas artísticas.
Durante o encontro, o público teve a oportunidade de compartilhar memórias e reflexões sobre a relação entre alimentação e afetos, enquanto apreciava uma sopa fria preparada por Julia.
“Frango de Capinha da Dona Lourdes” foi publicado pelo selo editorial Autoria Compartilhada, criado no ateliê gráfico do JAMAC. O selo tem como objetivo desenvolver publicações que contribuam na documentação e circulação da literatura e da produção artística desenvolvida na região de Cidade Ademar, Pedreira e Jabaquara e por iniciativas parceiras do projeto, integrando ação e reflexão crítica em processos comunitários e coletivos.
Lançamento do livro “Frango de Capinha da Dona Lourdes”, de Julia Cavazzini Cunha, como parte da programação da Ocupação JAMAC. O evento contou com uma conversa entre a autora e a artista e cozinheira Daniela Avelar sobre comida, memória, sistemas alimentares e práticas artísticas.
Durante o encontro, o público teve a oportunidade de compartilhar memórias e reflexões sobre a relação entre alimentação e afetos, enquanto apreciava uma sopa fria preparada por Julia.
“Frango de Capinha da Dona Lourdes” foi publicado pelo selo editorial Autoria Compartilhada, criado no ateliê gráfico do JAMAC. O selo tem como objetivo desenvolver publicações que contribuam na documentação e circulação da literatura e da produção artística desenvolvida na região de Cidade Ademar, Pedreira e Jabaquara e por iniciativas parceiras do projeto, integrando ação e reflexão crítica em processos comunitários e coletivos.
06.DEZ
Foto Bruno O.
Lançamento do livro “Frango de Capinha da Dona Lourdes”, de Julia Cavazzini Cunha, como parte da programação da Ocupação JAMAC. O evento contou com uma conversa entre a autora e a artista e cozinheira Daniela Avelar sobre comida, memória, sistemas alimentares e práticas artísticas.
Durante o encontro, o público teve a oportunidade de compartilhar memórias e reflexões sobre a relação entre alimentação e afetos, enquanto apreciava uma sopa fria preparada por Julia.
“Frango de Capinha da Dona Lourdes” foi publicado pelo selo editorial Autoria Compartilhada, criado no ateliê gráfico do JAMAC. O selo tem como objetivo desenvolver publicações que contribuam na documentação e circulação da literatura e da produção artística desenvolvida na região de Cidade Ademar, Pedreira e Jabaquara e por iniciativas parceiras do projeto, integrando ação e reflexão crítica em processos comunitários e coletivos.
Lançamento do livro “Frango de Capinha da Dona Lourdes”, de Julia Cavazzini Cunha, como parte da programação da Ocupação JAMAC. O evento contou com uma conversa entre a autora e a artista e cozinheira Daniela Avelar sobre comida, memória, sistemas alimentares e práticas artísticas.
Durante o encontro, o público teve a oportunidade de compartilhar memórias e reflexões sobre a relação entre alimentação e afetos, enquanto apreciava uma sopa fria preparada por Julia.
“Frango de Capinha da Dona Lourdes” foi publicado pelo selo editorial Autoria Compartilhada, criado no ateliê gráfico do JAMAC. O selo tem como objetivo desenvolver publicações que contribuam na documentação e circulação da literatura e da produção artística desenvolvida na região de Cidade Ademar, Pedreira e Jabaquara e por iniciativas parceiras do projeto, integrando ação e reflexão crítica em processos comunitários e coletivos.
primeiro encontro dia 20.03.2025
Foto Vermelho
Devora
O grupo de estudos investiga a relação entre arte contemporânea e culturas alimentares, unindo o sensorial ao conceitual e o individual ao coletivo. Através de práticas teóricas e experimentais, tem como objetivo compreender a comida como matéria, ferramenta e expressão artística. O grupo pretende abordar temas como sociedade, política, educação, economia, ecologia e saúde. Com encontros mensais às quintas, das 19h às 21h, a proposta visa expandir as discussões sobre a interseção entre arte e comida, explorando novas possibilidades criativas e sensoriais.
Devora
O grupo de estudos investiga a relação entre arte contemporânea e culturas alimentares, unindo o sensorial ao conceitual e o individual ao coletivo. Através de práticas teóricas e experimentais, tem como objetivo compreender a comida como matéria, ferramenta e expressão artística. O grupo pretende abordar temas como sociedade, política, educação, economia, ecologia e saúde. Com encontros mensais às quintas, das 19h às 21h, a proposta visa expandir as discussões sobre a interseção entre arte e comida, explorando novas possibilidades criativas e sensoriais.
segundo encontro 10.05.2025
Foto Vermelho
Devora
O grupo de estudos investiga a relação entre arte contemporânea e culturas alimentares, unindo o sensorial ao conceitual e o individual ao coletivo. Através de práticas teóricas e experimentais, tem como objetivo compreender a comida como matéria, ferramenta e expressão artística. O grupo pretende abordar temas como sociedade, política, educação, economia, ecologia e saúde. Com encontros mensais às quintas, das 19h às 21h, a proposta visa expandir as discussões sobre a interseção entre arte e comida, explorando novas possibilidades criativas e sensoriais.
Devora
O grupo de estudos investiga a relação entre arte contemporânea e culturas alimentares, unindo o sensorial ao conceitual e o individual ao coletivo. Através de práticas teóricas e experimentais, tem como objetivo compreender a comida como matéria, ferramenta e expressão artística. O grupo pretende abordar temas como sociedade, política, educação, economia, ecologia e saúde. Com encontros mensais às quintas, das 19h às 21h, a proposta visa expandir as discussões sobre a interseção entre arte e comida, explorando novas possibilidades criativas e sensoriais.
Leia o texto completo de Alexia Atala aqui
No dia 17 de outubro, das 19 às 22h, a Vermelho inaugura Mudança Elementar, a primeira individual de Ximena Garrido-Lecca na galeria.
Ximena Garrido-Lecca nasceu em Lima, em 1980, e vive e trabalha entre a Cidade do México e Lima.
Em sua prática, Garrido-Lecca emprega uma variedade de materiais e linguagens simbólicas que se concentram em destacar as tensões entre o conhecimento ancestral e as estruturas coloniais.
Usando referências históricas, ela traça ciclos de transformação cultural, social e econômica, além de relações de poder em torno das mudanças no uso de recursos naturais. Seu trabalho aborda as relações entre natureza e cultura, enquanto questiona as hierarquias tradicionais de conhecimento.
Sua obra está incluída em coleções de museus e instituições como Tate Modern (Londres), MALBA (Buenos Ares), Kadist (São Francisco), Perez Art Museum (Miam), Boros Collection (Berlim), Frac de Pays de la Loire (Nantes), Coppel Collection (Cidade do Méxco) e Saatchi Collecton (London).
Entre suas exposições individuais institucionais destacam-se a 34ª Bienal de São Paulo (2021); Proyecto AMIL, Lima (2019); MALBA, Buenos Aires (2017).
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Em Mudança Elementar, Ximena Garrido-Lecca examina algumas das questões e conceitos que tangem diferentes formas de adaptação da natureza, sua resiliência e a complexa relação entre sistemas de crenças e exploração de recursos naturais no contexto do colonialismo.
Suas obras articulam interações lúdicas entre mitologias ancestrais e tecnologias científicas, sugerindo diferentes caminhos para regeneração e simbiose (como mutualismo, comensalismo, parasitismo e competição) dentro da história e das dinâmicas sociopolíticas.
Garrido-Lecca imagina um futuro em que seria possível incorporar diversas formas de conhecimento ancestral, aprendendo com a natureza e reconfigurando as relações com base no respeito e na coexistência.
Garrido-Lecca afirma: “A natureza está em um processo de adaptação perpétua, e estamos apenas testemunhando uma pequena fração disso. Dentro de um contexto tão amplo, fica claro que as questões ecológicas contemporâneas não são preocupações isoladas: sejam urbanas ou rurais, artificiais ou naturais, elas estão intricadamente interligadas. Essa interconexão nos inspira a reconsiderar as complexas relações entre os seres vivos, as visões de mundo e os sistemas de conhecimento, e como eles afetam o fluxo adaptativo da natureza.”
Foto Filipe Berndt
Galhos de árvores, cobre reciclado, aço, receptor de rádio
Foto Vermelho
Um grupo de ninhos de pássaros migratórios da espécie oropendola crestada – ou Japu-preto – pendura-se de um galho de árvore morta. Os ninhos são feitos com fios de cobre e servem como antenas receptoras que capturam sinais próximos, criando um ruído branco no espaço. Os oropendola são nativos da América Central e do Sul e são conhecidos por seus ninhos de estruturas longas e pendulares feitas de fibras vegetais trançadas.
Uma equipe da Universidade de Oldenburg (Alemanha), averiguou que o ruído eletromagnético proveniente de antenas altera a orientação do compasso interno de pássaros migratórios, afetando sua mobilização. Assim, a obra joga com a ideia de uma relação simbiótica parasitária entre humanos e pássaros: uma antena-ninho que abriga e, ao mesmo tempo repele, influenciando negativamente o ciclo natural dos pássaros, e afetando sua capacidade de migrar e de se desenvolver livremente.
Um grupo de ninhos de pássaros migratórios da espécie oropendola crestada – ou Japu-preto – pendura-se de um galho de árvore morta. Os ninhos são feitos com fios de cobre e servem como antenas receptoras que capturam sinais próximos, criando um ruído branco no espaço. Os oropendola são nativos da América Central e do Sul e são conhecidos por seus ninhos de estruturas longas e pendulares feitas de fibras vegetais trançadas.
Uma equipe da Universidade de Oldenburg (Alemanha), averiguou que o ruído eletromagnético proveniente de antenas altera a orientação do compasso interno de pássaros migratórios, afetando sua mobilização. Assim, a obra joga com a ideia de uma relação simbiótica parasitária entre humanos e pássaros: uma antena-ninho que abriga e, ao mesmo tempo repele, influenciando negativamente o ciclo natural dos pássaros, e afetando sua capacidade de migrar e de se desenvolver livremente.
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
Lama, palha, aço inoxidável
Foto Vermelho
Cada peça da série “Disecciones” parece um fragmento preciso, cortado à máquina, de uma tecnologia antiga. São partes de um método de construção em desuso que utiliza o próprio terreno que sustentará a construção como material para sua composição. As peças parecem ter sido retiradas de um sítio histórico e são exibidas como artefatos de um museu antropológico.
Cada peça da série “Disecciones” parece um fragmento preciso, cortado à máquina, de uma tecnologia antiga. São partes de um método de construção em desuso que utiliza o próprio terreno que sustentará a construção como material para sua composição. As peças parecem ter sido retiradas de um sítio histórico e são exibidas como artefatos de um museu antropológico.
Foto Filipe Berndt
Pedras esculpidas, água, cortiça e ferro magnetizado
Foto Vermelho
Três pedras com receptáculos arredondados talhados, emulam espelhos usados para observações astrológicas nos tempos pré-hispânicos. As formas são preenchidas por água, onde repousam agulhas magnetizadas flutuantes, que funcionam como bússolas que apontam para o sul. Diz-se que os sábios pré-colombianos faziam as estrelas descer do céu refletindo-as em espelhos d’água.
A navegação, usa constelações e estrelas como referências há séculos. A invenção da bússola é um marco essencial na história da navegação e exploração. Inventada na China por volta do século II a.C., consistia em uma agulha magnetizada colocada em uma bandeja flutuante que permitia que ela girasse livremente, utilizando o magnetismo da Terra. Inicialmente, as bússolas apontavam para o sul, pois na tradição chinesa, o Norte era associado ao frio e à morte. Em oposição, o Sul era belo e abençoado, já que de lá vinham o calor e a vida. Quando foi introduzida na Europa no século XIII, a bússola passou a apontar para o norte.
Enquanto o céu era um lugar de contemplação filosófica nos tempos antigos, as mobilizações europeias iniciadas para a dominação de territórios usaram essa fonte de conhecimento como ferramentas para exercer poder político e conquista. A presença da bússola na instalação, apontando para o sul, torna-se um marcador de uma revalorização dos costumes e conhecimentos pré-coloniais e um sinal de resiliência em um mundo dominado pelo Ocidente.
Três pedras com receptáculos arredondados talhados, emulam espelhos usados para observações astrológicas nos tempos pré-hispânicos. As formas são preenchidas por água, onde repousam agulhas magnetizadas flutuantes, que funcionam como bússolas que apontam para o sul. Diz-se que os sábios pré-colombianos faziam as estrelas descer do céu refletindo-as em espelhos d’água.
A navegação, usa constelações e estrelas como referências há séculos. A invenção da bússola é um marco essencial na história da navegação e exploração. Inventada na China por volta do século II a.C., consistia em uma agulha magnetizada colocada em uma bandeja flutuante que permitia que ela girasse livremente, utilizando o magnetismo da Terra. Inicialmente, as bússolas apontavam para o sul, pois na tradição chinesa, o Norte era associado ao frio e à morte. Em oposição, o Sul era belo e abençoado, já que de lá vinham o calor e a vida. Quando foi introduzida na Europa no século XIII, a bússola passou a apontar para o norte.
Enquanto o céu era um lugar de contemplação filosófica nos tempos antigos, as mobilizações europeias iniciadas para a dominação de territórios usaram essa fonte de conhecimento como ferramentas para exercer poder político e conquista. A presença da bússola na instalação, apontando para o sul, torna-se um marcador de uma revalorização dos costumes e conhecimentos pré-coloniais e um sinal de resiliência em um mundo dominado pelo Ocidente.
Pedras esculpidas, água, cortiça e ferro magnetizado
Foto Vermelho
Três pedras com receptáculos arredondados talhados, emulam espelhos usados para observações astrológicas nos tempos pré-hispânicos. As formas são preenchidas por água, onde repousam agulhas magnetizadas flutuantes, que funcionam como bússolas que apontam para o sul. Diz-se que os sábios pré-colombianos faziam as estrelas descer do céu refletindo-as em espelhos d’água.
A navegação, usa constelações e estrelas como referências há séculos. A invenção da bússola é um marco essencial na história da navegação e exploração. Inventada na China por volta do século II a.C., consistia em uma agulha magnetizada colocada em uma bandeja flutuante que permitia que ela girasse livremente, utilizando o magnetismo da Terra. Inicialmente, as bússolas apontavam para o sul, pois na tradição chinesa, o Norte era associado ao frio e à morte. Em oposição, o Sul era belo e abençoado, já que de lá vinham o calor e a vida. Quando foi introduzida na Europa no século XIII, a bússola passou a apontar para o norte.
Enquanto o céu era um lugar de contemplação filosófica nos tempos antigos, as mobilizações europeias iniciadas para a dominação de territórios usaram essa fonte de conhecimento como ferramentas para exercer poder político e conquista. A presença da bússola na instalação, apontando para o sul, torna-se um marcador de uma revalorização dos costumes e conhecimentos pré-coloniais e um sinal de resiliência em um mundo dominado pelo Ocidente.
Três pedras com receptáculos arredondados talhados, emulam espelhos usados para observações astrológicas nos tempos pré-hispânicos. As formas são preenchidas por água, onde repousam agulhas magnetizadas flutuantes, que funcionam como bússolas que apontam para o sul. Diz-se que os sábios pré-colombianos faziam as estrelas descer do céu refletindo-as em espelhos d’água.
A navegação, usa constelações e estrelas como referências há séculos. A invenção da bússola é um marco essencial na história da navegação e exploração. Inventada na China por volta do século II a.C., consistia em uma agulha magnetizada colocada em uma bandeja flutuante que permitia que ela girasse livremente, utilizando o magnetismo da Terra. Inicialmente, as bússolas apontavam para o sul, pois na tradição chinesa, o Norte era associado ao frio e à morte. Em oposição, o Sul era belo e abençoado, já que de lá vinham o calor e a vida. Quando foi introduzida na Europa no século XIII, a bússola passou a apontar para o norte.
Enquanto o céu era um lugar de contemplação filosófica nos tempos antigos, as mobilizações europeias iniciadas para a dominação de territórios usaram essa fonte de conhecimento como ferramentas para exercer poder político e conquista. A presença da bússola na instalação, apontando para o sul, torna-se um marcador de uma revalorização dos costumes e conhecimentos pré-coloniais e um sinal de resiliência em um mundo dominado pelo Ocidente.
Pedras esculpidas, água, cortiça e ferro magnetizado
Foto Vermelho
Três pedras com receptáculos arredondados talhados, emulam espelhos usados para observações astrológicas nos tempos pré-hispânicos. As formas são preenchidas por água, onde repousam agulhas magnetizadas flutuantes, que funcionam como bússolas que apontam para o sul. Diz-se que os sábios pré-colombianos faziam as estrelas descer do céu refletindo-as em espelhos d’água.
A navegação, usa constelações e estrelas como referências há séculos. A invenção da bússola é um marco essencial na história da navegação e exploração. Inventada na China por volta do século II a.C., consistia em uma agulha magnetizada colocada em uma bandeja flutuante que permitia que ela girasse livremente, utilizando o magnetismo da Terra. Inicialmente, as bússolas apontavam para o sul, pois na tradição chinesa, o Norte era associado ao frio e à morte. Em oposição, o Sul era belo e abençoado, já que de lá vinham o calor e a vida. Quando foi introduzida na Europa no século XIII, a bússola passou a apontar para o norte.
Enquanto o céu era um lugar de contemplação filosófica nos tempos antigos, as mobilizações europeias iniciadas para a dominação de territórios usaram essa fonte de conhecimento como ferramentas para exercer poder político e conquista. A presença da bússola na instalação, apontando para o sul, torna-se um marcador de uma revalorização dos costumes e conhecimentos pré-coloniais e um sinal de resiliência em um mundo dominado pelo Ocidente.
Três pedras com receptáculos arredondados talhados, emulam espelhos usados para observações astrológicas nos tempos pré-hispânicos. As formas são preenchidas por água, onde repousam agulhas magnetizadas flutuantes, que funcionam como bússolas que apontam para o sul. Diz-se que os sábios pré-colombianos faziam as estrelas descer do céu refletindo-as em espelhos d’água.
A navegação, usa constelações e estrelas como referências há séculos. A invenção da bússola é um marco essencial na história da navegação e exploração. Inventada na China por volta do século II a.C., consistia em uma agulha magnetizada colocada em uma bandeja flutuante que permitia que ela girasse livremente, utilizando o magnetismo da Terra. Inicialmente, as bússolas apontavam para o sul, pois na tradição chinesa, o Norte era associado ao frio e à morte. Em oposição, o Sul era belo e abençoado, já que de lá vinham o calor e a vida. Quando foi introduzida na Europa no século XIII, a bússola passou a apontar para o norte.
Enquanto o céu era um lugar de contemplação filosófica nos tempos antigos, as mobilizações europeias iniciadas para a dominação de territórios usaram essa fonte de conhecimento como ferramentas para exercer poder político e conquista. A presença da bússola na instalação, apontando para o sul, torna-se um marcador de uma revalorização dos costumes e conhecimentos pré-coloniais e um sinal de resiliência em um mundo dominado pelo Ocidente.
Pedras esculpidas, água, cortiça e ferro magnetizado
Foto Vermelho
Três pedras com receptáculos arredondados talhados, emulam espelhos usados para observações astrológicas nos tempos pré-hispânicos. As formas são preenchidas por água, onde repousam agulhas magnetizadas flutuantes, que funcionam como bússolas que apontam para o sul. Diz-se que os sábios pré-colombianos faziam as estrelas descer do céu refletindo-as em espelhos d’água.
A navegação, usa constelações e estrelas como referências há séculos. A invenção da bússola é um marco essencial na história da navegação e exploração. Inventada na China por volta do século II a.C., consistia em uma agulha magnetizada colocada em uma bandeja flutuante que permitia que ela girasse livremente, utilizando o magnetismo da Terra. Inicialmente, as bússolas apontavam para o sul, pois na tradição chinesa, o Norte era associado ao frio e à morte. Em oposição, o Sul era belo e abençoado, já que de lá vinham o calor e a vida. Quando foi introduzida na Europa no século XIII, a bússola passou a apontar para o norte.
Enquanto o céu era um lugar de contemplação filosófica nos tempos antigos, as mobilizações europeias iniciadas para a dominação de territórios usaram essa fonte de conhecimento como ferramentas para exercer poder político e conquista. A presença da bússola na instalação, apontando para o sul, torna-se um marcador de uma revalorização dos costumes e conhecimentos pré-coloniais e um sinal de resiliência em um mundo dominado pelo Ocidente.
Três pedras com receptáculos arredondados talhados, emulam espelhos usados para observações astrológicas nos tempos pré-hispânicos. As formas são preenchidas por água, onde repousam agulhas magnetizadas flutuantes, que funcionam como bússolas que apontam para o sul. Diz-se que os sábios pré-colombianos faziam as estrelas descer do céu refletindo-as em espelhos d’água.
A navegação, usa constelações e estrelas como referências há séculos. A invenção da bússola é um marco essencial na história da navegação e exploração. Inventada na China por volta do século II a.C., consistia em uma agulha magnetizada colocada em uma bandeja flutuante que permitia que ela girasse livremente, utilizando o magnetismo da Terra. Inicialmente, as bússolas apontavam para o sul, pois na tradição chinesa, o Norte era associado ao frio e à morte. Em oposição, o Sul era belo e abençoado, já que de lá vinham o calor e a vida. Quando foi introduzida na Europa no século XIII, a bússola passou a apontar para o norte.
Enquanto o céu era um lugar de contemplação filosófica nos tempos antigos, as mobilizações europeias iniciadas para a dominação de territórios usaram essa fonte de conhecimento como ferramentas para exercer poder político e conquista. A presença da bússola na instalação, apontando para o sul, torna-se um marcador de uma revalorização dos costumes e conhecimentos pré-coloniais e um sinal de resiliência em um mundo dominado pelo Ocidente.
Foto Filipe Berndt
Troncos de árvores e vigas de aço
Foto Filipe Berndt
Diferentes partes de um tronco de árvore são suspensas e apoiadas em vigas de aço, como em estruturas usadas para exibir ruínas arquitetônicas arqueológicas e sinalizando um futuro onde árvores sagradas são exibidas como artefactos extintos.
Em muitas culturas antigas, as árvores representam a conexão entre o reino terrestre, o submundo e os céus. Colocadas no centro do universo, serviam como um canal de comunicação entre os deuses e os humanos. Seu tronco representava o reino terrestre, e seus galhos, se estendendo em direção aos céus, simbolizavam a vida após a morte. Na mitologia maia, algumas espécies de árvores são símbolos da interconexão do universo e do mundo espiritual, onde a natureza e o divino estão profundamente entrelaçados. Acreditava-se que os deuses criaram o mundo ao redor das árvores, tidas como o eixo cósmico em torno do qual o universo girava.
Diferentes partes de um tronco de árvore são suspensas e apoiadas em vigas de aço, como em estruturas usadas para exibir ruínas arquitetônicas arqueológicas e sinalizando um futuro onde árvores sagradas são exibidas como artefactos extintos.
Em muitas culturas antigas, as árvores representam a conexão entre o reino terrestre, o submundo e os céus. Colocadas no centro do universo, serviam como um canal de comunicação entre os deuses e os humanos. Seu tronco representava o reino terrestre, e seus galhos, se estendendo em direção aos céus, simbolizavam a vida após a morte. Na mitologia maia, algumas espécies de árvores são símbolos da interconexão do universo e do mundo espiritual, onde a natureza e o divino estão profundamente entrelaçados. Acreditava-se que os deuses criaram o mundo ao redor das árvores, tidas como o eixo cósmico em torno do qual o universo girava.
Foto Filipe Berndt
Corda de aço inoxidável
Foto Vermelho
A obra questiona o extrativismo em oposição à produção de peças artesanais tradicionais. A obra comenta o aumento da demanda por metais como o aço, valorizados pela indústria em detrimento da preservação ambiental e cultural.
A obra questiona o extrativismo em oposição à produção de peças artesanais tradicionais. A obra comenta o aumento da demanda por metais como o aço, valorizados pela indústria em detrimento da preservação ambiental e cultural.
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
Pá de escavadeira e esfera de quartzo
Foto Vermelho
A obra confronta dois objetos: uma pá de escavadeira usada em escavações e uma esfera de quartzo. Enquanto a escavadeira devora a terra, a esfera de quartzo torna-se um amuleto que restaura o equilíbrio de uma terra explorada.
O quartzo tem sido usado no Peru para fins cerimoniais e rituais desde os tempos pré-colombianos. Os cristais eram altamente valorizados por sua clareza e brilho. Várias culturas pré-hispânicas acreditavam em suas propriedades místicas. Eles eram associados a conceitos de pureza, luz e poder divino. Além disso, os cristais de quartzo às vezes eram incluídos em locais de sepultamento ou estruturas de templos, reforçando sua importância em contextos espirituais e cerimoniais.
Nos dias de hoje, em diferentes culturas, ainda se acredita que o quartzo possui propriedades curativas em várias práticas espirituais, absorvendo, regulando e amplificando energia.
A obra confronta dois objetos: uma pá de escavadeira usada em escavações e uma esfera de quartzo. Enquanto a escavadeira devora a terra, a esfera de quartzo torna-se um amuleto que restaura o equilíbrio de uma terra explorada.
O quartzo tem sido usado no Peru para fins cerimoniais e rituais desde os tempos pré-colombianos. Os cristais eram altamente valorizados por sua clareza e brilho. Várias culturas pré-hispânicas acreditavam em suas propriedades místicas. Eles eram associados a conceitos de pureza, luz e poder divino. Além disso, os cristais de quartzo às vezes eram incluídos em locais de sepultamento ou estruturas de templos, reforçando sua importância em contextos espirituais e cerimoniais.
Nos dias de hoje, em diferentes culturas, ainda se acredita que o quartzo possui propriedades curativas em várias práticas espirituais, absorvendo, regulando e amplificando energia.
Pá de escavadeira e esfera de quartzo
Foto Vermelho
A obra confronta dois objetos: uma pá de escavadeira usada em escavações e uma esfera de quartzo. Enquanto a escavadeira devora a terra, a esfera de quartzo torna-se um amuleto que restaura o equilíbrio de uma terra explorada.
O quartzo tem sido usado no Peru para fins cerimoniais e rituais desde os tempos pré-colombianos. Os cristais eram altamente valorizados por sua clareza e brilho. Várias culturas pré-hispânicas acreditavam em suas propriedades místicas. Eles eram associados a conceitos de pureza, luz e poder divino. Além disso, os cristais de quartzo às vezes eram incluídos em locais de sepultamento ou estruturas de templos, reforçando sua importância em contextos espirituais e cerimoniais.
A obra confronta dois objetos: uma pá de escavadeira usada em escavações e uma esfera de quartzo. Enquanto a escavadeira devora a terra, a esfera de quartzo torna-se um amuleto que restaura o equilíbrio de uma terra explorada.
O quartzo tem sido usado no Peru para fins cerimoniais e rituais desde os tempos pré-colombianos. Os cristais eram altamente valorizados por sua clareza e brilho. Várias culturas pré-hispânicas acreditavam em suas propriedades místicas. Eles eram associados a conceitos de pureza, luz e poder divino. Além disso, os cristais de quartzo às vezes eram incluídos em locais de sepultamento ou estruturas de templos, reforçando sua importância em contextos espirituais e cerimoniais.
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
Lama, palha, aço inoxidável
Foto Vermelho
Cada peça da série “Disecciones” parece um fragmento preciso, cortado à máquina, de uma tecnologia antiga. São partes de um método de construção em desuso que utiliza o próprio terreno que sustentará a construção como material para sua composição. As peças parecem ter sido retiradas de um sítio histórico e são exibidas como artefatos de um museu antropológico.
Cada peça da série “Disecciones” parece um fragmento preciso, cortado à máquina, de uma tecnologia antiga. São partes de um método de construção em desuso que utiliza o próprio terreno que sustentará a construção como material para sua composição. As peças parecem ter sido retiradas de um sítio histórico e são exibidas como artefatos de um museu antropológico.
Foto Filipe Berndt
Cobre, lã, algodão e fibra de palmeira
Foto cortesia artista
As obras desta série misturam cordas de lã, algodão e fibras de palmeira feitas à mão, entrelaçadas com tiras de cobre. As peças baseiam-se em sistemas de computadores primários, tecnologias que, em seus estágios iniciais, utilizavam técnicas artesanais e manuais em sua fabricação.
As práticas de tecelagem influenciaram significativamente as origens do armazenamento de informações em computadores, e as mulheres foram essenciais no desenvolvimento dessas tecnologias.
As obras têm a intenção de subverter as noções das origens patriarcais do conhecimento, bem como o viés universal em direção à supremacia do conhecimento ocidental, que rejeita outras formas de entendimento e de relação com o mundo, expondo a influência dos têxteis no desenvolvimento da ciência.
As obras desta série misturam cordas de lã, algodão e fibras de palmeira feitas à mão, entrelaçadas com tiras de cobre. As peças baseiam-se em sistemas de computadores primários, tecnologias que, em seus estágios iniciais, utilizavam técnicas artesanais e manuais em sua fabricação.
As práticas de tecelagem influenciaram significativamente as origens do armazenamento de informações em computadores, e as mulheres foram essenciais no desenvolvimento dessas tecnologias.
As obras têm a intenção de subverter as noções das origens patriarcais do conhecimento, bem como o viés universal em direção à supremacia do conhecimento ocidental, que rejeita outras formas de entendimento e de relação com o mundo, expondo a influência dos têxteis no desenvolvimento da ciência.
Vídeo HD. Cor e som
Foto still do vídeo
O vídeo, gravado durante as celebrações do Dia da Independência do Peru, na cidade de Cotambambas, no distrito de Apurímac, retrata um grupo de pessoas dançando de mãos dadas. Em celebração, as pessoas formam círculos e batem no chão, fazendo subir a terra do chão.
Com o som de um motor em funcionamento ao fundo, o vídeo sinaliza a dualidade entre a tradição e a ameaça de um projeto de modernização acelerada.
O vídeo, gravado durante as celebrações do Dia da Independência do Peru, na cidade de Cotambambas, no distrito de Apurímac, retrata um grupo de pessoas dançando de mãos dadas. Em celebração, as pessoas formam círculos e batem no chão, fazendo subir a terra do chão.
Com o som de um motor em funcionamento ao fundo, o vídeo sinaliza a dualidade entre a tradição e a ameaça de um projeto de modernização acelerada.
Câmaras de ar de borracha para pneus, compressor, palma, fibra de bananeira, juta, cana, tiras de borracha, cerâmica, pedra vulcânica, esfera de obsidiana, cabaça, cobre, concha, sementes, canos e ar
Foto Filipe Berndt
Inflexões do Ar é uma instalação composta por uma série de câmaras de ar de borracha, parcialmente cobertas por fibras de bambu e junco trançadas. Essas tramas naturais limitam a expansão das câmaras, criando formas distorcidas quando são infladas e esvaziadas pelo ar de um compressor, como em um movimento de respiração.
A obra inspira-se nos deslocamentos motivados pela busca de novos territórios, destacando os interesses coloniais na exploração de recursos – como a borracha -, e as assimetrias nas relações econômicas dentro das dinâmicas do neoliberalismo e seus sistemas de dependência que perpetuam a extração predatória de riquezas naturais.
Além disso, o uso do ar — um elemento essencial para a vida — atua como uma metáfora para abordar os desafios ecológicos contemporâneos, como a poluição e a devastação ambiental no contexto do extrativismo.
Inflexões do Ar é uma instalação composta por uma série de câmaras de ar de borracha, parcialmente cobertas por fibras de bambu e junco trançadas. Essas tramas naturais limitam a expansão das câmaras, criando formas distorcidas quando são infladas e esvaziadas pelo ar de um compressor, como em um movimento de respiração.
A obra inspira-se nos deslocamentos motivados pela busca de novos territórios, destacando os interesses coloniais na exploração de recursos – como a borracha -, e as assimetrias nas relações econômicas dentro das dinâmicas do neoliberalismo e seus sistemas de dependência que perpetuam a extração predatória de riquezas naturais.
Além disso, o uso do ar — um elemento essencial para a vida — atua como uma metáfora para abordar os desafios ecológicos contemporâneos, como a poluição e a devastação ambiental no contexto do extrativismo.
Com Ximena Garrido-Lecca e Felipe Melo
Foto Vermelho
Com Ximena Garrido-Lecca e Henrique Oliveira
Com Ximena Garrido-Lecca
Foto Vermelho
Em sua segunda exposição individual na Vermelho, Carlos Motta apresenta Gravidade, um projeto em duas partes composto por um desenho fragmentado feito em grafite e um vídeo de 14 minutos, comissionado pela Vermelho e produzido em São Paulo.
O desenho retrata uma paisagem árida onde centenas de humanos cuidam uns dos outros com urgência. As figuras seguram, carregam e arrastam-se mutuamente com cuidado, visivelmente lidando com o peso dos corpos, mas determinadas a ajudar uns aos outros a persistir em meio a um deserto seco, onde apenas alguns trechos de grama verde sugerem a esperança de sobrevivência. Concebido como uma partitura de performance, o desenho foi usado por Motta e por oito performers locais para produzir um vídeo que explora os temas do cuidado, resistência, peso, gravidade e sobrevivência.
Desenvolvido em estreita colaboração com os performers e filmado em estúdio, o trabalho apresenta uma sequência de ações performativas onde os performers encontram maneiras cautelosas e ternas de segurar, carregar e suportar o peso de seus corpos pelo maior tempo possível, criando cenas de resistência duracional. Com uma trilha sonora eletrônica composta pela artista sonora carioca Luisa Lemgruber, Gravidade faz a pergunta: O que é necessário para sustentar uma vida?
lambe-lambe sobre parede
Foto Filipe Berndt
Em sua segunda exposição individual na Vermelho, Carlos Motta ocupa a fachada da galeria com um de seus desenhos de Gravidade, proejto de duas partes composto por um desenho fragmentado feito em grafite e um vídeo de 14 minutos, comissionado pela Vermelho e produzido em São Paulo. O desenho retrata humanos cuidando uns dos outros com urgência. As figuras seguram, carregam e arrastam- se mutuamente cuidadosamente, visivelmente lidando com o peso dos corpos, mas determinadas a ajudar uns aos outros a persistir em meio a um deserto seco onde apenas alguns trechos de grama verde sugerem a esperança de sobrevivência.
Em sua segunda exposição individual na Vermelho, Carlos Motta ocupa a fachada da galeria com um de seus desenhos de Gravidade, proejto de duas partes composto por um desenho fragmentado feito em grafite e um vídeo de 14 minutos, comissionado pela Vermelho e produzido em São Paulo. O desenho retrata humanos cuidando uns dos outros com urgência. As figuras seguram, carregam e arrastam- se mutuamente cuidadosamente, visivelmente lidando com o peso dos corpos, mas determinadas a ajudar uns aos outros a persistir em meio a um deserto seco onde apenas alguns trechos de grama verde sugerem a esperança de sobrevivência.
Grafite e lápis de cor sobre papel
Foto Filipe Berndt
Grafite e lápis de cor sobre papel
Foto Filipe Berndt
Grafite e lápis de cor sobre papel
Foto Filipe Berndt
Grafite e lápis de cor sobre papel
Foto Filipe Berndt
Grafite e lápis de cor sobre papel
Foto Filipe Berndt
Grafite e lápis de cor sobre papel
Foto Filipe Berndt
Vídeo 4K. Cor e som 5.1
Foto still do vídeo
Diretora de Fotografia e Operadora de Câmera – Flora Dias
Operadora de Câmera B – Mirrah da Silva
Captação de som, trilha sonora, mix e master – Luisa Lemgruber
Performers/Artistas – Alessandro Aguipe, Ana Musidora, Flow Kountouriotis, Karen Marçal, Mariana Taques, Tadzio Veiga, Vitor Martins Dias, Vulcanica Pokaropa
Produção – Felipe Melo Franco
Estúdio – Zanella Creative Studio
Pós-produção – Angela Herr
Pós-produção adcional – João Marcos de Almeida
Design gráfico – Lauryn Siegel
Diretora de Fotografia e Operadora de Câmera – Flora Dias
Operadora de Câmera B – Mirrah da Silva
Captação de som, trilha sonora, mix e master – Luisa Lemgruber
Performers/Artistas – Alessandro Aguipe, Ana Musidora, Flow Kountouriotis, Karen Marçal, Mariana Taques, Tadzio Veiga, Vitor Martins Dias, Vulcanica Pokaropa
Produção – Felipe Melo Franco
Estúdio – Zanella Creative Studio
Pós-produção – Angela Herr
Pós-produção adcional – João Marcos de Almeida
Design gráfico – Lauryn Siegel
Vídeo 4K. Cor e som 5.1
Foto still do vídeo
Diretora de Fotografia e Operadora de Câmera – Flora Dias
Operadora de Câmera B – Mirrah da Silva
Captação de som, trilha sonora, mix e master – Luisa Lemgruber
Performers/Artistas – Alessandro Aguipe, Ana Musidora, Flow Kountouriotis, Karen Marçal, Mariana Taques, Tadzio Veiga, Vitor Martins Dias, Vulcanica Pokaropa
Produção – Felipe Melo Franco
Estúdio – Zanella Creative Studio
Pós-produção – Angela Herr
Pós-produção adcional – João Marcos de Almeida
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Diretora de Fotografia e Operadora de Câmera – Flora Dias
Operadora de Câmera B – Mirrah da Silva
Captação de som, trilha sonora, mix e master – Luisa Lemgruber
Performers/Artistas – Alessandro Aguipe, Ana Musidora, Flow Kountouriotis, Karen Marçal, Mariana Taques, Tadzio Veiga, Vitor Martins Dias, Vulcanica Pokaropa
Produção – Felipe Melo Franco
Estúdio – Zanella Creative Studio
Pós-produção – Angela Herr
Pós-produção adcional – João Marcos de Almeida
Design gráfico – Lauryn Siegel
Leia o texto completo de Gabriel Zimbardi aqui
Marcelo Moscheta é um artista caminhante. A caminhada é performativa e investigativa e permite novas leituras sobre o que é espaço e lugar a partir de “torções” conceituais. O artista que incorpora o ato de caminhar em sua prática sempre esteve presente na costura da história da arte. Artistas como Richard Long, Hamish Fulton e Francis Alÿs criaram obras que transformaram paisagens (urbanas ou naturais) ou a maneira de observá-las a partir de suas caminhadas.
Ao longo de sua carreira, Moscheta realizou expedições pelos mais diversos lugares do globo, incluído o Ártico, o Atacama e a Bretanha. Suas obras se relacionam com a tradição conceitualista do caminhar das mais diversas formas, da intervenção em paisagens a transposição da experiência de estar nos lugares por meio de obras ligadas a documentação. Morando em Portugal desde 2021 para o desenvolvimento de sua pesquisa de doutorado, Moscheta estabeleceu mais uma forma de deslocamento baseada no constante estado de trânsito do imigrante, sendo lembrado constantemente de que não pertence àquele lugar. Esse conjunto de vivências e experimentações informa uma série de novos trabalhos na sua nova exposição na Vermelho. Intitulada Errante, a mostra lida com deslocamentos espaciais, temporais e burocráticos.
Em Portugal, Moscheta teve contato com alguns dos monumentos megalíticos mais antigos da Europa. Interessado por rochas enquanto representações poéticas de uma história permanente, Moscheta rebateu a experiência de presenciar um desses monumentos, o Dólmen da Arca, localizado no município de Viseu, através da instalação 1:1 (Dólmen), que ocupa a sala principal da exposição. Os dólmens são estruturas compostas por grandes que eram usadas como sepulcro. Por se conformarem como uma espécie de abrigo, suas estruturas preveem o corpo enquanto escala. A instalação, feita a partir de uma frottage (ou decalque) do Dólmen, planifica o monumento permitindo que o público se desloque por seu referente. Assim, Moscheta aproxima a sua pele inserida nessa paisagem da “pele” da pedra. A obra se da como ícone e índice, como mapa e pegada.
Em suas caminhadas, Moscheta coleciona rochas, fósseis, documentos e uma miríade de elementos. É parte desse material que forma a série Autopoiesis (2024) onde elementos de diferentes expedições são articulados em procedimentos característicos do conceitualismo, como a intervenção e combinação de elementos, a articulação de textos enquanto imagem, o uso da documentação e a contextualização de componentes. Na biologia e na filosofia, o termo Autopoiesis descreve sistemas que são capazes de se criar e se manter a partir de si mesmos.
Em Substância (2024), Moscheta insere uma rocha de sal em uma fotografia feita em uma de suas expedições a uma caverna de sal na Colômbia. A obra, ao mesmo tempo, documenta e transporta seu estar na caverna.
Na série Parábola (2024), Moscheta propõe outro deslocamento temporal a partir de uma fotografia feita por seu pai durante uma coleta no Horto Florestal de Maringá (São Paulo) em 1981. Botânico de profissão, seu pai registrou o filho de um colega brincando com uma vara de doda, uma ferramenta tradicionalmente usada na agricultura, especialmente no Brasil, para sacudir ou bater em árvores frutíferas a fim de derrubar os frutos. Moscheta elabora o momento de aprendizado lúdico registrado na fotografia para elaborar composições onde ensinamento e liberdade se aproximam.
Questões sobre a natureza do tempo também pautam Deposição (2024). A série de pinturas de Moscheta é feita a partir da sedimentação de calcário proveniente de cocolitos. Essas massas de carbonato de cálcio são produzidas por algas como uma forma de proteção. Quando a alga morre, os cocolitos são liberados no ambiente marinho.
Moscheta produz aguadas com o pó de calcário dos cocolitos para pintar superfícies preparadas com gesso acrílico. A imagem das pinturas se assemelha a ossadas turvas, propondo um caminho múltiplo entre matérias. As pinturas são organizadas em um dispositivo que lembra exposições de artefatos. O jogo temporal e material de Deposição levanta questões acerca da natureza da criação e da destruição na arte.
Esses percursos do projeto, negociações, documentos, amostras e comprovações, atribuem outro tipo de caminhar às obras de Errante, um que pode nos fazer pensar na arte postal dos anos 1960 e 1970, que tinha a troca de documentos enquanto parte fundamental do fazer. Um deslocamento que ocorre por correspondência.
As várias caminhadas e obras de Marcelo Moscheta se apresentam como um diário de bordo de suas jornadas, onde questões que tocam a estética, ética e história da arte são rebatidas na história dos deslocamentos e assentamentos do homem no mundo; nas suas formas de estar e pensar os espaços, e nas formas de dominação que exerce sobre o mundo.
Impressão com pigmento mineral sobre papel Hahnemuhle Photo Rag 308g, placa de fenolite, cobre recortado a laser, pvc expandido e papel
Foto Vermelho
Os trabalhos dessa série examinam diferentes intervenções feitas pelo homem na Terra. Esses trabalhos foram realizados a partir de uma imersão de Moscheta no deserto do Atacama, onde o artista se deparou com trilhas feitas por povos ancestrais.
Trilhas apontam para a relação com o deslocamento do corpo através do espaço e podem ser interpretadas como desenhos sobre a superfície do planeta. A apacheta feita pelo artista sobre o deserto cria outra pequena intervenção sobre a paisagem, apontando para questões relativas à escala.
Os trabalhos dessa série examinam diferentes intervenções feitas pelo homem na Terra. Esses trabalhos foram realizados a partir de uma imersão de Moscheta no deserto do Atacama, onde o artista se deparou com trilhas feitas por povos ancestrais.
Trilhas apontam para a relação com o deslocamento do corpo através do espaço e podem ser interpretadas como desenhos sobre a superfície do planeta. A apacheta feita pelo artista sobre o deserto cria outra pequena intervenção sobre a paisagem, apontando para questões relativas à escala.
Grafite sobre PVC expandido e rótulo de adesivo plástico
Foto Vermelho
Grafite sobre PVC expandido e rótulo de adesivo plástico
Foto Vermelho
Foto Filipe Berndt
Impressão offset sobre papel, bomba vulcânica em basalto, saca polia, prego e barra roscada
Foto Vermelho
Em suas múltiplas expedições, Moscheta coleciona rochas, fósseis, documentos e uma miríade de elementos. É parte desse material que forma a série Autopoiesis (2024), onde elementos de diferentes caminhadas são articulados numa lógica de produção fundamentada em características do conceitualismo, como a intervenção e combinação de elementos, a articulação de textos enquanto imagem, o uso da documentação e a contextualização de componentes. Essas obras aproximam diferentes experiências como um glossário de possibilidades que é tensionado em novas combinações. Na biologia e na filosofia, o termo autopoiesis descreve sistemas que são capazes de se criar e se manter a partir de si mesmos.
Em suas múltiplas expedições, Moscheta coleciona rochas, fósseis, documentos e uma miríade de elementos. É parte desse material que forma a série Autopoiesis (2024), onde elementos de diferentes caminhadas são articulados numa lógica de produção fundamentada em características do conceitualismo, como a intervenção e combinação de elementos, a articulação de textos enquanto imagem, o uso da documentação e a contextualização de componentes. Essas obras aproximam diferentes experiências como um glossário de possibilidades que é tensionado em novas combinações. Na biologia e na filosofia, o termo autopoiesis descreve sistemas que são capazes de se criar e se manter a partir de si mesmos.
Impressão offset sobre papel, lona de algodão e grampos metálicos
Foto Vermelho
Em suas múltiplas expedições, Moscheta coleciona rochas, fósseis, documentos e uma miríade de elementos. É parte desse material que forma a série Autopoiesis (2024), onde elementos de diferentes caminhadas são articulados numa lógica de produção fundamentada em características do conceitualismo, como a intervenção e combinação de elementos, a articulação de textos enquanto imagem, o uso da documentação e a contextualização de componentes. Essas obras aproximam diferentes experiências como um glossário de possibilidades que é tensionado em novas combinações. Na biologia e na filosofia, o termo autopoiesis descreve sistemas que são capazes de se criar e se manter a partir de si mesmos.
Em suas múltiplas expedições, Moscheta coleciona rochas, fósseis, documentos e uma miríade de elementos. É parte desse material que forma a série Autopoiesis (2024), onde elementos de diferentes caminhadas são articulados numa lógica de produção fundamentada em características do conceitualismo, como a intervenção e combinação de elementos, a articulação de textos enquanto imagem, o uso da documentação e a contextualização de componentes. Essas obras aproximam diferentes experiências como um glossário de possibilidades que é tensionado em novas combinações. Na biologia e na filosofia, o termo autopoiesis descreve sistemas que são capazes de se criar e se manter a partir de si mesmos.
Impressão offset sobre papel, régua de poliestireno, acrílico e EVA
Foto Vermelho
Em suas múltiplas expedições, Moscheta coleciona rochas, fósseis, documentos e uma miríade de elementos. É parte desse material que forma a série Autopoiesis (2024), onde elementos de diferentes caminhadas são articulados numa lógica de produção fundamentada em características do conceitualismo, como a intervenção e combinação de elementos, a articulação de textos enquanto imagem, o uso da documentação e a contextualização de componentes. Essas obras aproximam diferentes experiências como um glossário de possibilidades que é tensionado em novas combinações. Na biologia e na filosofia, o termo autopoiesis descreve sistemas que são capazes de se criar e se manter a partir de si mesmos.
Em suas múltiplas expedições, Moscheta coleciona rochas, fósseis, documentos e uma miríade de elementos. É parte desse material que forma a série Autopoiesis (2024), onde elementos de diferentes caminhadas são articulados numa lógica de produção fundamentada em características do conceitualismo, como a intervenção e combinação de elementos, a articulação de textos enquanto imagem, o uso da documentação e a contextualização de componentes. Essas obras aproximam diferentes experiências como um glossário de possibilidades que é tensionado em novas combinações. Na biologia e na filosofia, o termo autopoiesis descreve sistemas que são capazes de se criar e se manter a partir de si mesmos.
com Marcelo Moschetta
Foto Vermelho
Giz de cera sobre Tyvek e suporte em ferro
Foto Filipe Berndt
Dólmens são estruturas megalíticas compostas por grandes pedras que eram usadas como túmulo no período Calcolítico, entre 3300 e 1200 a.C. Por se conformarem como uma espécie de abrigo, suas estruturas preveem o corpo enquanto escala. A instalação, feita a partir de frottages (ou decalques) do Dólmen da Arca, localizado no município de Viseu, em Portugal, planifica o monumento permitindo que o público se desloque por seu índice.
Para a frottage do Dólmen, foi necessário encontrar um material macio e resistente que suportasse a agressividade do atrito do giz com o granito do Dólmen. Assim, a Tyvek® apoiou o projeto de Moscheta, cedendo um material altamente tecnológico, resistente à abrasão. O material permitiu a fricção do giz com o granito, garantindo a integridade do desenho e o deslocamento de algo tão imóvel e fixo quanto a estrutura de 5000 anos do Dólmen da Arca a partir de seu índice.
Dólmens são estruturas megalíticas compostas por grandes pedras que eram usadas como túmulo no período Calcolítico, entre 3300 e 1200 a.C. Por se conformarem como uma espécie de abrigo, suas estruturas preveem o corpo enquanto escala. A instalação, feita a partir de frottages (ou decalques) do Dólmen da Arca, localizado no município de Viseu, em Portugal, planifica o monumento permitindo que o público se desloque por seu índice.
Para a frottage do Dólmen, foi necessário encontrar um material macio e resistente que suportasse a agressividade do atrito do giz com o granito do Dólmen. Assim, a Tyvek® apoiou o projeto de Moscheta, cedendo um material altamente tecnológico, resistente à abrasão. O material permitiu a fricção do giz com o granito, garantindo a integridade do desenho e o deslocamento de algo tão imóvel e fixo quanto a estrutura de 5000 anos do Dólmen da Arca a partir de seu índice.
Giz de cera sobre Tyvek e suporte em ferro
Foto Filipe Berndt
Dólmens são estruturas megalíticas compostas por grandes pedras que eram usadas como túmulo no período Calcolítico, entre 3300 e 1200 a.C. Por se conformarem como uma espécie de abrigo, suas estruturas preveem o corpo enquanto escala. A instalação, feita a partir de frottages (ou decalques) do Dólmen da Arca, localizado no município de Viseu, em Portugal, planifica o monumento permitindo que o público se desloque por seu índice.
Para a frottage do Dólmen, foi necessário encontrar um material macio e resistente que suportasse a agressividade do atrito do giz com o granito do Dólmen. Assim, a Tyvek® apoiou o projeto de Moscheta, cedendo um material altamente tecnológico, resistente à abrasão. O material permitiu a fricção do giz com o granito, garantindo a integridade do desenho e o deslocamento de algo tão imóvel e fixo quanto a estrutura de 5000 anos do Dólmen da Arca a partir de seu índice.
Dólmens são estruturas megalíticas compostas por grandes pedras que eram usadas como túmulo no período Calcolítico, entre 3300 e 1200 a.C. Por se conformarem como uma espécie de abrigo, suas estruturas preveem o corpo enquanto escala. A instalação, feita a partir de frottages (ou decalques) do Dólmen da Arca, localizado no município de Viseu, em Portugal, planifica o monumento permitindo que o público se desloque por seu índice.
Para a frottage do Dólmen, foi necessário encontrar um material macio e resistente que suportasse a agressividade do atrito do giz com o granito do Dólmen. Assim, a Tyvek® apoiou o projeto de Moscheta, cedendo um material altamente tecnológico, resistente à abrasão. O material permitiu a fricção do giz com o granito, garantindo a integridade do desenho e o deslocamento de algo tão imóvel e fixo quanto a estrutura de 5000 anos do Dólmen da Arca a partir de seu índice.
Giz de cera sobre Tyvek e suporte em ferro
Foto Filipe Berndt
Dólmens são estruturas megalíticas compostas por grandes pedras que eram usadas como túmulo no período Calcolítico, entre 3300 e 1200 a.C. Por se conformarem como uma espécie de abrigo, suas estruturas preveem o corpo enquanto escala. A instalação, feita a partir de frottages (ou decalques) do Dólmen da Arca, localizado no município de Viseu, em Portugal, planifica o monumento permitindo que o público se desloque por seu índice.
Para a frottage do Dólmen, foi necessário encontrar um material macio e resistente que suportasse a agressividade do atrito do giz com o granito do Dólmen. Assim, a Tyvek® apoiou o projeto de Moscheta, cedendo um material altamente tecnológico, resistente à abrasão. O material permitiu a fricção do giz com o granito, garantindo a integridade do desenho e o deslocamento de algo tão imóvel e fixo quanto a estrutura de 5000 anos do Dólmen da Arca a partir de seu índice.
Dólmens são estruturas megalíticas compostas por grandes pedras que eram usadas como túmulo no período Calcolítico, entre 3300 e 1200 a.C. Por se conformarem como uma espécie de abrigo, suas estruturas preveem o corpo enquanto escala. A instalação, feita a partir de frottages (ou decalques) do Dólmen da Arca, localizado no município de Viseu, em Portugal, planifica o monumento permitindo que o público se desloque por seu índice.
Para a frottage do Dólmen, foi necessário encontrar um material macio e resistente que suportasse a agressividade do atrito do giz com o granito do Dólmen. Assim, a Tyvek® apoiou o projeto de Moscheta, cedendo um material altamente tecnológico, resistente à abrasão. O material permitiu a fricção do giz com o granito, garantindo a integridade do desenho e o deslocamento de algo tão imóvel e fixo quanto a estrutura de 5000 anos do Dólmen da Arca a partir de seu índice.
Impressão com pigmento mineral sobre papel Hahnemühle, bamboo Gloss Baryta 305g e rocha de sal rosa
Foto Marcelo Moscheta
Em Substância (2024), Moscheta insere uma rocha de sal em uma fotografia feita em uma de suas expedições a uma caverna de sal na Colômbia. A obra, ao mesmo tempo, documenta e transporta seu estar na caverna.
Em Substância (2024), Moscheta insere uma rocha de sal em uma fotografia feita em uma de suas expedições a uma caverna de sal na Colômbia. A obra, ao mesmo tempo, documenta e transporta seu estar na caverna.
Grafite sobre cartão postal
Foto Marcelo Moscheta
Em suas múltiplas expedições, Moscheta coleciona rochas, fósseis, documentos e uma miríade de elementos. É parte desse material que forma a série Autopoiesis (2024), onde elementos de diferentes caminhadas são articulados numa lógica de produção fundamentada em características do conceitualismo, como a intervenção e combinação de elementos, a articulação de textos enquanto imagem, o uso da documentação e a contextualização de componentes. Essas obras aproximam diferentes experiências como um glossário de possibilidades que é tensionado em novas combinações. Na biologia e na filosofia, o termo autopoiesis descreve sistemas que são capazes de se criar e se manter a partir de si mesmos.
Em suas múltiplas expedições, Moscheta coleciona rochas, fósseis, documentos e uma miríade de elementos. É parte desse material que forma a série Autopoiesis (2024), onde elementos de diferentes caminhadas são articulados numa lógica de produção fundamentada em características do conceitualismo, como a intervenção e combinação de elementos, a articulação de textos enquanto imagem, o uso da documentação e a contextualização de componentes. Essas obras aproximam diferentes experiências como um glossário de possibilidades que é tensionado em novas combinações. Na biologia e na filosofia, o termo autopoiesis descreve sistemas que são capazes de se criar e se manter a partir de si mesmos.
Impressão offset sobre papel, madeira balsa e espinhos de mandacaru
Foto Marcelo Moscheta
Em suas múltiplas expedições, Moscheta coleciona rochas, fósseis, documentos e uma miríade de elementos. É parte desse material que forma a série Autopoiesis (2024), onde elementos de diferentes caminhadas são articulados numa lógica de produção fundamentada em características do conceitualismo, como a intervenção e combinação de elementos, a articulação de textos enquanto imagem, o uso da documentação e a contextualização de componentes. Essas obras aproximam diferentes experiências como um glossário de possibilidades que é tensionado em novas combinações. Na biologia e na filosofia, o termo autopoiesis descreve sistemas que são capazes de se criar e se manter a partir de si mesmos.
Em suas múltiplas expedições, Moscheta coleciona rochas, fósseis, documentos e uma miríade de elementos. É parte desse material que forma a série Autopoiesis (2024), onde elementos de diferentes caminhadas são articulados numa lógica de produção fundamentada em características do conceitualismo, como a intervenção e combinação de elementos, a articulação de textos enquanto imagem, o uso da documentação e a contextualização de componentes. Essas obras aproximam diferentes experiências como um glossário de possibilidades que é tensionado em novas combinações. Na biologia e na filosofia, o termo autopoiesis descreve sistemas que são capazes de se criar e se manter a partir de si mesmos.
Calcário sobre tela e madeira
Foto Marcelo Moscheta
Questões sobre a natureza do tempo pautam Sedimentar (2024). A série de pinturas de Moscheta é feita a partir da sedimentação de calcário proveniente de cocolitos. Essas massas de carbonato de cálcio são produzidas por algas como uma forma de proteção. Quando a alga morre, os cocolitos são liberados no ambiente marinho. Moscheta produz aguadas com o pó de calcário dos cocolitos para pintar superfícies preparadas com gesso acrílico. O artista movimenta essa tinta pelo campo até que ela se sedimente sobre o suporte. Moscheta devolve a rocha sedimentar dos cocolitos à água e devolve a elasticidade das algas ao material. A imagem das pinturas se assemelha a ossadas turvas, propondo um caminho múltiplo entre matérias. O jogo temporal e material de Sedimentar levanta questões acerca da natureza da criação e da destruição na arte.
Questões sobre a natureza do tempo pautam Sedimentar (2024). A série de pinturas de Moscheta é feita a partir da sedimentação de calcário proveniente de cocolitos. Essas massas de carbonato de cálcio são produzidas por algas como uma forma de proteção. Quando a alga morre, os cocolitos são liberados no ambiente marinho. Moscheta produz aguadas com o pó de calcário dos cocolitos para pintar superfícies preparadas com gesso acrílico. O artista movimenta essa tinta pelo campo até que ela se sedimente sobre o suporte. Moscheta devolve a rocha sedimentar dos cocolitos à água e devolve a elasticidade das algas ao material. A imagem das pinturas se assemelha a ossadas turvas, propondo um caminho múltiplo entre matérias. O jogo temporal e material de Sedimentar levanta questões acerca da natureza da criação e da destruição na arte.
Calcário sobre tela e madeira
Foto Marcelo Moscheta
Questões sobre a natureza do tempo pautam Sedimentar (2024). A série de pinturas de Moscheta é feita a partir da sedimentação de calcário proveniente de cocolitos. Essas massas de carbonato de cálcio são produzidas por algas como uma forma de proteção. Quando a alga morre, os cocolitos são liberados no ambiente marinho. Moscheta produz aguadas com o pó de calcário dos cocolitos para pintar superfícies preparadas com gesso acrílico. O artista movimenta essa tinta pelo campo até que ela se sedimente sobre o suporte. Moscheta devolve a rocha sedimentar dos cocolitos à água e devolve a elasticidade das algas ao material. A imagem das pinturas se assemelha a ossadas turvas, propondo um caminho múltiplo entre matérias. O jogo temporal e material de Sedimentar levanta questões acerca da natureza da criação e da destruição na arte.
Questões sobre a natureza do tempo pautam Sedimentar (2024). A série de pinturas de Moscheta é feita a partir da sedimentação de calcário proveniente de cocolitos. Essas massas de carbonato de cálcio são produzidas por algas como uma forma de proteção. Quando a alga morre, os cocolitos são liberados no ambiente marinho. Moscheta produz aguadas com o pó de calcário dos cocolitos para pintar superfícies preparadas com gesso acrílico. O artista movimenta essa tinta pelo campo até que ela se sedimente sobre o suporte. Moscheta devolve a rocha sedimentar dos cocolitos à água e devolve a elasticidade das algas ao material. A imagem das pinturas se assemelha a ossadas turvas, propondo um caminho múltiplo entre matérias. O jogo temporal e material de Sedimentar levanta questões acerca da natureza da criação e da destruição na arte.
Basalto, calcário, barbante, fio encerado e espuma
Foto Marcelo Moscheta
Em suas múltiplas expedições, Moscheta coleciona rochas, fósseis, documentos e uma miríade de elementos. É parte desse material que forma a série Autopoiesis (2024), onde elementos de diferentes caminhadas são articulados numa lógica de produção fundamentada em características do conceitualismo, como a intervenção e combinação de elementos, a articulação de textos enquanto imagem, o uso da documentação e a contextualização de componentes. Essas obras aproximam diferentes experiências como um glossário de possibilidades que é tensionado em novas combinações. Na biologia e na filosofia, o termo autopoiesis descreve sistemas que são capazes de se criar e se manter a partir de si mesmos.
Em suas múltiplas expedições, Moscheta coleciona rochas, fósseis, documentos e uma miríade de elementos. É parte desse material que forma a série Autopoiesis (2024), onde elementos de diferentes caminhadas são articulados numa lógica de produção fundamentada em características do conceitualismo, como a intervenção e combinação de elementos, a articulação de textos enquanto imagem, o uso da documentação e a contextualização de componentes. Essas obras aproximam diferentes experiências como um glossário de possibilidades que é tensionado em novas combinações. Na biologia e na filosofia, o termo autopoiesis descreve sistemas que são capazes de se criar e se manter a partir de si mesmos.
Impressão de pigmento mineral sobre papel luster, cabo de aço, ardósia e linho
Foto Marcelo Moscheta
Na série Parábola, Moscheta propõe outro deslocamento temporal a partir de uma fotografia feita por seu pai durante uma coleta no Horto Florestal de Maringá (Paraná) em 1981. Botânico de profissão, seu pai registrou um colega, acompanhado de seu filho, com uma vara de poda.
O trabalho opera através da repetição de elementos ligados à lógica (o grid da lousa de ardósia, o grid do linho) para investigar o momento de aprendizado lúdico registrado na fotografia e elaborar composições onde ensinamento e liberdade se aproximam. Na obra, vivência e oralidade se sobrepõem à formalidade da lousa representada pela pedra de ardósia.
Na série Parábola, Moscheta propõe outro deslocamento temporal a partir de uma fotografia feita por seu pai durante uma coleta no Horto Florestal de Maringá (Paraná) em 1981. Botânico de profissão, seu pai registrou um colega, acompanhado de seu filho, com uma vara de poda.
O trabalho opera através da repetição de elementos ligados à lógica (o grid da lousa de ardósia, o grid do linho) para investigar o momento de aprendizado lúdico registrado na fotografia e elaborar composições onde ensinamento e liberdade se aproximam. Na obra, vivência e oralidade se sobrepõem à formalidade da lousa representada pela pedra de ardósia.
Impressão de pigmento mineral sobre papel luster, cabo de aço, ardósia e linho
Foto Marcelo Moscheta
Na série Parábola, Moscheta propõe outro deslocamento temporal a partir de uma fotografia feita por seu pai durante uma coleta no Horto Florestal de Maringá (Paraná) em 1981. Botânico de profissão, seu pai registrou um colega, acompanhado de seu filho, com uma vara de poda.
O trabalho opera através da repetição de elementos ligados à lógica (o grid da lousa de ardósia, o grid do linho) para investigar o momento de aprendizado lúdico registrado na fotografia e elaborar composições onde ensinamento e liberdade se aproximam. Na obra, vivência e oralidade se sobrepõem à formalidade da lousa representada pela pedra de ardósia.
Na série Parábola, Moscheta propõe outro deslocamento temporal a partir de uma fotografia feita por seu pai durante uma coleta no Horto Florestal de Maringá (Paraná) em 1981. Botânico de profissão, seu pai registrou um colega, acompanhado de seu filho, com uma vara de poda.
O trabalho opera através da repetição de elementos ligados à lógica (o grid da lousa de ardósia, o grid do linho) para investigar o momento de aprendizado lúdico registrado na fotografia e elaborar composições onde ensinamento e liberdade se aproximam. Na obra, vivência e oralidade se sobrepõem à formalidade da lousa representada pela pedra de ardósia.
Impressão de pigmento mineral sobre papel luster, cabo de aço, ardósia e linho
Foto Marcelo Moscheta
Na série Parábola, Moscheta propõe outro deslocamento temporal a partir de uma fotografia feita por seu pai durante uma coleta no Horto Florestal de Maringá (Paraná) em 1981. Botânico de profissão, seu pai registrou um colega, acompanhado de seu filho, com uma vara de poda.
O trabalho opera através da repetição de elementos ligados à lógica (o grid da lousa de ardósia, o grid do linho) para investigar o momento de aprendizado lúdico registrado na fotografia e elaborar composições onde ensinamento e liberdade se aproximam. Na obra, vivência e oralidade se sobrepõem à formalidade da lousa representada pela pedra de ardósia.
Na série Parábola, Moscheta propõe outro deslocamento temporal a partir de uma fotografia feita por seu pai durante uma coleta no Horto Florestal de Maringá (Paraná) em 1981. Botânico de profissão, seu pai registrou um colega, acompanhado de seu filho, com uma vara de poda.
O trabalho opera através da repetição de elementos ligados à lógica (o grid da lousa de ardósia, o grid do linho) para investigar o momento de aprendizado lúdico registrado na fotografia e elaborar composições onde ensinamento e liberdade se aproximam. Na obra, vivência e oralidade se sobrepõem à formalidade da lousa representada pela pedra de ardósia.
Madeira, cobre e ágata
Foto Marcelo Moscheta
“Minha relação com a paisagem repousa numa tentativa primeira de construir um lugar ideal, uma imitação da natureza como retrato fiel das relações de perfeição e equilíbrio. Quero assim abarcar todas as possibilidades de entender um local, não somente por meios sensíveis como o desenho ou a fotografia, mas através de formas racionais de se entender lugar: latitude, longitude, altitude, cálculos matemáticos e referências técnico/científicas. Os mistérios da força que age em segredo na natureza são recriados, por vezes de maneira brutal, outras, de forma delicada e quase imperceptível, num ato de compreender de maneira integral a matéria da qual somos formados.”
Marcelo Moscheta
“Minha relação com a paisagem repousa numa tentativa primeira de construir um lugar ideal, uma imitação da natureza como retrato fiel das relações de perfeição e equilíbrio. Quero assim abarcar todas as possibilidades de entender um local, não somente por meios sensíveis como o desenho ou a fotografia, mas através de formas racionais de se entender lugar: latitude, longitude, altitude, cálculos matemáticos e referências técnico/científicas. Os mistérios da força que age em segredo na natureza são recriados, por vezes de maneira brutal, outras, de forma delicada e quase imperceptível, num ato de compreender de maneira integral a matéria da qual somos formados.”
Marcelo Moscheta
Cobre recortado a laser, letraset, madeira, impressão offset sobre papel e acrílico
Foto Marcelo Moscheta
Em suas múltiplas expedições, Moscheta coleciona rochas, fósseis, documentos e uma miríade de elementos. É parte desse material que forma a série Autopoiesis (2024), onde elementos de diferentes caminhadas são articulados numa lógica de produção fundamentada em características do conceitualismo, como a intervenção e combinação de elementos, a articulação de textos enquanto imagem, o uso da documentação e a contextualização de componentes. Essas obras aproximam diferentes experiências como um glossário de possibilidades que é tensionado em novas combinações. Na biologia e na filosofia, o termo autopoiesis descreve sistemas que são capazes de se criar e se manter a partir de si mesmos.
Em suas múltiplas expedições, Moscheta coleciona rochas, fósseis, documentos e uma miríade de elementos. É parte desse material que forma a série Autopoiesis (2024), onde elementos de diferentes caminhadas são articulados numa lógica de produção fundamentada em características do conceitualismo, como a intervenção e combinação de elementos, a articulação de textos enquanto imagem, o uso da documentação e a contextualização de componentes. Essas obras aproximam diferentes experiências como um glossário de possibilidades que é tensionado em novas combinações. Na biologia e na filosofia, o termo autopoiesis descreve sistemas que são capazes de se criar e se manter a partir de si mesmos.
Madeira, papel isolante elétrico e impressão offset
Foto Marcelo Moscheta
Em suas múltiplas expedições, Moscheta coleciona rochas, fósseis, documentos e uma miríade de elementos. É parte desse material que forma a série Autopoiesis (2024), onde elementos de diferentes caminhadas são articulados numa lógica de produção fundamentada em características do conceitualismo, como a intervenção e combinação de elementos, a articulação de textos enquanto imagem, o uso da documentação e a contextualização de componentes. Essas obras aproximam diferentes experiências como um glossário de possibilidades que é tensionado em novas combinações. Na biologia e na filosofia, o termo autopoiesis descreve sistemas que são capazes de se criar e se manter a partir de si mesmos.
Em suas múltiplas expedições, Moscheta coleciona rochas, fósseis, documentos e uma miríade de elementos. É parte desse material que forma a série Autopoiesis (2024), onde elementos de diferentes caminhadas são articulados numa lógica de produção fundamentada em características do conceitualismo, como a intervenção e combinação de elementos, a articulação de textos enquanto imagem, o uso da documentação e a contextualização de componentes. Essas obras aproximam diferentes experiências como um glossário de possibilidades que é tensionado em novas combinações. Na biologia e na filosofia, o termo autopoiesis descreve sistemas que são capazes de se criar e se manter a partir de si mesmos.
Esmalte sobre cerâmica, aço galvanizado e EVA
Foto Filipe Berndt
A mobilidade do homem entre espaços é celebrada em Jeremias, que traz escrito em cacos de cerâmicas de várias proveniências uma profecia presente na Bíblia, no Livro de Jeremias, Capítulo 35:7: “Habitais em tendas para que possais viver muito na terra em que sois estrangeiro”.
Como uma escavação arqueológica, a obra propõe a ruína da condição da edificação e do acúmulo material em detrimento de um constante estado de deslocamento.
A mobilidade do homem entre espaços é celebrada em Jeremias, que traz escrito em cacos de cerâmicas de várias proveniências uma profecia presente na Bíblia, no Livro de Jeremias, Capítulo 35:7: “Habitais em tendas para que possais viver muito na terra em que sois estrangeiro”.
Como uma escavação arqueológica, a obra propõe a ruína da condição da edificação e do acúmulo material em detrimento de um constante estado de deslocamento.
com Marcelo Moscheta e Abraão Reis
Foto Vermelho
com Abraão Reis, Henrique Oliveira e Marcelo Moschetta
Foto Vermelho
pele, madeira e cordão de seda
Foto Vermelho
metal cromado
Foto cortesia artista
Impressão com tinta pigmentada mineral Hahnemühle Photo Rag 188gr e vidro jateado com areia
laca de nitrocelulose (duco) e primer sobre madeira compensada e aço cirúrgico
Foto cortesia artista
Couro sintético e polipropileno
Foto Vermelho
Acrílica sobre tela
Foto Vermelho
Fundição em prata 833
Foto Edouard Fraipont
A pulsão de vida inserida em objetos do cotidiano é uma prática recorrente na obra de Edgard de Souza e aparece na série de colheres que o artista vem desenvolvendo. Os objetos foram esculpidos rigorosamente por Edgard a partir de toras de madeiras e, aqui, foram fundidas em prata. Em Colher lambe colher a prata ganha vida e feições humanas e, em dupla, parecem servir uma à outra voluptuosamente. O tamanho e o material das peças aproximam os objetos daqueles do uso cotidiano e tem o potencial de envolver o espectador – que poderia leva-las à boca – em sua malícia.
A pulsão de vida inserida em objetos do cotidiano é uma prática recorrente na obra de Edgard de Souza e aparece na série de colheres que o artista vem desenvolvendo. Os objetos foram esculpidos rigorosamente por Edgard a partir de toras de madeiras e, aqui, foram fundidas em prata. Em Colher lambe colher a prata ganha vida e feições humanas e, em dupla, parecem servir uma à outra voluptuosamente. O tamanho e o material das peças aproximam os objetos daqueles do uso cotidiano e tem o potencial de envolver o espectador – que poderia leva-las à boca – em sua malícia.
Vídeo. PB, com som.
Foto Reprodução
As obras desta série foram concebidas e desenvolvidas a partir de uma investigação de Maurício Dias e Walter Riedweg sobre os arquivos, atividade profissional e vida pessoal do fotógrafo, artista e ativista norte-americano Charles Hovland (1954) que a dupla conheceu no início da década de 1990.
Em Arquivo fantasia [Fantasy Archive] (2017), as folhas de contato em preto e branco de Hovland foram recriadas em animações de vídeo digital. Cada folha de contato analógica foi redimensionada em uma única folha e transportada para uma folha de contato coletiva com vários modelos, mostrando o processo químico da passagem do negativo para o positivo de cada imagem em vídeo. O resultado é apresentado em vídeos verticais onde o áudio revela anotações do fotógrafo sobre seus modelos, lidas por ele mesmo. Essas anotações, chamadas de “Log Book” [livros de registros] por Hovland, catalogam a data da sessão de fotos, a fantasia sexual de cada modelo e o valor que pagaram pela execução dessas imagens. Essa mistura de som e visão cria uma nova organização arquivística onde a identidade e o gênero de cada modelo são substituídos por suas fantasias.
As obras desta série foram concebidas e desenvolvidas a partir de uma investigação de Maurício Dias e Walter Riedweg sobre os arquivos, atividade profissional e vida pessoal do fotógrafo, artista e ativista norte-americano Charles Hovland (1954) que a dupla conheceu no início da década de 1990.
Em Arquivo fantasia [Fantasy Archive] (2017), as folhas de contato em preto e branco de Hovland foram recriadas em animações de vídeo digital. Cada folha de contato analógica foi redimensionada em uma única folha e transportada para uma folha de contato coletiva com vários modelos, mostrando o processo químico da passagem do negativo para o positivo de cada imagem em vídeo. O resultado é apresentado em vídeos verticais onde o áudio revela anotações do fotógrafo sobre seus modelos, lidas por ele mesmo. Essas anotações, chamadas de “Log Book” [livros de registros] por Hovland, catalogam a data da sessão de fotos, a fantasia sexual de cada modelo e o valor que pagaram pela execução dessas imagens. Essa mistura de som e visão cria uma nova organização arquivística onde a identidade e o gênero de cada modelo são substituídos por suas fantasias.
Bronze, concreto, ferro e estrutura interna de madeira
Foto Edouard Fraipont
WE THE ENEMY (2019) é uma série composta por 41 esculturas em bronze baseadas em representações do diabo que foram extraídas da história da arte: de pinturas históricas que retratam Satanás no inferno, desenhos, ilustrações e esculturas que se relacionam com a imaginário do mal encarnado. As figuras desafiam os padrões morais normativos de beleza, respeitabilidade e comportamento. Nesse exército de demônios, há personagens que sugerem desvios e perversões sexuais – como tipificado pela imaginação católica tradicional.
WE THE ENEMY (2019) é uma série composta por 41 esculturas em bronze baseadas em representações do diabo que foram extraídas da história da arte: de pinturas históricas que retratam Satanás no inferno, desenhos, ilustrações e esculturas que se relacionam com a imaginário do mal encarnado. As figuras desafiam os padrões morais normativos de beleza, respeitabilidade e comportamento. Nesse exército de demônios, há personagens que sugerem desvios e perversões sexuais – como tipificado pela imaginação católica tradicional.
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnemühle Photo Luster 260 gr
Foto Carlos Motta
Esta série é composta por um conjunto de fotografias de figuras mascaradas que manipulam cobras. As imagens são reminiscentes de práticas de fetiches gay associadas a “desvios sexuais”. O título da série reproduz as primeiras linhas de Inferno, Canto 1, de A Divina Comédia, de Dante Alighieri. O poema épico narra uma viagem alegórica pelo que é essencialmente o conceito medieval de inferno.
Esta série é composta por um conjunto de fotografias de figuras mascaradas que manipulam cobras. As imagens são reminiscentes de práticas de fetiches gay associadas a “desvios sexuais”. O título da série reproduz as primeiras linhas de Inferno, Canto 1, de A Divina Comédia, de Dante Alighieri. O poema épico narra uma viagem alegórica pelo que é essencialmente o conceito medieval de inferno.
laca de nitrocelulose (duco) e primer sobre madeira compensada
Foto Vermelho
linha de algodão sobre linho
Foto Edouard Fraipont
Edgard leva os rabiscos “imprecisos” vistos em sua última individual para uma construção combinada, usando linha de algodão sobre superfícies de linho. O mesmo tipo de “desenho de ação” é visível, mas agora eles são criados de outra maneira, trazendo o atrito entre as construções espontâneas e planejadas para as obras. Os bordados podem ser erráticos como rabiscos, ou pontuais, como se formassem infecções sobre o tecido. Em comum, eles carregam o volume construído a partir do acumulo de material, chegando a formar protuberâncias que parecem escorrer do plano, rompendo o bidimensional.
Edgard leva os rabiscos “imprecisos” vistos em sua última individual para uma construção combinada, usando linha de algodão sobre superfícies de linho. O mesmo tipo de “desenho de ação” é visível, mas agora eles são criados de outra maneira, trazendo o atrito entre as construções espontâneas e planejadas para as obras. Os bordados podem ser erráticos como rabiscos, ou pontuais, como se formassem infecções sobre o tecido. Em comum, eles carregam o volume construído a partir do acumulo de material, chegando a formar protuberâncias que parecem escorrer do plano, rompendo o bidimensional.
Foto Edouard Fraipont
bronze
Foto Filipe Berndt
A série Corpo fechado é composta por uma série de chicotes antigos fundidos em bronze e esculpidos de forma que seus movimentos pareçam um instante congelado. Essas peças também fazem parte da série de objetos esculturais e fotográficos que conversam com o filme Corpo fechado: a obra do diabo. Como no filme, há uma inversão no manuseio do chicote, que são ressignificados, aproximando-se das práticas BDSM, onde prazer e dor se confundem e as relações de poder e submissão são consensuais.
A série Corpo fechado é composta por uma série de chicotes antigos fundidos em bronze e esculpidos de forma que seus movimentos pareçam um instante congelado. Essas peças também fazem parte da série de objetos esculturais e fotográficos que conversam com o filme Corpo fechado: a obra do diabo. Como no filme, há uma inversão no manuseio do chicote, que são ressignificados, aproximando-se das práticas BDSM, onde prazer e dor se confundem e as relações de poder e submissão são consensuais.
esmalte sintético sobre alumínio
Foto Filipe Berndt
Para essa série, Dora Longo Bahia colecionou imagens de aviso de presença de minas terrestres em zonas de guerra. O título Perigo Minas joga com o perigo dos campos minados e com a expressão “minas,” que designa mulheres ou garotas.
Para essa série, Dora Longo Bahia colecionou imagens de aviso de presença de minas terrestres em zonas de guerra. O título Perigo Minas joga com o perigo dos campos minados e com a expressão “minas,” que designa mulheres ou garotas.
No espaço antes ocupado por um restaurante no pátio da Vermelho, Motta & Lima exibem a instalação de grandes dimensões Relâmpago (2015). Na obra, o fenômeno natural de mesmo nome é recriado por Motta & Lima no espaço interno, com lâmpadas tubulares que imitam a luz violácea dos relâmpagos, representando sua potência e fragilidade, sua capacidade criadora e destruidora.
Lâmpadas, reatores, conectores e cabos
Foto Filipe Berndt
Em Relâmpago, o fenômeno natural de mesmo nome é transposto para o espaço interno. Atravéz de uma composição de lâmpadas tubulares, o violaceo da radiação luminosa dos relâmpagos é reproduzido, trazendo a potência e a fragilidade presentes em uma descarga elétrica. A peça é composta por lâmpadas do tipo activiva, que, segundo o fabricante, promove o bem estar e a produtividade do ser humano, além de estimular a fotossíntese. Fica evidente a observação dos artistas a respeito da dependência que o homem tem da energia elétrica, ao menos em perímetros urbanos. De um modo geral, o raio representa um poder ao mesmo tempo criador e destruidor, seja observando por um ponto de vista científico ou mitológico.
Em Relâmpago, o fenômeno natural de mesmo nome é transposto para o espaço interno. Atravéz de uma composição de lâmpadas tubulares, o violaceo da radiação luminosa dos relâmpagos é reproduzido, trazendo a potência e a fragilidade presentes em uma descarga elétrica. A peça é composta por lâmpadas do tipo activiva, que, segundo o fabricante, promove o bem estar e a produtividade do ser humano, além de estimular a fotossíntese. Fica evidente a observação dos artistas a respeito da dependência que o homem tem da energia elétrica, ao menos em perímetros urbanos. De um modo geral, o raio representa um poder ao mesmo tempo criador e destruidor, seja observando por um ponto de vista científico ou mitológico.
Foto Edouard Fraipont
Lâmpadas, reatores, conectores e cabos
Foto Filipe Berndt
Em Relâmpago, o fenômeno natural de mesmo nome é transposto para o espaço interno. Atravéz de uma composição de lâmpadas tubulares, o violaceo da radiação luminosa dos relâmpagos é reproduzido, trazendo a potência e a fragilidade presentes em uma descarga elétrica. A peça é composta por lâmpadas do tipo activiva, que, segundo o fabricante, promove o bem estar e a produtividade do ser humano, além de estimular a fotossíntese. Fica evidente a observação dos artistas a respeito da dependência que o homem tem da energia elétrica, ao menos em perímetros urbanos. De um modo geral, o raio representa um poder ao mesmo tempo criador e destruidor, seja observando por um ponto de vista científico ou mitológico.
Em Relâmpago, o fenômeno natural de mesmo nome é transposto para o espaço interno. Atravéz de uma composição de lâmpadas tubulares, o violaceo da radiação luminosa dos relâmpagos é reproduzido, trazendo a potência e a fragilidade presentes em uma descarga elétrica. A peça é composta por lâmpadas do tipo activiva, que, segundo o fabricante, promove o bem estar e a produtividade do ser humano, além de estimular a fotossíntese. Fica evidente a observação dos artistas a respeito da dependência que o homem tem da energia elétrica, ao menos em perímetros urbanos. De um modo geral, o raio representa um poder ao mesmo tempo criador e destruidor, seja observando por um ponto de vista científico ou mitológico.
Tinta para Chroma Key Digicomp sobre parede
Foto Edouard Fraipont
Vídeo loop
Foto Edouard Fraipont
A insuficiência das mídias está presente no vídeo Horizonte, de 2015. Na obra, cordas de um violão formam ondas de dimensões e comprimento distintos a partir da incapacidade – ou incompatibilidade – da câmera de vídeo em captar as vibrações geradas pelo instrumento de cordas. Essas linhas criam formas geográficas que representam vistas do horizonte.
A insuficiência das mídias está presente no vídeo Horizonte, de 2015. Na obra, cordas de um violão formam ondas de dimensões e comprimento distintos a partir da incapacidade – ou incompatibilidade – da câmera de vídeo em captar as vibrações geradas pelo instrumento de cordas. Essas linhas criam formas geográficas que representam vistas do horizonte.
Monitor de LCD 23’, media player, aço inoxidável e luz fluorescente
Foto Edouard Fraipont
Em Deposição, de 2013, o desuso aparece na forma da acumulação de enciclopédias impressas que, cortadas como desenhos topográficos aparentam serem estalagmites. Fazem referência, portanto, a uma sedimentação de materiais que se desprenderam de seu contexto original e passaram a estruturar uma forma composta por resíduos.
Em Deposição, de 2013, o desuso aparece na forma da acumulação de enciclopédias impressas que, cortadas como desenhos topográficos aparentam serem estalagmites. Fazem referência, portanto, a uma sedimentação de materiais que se desprenderam de seu contexto original e passaram a estruturar uma forma composta por resíduos.
Baldes, mesas, auto-falantes, amplificadores estéreos, cabos e água
Foto Edouard Fraipont
Em Chora-Chuva, 16 baldes de plástico com água são posicionados sobre mesas como que para conter goteiras que invadem o espaço expositivo. Sob esses baldes foram instaladas caixas de som que ao emitirem sinais e impulsos provocam vibrações na água, emulando gotejar sobre sua superfície – é a invasão da chuva no espaço interno.
O trabalho, idealizado para a Bienal de Vancouver (2014), ganha novos significados quando inserido em outro contexto.
Em Chora-Chuva, 16 baldes de plástico com água são posicionados sobre mesas como que para conter goteiras que invadem o espaço expositivo. Sob esses baldes foram instaladas caixas de som que ao emitirem sinais e impulsos provocam vibrações na água, emulando gotejar sobre sua superfície – é a invasão da chuva no espaço interno.
O trabalho, idealizado para a Bienal de Vancouver (2014), ganha novos significados quando inserido em outro contexto.
Baldes, mesas, auto-falantes, amplificadores estéreos, cabos e água
Foto Edouard Fraipont
Em Chora-Chuva, 16 baldes de plástico com água são posicionados sobre mesas como que para conter goteiras que invadem o espaço expositivo. Sob esses baldes foram instaladas caixas de som que ao emitirem sinais e impulsos provocam vibrações na água, emulando gotejar sobre sua superfície – é a invasão da chuva no espaço interno. O trabalho, idealizado para a Bienal de Vancouver (2014), ganha novos significados quando inserido em outro contexto.
Em Chora-Chuva, 16 baldes de plástico com água são posicionados sobre mesas como que para conter goteiras que invadem o espaço expositivo. Sob esses baldes foram instaladas caixas de som que ao emitirem sinais e impulsos provocam vibrações na água, emulando gotejar sobre sua superfície – é a invasão da chuva no espaço interno. O trabalho, idealizado para a Bienal de Vancouver (2014), ganha novos significados quando inserido em outro contexto.
Baldes, mesas, alto-falantes, amplificadores, cabos e água
Tinta esmalte sobre MDF
Foto Edouard Fraipont
A água também está presente nas pinturas da série Terrenos, de 2015. Nesses trabalhos, desenhos gerados com tinta esmalte remetem a padrões de camuflagem. Na técnica chamada Ebru, a tinta é depositada sobre uma superfície d’água e o próprio movimento da água tingida é transferido para o suporte. As pinturas remetem a visões de regiões da América Latina vistas por satélites. As peças da série Terrenos foram construídas com base nos jogos de Tangram. Esse ponto reforça a ideia da camuflagem como desenvolvimento do raciocínio lógico na analise e distinção de suas formas. Com o uso referente a esse tipo de padronagem, os artistas também apontam para as regiões representadas como zonas de conflito, ou como zonas que, por alguma razão, vêm (ou devem ver) o outro como inimigo. Atacama, Tapajós e São Paulo são algumas das localidades representadas na série.
A água também está presente nas pinturas da série Terrenos, de 2015. Nesses trabalhos, desenhos gerados com tinta esmalte remetem a padrões de camuflagem. Na técnica chamada Ebru, a tinta é depositada sobre uma superfície d’água e o próprio movimento da água tingida é transferido para o suporte. As pinturas remetem a visões de regiões da América Latina vistas por satélites. As peças da série Terrenos foram construídas com base nos jogos de Tangram. Esse ponto reforça a ideia da camuflagem como desenvolvimento do raciocínio lógico na analise e distinção de suas formas. Com o uso referente a esse tipo de padronagem, os artistas também apontam para as regiões representadas como zonas de conflito, ou como zonas que, por alguma razão, vêm (ou devem ver) o outro como inimigo. Atacama, Tapajós e São Paulo são algumas das localidades representadas na série.
Tinta esmalte sobre MDF
Foto Edouard Fraipont
A água também está presente nas pinturas da série Terrenos, de 2015. Nesses trabalhos, desenhos gerados com tinta esmalte remetem a padrões de camuflagem. Na técnica chamada Ebru, a tinta é depositada sobre uma superfície d’água e o próprio movimento da água tingida é transferido para o suporte. As pinturas remetem a visões de regiões da América Latina vistas por satélites. As peças da série Terrenos foram construídas com base nos jogos de Tangram. Esse ponto reforça a ideia da camuflagem como desenvolvimento do raciocínio lógico na analise e distinção de suas formas. Com o uso referente a esse tipo de padronagem, os artistas também apontam para as regiões representadas como zonas de conflito, ou como zonas que, por alguma razão, vêm (ou devem ver) o outro como inimigo. Atacama, Tapajós e São Paulo são algumas das localidades representadas na série.
A água também está presente nas pinturas da série Terrenos, de 2015. Nesses trabalhos, desenhos gerados com tinta esmalte remetem a padrões de camuflagem. Na técnica chamada Ebru, a tinta é depositada sobre uma superfície d’água e o próprio movimento da água tingida é transferido para o suporte. As pinturas remetem a visões de regiões da América Latina vistas por satélites. As peças da série Terrenos foram construídas com base nos jogos de Tangram. Esse ponto reforça a ideia da camuflagem como desenvolvimento do raciocínio lógico na analise e distinção de suas formas. Com o uso referente a esse tipo de padronagem, os artistas também apontam para as regiões representadas como zonas de conflito, ou como zonas que, por alguma razão, vêm (ou devem ver) o outro como inimigo. Atacama, Tapajós e São Paulo são algumas das localidades representadas na série.
Tinta esmalte sobre MDF
Foto Edouard Fraipont
A água também está presente nas pinturas da série Terrenos, de 2015. Nesses trabalhos, desenhos gerados com tinta esmalte remetem a padrões de camuflagem. Na técnica chamada Ebru, a tinta é depositada sobre uma superfície d’água e o próprio movimento da água tingida é transferido para o suporte. As pinturas remetem a visões de regiões da América Latina vistas por satélites. As peças da série Terrenos foram construídas com base nos jogos de Tangram. Esse ponto reforça a ideia da camuflagem como desenvolvimento do raciocínio lógico na analise e distinção de suas formas. Com o uso referente a esse tipo de padronagem, os artistas também apontam para as regiões representadas como zonas de conflito, ou como zonas que, por alguma razão, vêm (ou devem ver) o outro como inimigo. Atacama, Tapajós e São Paulo são algumas das localidades representadas na série.
A água também está presente nas pinturas da série Terrenos, de 2015. Nesses trabalhos, desenhos gerados com tinta esmalte remetem a padrões de camuflagem. Na técnica chamada Ebru, a tinta é depositada sobre uma superfície d’água e o próprio movimento da água tingida é transferido para o suporte. As pinturas remetem a visões de regiões da América Latina vistas por satélites. As peças da série Terrenos foram construídas com base nos jogos de Tangram. Esse ponto reforça a ideia da camuflagem como desenvolvimento do raciocínio lógico na analise e distinção de suas formas. Com o uso referente a esse tipo de padronagem, os artistas também apontam para as regiões representadas como zonas de conflito, ou como zonas que, por alguma razão, vêm (ou devem ver) o outro como inimigo. Atacama, Tapajós e São Paulo são algumas das localidades representadas na série.
Lâmpadas, reatores, conectores e cabos
Foto Edouard Fraipont
Outro trabalho ligado às paisagens urbanas e naturais é Relâmpago, de 2015. Os artistas criaram um relâmpago feito com lâmpadas tubulares do tipo activiva. Segundo o fabricante, esse tipo de lâmpada promove o bem estar e a produtividade do ser humano, além de estimular a fotossíntese. Fica evidente a observação dos artistas a respeito da dependência do homem da energia elétrica para seu bom funcionamento, ao menos em perímetros urbanos. É importante, no entanto, investigarmos outros aspectos da simbologia ligada aos relâmpagos: teorias científicas apontam que descargas elétricas possam ter sido fundamentais no surgimento da vida. Na história humana, foi possivelmente a primeira fonte de fogo, fundamental no processo da evolução. De um modo geral, o raio representa um poder ao mesmo tempo criador e destruidor, seja observando por um ponto de vista científico ou mitológico. É simultaneamente a vida e a morte; uma síntese da atividade celeste e suas ações transformadoras.
Outro trabalho ligado às paisagens urbanas e naturais é Relâmpago, de 2015. Os artistas criaram um relâmpago feito com lâmpadas tubulares do tipo activiva. Segundo o fabricante, esse tipo de lâmpada promove o bem estar e a produtividade do ser humano, além de estimular a fotossíntese. Fica evidente a observação dos artistas a respeito da dependência do homem da energia elétrica para seu bom funcionamento, ao menos em perímetros urbanos. É importante, no entanto, investigarmos outros aspectos da simbologia ligada aos relâmpagos: teorias científicas apontam que descargas elétricas possam ter sido fundamentais no surgimento da vida. Na história humana, foi possivelmente a primeira fonte de fogo, fundamental no processo da evolução. De um modo geral, o raio representa um poder ao mesmo tempo criador e destruidor, seja observando por um ponto de vista científico ou mitológico. É simultaneamente a vida e a morte; uma síntese da atividade celeste e suas ações transformadoras.
Foto Edouard Fraipont
Tripés, projetor, motor, hélices, vídeo player
Foto Edouard Fraipont
Dois tripés sustentam uma traquitana que rotaciona hélices de formatos irregulares e sobre elas é projetada a imagem de um beija-flor. A imagem desse pássaro – que habita somente as Américas- se forma na superficie das helices que fragmentam a projeção originalmente branca, percorrendo todas as cores do espectro em movimento.
É como se dessa insuficiência surgisse essa imagem oriunda do reino animal. É o natural que emerge a partir da insuficiência do aparato eletrônico.
Dois tripés sustentam uma traquitana que rotaciona hélices de formatos irregulares e sobre elas é projetada a imagem de um beija-flor. A imagem desse pássaro – que habita somente as Américas- se forma na superficie das helices que fragmentam a projeção originalmente branca, percorrendo todas as cores do espectro em movimento.
É como se dessa insuficiência surgisse essa imagem oriunda do reino animal. É o natural que emerge a partir da insuficiência do aparato eletrônico.
Tripés, projetor, motor, helices, vídeo player
Foto Edouard Fraipont
Dois tripés sustentam uma traquitana que rotaciona hélices de formatos irregulares e sobre elas é projetada a imagem de um beija-flor. A imagem desse pássaro – que habita somente as Américas- se forma na superficie das helices que fragmentam a projeção originalmente branca, percorrendo todas as cores do espectro em movimento. É como se dessa insuficiência surgisse essa imagem oriunda do reino animal. É o natural que emerge a partir da insuficiência do aparato eletrônico.
Dois tripés sustentam uma traquitana que rotaciona hélices de formatos irregulares e sobre elas é projetada a imagem de um beija-flor. A imagem desse pássaro – que habita somente as Américas- se forma na superficie das helices que fragmentam a projeção originalmente branca, percorrendo todas as cores do espectro em movimento. É como se dessa insuficiência surgisse essa imagem oriunda do reino animal. É o natural que emerge a partir da insuficiência do aparato eletrônico.
Objetos compostos por 7 enciclopédias
Foto Edouard Fraipont
Em Deposição, de 2013, o desuso aparece na forma da acumulação de enciclopédias impressas que, cortadas como desenhos topográficos aparentam serem estalagmites. Fazem referência, portanto, a uma sedimentação de materiais que se desprenderam de seu contexto original e passaram a estruturar uma forma composta por resíduos.
Em Deposição, de 2013, o desuso aparece na forma da acumulação de enciclopédias impressas que, cortadas como desenhos topográficos aparentam serem estalagmites. Fazem referência, portanto, a uma sedimentação de materiais que se desprenderam de seu contexto original e passaram a estruturar uma forma composta por resíduos.
Tinta para chroma key digicomp sobre parede
Foto Edouard Fraipont
Prólogo
19/08/2019
São Paulo, 11h
Burnout é algo parecido com os motores quando superaquecem e param de funcionar.
19/08/2019
São Paulo, 16h.
O dia virou noite.
Uma imensa nuvem de fumaça cobriu o céu até que choveu uma chuva turva de fuligem. Causada por uma queimada na Amazônia, a nuvem viajou 3.800 quilômetros até chegar em São Paulo.
Um cientista disse no jornal que isso só acontece com a erupção de vulcões, embora não tenha vulcões no Brasil.
—
Em sua segunda individual na Vermelho, Clara Ianni apresenta desdobramentos de sua pesquisa iniciada entre 2022 sobre a relação entre capitalismo e religião. A pesquisa se debruça sobre o mito moderno da separação entre humanidade e natureza, suas raízes na expansão capitalista e na extração colonial, abordando dois esgotamentos contemporâneos, o humano e o ambiental, e propõe um exercício de imaginar como viver depois disso: Como regenerar? Como ressuscitar?
Em todo o térreo da exposição, da entrada até a Sala 1, Tapete é um memorial efêmero, inspirada nas procissões católicas de Corpus Christi. A partir de uma tradição iniciada no período da colonização portuguesa, o feriado é marcado pela confecção de tapetes de serragem que colorem ruas e avenidas de várias cidades brasileiras. Com diferentes cores, os tapetes são feitos com desenhos de cenas bíblicas, de flores, de objetos devocionais e frequentemente trazem imagens e mensagens locais. Os tapetes, depois de serem desenhados e preparados por dias, são desfeitos conforme as procissões passam por eles.
Na obra de Clara Ianni, o tapete traz um grande desenho de uma flor híbrida, que só se apresenta ao entrarmos na Sala 1, o Cubo Branco da galeria e espaço tradicionalmente reverenciado na arte. O desenho nasce da junção de duas metades: de um lado, a imagem da flor de Pau-Brasil cortada ao meio foi retirada de uma enciclopédia botânica. Do outro, uma derivação desse desenho foi gerada por um software de Inteligência Artificial (IA), instrumento de trabalho utilizado no cotidiano da artista. Tapete traz um dos elementos formadores do que hoje se chama Brasil, a planta que lhe conferiu o nome e que, por sua extração para a produção de corante vermelho, chegou a ser declarada extinta, ao lado de uma imagem gerada por um software corporativo que recombina imagens produzidas pelos usuários, em larga escala, assim como commodities. Nesse entroncamento, Tapete traça uma relação com o extrativismo do passado e do presente, questiona a divisão entre natureza e cultura, e propõe uma celebração à interdependência entre humanidade e seu entorno na reprodução da vida.
A ideia de reprodução da vida e da interdependência entre humanidade e natureza se desdobra em uma série de desenhos de observação, Union(União/Sindicato). Cada conjunto da série parte de uma planta vendida como commodity em ciclos econômicos brasileiros, como café, cana e soja. A partir de uma imagem de uma enciclopédia botânica e derivações desta imagem feitas por um software de IA, a artista reproduz, em pequenas telas, desenhos de observação feitos à mão com grafite. As telas são organizadas em uma forma que lembra a grade, a taxonomia, a classificação museológica, mas em percursos desviantes que sugerem ramificações e hibridizações não tão ordenados. Union(União/Sindicato) une três convenções da representação do natural (enciclopédica, desenho à mão livre e imagem gerada por Inteligência Artificial) e questiona a separação (Terra, o corpo e as máquinas) a partir do acúmulo do subproduto digital, o descarte do mundo contemporâneo, o resíduo. A série ocupa duas salas da exposição. Na Sala 1, junto ao Tapete, três conjuntos lidam com a representação da flor do pau-brasil em diferentes estágios: a semente fechada, a semente aberta e a flor.
O tempo se torna, então um dado importante de Segunda Natureza: o tempo que desfaz o tapete, o tempo do desenvolvimento da semente até a flor e o tempo acelerado do desenvolvimento tecnológico e a desaceleração.
É nesse contexto que se insere Que horas são?, uma série de esculturas que abordam a relação entre múltiplas temporalidades. Passado, presente, futuro, tempo humano e tempo da natureza aparecem entrelaçados em rochas que foram perfuradas para o emaranhamento com relógios de pulso digitais. As esculturas criam um diálogo entre o tempo geológico e o tempo social, aproximando as diferentes escalas temporais.
Clara Ianni retorna, então, ao começo com Segunda Natureza, vídeo que dá título à exposição. O vídeo é elaborado partir da história do Éden, que consta no livro do Gênesis, o primeiro capítulo da Bíblia, onde um homem primordial aparece como ser excepcional, separado do seu entorno, e que deve “submeter a terra”, e “dominar os peixes do mar, as árvores do céu e todos os seres vivos que rastejam sobre a terra”. Assim, a humanidade é separada dos meios de reprodução de sua própria vida e, para sobreviver, deve submeter seu entorno, e submeter-se à essa separação.
No filme de Ianni, rodado dentro da Igreja Luterana de Maastricht (Holanda), vemos essa história contada de dentro do território simbólico desse afastamento. Vemos a história mudar enquanto a natureza se faz penetrar nesse espaço, primeiro como uma sugestão, um presságio que se insinua pelos vitrais da igreja, até que suas janelas sejam abertas, permitindo que uma natureza invada e domine a própria estrutura da disseminação da palavra que impossibilita a vida: o púlpito.
Durante os últimos 15 anos, Clara Ianni trabalhou em torno da relação entre política, história no contexto do capitalismo tardio do Brasil, refletindo sobre o mito da modernização e suas ligações com o colonialismo, imperialismo e violência. Nos últimos anos, a artista tem trabalhado ao redor da ideia de imaginação política, diante da instrumentalização do medo como um dispositivo paralisante.
Assim, a exposição se encerra em seu começo, na fachada da galeria, onde o mural Apocalipse Invertido mostra uma imagem encontrada em um livro de evangelização onde se lê “Brasil e o Apocalipse”. Aplicada à fachada de ponta-cabeça, a imagem será construída aos poucos, ao longo do período da exposição, por meio da performance “Trabalho depois das 18h”, onde Ianni desbastará a grande parede da entrada da Vermelho, por onde passaram centenas de projetos, atrás da construção pictórica da imagem invertida. O trabalho joga com o fim do mundo enquanto instrumento de bloqueio da imaginação, através do medo, e como possibilidade de reinvenção. O trabalho se completa, então, no fim da exposição. Ou não.
Clara Ianni passou a ser representada pela Vermelho em 2013, após participar de Untitled (12ª Bienal de Istanbul), curada por Adriano Pedrosa e Jens Hoffmann. Essa participação consolidou uma trajetória marcada por importantes participações em exposições institucionais como o 33º Panorama da Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (2013) a 31ª Bienal de São Paulo (2014); Fire and Forget. On Violence, no Kunst-Werke – Berlim (2015); X Berlin Biennale (2018); Histórias feministas, no MASP, em São Paulo (2018); 21º Bienal Sesc_Videobrasil (2019); 34a Bienal de São Paulo (2021); Soft Water Hard Stone: 2021 New Museum Triennial (2021).
Incisões e desgaste sobre parede
Foto Filipe Berndt
O mural mostra uma imagem encontrada em um livro de evangelização onde se lê “Brasil e o Apocalipse”. Aplicada à fachada de ponta-cabeça, a imagem será construída aos poucos, ao longo do período da exposição, por meio da performance Trabalho depois das 18h, em que Ianni desbastará a grande parede da entrada da Vermelho, por onde passaram centenas de projetos, em busca da construção pictórica da imagem invertida. O trabalho joga com o fim do mundo como instrumento de bloqueio da imaginação, através do medo, e como possibilidade de reinvenção. O trabalho se completa, então, no fim da exposição. Ou não.
O mural mostra uma imagem encontrada em um livro de evangelização onde se lê “Brasil e o Apocalipse”. Aplicada à fachada de ponta-cabeça, a imagem será construída aos poucos, ao longo do período da exposição, por meio da performance Trabalho depois das 18h, em que Ianni desbastará a grande parede da entrada da Vermelho, por onde passaram centenas de projetos, em busca da construção pictórica da imagem invertida. O trabalho joga com o fim do mundo como instrumento de bloqueio da imaginação, através do medo, e como possibilidade de reinvenção. O trabalho se completa, então, no fim da exposição. Ou não.
Foto Daniel Mello
No dia da abertura das exposições, Pagode na Lata se apresentou no pátio da galeria. O coletivo é formado por ex-trabalhadores dos serviços da assistência e saúde na Cracolândia que pensam o samba como insumo da redução de danos, e a economia solidária como prática de autonomia.
Pagode na Lata, na atual formação, é composto por Raphael Escobar, Leonardo Lindolfo, Jair Junior “Racionais”, Marquinho Maia, Robson Correia “Favela”, Gustavo Luizon, Marcos Cesário “Pirata”, Raul Zito, Átila Fragozo, Caca Pinheiro e Jurandir Emídio.
No dia da abertura das exposições, Pagode na Lata se apresentou no pátio da galeria. O coletivo é formado por ex-trabalhadores dos serviços da assistência e saúde na Cracolândia que pensam o samba como insumo da redução de danos, e a economia solidária como prática de autonomia.
Pagode na Lata, na atual formação, é composto por Raphael Escobar, Leonardo Lindolfo, Jair Junior “Racionais”, Marquinho Maia, Robson Correia “Favela”, Gustavo Luizon, Marcos Cesário “Pirata”, Raul Zito, Átila Fragozo, Caca Pinheiro e Jurandir Emídio.
Foto Daniel Mello
Grafite, primer acrílico e tela
Foto Filipe Berndt
Relógios de pulso digitais e rochas perfuradas
Foto Filipe Berndt
Que horas são?, é uma série de esculturas que abordam a relação entre múltiplas temporalidades. Passado, presente, futuro, tempo humano e tempo da natureza aparecem entrelaçados em rochas que foram perfuradas para o emaranhamento com relógios de pulso digitais. As esculturas criam um diálogo entre o tempo geológico e o tempo social, aproximando as diferentes escalas temporais.
Que horas são?, é uma série de esculturas que abordam a relação entre múltiplas temporalidades. Passado, presente, futuro, tempo humano e tempo da natureza aparecem entrelaçados em rochas que foram perfuradas para o emaranhamento com relógios de pulso digitais. As esculturas criam um diálogo entre o tempo geológico e o tempo social, aproximando as diferentes escalas temporais.
grafite e pastel oleoso sobre papel
Foto Filipe Berndt
Serragem tingida
Foto Filipe Berndt
Tapete é um memorial efêmero, inspirado nas procissões católicas de Corpus Christi. A partir de uma tradição iniciada no período da colonização portuguesa, o feriado é marcado pela confecção de tapetes de serragem que colorem ruas de várias cidades brasileiras. Os tapetes são feitos com desenhos de cenas bíblicas, de flores, de objetos devocionais e frequentemente trazem imagens e mensagens locais. Os tapetes, depois de serem desenhados e preparados por dias, são desfeitos conforme as procissões passam por eles.
Na obra de Clara Ianni, o tapete traz um grande desenho de uma flor híbrida. O desenho nasce da junção de duas metades: de um lado, a imagem da flor de Pau-Brasil cortada ao meio foi retirada de uma enciclopédia botânica. Do outro, uma derivação desse desenho foi gerada por um software de Inteligência Artificial (IA). Tapete traz um dos elementos formadores do que hoje se chama Brasil, a planta que lhe conferiu o nome e que, por sua extração para a produção de corante vermelho, chegou a ser declarada extinta, ao lado de uma imagem gerada por um software corporativo que recombina imagens produzidas pelos usuários, em larga escala, assim como commodities. Nesse entroncamento, Tapete traça uma relação com o extrativismo do passado e do presente, questiona a divisão entre natureza e cultura, e propõe uma celebração à interdependência entre humanidade e seu entorno na reprodução da vida.
Tapete é um memorial efêmero, inspirado nas procissões católicas de Corpus Christi. A partir de uma tradição iniciada no período da colonização portuguesa, o feriado é marcado pela confecção de tapetes de serragem que colorem ruas de várias cidades brasileiras. Os tapetes são feitos com desenhos de cenas bíblicas, de flores, de objetos devocionais e frequentemente trazem imagens e mensagens locais. Os tapetes, depois de serem desenhados e preparados por dias, são desfeitos conforme as procissões passam por eles.
Na obra de Clara Ianni, o tapete traz um grande desenho de uma flor híbrida. O desenho nasce da junção de duas metades: de um lado, a imagem da flor de Pau-Brasil cortada ao meio foi retirada de uma enciclopédia botânica. Do outro, uma derivação desse desenho foi gerada por um software de Inteligência Artificial (IA). Tapete traz um dos elementos formadores do que hoje se chama Brasil, a planta que lhe conferiu o nome e que, por sua extração para a produção de corante vermelho, chegou a ser declarada extinta, ao lado de uma imagem gerada por um software corporativo que recombina imagens produzidas pelos usuários, em larga escala, assim como commodities. Nesse entroncamento, Tapete traça uma relação com o extrativismo do passado e do presente, questiona a divisão entre natureza e cultura, e propõe uma celebração à interdependência entre humanidade e seu entorno na reprodução da vida.
Grafite, primer acrílico e tela
Semente de pau-brasil aberta
Foto Filipe Berndt
A ideia de reprodução da vida e da interdependência entre humanidade e natureza se desdobra nessa série de desenhos de observação. Cada conjunto da série parte de uma planta vendida como commodity em ciclos econômicos brasileiros, como café, cana e soja. A partir de uma imagem de uma enciclopédia botânica e derivações desta imagem feitas por um software de IA, a artista reproduz desenhos de observação feitos à mão com grafite. As telas são organizadas em uma forma que lembra a grade, a taxonomia, a classificação museológica, mas em percursos desviantes que sugerem ramificações e hibridizações não tão ordenados.
Union (Sindicato) une três convenções da representação do natural (enciclopédica, desenho à mão livre e imagem gerada por Inteligência Artificial) e questiona a separação (Terra, corpo e máquina) a partir do acúmulo do subproduto digital, o descarte do mundo contemporâneo, o resíduo. A série ocupa duas salas da exposição. Na Sala 1, junto ao Tapete, três conjuntos lidam com a representação da flor do pau-brasil em diferentes estágios: a semente fechada, a semente aberta e a flor.
A ideia de reprodução da vida e da interdependência entre humanidade e natureza se desdobra nessa série de desenhos de observação. Cada conjunto da série parte de uma planta vendida como commodity em ciclos econômicos brasileiros, como café, cana e soja. A partir de uma imagem de uma enciclopédia botânica e derivações desta imagem feitas por um software de IA, a artista reproduz desenhos de observação feitos à mão com grafite. As telas são organizadas em uma forma que lembra a grade, a taxonomia, a classificação museológica, mas em percursos desviantes que sugerem ramificações e hibridizações não tão ordenados.
Union (Sindicato) une três convenções da representação do natural (enciclopédica, desenho à mão livre e imagem gerada por Inteligência Artificial) e questiona a separação (Terra, corpo e máquina) a partir do acúmulo do subproduto digital, o descarte do mundo contemporâneo, o resíduo. A série ocupa duas salas da exposição. Na Sala 1, junto ao Tapete, três conjuntos lidam com a representação da flor do pau-brasil em diferentes estágios: a semente fechada, a semente aberta e a flor.
Grafite, primer acrílico e tela
Flor de pau-brasil
Foto Filipe Berndt
A ideia de reprodução da vida e da interdependência entre humanidade e natureza se desdobra nessa série de desenhos de observação. Cada conjunto da série parte de uma planta vendida como commodity em ciclos econômicos brasileiros, como café, cana e soja. A partir de uma imagem de uma enciclopédia botânica e derivações desta imagem feitas por um software de IA, a artista reproduz desenhos de observação feitos à mão com grafite. As telas são organizadas em uma forma que lembra a grade, a taxonomia, a classificação museológica, mas em percursos desviantes que sugerem ramificações e hibridizações não tão ordenados.
Union (Sindicato) une três convenções da representação do natural (enciclopédica, desenho à mão livre e imagem gerada por Inteligência Artificial) e questiona a separação (Terra, corpo e máquina) a partir do acúmulo do subproduto digital, o descarte do mundo contemporâneo, o resíduo. A série ocupa duas salas da exposição. Na Sala 1, junto ao Tapete, três conjuntos lidam com a representação da flor do pau-brasil em diferentes estágios: a semente fechada, a semente aberta e a flor.
A ideia de reprodução da vida e da interdependência entre humanidade e natureza se desdobra nessa série de desenhos de observação. Cada conjunto da série parte de uma planta vendida como commodity em ciclos econômicos brasileiros, como café, cana e soja. A partir de uma imagem de uma enciclopédia botânica e derivações desta imagem feitas por um software de IA, a artista reproduz desenhos de observação feitos à mão com grafite. As telas são organizadas em uma forma que lembra a grade, a taxonomia, a classificação museológica, mas em percursos desviantes que sugerem ramificações e hibridizações não tão ordenados.
Union (Sindicato) une três convenções da representação do natural (enciclopédica, desenho à mão livre e imagem gerada por Inteligência Artificial) e questiona a separação (Terra, corpo e máquina) a partir do acúmulo do subproduto digital, o descarte do mundo contemporâneo, o resíduo. A série ocupa duas salas da exposição. Na Sala 1, junto ao Tapete, três conjuntos lidam com a representação da flor do pau-brasil em diferentes estágios: a semente fechada, a semente aberta e a flor.
Grafite, primer acrílico e tela
Semente de pau-brasil fechada
Foto Filipe Berndt
A ideia de reprodução da vida e da interdependência entre humanidade e natureza se desdobra nessa série de desenhos de observação. Cada conjunto da série parte de uma planta vendida como commodity em ciclos econômicos brasileiros, como café, cana e soja. A partir de uma imagem de uma enciclopédia botânica e derivações desta imagem feitas por um software de IA, a artista reproduz desenhos de observação feitos à mão com grafite. As telas são organizadas em uma forma que lembra a grade, a taxonomia, a classificação museológica, mas em percursos desviantes que sugerem ramificações e hibridizações não tão ordenados.
Union (Sindicato) une três convenções da representação do natural (enciclopédica, desenho à mão livre e imagem gerada por Inteligência Artificial) e questiona a separação (Terra, corpo e máquina) a partir do acúmulo do subproduto digital, o descarte do mundo contemporâneo, o resíduo. A série ocupa duas salas da exposição. Na Sala 1, junto ao Tapete, três conjuntos lidam com a representação da flor do pau-brasil em diferentes estágios: a semente fechada, a semente aberta e a flor.
A ideia de reprodução da vida e da interdependência entre humanidade e natureza se desdobra nessa série de desenhos de observação. Cada conjunto da série parte de uma planta vendida como commodity em ciclos econômicos brasileiros, como café, cana e soja. A partir de uma imagem de uma enciclopédia botânica e derivações desta imagem feitas por um software de IA, a artista reproduz desenhos de observação feitos à mão com grafite. As telas são organizadas em uma forma que lembra a grade, a taxonomia, a classificação museológica, mas em percursos desviantes que sugerem ramificações e hibridizações não tão ordenados.
Union (Sindicato) une três convenções da representação do natural (enciclopédica, desenho à mão livre e imagem gerada por Inteligência Artificial) e questiona a separação (Terra, corpo e máquina) a partir do acúmulo do subproduto digital, o descarte do mundo contemporâneo, o resíduo. A série ocupa duas salas da exposição. Na Sala 1, junto ao Tapete, três conjuntos lidam com a representação da flor do pau-brasil em diferentes estágios: a semente fechada, a semente aberta e a flor.
Relógios de pulso digitais e rochas perfuradas
Foto Filipe Berndt
Que horas são?, é uma série de esculturas que abordam a relação entre múltiplas temporalidades. Passado, presente, futuro, tempo humano e tempo da natureza aparecem entrelaçados em rochas que foram perfuradas para o emaranhamento com relógios de pulso digitais. As esculturas criam um diálogo entre o tempo geológico e o tempo social, aproximando as diferentes escalas temporais.
Que horas são?, é uma série de esculturas que abordam a relação entre múltiplas temporalidades. Passado, presente, futuro, tempo humano e tempo da natureza aparecem entrelaçados em rochas que foram perfuradas para o emaranhamento com relógios de pulso digitais. As esculturas criam um diálogo entre o tempo geológico e o tempo social, aproximando as diferentes escalas temporais.
Caneta esferográfica sobre papel
Foto Filipe Berndt
Anjos é uma série de desenhos de observação. Retirados dos primeiros mapas, enciclopédias e manuais científicos produzidos durante a colonização das Américas, o projeto reúne desenhos de anjos carregando barris de mercadorias, réguas e compassos. Anjos aborda a relação entre exploração econômica, ciência e religião.
Anjos é uma série de desenhos de observação. Retirados dos primeiros mapas, enciclopédias e manuais científicos produzidos durante a colonização das Américas, o projeto reúne desenhos de anjos carregando barris de mercadorias, réguas e compassos. Anjos aborda a relação entre exploração econômica, ciência e religião.
Moeda de 10 centavos de real e terra
Foto Filipe Berndt
O trabalho lida com uma das dinâmicas centrais do capitalismo, a acumulação, que toma o mundo existente como matéria-prima para o acúmulo de riqueza. Juntando características abstratas e concretas desses mecanismos, o conjunto de trabalhos traz à tona aspectos históricos, políticos e sociais, conectando o extrativismo à exploração digital-financeira.
O trabalho lida com uma das dinâmicas centrais do capitalismo, a acumulação, que toma o mundo existente como matéria-prima para o acúmulo de riqueza. Juntando características abstratas e concretas desses mecanismos, o conjunto de trabalhos traz à tona aspectos históricos, políticos e sociais, conectando o extrativismo à exploração digital-financeira.
Relógios de pulso digitais e rochas perfuradas
Foto Filipe Berndt
Que horas são?, é uma série de esculturas que abordam a relação entre múltiplas temporalidades. Passado, presente, futuro, tempo humano e tempo da natureza aparecem entrelaçados em rochas que foram perfuradas para o emaranhamento com relógios de pulso digitais. As esculturas criam um diálogo entre o tempo geológico e o tempo social, aproximando as diferentes escalas temporais.
Que horas são?, é uma série de esculturas que abordam a relação entre múltiplas temporalidades. Passado, presente, futuro, tempo humano e tempo da natureza aparecem entrelaçados em rochas que foram perfuradas para o emaranhamento com relógios de pulso digitais. As esculturas criam um diálogo entre o tempo geológico e o tempo social, aproximando as diferentes escalas temporais.
Relógios de pulso digitais e rochas perfuradas
Foto Filipe Berndt
Que horas são?, é uma série de esculturas que abordam a relação entre múltiplas temporalidades. Passado, presente, futuro, tempo humano e tempo da natureza aparecem entrelaçados em rochas que foram perfuradas para o emaranhamento com relógios de pulso digitais. As esculturas criam um diálogo entre o tempo geológico e o tempo social, aproximando as diferentes escalas temporais.
Que horas são?, é uma série de esculturas que abordam a relação entre múltiplas temporalidades. Passado, presente, futuro, tempo humano e tempo da natureza aparecem entrelaçados em rochas que foram perfuradas para o emaranhamento com relógios de pulso digitais. As esculturas criam um diálogo entre o tempo geológico e o tempo social, aproximando as diferentes escalas temporais.
Grafite, primer acrílico e tela
Flor de cana
Foto Filipe Berndt
A ideia de reprodução da vida e da interdependência entre humanidade e natureza se desdobra nessa série de desenhos de observação. Cada conjunto da série parte de uma planta vendida como commodity em ciclos econômicos brasileiros, como café, cana e soja. A partir de uma imagem de uma enciclopédia botânica e derivações desta imagem feitas por um software de IA, a artista reproduz desenhos de observação feitos à mão com grafite. As telas são organizadas em uma forma que lembra a grade, a taxonomia, a classificação museológica, mas em percursos desviantes que sugerem ramificações e hibridizações não tão ordenados.
Union (Sindicato) une três convenções da representação do natural (enciclopédica, desenho à mão livre e imagem gerada por Inteligência Artificial) e questiona a separação (Terra, corpo e máquina) a partir do acúmulo do subproduto digital, o descarte do mundo contemporâneo, o resíduo. A série ocupa duas salas da exposição. Na Sala 1, junto ao Tapete, três conjuntos lidam com a representação da flor do pau-brasil em diferentes estágios: a semente fechada, a semente aberta e a flor.
A ideia de reprodução da vida e da interdependência entre humanidade e natureza se desdobra nessa série de desenhos de observação. Cada conjunto da série parte de uma planta vendida como commodity em ciclos econômicos brasileiros, como café, cana e soja. A partir de uma imagem de uma enciclopédia botânica e derivações desta imagem feitas por um software de IA, a artista reproduz desenhos de observação feitos à mão com grafite. As telas são organizadas em uma forma que lembra a grade, a taxonomia, a classificação museológica, mas em percursos desviantes que sugerem ramificações e hibridizações não tão ordenados.
Union (Sindicato) une três convenções da representação do natural (enciclopédica, desenho à mão livre e imagem gerada por Inteligência Artificial) e questiona a separação (Terra, corpo e máquina) a partir do acúmulo do subproduto digital, o descarte do mundo contemporâneo, o resíduo. A série ocupa duas salas da exposição. Na Sala 1, junto ao Tapete, três conjuntos lidam com a representação da flor do pau-brasil em diferentes estágios: a semente fechada, a semente aberta e a flor.
Grafite, primer acrílico e tela
Flor de seringueira – borracha
Foto Filipe Berndt
A ideia de reprodução da vida e da interdependência entre humanidade e natureza se desdobra nessa série de desenhos de observação. Cada conjunto da série parte de uma planta vendida como commodity em ciclos econômicos brasileiros, como café, cana e soja. A partir de uma imagem de uma enciclopédia botânica e derivações desta imagem feitas por um software de IA, a artista reproduz desenhos de observação feitos à mão com grafite. As telas são organizadas em uma forma que lembra a grade, a taxonomia, a classificação museológica, mas em percursos desviantes que sugerem ramificações e hibridizações não tão ordenados.
Union (Sindicato) une três convenções da representação do natural (enciclopédica, desenho à mão livre e imagem gerada por Inteligência Artificial) e questiona a separação (Terra, corpo e máquina) a partir do acúmulo do subproduto digital, o descarte do mundo contemporâneo, o resíduo. A série ocupa duas salas da exposição. Na Sala 1, junto ao Tapete, três conjuntos lidam com a representação da flor do pau-brasil em diferentes estágios: a semente fechada, a semente aberta e a flor.
A ideia de reprodução da vida e da interdependência entre humanidade e natureza se desdobra nessa série de desenhos de observação. Cada conjunto da série parte de uma planta vendida como commodity em ciclos econômicos brasileiros, como café, cana e soja. A partir de uma imagem de uma enciclopédia botânica e derivações desta imagem feitas por um software de IA, a artista reproduz desenhos de observação feitos à mão com grafite. As telas são organizadas em uma forma que lembra a grade, a taxonomia, a classificação museológica, mas em percursos desviantes que sugerem ramificações e hibridizações não tão ordenados.
Union (Sindicato) une três convenções da representação do natural (enciclopédica, desenho à mão livre e imagem gerada por Inteligência Artificial) e questiona a separação (Terra, corpo e máquina) a partir do acúmulo do subproduto digital, o descarte do mundo contemporâneo, o resíduo. A série ocupa duas salas da exposição. Na Sala 1, junto ao Tapete, três conjuntos lidam com a representação da flor do pau-brasil em diferentes estágios: a semente fechada, a semente aberta e a flor.
Grafite, primer acrílico e tela
Flor de café
Foto Filipe Berndt
A ideia de reprodução da vida e da interdependência entre humanidade e natureza se desdobra nessa série de desenhos de observação. Cada conjunto da série parte de uma planta vendida como commodity em ciclos econômicos brasileiros, como café, cana e soja. A partir de uma imagem de uma enciclopédia botânica e derivações desta imagem feitas por um software de IA, a artista reproduz desenhos de observação feitos à mão com grafite. As telas são organizadas em uma forma que lembra a grade, a taxonomia, a classificação museológica, mas em percursos desviantes que sugerem ramificações e hibridizações não tão ordenados.
Union (Sindicato) une três convenções da representação do natural (enciclopédica, desenho à mão livre e imagem gerada por Inteligência Artificial) e questiona a separação (Terra, corpo e máquina) a partir do acúmulo do subproduto digital, o descarte do mundo contemporâneo, o resíduo. A série ocupa duas salas da exposição. Na Sala 1, junto ao Tapete, três conjuntos lidam com a representação da flor do pau-brasil em diferentes estágios: a semente fechada, a semente aberta e a flor.
A ideia de reprodução da vida e da interdependência entre humanidade e natureza se desdobra nessa série de desenhos de observação. Cada conjunto da série parte de uma planta vendida como commodity em ciclos econômicos brasileiros, como café, cana e soja. A partir de uma imagem de uma enciclopédia botânica e derivações desta imagem feitas por um software de IA, a artista reproduz desenhos de observação feitos à mão com grafite. As telas são organizadas em uma forma que lembra a grade, a taxonomia, a classificação museológica, mas em percursos desviantes que sugerem ramificações e hibridizações não tão ordenados.
Union (Sindicato) une três convenções da representação do natural (enciclopédica, desenho à mão livre e imagem gerada por Inteligência Artificial) e questiona a separação (Terra, corpo e máquina) a partir do acúmulo do subproduto digital, o descarte do mundo contemporâneo, o resíduo. A série ocupa duas salas da exposição. Na Sala 1, junto ao Tapete, três conjuntos lidam com a representação da flor do pau-brasil em diferentes estágios: a semente fechada, a semente aberta e a flor.
Grafite, primer acrílico e tela
Flor de soja
Foto Filipe Berndt
A ideia de reprodução da vida e da interdependência entre humanidade e natureza se desdobra nessa série de desenhos de observação. Cada conjunto da série parte de uma planta vendida como commodity em ciclos econômicos brasileiros, como café, cana e soja. A partir de uma imagem de uma enciclopédia botânica e derivações desta imagem feitas por um software de IA, a artista reproduz desenhos de observação feitos à mão com grafite. As telas são organizadas em uma forma que lembra a grade, a taxonomia, a classificação museológica, mas em percursos desviantes que sugerem ramificações e hibridizações não tão ordenados.
Union (Sindicato) une três convenções da representação do natural (enciclopédica, desenho à mão livre e imagem gerada por Inteligência Artificial) e questiona a separação (Terra, corpo e máquina) a partir do acúmulo do subproduto digital, o descarte do mundo contemporâneo, o resíduo. A série ocupa duas salas da exposição. Na Sala 1, junto ao Tapete, três conjuntos lidam com a representação da flor do pau-brasil em diferentes estágios: a semente fechada, a semente aberta e a flor.
A ideia de reprodução da vida e da interdependência entre humanidade e natureza se desdobra nessa série de desenhos de observação. Cada conjunto da série parte de uma planta vendida como commodity em ciclos econômicos brasileiros, como café, cana e soja. A partir de uma imagem de uma enciclopédia botânica e derivações desta imagem feitas por um software de IA, a artista reproduz desenhos de observação feitos à mão com grafite. As telas são organizadas em uma forma que lembra a grade, a taxonomia, a classificação museológica, mas em percursos desviantes que sugerem ramificações e hibridizações não tão ordenados.
Union (Sindicato) une três convenções da representação do natural (enciclopédica, desenho à mão livre e imagem gerada por Inteligência Artificial) e questiona a separação (Terra, corpo e máquina) a partir do acúmulo do subproduto digital, o descarte do mundo contemporâneo, o resíduo. A série ocupa duas salas da exposição. Na Sala 1, junto ao Tapete, três conjuntos lidam com a representação da flor do pau-brasil em diferentes estágios: a semente fechada, a semente aberta e a flor.
Grafite, primer acrílico e tela
Flor de algodão
Foto Filipe Berndt
A ideia de reprodução da vida e da interdependência entre humanidade e natureza se desdobra nessa série de desenhos de observação. Cada conjunto da série parte de uma planta vendida como commodity em ciclos econômicos brasileiros, como café, cana e soja. A partir de uma imagem de uma enciclopédia botânica e derivações desta imagem feitas por um software de IA, a artista reproduz desenhos de observação feitos à mão com grafite. As telas são organizadas em uma forma que lembra a grade, a taxonomia, a classificação museológica, mas em percursos desviantes que sugerem ramificações e hibridizações não tão ordenados.
Union (Sindicato) une três convenções da representação do natural (enciclopédica, desenho à mão livre e imagem gerada por Inteligência Artificial) e questiona a separação (Terra, corpo e máquina) a partir do acúmulo do subproduto digital, o descarte do mundo contemporâneo, o resíduo. A série ocupa duas salas da exposição. Na Sala 1, junto ao Tapete, três conjuntos lidam com a representação da flor do pau-brasil em diferentes estágios: a semente fechada, a semente aberta e a flor.
A ideia de reprodução da vida e da interdependência entre humanidade e natureza se desdobra nessa série de desenhos de observação. Cada conjunto da série parte de uma planta vendida como commodity em ciclos econômicos brasileiros, como café, cana e soja. A partir de uma imagem de uma enciclopédia botânica e derivações desta imagem feitas por um software de IA, a artista reproduz desenhos de observação feitos à mão com grafite. As telas são organizadas em uma forma que lembra a grade, a taxonomia, a classificação museológica, mas em percursos desviantes que sugerem ramificações e hibridizações não tão ordenados.
Union (Sindicato) une três convenções da representação do natural (enciclopédica, desenho à mão livre e imagem gerada por Inteligência Artificial) e questiona a separação (Terra, corpo e máquina) a partir do acúmulo do subproduto digital, o descarte do mundo contemporâneo, o resíduo. A série ocupa duas salas da exposição. Na Sala 1, junto ao Tapete, três conjuntos lidam com a representação da flor do pau-brasil em diferentes estágios: a semente fechada, a semente aberta e a flor.
vídeo full HD, cor e som
Foto still do vídeo
“O mito moderno de uma história universal propalada pela Europa aparece na obra Segunda Natureza (2023), de Clara Ianni, filmada dentro da Igreja Luterana de Maastricht (Holanda). A artista aborda a noção de acumulação do capital (sementes, fibras, minerais…), aproximando os temas da exploração da terra e da exploração do trabalho humano. Fruto do mundo cristianizado, a extração colonial fundamentou sua expansão baseando-se em várias separações. Deve-se à modernidade ocidental a cisão entre corpo e espírito (do homem) para um maior controle sobre a Natureza. O princípio protestante Soli Deo gloria (“Glória somente a Deus”), segundo o qual não há sequer sentido para a vida fora desta ordem, estabelece outros desmembramentos: entre clero e povo comum, entre verdadeira devoção e falsas crenças. No entanto, embora o enunciado do filme cobice a paisagem que se encontra fora das janelas da Igreja, alude ao menos a possibilidades de regeneração, nas qualidades de interdependência e camaradagem.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“O mito moderno de uma história universal propalada pela Europa aparece na obra Segunda Natureza (2023), de Clara Ianni, filmada dentro da Igreja Luterana de Maastricht (Holanda). A artista aborda a noção de acumulação do capital (sementes, fibras, minerais…), aproximando os temas da exploração da terra e da exploração do trabalho humano. Fruto do mundo cristianizado, a extração colonial fundamentou sua expansão baseando-se em várias separações. Deve-se à modernidade ocidental a cisão entre corpo e espírito (do homem) para um maior controle sobre a Natureza. O princípio protestante Soli Deo gloria (“Glória somente a Deus”), segundo o qual não há sequer sentido para a vida fora desta ordem, estabelece outros desmembramentos: entre clero e povo comum, entre verdadeira devoção e falsas crenças. No entanto, embora o enunciado do filme cobice a paisagem que se encontra fora das janelas da Igreja, alude ao menos a possibilidades de regeneração, nas qualidades de interdependência e camaradagem.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Instalação executada com sarrafos de madeira sob arquitetura existente
Foto Filipe Berndt
A fachada da Vermelho apresenta uma Contrafachada, projetada por Tiago Guimarães. Literalmente a maior extensão de parede da galeria, a face frontal do edifício incorpora seis estruturas de sarrafos de madeira que apresentam seu avesso. Gesto arquitetônico de uma assertividade quase singela: sustentar que não há neutralidade, até mesmo no desenho do contêiner, habitat ou tanque de guerra; tudo tem um avesso e um fundo. Toda versão oculta, uma contraversão. Inversão, contravenção e vice-versa.
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
A fachada da Vermelho apresenta uma Contrafachada, projetada por Tiago Guimarães. Literalmente a maior extensão de parede da galeria, a face frontal do edifício incorpora seis estruturas de sarrafos de madeira que apresentam seu avesso. Gesto arquitetônico de uma assertividade quase singela: sustentar que não há neutralidade, até mesmo no desenho do contêiner, habitat ou tanque de guerra; tudo tem um avesso e um fundo. Toda versão oculta, uma contraversão. Inversão, contravenção e vice-versa.
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Vídeo monocanal, cor, som
Concepção e direção: Rosângela Rennó
Assistência de direção: Marilá Dardot
Edição: Fernanda Bastos
Som: Ivan Capeller
Foto still do vídeo
“[…] Nesse trabalho de ressignificação, a própria Carta de Pero Vaz de Caminha a Sua Alteza, rei de Portugal, em 1500, ao relatar o “achamento” de uma porção de terras habitadas, torna-se um registro do extrativismo e da corrida do ouro no Brasil. Assim, a ausência de documentos iconográficos da invasão constituiu o álibi para Rosângela Rennó fabular os diálogos de seu filme Vera Cruz (2000). Segundo a artista, a “imagem da película, velha, arranhada e desgastada” reforça o hiato entre documentação fotográfica e ficção.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
–
Apenas três relatos textuais sobre a grande empreitada de Pedro Alváres Cabral sobreviveram aos 500 e poucos anos que se passaram desde a descoberta do Brasil pelos portugueses. O mais completo é a carta assinada por Pero Vaz de Caminha e endereçada ao Rei D. Manuel I de Portugal, dando justamente ciência da descoberta de um novo éden.
O famoso documento frustra nossos sentidos pois, apesar da riqueza de detalhes sobre os dez dias passados por seu autor, entre capitães e marinheiros portugueses, na costa da “Ilha de Vera Cruz”, apoia-se, somente, na percepção do descobridor. Falta-nos, é claro, a resposta e a reação dos ‘outros’ —aqueles seres humanos edênicos, tão diferentes do conquistador europeu. O diálogo entre os portugueses e os nativos ameríndios era impossível, por razões óbvias: a barreira da língua. A carta sugere o desenvolvimento de um diálogo corporal —ação difícil de ser transcrita textualmente, por mais detalhada que seja— e cabe ao leitor imaginar esse diálogo, e usá-lo como suporte para a ausência do diálogo falado.
Tantas impossibilidades só poderiam engendrar uma obra que se baseasse em impossibilidades e transcendências: uma travessia mais temporal do que espacial e geográfica. O diálogo impossível entre os portugueses e os nativos encontra seu duplo num resto de imagem e de som que constituíam o ‘testemunho’ daquele momento. É como se algum espectador daquele episódio, ciente de tanta impossibilidade, tivesse registrado algo além do relato textual. O que há de transcendente (e mágico…) é que parece que esse registro, gravado em película, o tempo não conseguiu apagar completamente. VERA CRUZ é, portanto, uma cópia em vídeo de um filme (im)possível que oscila entre os gêneros documentário e ficção, sobre o momento da descoberta do Brasil pelos portugueses, conforme foi relatado na carta de Caminha. Da imagem subtraída podemos ver apenas a imagem da película, velha, arranhada, desgastada pelas centenas de anos de existência e uso excessivo. O som das palavras foi igualmente subtraído, pois o diálogo propriamente dito, entre o descobridor e o nativo, não aconteceu. Restaram apenas o som do mar e do vento —testemunhas do ocorrido— e o relato transformado em texto-legenda, agora disponível em cinco versões: português, inglês, francês, espanhol e cirílico.
Coincidentemente, se a origem da obra está baseada na resistência solitária da subtitulação —a troca da imagem pela sua versão textual— o destino do que restou desse documentário/ficção parece também residir na tradução, no maior número possível de línguas. O confronto entre elas propõe uma situação semântica muito peculiar e curiosamente didática: mais e novos diálogos (im)possíveis, ad infinitum, que nos façam refletir sobre a precariedade das mídias e da percepção e, sobretudo, sobre a fragilidade das relações humanas.
– Rosângela Rennó
“[…] Nesse trabalho de ressignificação, a própria Carta de Pero Vaz de Caminha a Sua Alteza, rei de Portugal, em 1500, ao relatar o “achamento” de uma porção de terras habitadas, torna-se um registro do extrativismo e da corrida do ouro no Brasil. Assim, a ausência de documentos iconográficos da invasão constituiu o álibi para Rosângela Rennó fabular os diálogos de seu filme Vera Cruz (2000). Segundo a artista, a “imagem da película, velha, arranhada e desgastada” reforça o hiato entre documentação fotográfica e ficção.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
–
Apenas três relatos textuais sobre a grande empreitada de Pedro Alváres Cabral sobreviveram aos 500 e poucos anos que se passaram desde a descoberta do Brasil pelos portugueses. O mais completo é a carta assinada por Pero Vaz de Caminha e endereçada ao Rei D. Manuel I de Portugal, dando justamente ciência da descoberta de um novo éden.
O famoso documento frustra nossos sentidos pois, apesar da riqueza de detalhes sobre os dez dias passados por seu autor, entre capitães e marinheiros portugueses, na costa da “Ilha de Vera Cruz”, apoia-se, somente, na percepção do descobridor. Falta-nos, é claro, a resposta e a reação dos ‘outros’ —aqueles seres humanos edênicos, tão diferentes do conquistador europeu. O diálogo entre os portugueses e os nativos ameríndios era impossível, por razões óbvias: a barreira da língua. A carta sugere o desenvolvimento de um diálogo corporal —ação difícil de ser transcrita textualmente, por mais detalhada que seja— e cabe ao leitor imaginar esse diálogo, e usá-lo como suporte para a ausência do diálogo falado.
Tantas impossibilidades só poderiam engendrar uma obra que se baseasse em impossibilidades e transcendências: uma travessia mais temporal do que espacial e geográfica. O diálogo impossível entre os portugueses e os nativos encontra seu duplo num resto de imagem e de som que constituíam o ‘testemunho’ daquele momento. É como se algum espectador daquele episódio, ciente de tanta impossibilidade, tivesse registrado algo além do relato textual. O que há de transcendente (e mágico…) é que parece que esse registro, gravado em película, o tempo não conseguiu apagar completamente. VERA CRUZ é, portanto, uma cópia em vídeo de um filme (im)possível que oscila entre os gêneros documentário e ficção, sobre o momento da descoberta do Brasil pelos portugueses, conforme foi relatado na carta de Caminha. Da imagem subtraída podemos ver apenas a imagem da película, velha, arranhada, desgastada pelas centenas de anos de existência e uso excessivo. O som das palavras foi igualmente subtraído, pois o diálogo propriamente dito, entre o descobridor e o nativo, não aconteceu. Restaram apenas o som do mar e do vento —testemunhas do ocorrido— e o relato transformado em texto-legenda, agora disponível em cinco versões: português, inglês, francês, espanhol e cirílico.
Coincidentemente, se a origem da obra está baseada na resistência solitária da subtitulação —a troca da imagem pela sua versão textual— o destino do que restou desse documentário/ficção parece também residir na tradução, no maior número possível de línguas. O confronto entre elas propõe uma situação semântica muito peculiar e curiosamente didática: mais e novos diálogos (im)possíveis, ad infinitum, que nos façam refletir sobre a precariedade das mídias e da percepção e, sobretudo, sobre a fragilidade das relações humanas.
– Rosângela Rennó
Com Lisette Lagnado e Marcos Gallon
Foto Filipe Berndt
Óleo sobre tela
Minha gente, dirá Carmézia Emiliano, artista Macuxi cujo povo sempre soube tratar a natureza como sujeito de direito. Na pintura que leva esse título, mais de dois terços da tela são ocupados por uma revoada de borboletas que irrompem do húmus da terra e sobrevoam a estreita faixa de um aldeamento. Fica a pergunta: o que podemos aprender da sua noção de “gente” que abraça viventes e biomas?
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Minha gente, dirá Carmézia Emiliano, artista Macuxi cujo povo sempre soube tratar a natureza como sujeito de direito. Na pintura que leva esse título, mais de dois terços da tela são ocupados por uma revoada de borboletas que irrompem do húmus da terra e sobrevoam a estreita faixa de um aldeamento. Fica a pergunta: o que podemos aprender da sua noção de “gente” que abraça viventes e biomas?
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Pirógrafo em algodão cru
Foto Filipe Berndt
“O fim da madrugada é consciência do tempo, mas também figura de linguagem. Como metáfora, evoca um porvir na sequência de conluios protegidos pelas trevas, e acolhe ondas de indignação, raiva. Entre inúmeros exemplos de manobras e ciladas, pode-se mencionar a queima dos arquivos da escravidão, sob a responsabilidade do então Ministro da Fazenda, Ruy Barbosa, em 13 de maio de 1891. Nutrir os ventos, soltar os monstros – graças às constantes denúncias de ativistas de movimentos sociais, o Brasil está finalmente confrontando instituições erguidas sobre um racismo estrutural.
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
–
“Este trabalho exibe em marcas de fogo a data da queima dos arquivos da escravidão ordenada por Ruy Barbosa, fato histórico que dificulta a retomada de boa parte da história negra por aqueles que procuram reconstruir a trajetória de seus antepassados”
André Vargas
“O fim da madrugada é consciência do tempo, mas também figura de linguagem. Como metáfora, evoca um porvir na sequência de conluios protegidos pelas trevas, e acolhe ondas de indignação, raiva. Entre inúmeros exemplos de manobras e ciladas, pode-se mencionar a queima dos arquivos da escravidão, sob a responsabilidade do então Ministro da Fazenda, Ruy Barbosa, em 13 de maio de 1891. Nutrir os ventos, soltar os monstros – graças às constantes denúncias de ativistas de movimentos sociais, o Brasil está finalmente confrontando instituições erguidas sobre um racismo estrutural.
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
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“Este trabalho exibe em marcas de fogo a data da queima dos arquivos da escravidão ordenada por Ruy Barbosa, fato histórico que dificulta a retomada de boa parte da história negra por aqueles que procuram reconstruir a trajetória de seus antepassados”
André Vargas
Samambaias roubadas e cartões catalográficos
Foto Filipe Berndt
“Arquivos e documentos da colonialidade precisam ter suas categorias reconfiguradas se quisermos lançar hipóteses e produzir reviravoltas de sentidos. O artista e educador bruno o., membro atuante do Acervo Bajubá, “projeto comunitário de registros de memórias das comunidades LGBT+ brasileiras”, escolheu destacar a história de Marcos Puga, “travesti e ladrão de plantas”. O trabalho exposto faz parte de uma investigação continuada sobre práticas de catalogação, documentação e reorganização de arquivos. Considerando outras espécies de testemunhos, reconhecimento e ativação de memórias, lugares e corpos envolvidos na montagem de saberes situados, bruno explica que “o caso de Marcos Puga questiona a reprodução de operações coloniais de epistemicídio responsáveis pela indexação da vida dentro de ordens monolíticas”. Durante a ditadura civil-militar, como era contar a história de uma pessoa de quem só restaram hoje fragmentos materiais… e rumores?
Indo atrás de informações, bruno o. localizou uma sobrinha de Marcos Puga, que o defendeu em 2001, quando ele foi preso ilegalmente e torturado depois de uma delação anônima. Segundo ela, Marcos fora deixado, ainda bebê, na porta da casa da sua avó. Criança amável e querida, encontrou os cuidados da família e, por sua vez, cuidou de tias e avós. Acerca dos furtos de samambaias, a sobrinha não se lembra bem; acha que é mentira. Diz que sabia que ele fazia performances em alguma boate, mas nunca viu nada, nem uma peruca sequer; ele devia deixar tudo em outro lugar. Sabe apenas que se depilava. Marcos desapareceu em 2002, e, anos depois, ela foi contactada por uma equipe de São Bernardo do Campo, pois haviam achado alguns restos humanos que se supunham ser dele – como fora adotado, não puderam fazer nada.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Arquivos e documentos da colonialidade precisam ter suas categorias reconfiguradas se quisermos lançar hipóteses e produzir reviravoltas de sentidos. O artista e educador bruno o., membro atuante do Acervo Bajubá, “projeto comunitário de registros de memórias das comunidades LGBT+ brasileiras”, escolheu destacar a história de Marcos Puga, “travesti e ladrão de plantas”. O trabalho exposto faz parte de uma investigação continuada sobre práticas de catalogação, documentação e reorganização de arquivos. Considerando outras espécies de testemunhos, reconhecimento e ativação de memórias, lugares e corpos envolvidos na montagem de saberes situados, bruno explica que “o caso de Marcos Puga questiona a reprodução de operações coloniais de epistemicídio responsáveis pela indexação da vida dentro de ordens monolíticas”. Durante a ditadura civil-militar, como era contar a história de uma pessoa de quem só restaram hoje fragmentos materiais… e rumores?
Indo atrás de informações, bruno o. localizou uma sobrinha de Marcos Puga, que o defendeu em 2001, quando ele foi preso ilegalmente e torturado depois de uma delação anônima. Segundo ela, Marcos fora deixado, ainda bebê, na porta da casa da sua avó. Criança amável e querida, encontrou os cuidados da família e, por sua vez, cuidou de tias e avós. Acerca dos furtos de samambaias, a sobrinha não se lembra bem; acha que é mentira. Diz que sabia que ele fazia performances em alguma boate, mas nunca viu nada, nem uma peruca sequer; ele devia deixar tudo em outro lugar. Sabe apenas que se depilava. Marcos desapareceu em 2002, e, anos depois, ela foi contactada por uma equipe de São Bernardo do Campo, pois haviam achado alguns restos humanos que se supunham ser dele – como fora adotado, não puderam fazer nada.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Samambaias roubadas e cartões catalográficos
Foto Filipe Berndt
“Arquivos e documentos da colonialidade precisam ter suas categorias reconfiguradas se quisermos lançar hipóteses e produzir reviravoltas de sentidos. O artista e educador bruno o., membro atuante do Acervo Bajubá, “projeto comunitário de registros de memórias das comunidades LGBT+ brasileiras”, escolheu destacar a história de Marcos Puga, “travesti e ladrão de plantas”. O trabalho exposto faz parte de uma investigação continuada sobre práticas de catalogação, documentação e reorganização de arquivos. Considerando outras espécies de testemunhos, reconhecimento e ativação de memórias, lugares e corpos envolvidos na montagem de saberes situados, bruno explica que “o caso de Marcos Puga questiona a reprodução de operações coloniais de epistemicídio responsáveis pela indexação da vida dentro de ordens monolíticas”. Durante a ditadura civil-militar, como era contar a história de uma pessoa de quem só restaram hoje fragmentos materiais… e rumores?
Indo atrás de informações, bruno o. localizou uma sobrinha de Marcos Puga, que o defendeu em 2001, quando ele foi preso ilegalmente e torturado depois de uma delação anônima. Segundo ela, Marcos fora deixado, ainda bebê, na porta da casa da sua avó. Criança amável e querida, encontrou os cuidados da família e, por sua vez, cuidou de tias e avós. Acerca dos furtos de samambaias, a sobrinha não se lembra bem; acha que é mentira. Diz que sabia que ele fazia performances em alguma boate, mas nunca viu nada, nem uma peruca sequer; ele devia deixar tudo em outro lugar. Sabe apenas que se depilava. Marcos desapareceu em 2002, e, anos depois, ela foi contactada por uma equipe de São Bernardo do Campo, pois haviam achado alguns restos humanos que se supunham ser dele – como fora adotado, não puderam fazer nada.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Arquivos e documentos da colonialidade precisam ter suas categorias reconfiguradas se quisermos lançar hipóteses e produzir reviravoltas de sentidos. O artista e educador bruno o., membro atuante do Acervo Bajubá, “projeto comunitário de registros de memórias das comunidades LGBT+ brasileiras”, escolheu destacar a história de Marcos Puga, “travesti e ladrão de plantas”. O trabalho exposto faz parte de uma investigação continuada sobre práticas de catalogação, documentação e reorganização de arquivos. Considerando outras espécies de testemunhos, reconhecimento e ativação de memórias, lugares e corpos envolvidos na montagem de saberes situados, bruno explica que “o caso de Marcos Puga questiona a reprodução de operações coloniais de epistemicídio responsáveis pela indexação da vida dentro de ordens monolíticas”. Durante a ditadura civil-militar, como era contar a história de uma pessoa de quem só restaram hoje fragmentos materiais… e rumores?
Indo atrás de informações, bruno o. localizou uma sobrinha de Marcos Puga, que o defendeu em 2001, quando ele foi preso ilegalmente e torturado depois de uma delação anônima. Segundo ela, Marcos fora deixado, ainda bebê, na porta da casa da sua avó. Criança amável e querida, encontrou os cuidados da família e, por sua vez, cuidou de tias e avós. Acerca dos furtos de samambaias, a sobrinha não se lembra bem; acha que é mentira. Diz que sabia que ele fazia performances em alguma boate, mas nunca viu nada, nem uma peruca sequer; ele devia deixar tudo em outro lugar. Sabe apenas que se depilava. Marcos desapareceu em 2002, e, anos depois, ela foi contactada por uma equipe de São Bernardo do Campo, pois haviam achado alguns restos humanos que se supunham ser dele – como fora adotado, não puderam fazer nada.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Samambaias roubadas e cartões catalográficos
Foto Filipe Berndt
“Arquivos e documentos da colonialidade precisam ter suas categorias reconfiguradas se quisermos lançar hipóteses e produzir reviravoltas de sentidos. O artista e educador bruno o., membro atuante do Acervo Bajubá, “projeto comunitário de registros de memórias das comunidades LGBT+ brasileiras”, escolheu destacar a história de Marcos Puga, “travesti e ladrão de plantas”. O trabalho exposto faz parte de uma investigação continuada sobre práticas de catalogação, documentação e reorganização de arquivos. Considerando outras espécies de testemunhos, reconhecimento e ativação de memórias, lugares e corpos envolvidos na montagem de saberes situados, bruno explica que “o caso de Marcos Puga questiona a reprodução de operações coloniais de epistemicídio responsáveis pela indexação da vida dentro de ordens monolíticas”. Durante a ditadura civil-militar, como era contar a história de uma pessoa de quem só restaram hoje fragmentos materiais… e rumores?
Indo atrás de informações, bruno o. localizou uma sobrinha de Marcos Puga, que o defendeu em 2001, quando ele foi preso ilegalmente e torturado depois de uma delação anônima. Segundo ela, Marcos fora deixado, ainda bebê, na porta da casa da sua avó. Criança amável e querida, encontrou os cuidados da família e, por sua vez, cuidou de tias e avós. Acerca dos furtos de samambaias, a sobrinha não se lembra bem; acha que é mentira. Diz que sabia que ele fazia performances em alguma boate, mas nunca viu nada, nem uma peruca sequer; ele devia deixar tudo em outro lugar. Sabe apenas que se depilava. Marcos desapareceu em 2002, e, anos depois, ela foi contactada por uma equipe de São Bernardo do Campo, pois haviam achado alguns restos humanos que se supunham ser dele – como fora adotado, não puderam fazer nada.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Arquivos e documentos da colonialidade precisam ter suas categorias reconfiguradas se quisermos lançar hipóteses e produzir reviravoltas de sentidos. O artista e educador bruno o., membro atuante do Acervo Bajubá, “projeto comunitário de registros de memórias das comunidades LGBT+ brasileiras”, escolheu destacar a história de Marcos Puga, “travesti e ladrão de plantas”. O trabalho exposto faz parte de uma investigação continuada sobre práticas de catalogação, documentação e reorganização de arquivos. Considerando outras espécies de testemunhos, reconhecimento e ativação de memórias, lugares e corpos envolvidos na montagem de saberes situados, bruno explica que “o caso de Marcos Puga questiona a reprodução de operações coloniais de epistemicídio responsáveis pela indexação da vida dentro de ordens monolíticas”. Durante a ditadura civil-militar, como era contar a história de uma pessoa de quem só restaram hoje fragmentos materiais… e rumores?
Indo atrás de informações, bruno o. localizou uma sobrinha de Marcos Puga, que o defendeu em 2001, quando ele foi preso ilegalmente e torturado depois de uma delação anônima. Segundo ela, Marcos fora deixado, ainda bebê, na porta da casa da sua avó. Criança amável e querida, encontrou os cuidados da família e, por sua vez, cuidou de tias e avós. Acerca dos furtos de samambaias, a sobrinha não se lembra bem; acha que é mentira. Diz que sabia que ele fazia performances em alguma boate, mas nunca viu nada, nem uma peruca sequer; ele devia deixar tudo em outro lugar. Sabe apenas que se depilava. Marcos desapareceu em 2002, e, anos depois, ela foi contactada por uma equipe de São Bernardo do Campo, pois haviam achado alguns restos humanos que se supunham ser dele – como fora adotado, não puderam fazer nada.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnemühle Photo Rag Baryta 315 gr
Foto Filipe Berndt
“Ninguém há de negar que imagens têm a capacidade de mobilizar a opinião pública, despertá-la do torpor, da indiferença ou da ignorância. No arrastado processo de demarcação da Terra Indígena Yanomami, a divulgação das fotografias de Claudia Andujar e Carlo Zacquini exerceu um papel fundamental de conscientização. Entretanto, apesar dessa conquista histórica, ondas contínuas de invasões de garimpeiros e empresários em busca de ouro e cassiterita, com o apoio, direto ou indireto, do Estado e das Forças Armadas, seguem provocando desastres sociais e ambientais devido à contaminação por mercúrio e outros poluentes. Na exposição da Vermelho, optou-se por não expor as vítimas e ressaltar a estética de sedução do imperialismo. A linguagem da corrida do ouro assimila códigos típicos de anúncios de turismo, com suas escalas cromáticas e tipografias (de faroeste!) recheadas de mensagens subliminares. Se, por um lado, a série Metais Ltda. (1989) de Andujar reúne um conjunto de letreiros de agências de viagem que fretam voos internos na Amazônia, as cenas registradas por Zacquini são autoexplicativas: em pleno coração do território indígena, avista-se uma tenda da empresa de mineração de ouro e a pista de helicópteros. Missionário da Consolata desde 1957, esse fotógrafo, que se mudou para Boa Vista em 1965, revela que “o dono foi eleito e reeleito deputado federal por Roraima e era conhecido como o ‘homem da pistola de ouro’”. O trabalho de documentação foi realizado durante uma viagem da Ação pela Cidadania, a convite do senador Severo Gomes, para averiguar crimes contra direitos humanos na Terra Indígena Yanomami. Seu teor de verdade constitui provas irrefutáveis dos genocídios em curso, cujas repercussões nacionais e internacionais logram reverter ou, pelo menos, controlar situações de abusos.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Ninguém há de negar que imagens têm a capacidade de mobilizar a opinião pública, despertá-la do torpor, da indiferença ou da ignorância. No arrastado processo de demarcação da Terra Indígena Yanomami, a divulgação das fotografias de Claudia Andujar e Carlo Zacquini exerceu um papel fundamental de conscientização. Entretanto, apesar dessa conquista histórica, ondas contínuas de invasões de garimpeiros e empresários em busca de ouro e cassiterita, com o apoio, direto ou indireto, do Estado e das Forças Armadas, seguem provocando desastres sociais e ambientais devido à contaminação por mercúrio e outros poluentes. Na exposição da Vermelho, optou-se por não expor as vítimas e ressaltar a estética de sedução do imperialismo. A linguagem da corrida do ouro assimila códigos típicos de anúncios de turismo, com suas escalas cromáticas e tipografias (de faroeste!) recheadas de mensagens subliminares. Se, por um lado, a série Metais Ltda. (1989) de Andujar reúne um conjunto de letreiros de agências de viagem que fretam voos internos na Amazônia, as cenas registradas por Zacquini são autoexplicativas: em pleno coração do território indígena, avista-se uma tenda da empresa de mineração de ouro e a pista de helicópteros. Missionário da Consolata desde 1957, esse fotógrafo, que se mudou para Boa Vista em 1965, revela que “o dono foi eleito e reeleito deputado federal por Roraima e era conhecido como o ‘homem da pistola de ouro’”. O trabalho de documentação foi realizado durante uma viagem da Ação pela Cidadania, a convite do senador Severo Gomes, para averiguar crimes contra direitos humanos na Terra Indígena Yanomami. Seu teor de verdade constitui provas irrefutáveis dos genocídios em curso, cujas repercussões nacionais e internacionais logram reverter ou, pelo menos, controlar situações de abusos.”
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impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnemühle Photo Rag Baryta 315 gr
Foto Reprodução
“Ninguém há de negar que imagens têm a capacidade de mobilizar a opinião pública, despertá-la do torpor, da indiferença ou da ignorância. No arrastado processo de demarcação da Terra Indígena Yanomami, a divulgação das fotografias de Claudia Andujar e Carlo Zacquini exerceu um papel fundamental de conscientização. Entretanto, apesar dessa conquista histórica, ondas contínuas de invasões de garimpeiros e empresários em busca de ouro e cassiterita, com o apoio, direto ou indireto, do Estado e das Forças Armadas, seguem provocando desastres sociais e ambientais devido à contaminação por mercúrio e outros poluentes. Na exposição da Vermelho, optou-se por não expor as vítimas e ressaltar a estética de sedução do imperialismo. A linguagem da corrida do ouro assimila códigos típicos de anúncios de turismo, com suas escalas cromáticas e tipografias (de faroeste!) recheadas de mensagens subliminares. Se, por um lado, a série Metais Ltda. (1989) de Andujar reúne um conjunto de letreiros de agências de viagem que fretam voos internos na Amazônia, as cenas registradas por Zacquini são autoexplicativas: em pleno coração do território indígena, avista-se uma tenda da empresa de mineração de ouro e a pista de helicópteros. Missionário da Consolata desde 1957, esse fotógrafo, que se mudou para Boa Vista em 1965, revela que “o dono foi eleito e reeleito deputado federal por Roraima e era conhecido como o ‘homem da pistola de ouro’”. O trabalho de documentação foi realizado durante uma viagem da Ação pela Cidadania, a convite do senador Severo Gomes, para averiguar crimes contra direitos humanos na Terra Indígena Yanomami. Seu teor de verdade constitui provas irrefutáveis dos genocídios em curso, cujas repercussões nacionais e internacionais logram reverter ou, pelo menos, controlar situações de abusos.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Ninguém há de negar que imagens têm a capacidade de mobilizar a opinião pública, despertá-la do torpor, da indiferença ou da ignorância. No arrastado processo de demarcação da Terra Indígena Yanomami, a divulgação das fotografias de Claudia Andujar e Carlo Zacquini exerceu um papel fundamental de conscientização. Entretanto, apesar dessa conquista histórica, ondas contínuas de invasões de garimpeiros e empresários em busca de ouro e cassiterita, com o apoio, direto ou indireto, do Estado e das Forças Armadas, seguem provocando desastres sociais e ambientais devido à contaminação por mercúrio e outros poluentes. Na exposição da Vermelho, optou-se por não expor as vítimas e ressaltar a estética de sedução do imperialismo. A linguagem da corrida do ouro assimila códigos típicos de anúncios de turismo, com suas escalas cromáticas e tipografias (de faroeste!) recheadas de mensagens subliminares. Se, por um lado, a série Metais Ltda. (1989) de Andujar reúne um conjunto de letreiros de agências de viagem que fretam voos internos na Amazônia, as cenas registradas por Zacquini são autoexplicativas: em pleno coração do território indígena, avista-se uma tenda da empresa de mineração de ouro e a pista de helicópteros. Missionário da Consolata desde 1957, esse fotógrafo, que se mudou para Boa Vista em 1965, revela que “o dono foi eleito e reeleito deputado federal por Roraima e era conhecido como o ‘homem da pistola de ouro’”. O trabalho de documentação foi realizado durante uma viagem da Ação pela Cidadania, a convite do senador Severo Gomes, para averiguar crimes contra direitos humanos na Terra Indígena Yanomami. Seu teor de verdade constitui provas irrefutáveis dos genocídios em curso, cujas repercussões nacionais e internacionais logram reverter ou, pelo menos, controlar situações de abusos.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnemühle Photo Rag Baryta 315 gr
Foto Reprodução
“Ninguém há de negar que imagens têm a capacidade de mobilizar a opinião pública, despertá-la do torpor, da indiferença ou da ignorância. No arrastado processo de demarcação da Terra Indígena Yanomami, a divulgação das fotografias de Claudia Andujar e Carlo Zacquini exerceu um papel fundamental de conscientização. Entretanto, apesar dessa conquista histórica, ondas contínuas de invasões de garimpeiros e empresários em busca de ouro e cassiterita, com o apoio, direto ou indireto, do Estado e das Forças Armadas, seguem provocando desastres sociais e ambientais devido à contaminação por mercúrio e outros poluentes. Na exposição da Vermelho, optou-se por não expor as vítimas e ressaltar a estética de sedução do imperialismo. A linguagem da corrida do ouro assimila códigos típicos de anúncios de turismo, com suas escalas cromáticas e tipografias (de faroeste!) recheadas de mensagens subliminares. Se, por um lado, a série Metais Ltda. (1989) de Andujar reúne um conjunto de letreiros de agências de viagem que fretam voos internos na Amazônia, as cenas registradas por Zacquini são autoexplicativas: em pleno coração do território indígena, avista-se uma tenda da empresa de mineração de ouro e a pista de helicópteros. Missionário da Consolata desde 1957, esse fotógrafo, que se mudou para Boa Vista em 1965, revela que “o dono foi eleito e reeleito deputado federal por Roraima e era conhecido como o ‘homem da pistola de ouro’”. O trabalho de documentação foi realizado durante uma viagem da Ação pela Cidadania, a convite do senador Severo Gomes, para averiguar crimes contra direitos humanos na Terra Indígena Yanomami. Seu teor de verdade constitui provas irrefutáveis dos genocídios em curso, cujas repercussões nacionais e internacionais logram reverter ou, pelo menos, controlar situações de abusos.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Ninguém há de negar que imagens têm a capacidade de mobilizar a opinião pública, despertá-la do torpor, da indiferença ou da ignorância. No arrastado processo de demarcação da Terra Indígena Yanomami, a divulgação das fotografias de Claudia Andujar e Carlo Zacquini exerceu um papel fundamental de conscientização. Entretanto, apesar dessa conquista histórica, ondas contínuas de invasões de garimpeiros e empresários em busca de ouro e cassiterita, com o apoio, direto ou indireto, do Estado e das Forças Armadas, seguem provocando desastres sociais e ambientais devido à contaminação por mercúrio e outros poluentes. Na exposição da Vermelho, optou-se por não expor as vítimas e ressaltar a estética de sedução do imperialismo. A linguagem da corrida do ouro assimila códigos típicos de anúncios de turismo, com suas escalas cromáticas e tipografias (de faroeste!) recheadas de mensagens subliminares. Se, por um lado, a série Metais Ltda. (1989) de Andujar reúne um conjunto de letreiros de agências de viagem que fretam voos internos na Amazônia, as cenas registradas por Zacquini são autoexplicativas: em pleno coração do território indígena, avista-se uma tenda da empresa de mineração de ouro e a pista de helicópteros. Missionário da Consolata desde 1957, esse fotógrafo, que se mudou para Boa Vista em 1965, revela que “o dono foi eleito e reeleito deputado federal por Roraima e era conhecido como o ‘homem da pistola de ouro’”. O trabalho de documentação foi realizado durante uma viagem da Ação pela Cidadania, a convite do senador Severo Gomes, para averiguar crimes contra direitos humanos na Terra Indígena Yanomami. Seu teor de verdade constitui provas irrefutáveis dos genocídios em curso, cujas repercussões nacionais e internacionais logram reverter ou, pelo menos, controlar situações de abusos.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnemühle Photo Rag Baryta 315 gr
Foto Reprodução
“Ninguém há de negar que imagens têm a capacidade de mobilizar a opinião pública, despertá-la do torpor, da indiferença ou da ignorância. No arrastado processo de demarcação da Terra Indígena Yanomami, a divulgação das fotografias de Claudia Andujar e Carlo Zacquini exerceu um papel fundamental de conscientização. Entretanto, apesar dessa conquista histórica, ondas contínuas de invasões de garimpeiros e empresários em busca de ouro e cassiterita, com o apoio, direto ou indireto, do Estado e das Forças Armadas, seguem provocando desastres sociais e ambientais devido à contaminação por mercúrio e outros poluentes. Na exposição da Vermelho, optou-se por não expor as vítimas e ressaltar a estética de sedução do imperialismo. A linguagem da corrida do ouro assimila códigos típicos de anúncios de turismo, com suas escalas cromáticas e tipografias (de faroeste!) recheadas de mensagens subliminares. Se, por um lado, a série Metais Ltda. (1989) de Andujar reúne um conjunto de letreiros de agências de viagem que fretam voos internos na Amazônia, as cenas registradas por Zacquini são autoexplicativas: em pleno coração do território indígena, avista-se uma tenda da empresa de mineração de ouro e a pista de helicópteros. Missionário da Consolata desde 1957, esse fotógrafo, que se mudou para Boa Vista em 1965, revela que “o dono foi eleito e reeleito deputado federal por Roraima e era conhecido como o ‘homem da pistola de ouro’”. O trabalho de documentação foi realizado durante uma viagem da Ação pela Cidadania, a convite do senador Severo Gomes, para averiguar crimes contra direitos humanos na Terra Indígena Yanomami. Seu teor de verdade constitui provas irrefutáveis dos genocídios em curso, cujas repercussões nacionais e internacionais logram reverter ou, pelo menos, controlar situações de abusos.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Ninguém há de negar que imagens têm a capacidade de mobilizar a opinião pública, despertá-la do torpor, da indiferença ou da ignorância. No arrastado processo de demarcação da Terra Indígena Yanomami, a divulgação das fotografias de Claudia Andujar e Carlo Zacquini exerceu um papel fundamental de conscientização. Entretanto, apesar dessa conquista histórica, ondas contínuas de invasões de garimpeiros e empresários em busca de ouro e cassiterita, com o apoio, direto ou indireto, do Estado e das Forças Armadas, seguem provocando desastres sociais e ambientais devido à contaminação por mercúrio e outros poluentes. Na exposição da Vermelho, optou-se por não expor as vítimas e ressaltar a estética de sedução do imperialismo. A linguagem da corrida do ouro assimila códigos típicos de anúncios de turismo, com suas escalas cromáticas e tipografias (de faroeste!) recheadas de mensagens subliminares. Se, por um lado, a série Metais Ltda. (1989) de Andujar reúne um conjunto de letreiros de agências de viagem que fretam voos internos na Amazônia, as cenas registradas por Zacquini são autoexplicativas: em pleno coração do território indígena, avista-se uma tenda da empresa de mineração de ouro e a pista de helicópteros. Missionário da Consolata desde 1957, esse fotógrafo, que se mudou para Boa Vista em 1965, revela que “o dono foi eleito e reeleito deputado federal por Roraima e era conhecido como o ‘homem da pistola de ouro’”. O trabalho de documentação foi realizado durante uma viagem da Ação pela Cidadania, a convite do senador Severo Gomes, para averiguar crimes contra direitos humanos na Terra Indígena Yanomami. Seu teor de verdade constitui provas irrefutáveis dos genocídios em curso, cujas repercussões nacionais e internacionais logram reverter ou, pelo menos, controlar situações de abusos.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Instalação com diferentes mídias
Foto Filipe Berndt
“Como pode então a linguagem artística desmantelar o domínio senhorial?
Com pesquisa centrada na metodologia das igrejas neopentecostais, a pastora Ventura Profana, doutrinada nos templos batistas, afirma-se como profetisa “da abundância da vida negra, indígena e travesti”. Seguindo a liturgia de um verdadeiro hino à vida (à “vida eterna”, vale grifar), o clipe da canção Eu não vou morrer (2020) desvia-se do Senhor para homenagear as Orixás femininas (Yabás). A descarga epifânica de Profana permite um mergulho vertiginoso no que vem sendo o aniquilamento de ancestralidades, inteligências e utopias. Como um salmo que insiste em louvar pessoas finalmente livres das políticas coloniais de extermínio, escuta-se e vibra-se com a trajetória da fornalha às águas vivas em Calunga, da Cruz à Encruzilhada. A obra convoca sonhos e visões intergeracionais por meio de um fabuloso diálogo com a matéria (quem não quer aprender a voar?), instaurando o tempo das travas pretas no cubo branco da “catedral” da arte.
Profana explícita em diversos depoimentos que esse Senhor transcende o campo religioso, devendo ser projetado sobre outras figuras patriarcais (ruralista, armamentista, padroeiro…). É contra todo o patriarcado explícito e implícito da concepção de um Estado brasileiro de descendência escravocrata que sua missão de pastora inscreve a fúria insurrecional de corpos periféricos atacados pelo capital extrativista. […]”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Como pode então a linguagem artística desmantelar o domínio senhorial?
Com pesquisa centrada na metodologia das igrejas neopentecostais, a pastora Ventura Profana, doutrinada nos templos batistas, afirma-se como profetisa “da abundância da vida negra, indígena e travesti”. Seguindo a liturgia de um verdadeiro hino à vida (à “vida eterna”, vale grifar), o clipe da canção Eu não vou morrer (2020) desvia-se do Senhor para homenagear as Orixás femininas (Yabás). A descarga epifânica de Profana permite um mergulho vertiginoso no que vem sendo o aniquilamento de ancestralidades, inteligências e utopias. Como um salmo que insiste em louvar pessoas finalmente livres das políticas coloniais de extermínio, escuta-se e vibra-se com a trajetória da fornalha às águas vivas em Calunga, da Cruz à Encruzilhada. A obra convoca sonhos e visões intergeracionais por meio de um fabuloso diálogo com a matéria (quem não quer aprender a voar?), instaurando o tempo das travas pretas no cubo branco da “catedral” da arte.
Profana explícita em diversos depoimentos que esse Senhor transcende o campo religioso, devendo ser projetado sobre outras figuras patriarcais (ruralista, armamentista, padroeiro…). É contra todo o patriarcado explícito e implícito da concepção de um Estado brasileiro de descendência escravocrata que sua missão de pastora inscreve a fúria insurrecional de corpos periféricos atacados pelo capital extrativista. […]”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
Com pesquisa centrada na metodologia das igrejas neopentecostais, a pastora Ventura Profana, doutrinada nos templos batistas, afirma-se como profetisa “da abundância da vida negra, indígena e travesti”. Seguindo a liturgia de um verdadeiro hino à vida (à “vida eterna”, vale grifar), o clipe da canção Eu não vou morrer (2020) desvia-se do Senhor para homenagear as Orixás femininas (Yabás). A descarga epifânica de Profana permite um mergulho vertiginoso no que vem sendo o aniquilamento de ancestralidades, inteligências e utopias. Como um salmo que insiste em louvar pessoas finalmente livres das políticas coloniais de extermínio, escuta-se e vibra-se com a trajetória da fornalha às águas vivas em Calunga, da Cruz à Encruzilhada. A obra convoca sonhos e visões intergeracionais por meio de um fabuloso diálogo com a matéria (quem não quer aprender a voar?), instaurando o tempo das travas pretas no cubo branco da “catedral” da arte.
Profana explícita em diversos depoimentos que esse Senhor transcende o campo religioso, devendo ser projetado sobre outras figuras patriarcais (ruralista, armamentista, padroeiro...). É contra todo o patriarcado explícito e implícito da concepção de um Estado brasileiro de descendência escravocrata que sua missão de pastora inscreve a fúria insurrecional de corpos periféricos atacados pelo capital extrativista. [...]”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Com pesquisa centrada na metodologia das igrejas neopentecostais, a pastora Ventura Profana, doutrinada nos templos batistas, afirma-se como profetisa “da abundância da vida negra, indígena e travesti”. Seguindo a liturgia de um verdadeiro hino à vida (à “vida eterna”, vale grifar), o clipe da canção Eu não vou morrer (2020) desvia-se do Senhor para homenagear as Orixás femininas (Yabás). A descarga epifânica de Profana permite um mergulho vertiginoso no que vem sendo o aniquilamento de ancestralidades, inteligências e utopias. Como um salmo que insiste em louvar pessoas finalmente livres das políticas coloniais de extermínio, escuta-se e vibra-se com a trajetória da fornalha às águas vivas em Calunga, da Cruz à Encruzilhada. A obra convoca sonhos e visões intergeracionais por meio de um fabuloso diálogo com a matéria (quem não quer aprender a voar?), instaurando o tempo das travas pretas no cubo branco da “catedral” da arte.
Profana explícita em diversos depoimentos que esse Senhor transcende o campo religioso, devendo ser projetado sobre outras figuras patriarcais (ruralista, armamentista, padroeiro...). É contra todo o patriarcado explícito e implícito da concepção de um Estado brasileiro de descendência escravocrata que sua missão de pastora inscreve a fúria insurrecional de corpos periféricos atacados pelo capital extrativista. [...]”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
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Foto Filipe Berndt
“No mesmo recinto de Andujar, Zacquini e Profana, duas fotografias da série Cotidiano, da artista e performer militante transexual Vulcanica Pokaropa, Cultivo e Bancada (2021), somam às pautas acima o combate à bancada ruralista parlamentar, que protege empresas agropecuárias reputadas pelo desmatamento de florestas e invasão de áreas de reserva.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“No mesmo recinto de Andujar, Zacquini e Profana, duas fotografias da série Cotidiano, da artista e performer militante transexual Vulcanica Pokaropa, Cultivo e Bancada (2021), somam às pautas acima o combate à bancada ruralista parlamentar, que protege empresas agropecuárias reputadas pelo desmatamento de florestas e invasão de áreas de reserva.”
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Foto reprodução
“No mesmo recinto de Andujar, Zacquini e Profana, duas fotografias da série Cotidiano, da artista e performer militante transexual Vulcanica Pokaropa, Cultivo e Bancada (2021), somam às pautas acima o combate à bancada ruralista parlamentar, que protege empresas agropecuárias reputadas pelo desmatamento de florestas e invasão de áreas de reserva.”
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“No mesmo recinto de Andujar, Zacquini e Profana, duas fotografias da série Cotidiano, da artista e performer militante transexual Vulcanica Pokaropa, Cultivo e Bancada (2021), somam às pautas acima o combate à bancada ruralista parlamentar, que protege empresas agropecuárias reputadas pelo desmatamento de florestas e invasão de áreas de reserva.”
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Foto reprodução
“No mesmo recinto de Andujar, Zacquini e Profana, duas fotografias da série Cotidiano, da artista e performer militante transexual Vulcanica Pokaropa, Cultivo e Bancada (2021), somam às pautas acima o combate à bancada ruralista parlamentar, que protege empresas agropecuárias reputadas pelo desmatamento de florestas e invasão de áreas de reserva.”
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“No mesmo recinto de Andujar, Zacquini e Profana, duas fotografias da série Cotidiano, da artista e performer militante transexual Vulcanica Pokaropa, Cultivo e Bancada (2021), somam às pautas acima o combate à bancada ruralista parlamentar, que protege empresas agropecuárias reputadas pelo desmatamento de florestas e invasão de áreas de reserva.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Fotografia analógica
Foto Filipe Berndt
“Ninguém há de negar que imagens têm a capacidade de mobilizar a opinião pública, despertá-la do torpor, da indiferença ou da ignorância. No arrastado processo de demarcação da Terra Indígena Yanomami, a divulgação das fotografias de Claudia Andujar e Carlo Zacquini exerceu um papel fundamental de conscientização. Entretanto, apesar dessa conquista histórica, ondas contínuas de invasões de garimpeiros e empresários em busca de ouro e cassiterita, com o apoio, direto ou indireto, do Estado e das Forças Armadas, seguem provocando desastres sociais e ambientais devido à contaminação por mercúrio e outros poluentes. Na exposição da Vermelho, optou-se por não expor as vítimas e ressaltar a estética de sedução do imperialismo. A linguagem da corrida do ouro assimila códigos típicos de anúncios de turismo, com suas escalas cromáticas e tipografias (de faroeste!) recheadas de mensagens subliminares. Se, por um lado, a série Metais Ltda. (1989) de Andujar reúne um conjunto de letreiros de agências de viagem que fretam voos internos na Amazônia, as cenas registradas por Zacquini são autoexplicativas: em pleno coração do território indígena, avista-se uma tenda da empresa de mineração de ouro e a pista de helicópteros. Missionário da Consolata desde 1957, esse fotógrafo, que se mudou para Boa Vista em 1965, revela que “o dono foi eleito e reeleito deputado federal por Roraima e era conhecido como o ‘homem da pistola de ouro’”. O trabalho de documentação foi realizado durante uma viagem da Ação pela Cidadania, a convite do senador Severo Gomes, para averiguar crimes contra direitos humanos na Terra Indígena Yanomami. Seu teor de verdade constitui provas irrefutáveis dos genocídios em curso, cujas repercussões nacionais e internacionais logram reverter ou, pelo menos, controlar situações de abusos.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Ninguém há de negar que imagens têm a capacidade de mobilizar a opinião pública, despertá-la do torpor, da indiferença ou da ignorância. No arrastado processo de demarcação da Terra Indígena Yanomami, a divulgação das fotografias de Claudia Andujar e Carlo Zacquini exerceu um papel fundamental de conscientização. Entretanto, apesar dessa conquista histórica, ondas contínuas de invasões de garimpeiros e empresários em busca de ouro e cassiterita, com o apoio, direto ou indireto, do Estado e das Forças Armadas, seguem provocando desastres sociais e ambientais devido à contaminação por mercúrio e outros poluentes. Na exposição da Vermelho, optou-se por não expor as vítimas e ressaltar a estética de sedução do imperialismo. A linguagem da corrida do ouro assimila códigos típicos de anúncios de turismo, com suas escalas cromáticas e tipografias (de faroeste!) recheadas de mensagens subliminares. Se, por um lado, a série Metais Ltda. (1989) de Andujar reúne um conjunto de letreiros de agências de viagem que fretam voos internos na Amazônia, as cenas registradas por Zacquini são autoexplicativas: em pleno coração do território indígena, avista-se uma tenda da empresa de mineração de ouro e a pista de helicópteros. Missionário da Consolata desde 1957, esse fotógrafo, que se mudou para Boa Vista em 1965, revela que “o dono foi eleito e reeleito deputado federal por Roraima e era conhecido como o ‘homem da pistola de ouro’”. O trabalho de documentação foi realizado durante uma viagem da Ação pela Cidadania, a convite do senador Severo Gomes, para averiguar crimes contra direitos humanos na Terra Indígena Yanomami. Seu teor de verdade constitui provas irrefutáveis dos genocídios em curso, cujas repercussões nacionais e internacionais logram reverter ou, pelo menos, controlar situações de abusos.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
Ferro e três mil fitas de poliéster
Foto Filipe Berndt
“A escultura de ferro Sentinela avançada, guarda imortal (2020) sinaliza esse encontro tempestuoso entre a guerreira Iansã, materializada nas fitas de cetim vermelho do Senhor do Bonfim, e o veneno colonial que escorre das premissas do cristianismo – fora, amuleto ruim, percevejo de frade.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“A escultura de ferro Sentinela avançada, guarda imortal (2020) sinaliza esse encontro tempestuoso entre a guerreira Iansã, materializada nas fitas de cetim vermelho do Senhor do Bonfim, e o veneno colonial que escorre das premissas do cristianismo – fora, amuleto ruim, percevejo de frade.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
vídeo, cor e som
Foto still do vídeo
“O mito moderno de uma história universal propalada pela Europa aparece na obra Segunda Natureza (2023), de Clara Ianni, filmada dentro da Igreja Luterana de Maastricht (Holanda). A artista aborda a noção de acumulação do capital (sementes, fibras, minerais…), aproximando os temas da exploração da terra e da exploração do trabalho humano. Fruto do mundo cristianizado, a extração colonial fundamentou sua expansão baseando-se em várias separações. Deve-se à modernidade ocidental a cisão entre corpo e espírito (do homem) para um maior controle sobre a Natureza. O princípio protestante Soli Deo gloria (“Glória somente a Deus”), segundo o qual não há sequer sentido para a vida fora desta ordem, estabelece outros desmembramentos: entre clero e povo comum, entre verdadeira devoção e falsas crenças. No entanto, embora o enunciado do filme cobice a paisagem que se encontra fora das janelas da Igreja, alude ao menos a possibilidades de regeneração, nas qualidades de interdependência e camaradagem.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“O mito moderno de uma história universal propalada pela Europa aparece na obra Segunda Natureza (2023), de Clara Ianni, filmada dentro da Igreja Luterana de Maastricht (Holanda). A artista aborda a noção de acumulação do capital (sementes, fibras, minerais…), aproximando os temas da exploração da terra e da exploração do trabalho humano. Fruto do mundo cristianizado, a extração colonial fundamentou sua expansão baseando-se em várias separações. Deve-se à modernidade ocidental a cisão entre corpo e espírito (do homem) para um maior controle sobre a Natureza. O princípio protestante Soli Deo gloria (“Glória somente a Deus”), segundo o qual não há sequer sentido para a vida fora desta ordem, estabelece outros desmembramentos: entre clero e povo comum, entre verdadeira devoção e falsas crenças. No entanto, embora o enunciado do filme cobice a paisagem que se encontra fora das janelas da Igreja, alude ao menos a possibilidades de regeneração, nas qualidades de interdependência e camaradagem.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
“Interessante observar que, na memória popular, conhecimento ancestral e estratégia de guerra se equivalem. Após uma viagem em 2018 a Angola, Ani Ganzala tem pesquisado a influência da botânica sobre a Diáspora Negra. Somente um olhar iniciado tem condições de apreender a diversidade da vegetação e identificar em cada espécie suas possibilidades de cura física e espiritual. Decerto, Ganzala não ficou indiferente à história das surras da planta de cansanção aplicadas sobre marinheiros portugueses pelas forças de resistência locais. Ainda que não tenham sido encontradas provas documentais da existência da escrava liberta Maria Filipa, seu desempenho no processo de independência da Bahia ronda o imaginário dos moradores da Ilha de Itaparica. Nessa dimensão crítica de corpos historicamente marginalizados, o feminismo negro de artistas-ativistas como Ganzala engrossa um coro crescente, junto com estudos voltados ao reconhecimento do legado da Bahia para a formação do Brasil contemporâneo.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Interessante observar que, na memória popular, conhecimento ancestral e estratégia de guerra se equivalem. Após uma viagem em 2018 a Angola, Ani Ganzala tem pesquisado a influência da botânica sobre a Diáspora Negra. Somente um olhar iniciado tem condições de apreender a diversidade da vegetação e identificar em cada espécie suas possibilidades de cura física e espiritual. Decerto, Ganzala não ficou indiferente à história das surras da planta de cansanção aplicadas sobre marinheiros portugueses pelas forças de resistência locais. Ainda que não tenham sido encontradas provas documentais da existência da escrava liberta Maria Filipa, seu desempenho no processo de independência da Bahia ronda o imaginário dos moradores da Ilha de Itaparica. Nessa dimensão crítica de corpos historicamente marginalizados, o feminismo negro de artistas-ativistas como Ganzala engrossa um coro crescente, junto com estudos voltados ao reconhecimento do legado da Bahia para a formação do Brasil contemporâneo.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Acrílica sobre tela, com renda, miçangas e fitas de cetim
Foto Filipe Berndt
“Interessante observar que, na memória popular, conhecimento ancestral e estratégia de guerra se equivalem. Após uma viagem em 2018 a Angola, Ani Ganzala tem pesquisado a influência da botânica sobre a Diáspora Negra. Somente um olhar iniciado tem condições de apreender a diversidade da vegetação e identificar em cada espécie suas possibilidades de cura física e espiritual. Decerto, Ganzala não ficou indiferente à história das surras da planta de cansanção aplicadas sobre marinheiros portugueses pelas forças de resistência locais. Ainda que não tenham sido encontradas provas documentais da existência da escrava liberta Maria Filipa, seu desempenho no processo de independência da Bahia ronda o imaginário dos moradores da Ilha de Itaparica. Nessa dimensão crítica de corpos historicamente marginalizados, o feminismo negro de artistas-ativistas como Ganzala engrossa um coro crescente, junto com estudos voltados ao reconhecimento do legado da Bahia para a formação do Brasil contemporâneo.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Interessante observar que, na memória popular, conhecimento ancestral e estratégia de guerra se equivalem. Após uma viagem em 2018 a Angola, Ani Ganzala tem pesquisado a influência da botânica sobre a Diáspora Negra. Somente um olhar iniciado tem condições de apreender a diversidade da vegetação e identificar em cada espécie suas possibilidades de cura física e espiritual. Decerto, Ganzala não ficou indiferente à história das surras da planta de cansanção aplicadas sobre marinheiros portugueses pelas forças de resistência locais. Ainda que não tenham sido encontradas provas documentais da existência da escrava liberta Maria Filipa, seu desempenho no processo de independência da Bahia ronda o imaginário dos moradores da Ilha de Itaparica. Nessa dimensão crítica de corpos historicamente marginalizados, o feminismo negro de artistas-ativistas como Ganzala engrossa um coro crescente, junto com estudos voltados ao reconhecimento do legado da Bahia para a formação do Brasil contemporâneo.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
Impressão digital em Hahnemühle Bamboo 290gr
Foto Filipe Berndt
“…Do fundo dessas superfícies nebulosas, um garoto negro nos interpela, vestindo camisa branca de mangas curtas, short escuro, meias até o tornozelo e mocassim preto envernizado. Apesar de documentar um acontecimento, a imagem oculta uma porção de outros mundos. O resultado oferece um diagnóstico das relações de poder e dominação que, desde sempre, incidem sobre a cidadania afro-brasileira. Diversas mãos ajeitaram habilmente esse pequeno corpo, a fim de repara-lo ao sacramento da Eucaristia e, posteriormente, à imagem em papel a ser distribuída com orgulho entre os tios maternos. Colocando sob suspeita o status ético conferido à fotografia, Neves borra seu próprio retrato para exibir uma infância dilacerada: na mão esquerda, a criança segura um elemento da cultura imposta; na mão direita, o instrumento para sua resistência ancestral).
Lisette Lagnado
“…Do fundo dessas superfícies nebulosas, um garoto negro nos interpela, vestindo camisa branca de mangas curtas, short escuro, meias até o tornozelo e mocassim preto envernizado. Apesar de documentar um acontecimento, a imagem oculta uma porção de outros mundos. O resultado oferece um diagnóstico das relações de poder e dominação que, desde sempre, incidem sobre a cidadania afro-brasileira. Diversas mãos ajeitaram habilmente esse pequeno corpo, a fim de repara-lo ao sacramento da Eucaristia e, posteriormente, à imagem em papel a ser distribuída com orgulho entre os tios maternos. Colocando sob suspeita o status ético conferido à fotografia, Neves borra seu próprio retrato para exibir uma infância dilacerada: na mão esquerda, a criança segura um elemento da cultura imposta; na mão direita, o instrumento para sua resistência ancestral).
Lisette Lagnado
Impressão digital em Hahnemühle Bamboo 290gr
“…Do fundo dessas superfícies nebulosas, um garoto negro nos interpela, vestindo camisa branca de mangas curtas, short escuro, meias até o tornozelo e mocassim preto envernizado. Apesar de documentar um acontecimento, a imagem oculta uma porção de outros mundos. O resultado oferece um diagnóstico das relações de poder e dominação que, desde sempre, incidem sobre a cidadania afro-brasileira. Diversas mãos ajeitaram habilmente esse pequeno corpo, a fim de repara-lo ao sacramento da Eucaristia e, posteriormente, à imagem em papel a ser distribuída com orgulho entre os tios maternos. Colocando sob suspeita o status ético conferido à fotografia, Neves borra seu próprio retrato para exibir uma infância dilacerada: na mão esquerda, a criança segura um elemento da cultura imposta; na mão direita, o instrumento para sua resistência ancestral).
Lisette Lagnado
“…Do fundo dessas superfícies nebulosas, um garoto negro nos interpela, vestindo camisa branca de mangas curtas, short escuro, meias até o tornozelo e mocassim preto envernizado. Apesar de documentar um acontecimento, a imagem oculta uma porção de outros mundos. O resultado oferece um diagnóstico das relações de poder e dominação que, desde sempre, incidem sobre a cidadania afro-brasileira. Diversas mãos ajeitaram habilmente esse pequeno corpo, a fim de repara-lo ao sacramento da Eucaristia e, posteriormente, à imagem em papel a ser distribuída com orgulho entre os tios maternos. Colocando sob suspeita o status ético conferido à fotografia, Neves borra seu próprio retrato para exibir uma infância dilacerada: na mão esquerda, a criança segura um elemento da cultura imposta; na mão direita, o instrumento para sua resistência ancestral).
Lisette Lagnado
6 emulsões em gelatina e prata sobre papel algodão e pintura a óleo
Foto Filipe Berndt
“A religião católica adquire outra espessura com o artista Eustáquio Neves em sua obra intitulada Sete (2023). Estamos diante de seis ampliações fotográficas (emulsão fotográfica sobre papel algodão e pintura a óleo) e uma cópia digital a partir de um arquivo original remanescente da primeira comunhão de seu autor, cobertas agora de incontáveis camadas de pigmentos e químicas. Do fundo dessas superfícies nebulosas, um garoto negro nos interpela, vestindo camisa branca de mangas curtas, short escuro, meias até o tornozelo e mocassim preto envernizado. Apesar de documentar um acontecimento, a imagem oculta uma porção de outros mundos. O resultado oferece um diagnóstico das relações de poder e dominação que, desde sempre, incidem sobre a cidadania afro-brasileira. Diversas mãos ajeitaram habilmente esse pequeno corpo, a fim de prepará-lo ao sacramento da Eucaristia e, posteriormente, à imagem em papel a ser distribuída com orgulho entre os tios maternos. Colocando sob suspeita o status ético conferido à fotografia, Neves borra seu próprio retrato para exibir uma infância dilacerada: na mão esquerda, a criança segura um elemento da cultura imposta; na mão direita, o instrumento para sua resistência ancestral.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“A religião católica adquire outra espessura com o artista Eustáquio Neves em sua obra intitulada Sete (2023). Estamos diante de seis ampliações fotográficas (emulsão fotográfica sobre papel algodão e pintura a óleo) e uma cópia digital a partir de um arquivo original remanescente da primeira comunhão de seu autor, cobertas agora de incontáveis camadas de pigmentos e químicas. Do fundo dessas superfícies nebulosas, um garoto negro nos interpela, vestindo camisa branca de mangas curtas, short escuro, meias até o tornozelo e mocassim preto envernizado. Apesar de documentar um acontecimento, a imagem oculta uma porção de outros mundos. O resultado oferece um diagnóstico das relações de poder e dominação que, desde sempre, incidem sobre a cidadania afro-brasileira. Diversas mãos ajeitaram habilmente esse pequeno corpo, a fim de prepará-lo ao sacramento da Eucaristia e, posteriormente, à imagem em papel a ser distribuída com orgulho entre os tios maternos. Colocando sob suspeita o status ético conferido à fotografia, Neves borra seu próprio retrato para exibir uma infância dilacerada: na mão esquerda, a criança segura um elemento da cultura imposta; na mão direita, o instrumento para sua resistência ancestral.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
6 emulsões em gelatina e prata sobre papel algodão e pintura a óleo
Foto Filipe Berndt
“A religião católica adquire outra espessura com o artista Eustáquio Neves em sua obra intitulada Sete (2023). Estamos diante de seis ampliações fotográficas (emulsão fotográfica sobre papel algodão e pintura a óleo) e uma cópia digital a partir de um arquivo original remanescente da primeira comunhão de seu autor, cobertas agora de incontáveis camadas de pigmentos e químicas. Do fundo dessas superfícies nebulosas, um garoto negro nos interpela, vestindo camisa branca de mangas curtas, short escuro, meias até o tornozelo e mocassim preto envernizado. Apesar de documentar um acontecimento, a imagem oculta uma porção de outros mundos. O resultado oferece um diagnóstico das relações de poder e dominação que, desde sempre, incidem sobre a cidadania afro-brasileira. Diversas mãos ajeitaram habilmente esse pequeno corpo, a fim de prepará-lo ao sacramento da Eucaristia e, posteriormente, à imagem em papel a ser distribuída com orgulho entre os tios maternos. Colocando sob suspeita o status ético conferido à fotografia, Neves borra seu próprio retrato para exibir uma infância dilacerada: na mão esquerda, a criança segura um elemento da cultura imposta; na mão direita, o instrumento para sua resistência ancestral.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“A religião católica adquire outra espessura com o artista Eustáquio Neves em sua obra intitulada Sete (2023). Estamos diante de seis ampliações fotográficas (emulsão fotográfica sobre papel algodão e pintura a óleo) e uma cópia digital a partir de um arquivo original remanescente da primeira comunhão de seu autor, cobertas agora de incontáveis camadas de pigmentos e químicas. Do fundo dessas superfícies nebulosas, um garoto negro nos interpela, vestindo camisa branca de mangas curtas, short escuro, meias até o tornozelo e mocassim preto envernizado. Apesar de documentar um acontecimento, a imagem oculta uma porção de outros mundos. O resultado oferece um diagnóstico das relações de poder e dominação que, desde sempre, incidem sobre a cidadania afro-brasileira. Diversas mãos ajeitaram habilmente esse pequeno corpo, a fim de prepará-lo ao sacramento da Eucaristia e, posteriormente, à imagem em papel a ser distribuída com orgulho entre os tios maternos. Colocando sob suspeita o status ético conferido à fotografia, Neves borra seu próprio retrato para exibir uma infância dilacerada: na mão esquerda, a criança segura um elemento da cultura imposta; na mão direita, o instrumento para sua resistência ancestral.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
Acrílica sobre tela
Foto Filipe Berndt
“Interessante observar que, na memória popular, conhecimento ancestral e estratégia de guerra se equivalem. Após uma viagem em 2018 a Angola, Ani Ganzala tem pesquisado a influência da botânica sobre a Diáspora Negra. Somente um olhar iniciado tem condições de apreender a diversidade da vegetação e identificar em cada espécie suas possibilidades de cura física e espiritual. Decerto, Ganzala não ficou indiferente à história das surras da planta de cansanção aplicadas sobre marinheiros portugueses pelas forças de resistência locais. Ainda que não tenham sido encontradas provas documentais da existência da escrava liberta Maria Filipa, seu desempenho no processo de independência da Bahia ronda o imaginário dos moradores da Ilha de Itaparica. Nessa dimensão crítica de corpos historicamente marginalizados, o feminismo negro de artistas-ativistas como Ganzala engrossa um coro crescente, junto com estudos voltados ao reconhecimento do legado da Bahia para a formação do Brasil contemporâneo.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Interessante observar que, na memória popular, conhecimento ancestral e estratégia de guerra se equivalem. Após uma viagem em 2018 a Angola, Ani Ganzala tem pesquisado a influência da botânica sobre a Diáspora Negra. Somente um olhar iniciado tem condições de apreender a diversidade da vegetação e identificar em cada espécie suas possibilidades de cura física e espiritual. Decerto, Ganzala não ficou indiferente à história das surras da planta de cansanção aplicadas sobre marinheiros portugueses pelas forças de resistência locais. Ainda que não tenham sido encontradas provas documentais da existência da escrava liberta Maria Filipa, seu desempenho no processo de independência da Bahia ronda o imaginário dos moradores da Ilha de Itaparica. Nessa dimensão crítica de corpos historicamente marginalizados, o feminismo negro de artistas-ativistas como Ganzala engrossa um coro crescente, junto com estudos voltados ao reconhecimento do legado da Bahia para a formação do Brasil contemporâneo.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
impressão jato de tinta
Foto Reprodução
“Se os corpos brincantes pontuam várias obras da exposição, é na série Mambembes (2022), de Vulcanica Pokaropa, que seu protagonismo assume uma interpretação indissociável da escuridão da madrugada. Artista circense da Cia Fundo Mundo, Pokaropa cresceu no interior de São Paulo, onde recebeu a Crisma e onde dominam a monocultura (soja e eucalipto) e o agronegócio. A palavra “mambembe” diz respeito a uma manifestação artística que brinca com sua conotação depreciativa (“inferior”, “malfeito”). Esses registros pretendem dar impulso a uma visibilidade precária da população LGBTQIAP+ no mundo circense, e, certamente, também no teatro e na performance.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Se os corpos brincantes pontuam várias obras da exposição, é na série Mambembes (2022), de Vulcanica Pokaropa, que seu protagonismo assume uma interpretação indissociável da escuridão da madrugada. Artista circense da Cia Fundo Mundo, Pokaropa cresceu no interior de São Paulo, onde recebeu a Crisma e onde dominam a monocultura (soja e eucalipto) e o agronegócio. A palavra “mambembe” diz respeito a uma manifestação artística que brinca com sua conotação depreciativa (“inferior”, “malfeito”). Esses registros pretendem dar impulso a uma visibilidade precária da população LGBTQIAP+ no mundo circense, e, certamente, também no teatro e na performance.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
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Foto Reprodução
“Se os corpos brincantes pontuam várias obras da exposição, é na série Mambembes (2022), de Vulcanica Pokaropa, que seu protagonismo assume uma interpretação indissociável da escuridão da madrugada. Artista circense da Cia Fundo Mundo, Pokaropa cresceu no interior de São Paulo, onde recebeu a Crisma e onde dominam a monocultura (soja e eucalipto) e o agronegócio. A palavra “mambembe” diz respeito a uma manifestação artística que brinca com sua conotação depreciativa (“inferior”, “malfeito”). Esses registros pretendem dar impulso a uma visibilidade precária da população LGBTQIAP+ no mundo circense, e, certamente, também no teatro e na performance.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Se os corpos brincantes pontuam várias obras da exposição, é na série Mambembes (2022), de Vulcanica Pokaropa, que seu protagonismo assume uma interpretação indissociável da escuridão da madrugada. Artista circense da Cia Fundo Mundo, Pokaropa cresceu no interior de São Paulo, onde recebeu a Crisma e onde dominam a monocultura (soja e eucalipto) e o agronegócio. A palavra “mambembe” diz respeito a uma manifestação artística que brinca com sua conotação depreciativa (“inferior”, “malfeito”). Esses registros pretendem dar impulso a uma visibilidade precária da população LGBTQIAP+ no mundo circense, e, certamente, também no teatro e na performance.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
“O título “No fim da madrugada” é um verso extraído do Diário de um retorno ao país natal, primeira obra do escritor martinicano Aimé Césaire (1913-2008).
Iniciado em 1935, esse poema, que passou por várias edições até a versão definitiva de 1956, foi logo consagrado por seu lirismo monumental. A curadoria da exposição se inspira nesse verso com o objetivo de transpor para o contexto brasileiro a subjetividade de uma voz da geração que fundou nas Antilhas o movimento da Negritude.”
Trecho de No fim da madrugada, de Lisette Lagnado
“O título “No fim da madrugada” é um verso extraído do Diário de um retorno ao país natal, primeira obra do escritor martinicano Aimé Césaire (1913-2008).
Iniciado em 1935, esse poema, que passou por várias edições até a versão definitiva de 1956, foi logo consagrado por seu lirismo monumental. A curadoria da exposição se inspira nesse verso com o objetivo de transpor para o contexto brasileiro a subjetividade de uma voz da geração que fundou nas Antilhas o movimento da Negritude.”
Trecho de No fim da madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
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Foto reprodução
“[…] Já na composição do projeto que carrega o irônico título de “Arquivo Universal”, a metodologia será mais radical: ao subtrair a figura, cada verbete desse inventário inventado passa a funcionar como imagem. Almirante Negro, por exemplo, descreve o episódio de uma editora que, para além de cometer o erro de substituir o retrato de João Cândido pelo rosto de outro marinheiro preto, ainda procura se justificar alegando a existência de “dúvidas sobre a verdadeira imagem […]”. É, portanto, um texto-imagem destinado a questionar o que se sabe do herói que protagonizou a Revolta da Chibata, como de qualquer outro corpo preto.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“[…] Já na composição do projeto que carrega o irônico título de “Arquivo Universal”, a metodologia será mais radical: ao subtrair a figura, cada verbete desse inventário inventado passa a funcionar como imagem. Almirante Negro, por exemplo, descreve o episódio de uma editora que, para além de cometer o erro de substituir o retrato de João Cândido pelo rosto de outro marinheiro preto, ainda procura se justificar alegando a existência de “dúvidas sobre a verdadeira imagem […]”. É, portanto, um texto-imagem destinado a questionar o que se sabe do herói que protagonizou a Revolta da Chibata, como de qualquer outro corpo preto.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
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Foto reprodução
“[…] Já na composição do projeto que carrega o irônico título de “Arquivo Universal”, a metodologia será mais radical: ao subtrair a figura, cada verbete desse inventário inventado passa a funcionar como imagem. Almirante Negro, por exemplo, descreve o episódio de uma editora que, para além de cometer o erro de substituir o retrato de João Cândido pelo rosto de outro marinheiro preto, ainda procura se justificar alegando a existência de “dúvidas sobre a verdadeira imagem […]”. É, portanto, um texto-imagem destinado a questionar o que se sabe do herói que protagonizou a Revolta da Chibata, como de qualquer outro corpo preto.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“[…] Já na composição do projeto que carrega o irônico título de “Arquivo Universal”, a metodologia será mais radical: ao subtrair a figura, cada verbete desse inventário inventado passa a funcionar como imagem. Almirante Negro, por exemplo, descreve o episódio de uma editora que, para além de cometer o erro de substituir o retrato de João Cândido pelo rosto de outro marinheiro preto, ainda procura se justificar alegando a existência de “dúvidas sobre a verdadeira imagem […]”. É, portanto, um texto-imagem destinado a questionar o que se sabe do herói que protagonizou a Revolta da Chibata, como de qualquer outro corpo preto.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Impressão em tinta pigmentada sobre papel marmorizado feito à mão (63,5 x 48 cm) e moldura em madeira com placa de identificação em metal
Foto Filipe Berndt
“Ao longo da exposição, é possível acompanhar como a ausência de imagens e informações prestou-se à atribuição de uma cidadania incompleta. Por exemplo, o anonimato forçado nas fichas técnicas da coleção de gessos armazenados no El Museo Canario de Antropología (Las Palmas, Ilhas Canárias). O que haveria em comum entre uma mulher do Industão, um homem da Ilha Rochet e um menino de Zanguebar? Ao que tudo indica, são simplesmente “seres notáveis” por não pertencerem à branquitude. Para a realização dessa série (2019), Rennó escancara as lacunas de informações de uma das maiores coleções arqueológicas da região. A partir dos bustos que tinham o objetivo de representar “distintas raças do globo”, a artista responde à violência de corpos “sem nome” imprimindo-os sobre um papel de textura marmorizada, como uma “pele” que lhes conferem minimamente a faceta de sepultura, logo um direito à memória (“monumento”).
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Ao longo da exposição, é possível acompanhar como a ausência de imagens e informações prestou-se à atribuição de uma cidadania incompleta. Por exemplo, o anonimato forçado nas fichas técnicas da coleção de gessos armazenados no El Museo Canario de Antropología (Las Palmas, Ilhas Canárias). O que haveria em comum entre uma mulher do Industão, um homem da Ilha Rochet e um menino de Zanguebar? Ao que tudo indica, são simplesmente “seres notáveis” por não pertencerem à branquitude. Para a realização dessa série (2019), Rennó escancara as lacunas de informações de uma das maiores coleções arqueológicas da região. A partir dos bustos que tinham o objetivo de representar “distintas raças do globo”, a artista responde à violência de corpos “sem nome” imprimindo-os sobre um papel de textura marmorizada, como uma “pele” que lhes conferem minimamente a faceta de sepultura, logo um direito à memória (“monumento”).
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
Impressão em tinta pigmentada sobre papel marmorizado feito à mão (72 x 50 cm) e moldura em madeira com placa de identificação em metal
Foto Filipe Berndt
“Ao longo da exposição, é possível acompanhar como a ausência de imagens e informações prestou-se à atribuição de uma cidadania incompleta. Por exemplo, o anonimato forçado nas fichas técnicas da coleção de gessos armazenados no El Museo Canario de Antropología (Las Palmas, Ilhas Canárias). O que haveria em comum entre uma mulher do Industão, um homem da Ilha Rochet e um menino de Zanguebar? Ao que tudo indica, são simplesmente “seres notáveis” por não pertencerem à branquitude. Para a realização dessa série (2019), Rennó escancara as lacunas de informações de uma das maiores coleções arqueológicas da região. A partir dos bustos que tinham o objetivo de representar “distintas raças do globo”, a artista responde à violência de corpos “sem nome” imprimindo-os sobre um papel de textura marmorizada, como uma “pele” que lhes conferem minimamente a faceta de sepultura, logo um direito à memória (“monumento”).
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Ao longo da exposição, é possível acompanhar como a ausência de imagens e informações prestou-se à atribuição de uma cidadania incompleta. Por exemplo, o anonimato forçado nas fichas técnicas da coleção de gessos armazenados no El Museo Canario de Antropología (Las Palmas, Ilhas Canárias). O que haveria em comum entre uma mulher do Industão, um homem da Ilha Rochet e um menino de Zanguebar? Ao que tudo indica, são simplesmente “seres notáveis” por não pertencerem à branquitude. Para a realização dessa série (2019), Rennó escancara as lacunas de informações de uma das maiores coleções arqueológicas da região. A partir dos bustos que tinham o objetivo de representar “distintas raças do globo”, a artista responde à violência de corpos “sem nome” imprimindo-os sobre um papel de textura marmorizada, como uma “pele” que lhes conferem minimamente a faceta de sepultura, logo um direito à memória (“monumento”).
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
Impressão em tinta pigmentada sobre papel marmorizado feito à mão (72 x 50 cm) e moldura em madeira com placa de identificação em metal
Foto Filipe Berndt
“Ao longo da exposição, é possível acompanhar como a ausência de imagens e informações prestou-se à atribuição de uma cidadania incompleta. Por exemplo, o anonimato forçado nas fichas técnicas da coleção de gessos armazenados no El Museo Canario de Antropología (Las Palmas, Ilhas Canárias). O que haveria em comum entre uma mulher do Industão, um homem da Ilha Rochet e um menino de Zanguebar? Ao que tudo indica, são simplesmente “seres notáveis” por não pertencerem à branquitude. Para a realização dessa série (2019), Rennó escancara as lacunas de informações de uma das maiores coleções arqueológicas da região. A partir dos bustos que tinham o objetivo de representar “distintas raças do globo”, a artista responde à violência de corpos “sem nome” imprimindo-os sobre um papel de textura marmorizada, como uma “pele” que lhes conferem minimamente a faceta de sepultura, logo um direito à memória (“monumento”).
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Ao longo da exposição, é possível acompanhar como a ausência de imagens e informações prestou-se à atribuição de uma cidadania incompleta. Por exemplo, o anonimato forçado nas fichas técnicas da coleção de gessos armazenados no El Museo Canario de Antropología (Las Palmas, Ilhas Canárias). O que haveria em comum entre uma mulher do Industão, um homem da Ilha Rochet e um menino de Zanguebar? Ao que tudo indica, são simplesmente “seres notáveis” por não pertencerem à branquitude. Para a realização dessa série (2019), Rennó escancara as lacunas de informações de uma das maiores coleções arqueológicas da região. A partir dos bustos que tinham o objetivo de representar “distintas raças do globo”, a artista responde à violência de corpos “sem nome” imprimindo-os sobre um papel de textura marmorizada, como uma “pele” que lhes conferem minimamente a faceta de sepultura, logo um direito à memória (“monumento”).
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
Conjunto de 27 fotografias analógicas
Foto Reprodução
“O ensaio fotográfico Carnival (1967-68), de Alair Gomes, integra um interesse temático do artista que se estendeu ao longo da década seguinte. Ora, nesse conjunto de imagens, repleto de reminiscências pasolinianas, os foliões não pertencem ao universo estético dos Bate-bolas. Aqui, interessa destacar uma sequencialidade (quase cinematográfica) a partir da observação da linguagem corporal, braços erguidos ou peitos retorcidos, de forte conotação pagã, espécie de celebração de uma festa da colheita. Diferente do olhar etnográfico, participantes e observador se confundem.
As fotografias estão dispostas sobre um plano horizontal, dispositivo que rompe com a reverência ao ícone religioso na parede. Olhar a série de cima para baixo remete a um material eventualmente em processo de edição e reconecta Gomes com a comunicação de massa, isto é, o printmaking medium. Para André Pitol, um dos principais estudiosos da relação de Alair Gomes com a cena estadunidense, as intervenções fotográficas do artista no campo gráfico (jornais, revistas, cartazes etc.) ainda carecem de contextualização, tendo sido eclipsadas por uma fixação da fortuna crítica nas imagens de conteúdo mais claramente homoerótico.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“O ensaio fotográfico Carnival (1967-68), de Alair Gomes, integra um interesse temático do artista que se estendeu ao longo da década seguinte. Ora, nesse conjunto de imagens, repleto de reminiscências pasolinianas, os foliões não pertencem ao universo estético dos Bate-bolas. Aqui, interessa destacar uma sequencialidade (quase cinematográfica) a partir da observação da linguagem corporal, braços erguidos ou peitos retorcidos, de forte conotação pagã, espécie de celebração de uma festa da colheita. Diferente do olhar etnográfico, participantes e observador se confundem.
As fotografias estão dispostas sobre um plano horizontal, dispositivo que rompe com a reverência ao ícone religioso na parede. Olhar a série de cima para baixo remete a um material eventualmente em processo de edição e reconecta Gomes com a comunicação de massa, isto é, o printmaking medium. Para André Pitol, um dos principais estudiosos da relação de Alair Gomes com a cena estadunidense, as intervenções fotográficas do artista no campo gráfico (jornais, revistas, cartazes etc.) ainda carecem de contextualização, tendo sido eclipsadas por uma fixação da fortuna crítica nas imagens de conteúdo mais claramente homoerótico.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Conjunto de 27 fotografias analógicas
Foto Reprodução
“O ensaio fotográfico Carnival (1967-68), de Alair Gomes, integra um interesse temático do artista que se estendeu ao longo da década seguinte. Ora, nesse conjunto de imagens, repleto de reminiscências pasolinianas, os foliões não pertencem ao universo estético dos Bate-bolas. Aqui, interessa destacar uma sequencialidade (quase cinematográfica) a partir da observação da linguagem corporal, braços erguidos ou peitos retorcidos, de forte conotação pagã, espécie de celebração de uma festa da colheita. Diferente do olhar etnográfico, participantes e observador se confundem.
As fotografias estão dispostas sobre um plano horizontal, dispositivo que rompe com a reverência ao ícone religioso na parede. Olhar a série de cima para baixo remete a um material eventualmente em processo de edição e reconecta Gomes com a comunicação de massa, isto é, o printmaking medium. Para André Pitol, um dos principais estudiosos da relação de Alair Gomes com a cena estadunidense, as intervenções fotográficas do artista no campo gráfico (jornais, revistas, cartazes etc.) ainda carecem de contextualização, tendo sido eclipsadas por uma fixação da fortuna crítica nas imagens de conteúdo mais claramente homoerótico.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“O ensaio fotográfico Carnival (1967-68), de Alair Gomes, integra um interesse temático do artista que se estendeu ao longo da década seguinte. Ora, nesse conjunto de imagens, repleto de reminiscências pasolinianas, os foliões não pertencem ao universo estético dos Bate-bolas. Aqui, interessa destacar uma sequencialidade (quase cinematográfica) a partir da observação da linguagem corporal, braços erguidos ou peitos retorcidos, de forte conotação pagã, espécie de celebração de uma festa da colheita. Diferente do olhar etnográfico, participantes e observador se confundem.
As fotografias estão dispostas sobre um plano horizontal, dispositivo que rompe com a reverência ao ícone religioso na parede. Olhar a série de cima para baixo remete a um material eventualmente em processo de edição e reconecta Gomes com a comunicação de massa, isto é, o printmaking medium. Para André Pitol, um dos principais estudiosos da relação de Alair Gomes com a cena estadunidense, as intervenções fotográficas do artista no campo gráfico (jornais, revistas, cartazes etc.) ainda carecem de contextualização, tendo sido eclipsadas por uma fixação da fortuna crítica nas imagens de conteúdo mais claramente homoerótico.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Conjunto de 27 fotografias analógicas
Foto Reprodução
“O ensaio fotográfico Carnival (1967-68), de Alair Gomes, integra um interesse temático do artista que se estendeu ao longo da década seguinte. Ora, nesse conjunto de imagens, repleto de reminiscências pasolinianas, os foliões não pertencem ao universo estético dos Bate-bolas. Aqui, interessa destacar uma sequencialidade (quase cinematográfica) a partir da observação da linguagem corporal, braços erguidos ou peitos retorcidos, de forte conotação pagã, espécie de celebração de uma festa da colheita. Diferente do olhar etnográfico, participantes e observador se confundem.
As fotografias estão dispostas sobre um plano horizontal, dispositivo que rompe com a reverência ao ícone religioso na parede. Olhar a série de cima para baixo remete a um material eventualmente em processo de edição e reconecta Gomes com a comunicação de massa, isto é, o printmaking medium. Para André Pitol, um dos principais estudiosos da relação de Alair Gomes com a cena estadunidense, as intervenções fotográficas do artista no campo gráfico (jornais, revistas, cartazes etc.) ainda carecem de contextualização, tendo sido eclipsadas por uma fixação da fortuna crítica nas imagens de conteúdo mais claramente homoerótico.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“O ensaio fotográfico Carnival (1967-68), de Alair Gomes, integra um interesse temático do artista que se estendeu ao longo da década seguinte. Ora, nesse conjunto de imagens, repleto de reminiscências pasolinianas, os foliões não pertencem ao universo estético dos Bate-bolas. Aqui, interessa destacar uma sequencialidade (quase cinematográfica) a partir da observação da linguagem corporal, braços erguidos ou peitos retorcidos, de forte conotação pagã, espécie de celebração de uma festa da colheita. Diferente do olhar etnográfico, participantes e observador se confundem.
As fotografias estão dispostas sobre um plano horizontal, dispositivo que rompe com a reverência ao ícone religioso na parede. Olhar a série de cima para baixo remete a um material eventualmente em processo de edição e reconecta Gomes com a comunicação de massa, isto é, o printmaking medium. Para André Pitol, um dos principais estudiosos da relação de Alair Gomes com a cena estadunidense, as intervenções fotográficas do artista no campo gráfico (jornais, revistas, cartazes etc.) ainda carecem de contextualização, tendo sido eclipsadas por uma fixação da fortuna crítica nas imagens de conteúdo mais claramente homoerótico.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Conjunto de 27 fotografias analógicas
Foto Reprodução
“O ensaio fotográfico Carnival (1967-68), de Alair Gomes, integra um interesse temático do artista que se estendeu ao longo da década seguinte. Ora, nesse conjunto de imagens, repleto de reminiscências pasolinianas, os foliões não pertencem ao universo estético dos Bate-bolas. Aqui, interessa destacar uma sequencialidade (quase cinematográfica) a partir da observação da linguagem corporal, braços erguidos ou peitos retorcidos, de forte conotação pagã, espécie de celebração de uma festa da colheita. Diferente do olhar etnográfico, participantes e observador se confundem.
As fotografias estão dispostas sobre um plano horizontal, dispositivo que rompe com a reverência ao ícone religioso na parede. Olhar a série de cima para baixo remete a um material eventualmente em processo de edição e reconecta Gomes com a comunicação de massa, isto é, o printmaking medium. Para André Pitol, um dos principais estudiosos da relação de Alair Gomes com a cena estadunidense, as intervenções fotográficas do artista no campo gráfico (jornais, revistas, cartazes etc.) ainda carecem de contextualização, tendo sido eclipsadas por uma fixação da fortuna crítica nas imagens de conteúdo mais claramente homoerótico.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“O ensaio fotográfico Carnival (1967-68), de Alair Gomes, integra um interesse temático do artista que se estendeu ao longo da década seguinte. Ora, nesse conjunto de imagens, repleto de reminiscências pasolinianas, os foliões não pertencem ao universo estético dos Bate-bolas. Aqui, interessa destacar uma sequencialidade (quase cinematográfica) a partir da observação da linguagem corporal, braços erguidos ou peitos retorcidos, de forte conotação pagã, espécie de celebração de uma festa da colheita. Diferente do olhar etnográfico, participantes e observador se confundem.
As fotografias estão dispostas sobre um plano horizontal, dispositivo que rompe com a reverência ao ícone religioso na parede. Olhar a série de cima para baixo remete a um material eventualmente em processo de edição e reconecta Gomes com a comunicação de massa, isto é, o printmaking medium. Para André Pitol, um dos principais estudiosos da relação de Alair Gomes com a cena estadunidense, as intervenções fotográficas do artista no campo gráfico (jornais, revistas, cartazes etc.) ainda carecem de contextualização, tendo sido eclipsadas por uma fixação da fortuna crítica nas imagens de conteúdo mais claramente homoerótico.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
50 pranchas impressas em papel Innova Digital 315 gr, em caixa recoberta de couro
Foto Filipe Berndt
“Falar da escassez das fontes catalográficas em museus coloniais, referente sobretudo à proveniência patrimonial, constituiria por si só um tema vasto. No Brasil, essa negligência do poder público é endêmica. Com o intuito de chamar a atenção para processos arquivados sem solução, Rennó realizou, em 2009 e 2013, dois álbuns. No primeiro, ela reproduziu o verso das valiosas fotografias roubadas da Divisão de Iconografia da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e, no segundo, páginas dos álbuns fotográficos que sobreviveram ao roubo sofrido no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro (AGCRJ). Utilizando o mesmo título do inquérito policial, o primeiro álbum presentifica um crime, mas também a ausência como essência do ato fotográfico; o segundo álbum tem como título o sistema de organização da documentação fotográfica feita por Augusto Malta e seus filhos. Na perspectiva platônica, a imagem das páginas dos álbuns corresponde a uma mera projeção da mente.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Falar da escassez das fontes catalográficas em museus coloniais, referente sobretudo à proveniência patrimonial, constituiria por si só um tema vasto. No Brasil, essa negligência do poder público é endêmica. Com o intuito de chamar a atenção para processos arquivados sem solução, Rennó realizou, em 2009 e 2013, dois álbuns. No primeiro, ela reproduziu o verso das valiosas fotografias roubadas da Divisão de Iconografia da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e, no segundo, páginas dos álbuns fotográficos que sobreviveram ao roubo sofrido no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro (AGCRJ). Utilizando o mesmo título do inquérito policial, o primeiro álbum presentifica um crime, mas também a ausência como essência do ato fotográfico; o segundo álbum tem como título o sistema de organização da documentação fotográfica feita por Augusto Malta e seus filhos. Na perspectiva platônica, a imagem das páginas dos álbuns corresponde a uma mera projeção da mente.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
50 pranchas impressas em papel Innova Digital 315 gr, em caixa recoberta de couro
Foto Filipe Berndt
“Falar da escassez das fontes catalográficas em museus coloniais, referente sobretudo à proveniência patrimonial, constituiria por si só um tema vasto. No Brasil, essa negligência do poder público é endêmica. Com o intuito de chamar a atenção para processos arquivados sem solução, Rennó realizou, em 2009 e 2013, dois álbuns. No primeiro, ela reproduziu o verso das valiosas fotografias roubadas da Divisão de Iconografia da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e, no segundo, páginas dos álbuns fotográficos que sobreviveram ao roubo sofrido no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro (AGCRJ). Utilizando o mesmo título do inquérito policial, o primeiro álbum presentifica um crime, mas também a ausência como essência do ato fotográfico; o segundo álbum tem como título o sistema de organização da documentação fotográfica feita por Augusto Malta e seus filhos. Na perspectiva platônica, a imagem das páginas dos álbuns corresponde a uma mera projeção da mente.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Falar da escassez das fontes catalográficas em museus coloniais, referente sobretudo à proveniência patrimonial, constituiria por si só um tema vasto. No Brasil, essa negligência do poder público é endêmica. Com o intuito de chamar a atenção para processos arquivados sem solução, Rennó realizou, em 2009 e 2013, dois álbuns. No primeiro, ela reproduziu o verso das valiosas fotografias roubadas da Divisão de Iconografia da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e, no segundo, páginas dos álbuns fotográficos que sobreviveram ao roubo sofrido no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro (AGCRJ). Utilizando o mesmo título do inquérito policial, o primeiro álbum presentifica um crime, mas também a ausência como essência do ato fotográfico; o segundo álbum tem como título o sistema de organização da documentação fotográfica feita por Augusto Malta e seus filhos. Na perspectiva platônica, a imagem das páginas dos álbuns corresponde a uma mera projeção da mente.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Direção, roteiro e edição – Yhuri Cruz
Elenco – Almeida da Silva, Jade Maria Zimbra, Caju Bezerra, Alex Reis e Yhuri Cruz
Câmera – Clara Cavour, Yhuri Cruz e Rodrigo D’Alcântara
Trilha – Julius Eastman’s ‘Evil Nigger’
Edição de Som – Yhuri Cruz
Produção – Yhuri Cruz e Alex Reis
Apoio – Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Valéria Adalgiza e Antonio Carlos
Foto still do vídeo
“[…] Yhuri Cruz apresenta seu curta-metragem O Túmulo da Terra (2021). Impregnado do ritmo sombrio e inquietante de um pesadelo, o filme, todo rodado em preto e branco, nos transporta para uma paisagem tropical onde acompanhamos a jornada de um homem perseguido por sua subjetividade. Como é de praxe na linguagem expressionista, a obra transmite um misto de angústia e pavor. Aquilo que poderia parecer um cenário fantástico é, na realidade, um local que guarda as ruínas de um engenho de açúcar do Brasil do Império, com a Lavanderia dos escravizados. Nessa perspectiva, é interessante perceber como, por meio de uma dramaturgia identitária envolvendo protagonistas negros, o artista subverte o cânone europeu em afrofuturismo.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
–
“O Túmulo da Terra” (2021), de Yhuri Cruz, é um intenso curta-metragem concebido como uma fábula expressionista preta. Inspirado no poema “O Túmulo da Terra (PRETUSI)”, do diretor, o filme conta a origem da máscara de pedra Pretusi através da jornada de um homem sem rosto, que é perseguido e atormentado pela sua própria subjetividade encarnada em seus pares. O filme é a primeira produção audiovisual a integrar a pesquisa PRETOFAGIA e conta com o elenco de pretofágicos Alex Reis, Almeida da Silva, Caju Bezerra, Jade Maria Zimbra e Yhuri Cruz.
“[…] Yhuri Cruz apresenta seu curta-metragem O Túmulo da Terra (2021). Impregnado do ritmo sombrio e inquietante de um pesadelo, o filme, todo rodado em preto e branco, nos transporta para uma paisagem tropical onde acompanhamos a jornada de um homem perseguido por sua subjetividade. Como é de praxe na linguagem expressionista, a obra transmite um misto de angústia e pavor. Aquilo que poderia parecer um cenário fantástico é, na realidade, um local que guarda as ruínas de um engenho de açúcar do Brasil do Império, com a Lavanderia dos escravizados. Nessa perspectiva, é interessante perceber como, por meio de uma dramaturgia identitária envolvendo protagonistas negros, o artista subverte o cânone europeu em afrofuturismo.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
–
“O Túmulo da Terra” (2021), de Yhuri Cruz, é um intenso curta-metragem concebido como uma fábula expressionista preta. Inspirado no poema “O Túmulo da Terra (PRETUSI)”, do diretor, o filme conta a origem da máscara de pedra Pretusi através da jornada de um homem sem rosto, que é perseguido e atormentado pela sua própria subjetividade encarnada em seus pares. O filme é a primeira produção audiovisual a integrar a pesquisa PRETOFAGIA e conta com o elenco de pretofágicos Alex Reis, Almeida da Silva, Caju Bezerra, Jade Maria Zimbra e Yhuri Cruz.
Tinta PVA sobre granito, gravado com jato de areia
Foto Filipe Berndt
“O temor da morte assombra as esculturas de granito Flash do Espírito, inspiradas no livro homônimo de Robert Farris Thompson. Gravados sobre pedras tumulares, prevalecem os desenhos dos sorrisos cheios de dentes brancos, também máscaras e caretas, devolvendo uma fração de além-vida… imobilizada pelo ato fotográfico.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“O temor da morte assombra as esculturas de granito Flash do Espírito, inspiradas no livro homônimo de Robert Farris Thompson. Gravados sobre pedras tumulares, prevalecem os desenhos dos sorrisos cheios de dentes brancos, também máscaras e caretas, devolvendo uma fração de além-vida… imobilizada pelo ato fotográfico.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Poster do filme
“[…] Yhuri Cruz apresenta seu curta-metragem O Túmulo da Terra (2021). Impregnado do ritmo sombrio e inquietante de um pesadelo, o filme, todo rodado em preto e branco, nos transporta para uma paisagem tropical onde acompanhamos a jornada de um homem perseguido por sua subjetividade. Como é de praxe na linguagem expressionista, a obra transmite um misto de angústia e pavor. Aquilo que poderia parecer um cenário fantástico é, na realidade, um local que guarda as ruínas de um engenho de açúcar do Brasil do Império, com a Lavanderia dos escravizados. Nessa perspectiva, é interessante perceber como, por meio de uma dramaturgia identitária envolvendo protagonistas negros, o artista subverte o cânone europeu em afrofuturismo.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“[…] Yhuri Cruz apresenta seu curta-metragem O Túmulo da Terra (2021). Impregnado do ritmo sombrio e inquietante de um pesadelo, o filme, todo rodado em preto e branco, nos transporta para uma paisagem tropical onde acompanhamos a jornada de um homem perseguido por sua subjetividade. Como é de praxe na linguagem expressionista, a obra transmite um misto de angústia e pavor. Aquilo que poderia parecer um cenário fantástico é, na realidade, um local que guarda as ruínas de um engenho de açúcar do Brasil do Império, com a Lavanderia dos escravizados. Nessa perspectiva, é interessante perceber como, por meio de uma dramaturgia identitária envolvendo protagonistas negros, o artista subverte o cânone europeu em afrofuturismo.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
PVA e acrílica sobre algodão cru
Foto Filipe Berndt
“[…] Importante dizer que, para Aimé Césaire, négritude, termo que aparece pela primeira vez na revista L’Étudiant noir em 1934, é um conceito simultaneamente literário e político. Ao se reapropriar de um termo racista da língua dominante colonizadora, tenciona promover a África e sua cultura. Destino semelhante atravessa a série de pequenas telas pretas e vermelhas sobre as quais André Vargas inventa “suas” africanizações da língua portuguesa brasileira. Em paralelo ao pretuguês de Lélia Gonzalez, esse jogo, um tanto surrealista e aleatório, procura rastrear aproximações por sonoridades: “fomnologia”, “preticado”, “ilêitura”, “caciqnificado”, “perónome”, “sujeitupi”, “pluhaux”. Como a língua creole, prenhe de imagens, a fala emerge dos porões do navio negreiro para honrar os troncos linguísticos que abarcaram mais de 600 línguas saídas à força do continente africano.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“[…] Importante dizer que, para Aimé Césaire, négritude, termo que aparece pela primeira vez na revista L’Étudiant noir em 1934, é um conceito simultaneamente literário e político. Ao se reapropriar de um termo racista da língua dominante colonizadora, tenciona promover a África e sua cultura. Destino semelhante atravessa a série de pequenas telas pretas e vermelhas sobre as quais André Vargas inventa “suas” africanizações da língua portuguesa brasileira. Em paralelo ao pretuguês de Lélia Gonzalez, esse jogo, um tanto surrealista e aleatório, procura rastrear aproximações por sonoridades: “fomnologia”, “preticado”, “ilêitura”, “caciqnificado”, “perónome”, “sujeitupi”, “pluhaux”. Como a língua creole, prenhe de imagens, a fala emerge dos porões do navio negreiro para honrar os troncos linguísticos que abarcaram mais de 600 línguas saídas à força do continente africano.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Foto Filipe Berndt
PVA sobre máscaras em TNT e lona de nylon
Foto Filipe Berndt
“Máscaras de André Vargas complementam essa perspectiva dissidente do lugar do medo no imaginário social da branquitude. No fim da madrugada, o morro esquecido, esquecendo-se de explodir. Em O Terror da Sul (2018-19), o artista aponta para a introjeção do racismo e sua relação com as classes sociais, mais especificamente à divisão da cena cultural carioca que aparta os populosos subúrbios nos bairros da Baixada Fluminense da chamada Zona Sul. Suas máscaras são endereçadas às fantasias usadas na tradição de Clóvis (da palavra clown, em inglês), cujas turmas são constituídas de homens mascarados que saem às ruas vestidos de “bate-bola”.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Uma possível origem dos bate-bola são os escravos libertos. Estes, que por vezes eram perseguidos injustamente pela polícia, vestiam as fantasias para poder brincar livremente o carnaval e, “usar o Bate-bola” para protestar contra a opressão, batendo com força no chão as bolas que eram feitas a partir de bexiga de bois, para mostrar que tinham força e poder para juntos incomodar e transformar.
“Máscaras de André Vargas complementam essa perspectiva dissidente do lugar do medo no imaginário social da branquitude. No fim da madrugada, o morro esquecido, esquecendo-se de explodir. Em O Terror da Sul (2018-19), o artista aponta para a introjeção do racismo e sua relação com as classes sociais, mais especificamente à divisão da cena cultural carioca que aparta os populosos subúrbios nos bairros da Baixada Fluminense da chamada Zona Sul. Suas máscaras são endereçadas às fantasias usadas na tradição de Clóvis (da palavra clown, em inglês), cujas turmas são constituídas de homens mascarados que saem às ruas vestidos de “bate-bola”.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Uma possível origem dos bate-bola são os escravos libertos. Estes, que por vezes eram perseguidos injustamente pela polícia, vestiam as fantasias para poder brincar livremente o carnaval e, “usar o Bate-bola” para protestar contra a opressão, batendo com força no chão as bolas que eram feitas a partir de bexiga de bois, para mostrar que tinham força e poder para juntos incomodar e transformar.
Foto Filipe Berndt
Tinta acrílica sobre algodão cru
Pintura sobre algodão cru que parte de um famoso ex-voto da cidade de La Rochelle que está exposto na catedral de São Luis, onde o dono de um navio negreiro agradece o retorno de sua embarcação após um bom tempo à deriva no mar.
A pintura, que parafrasea o antigo ex-voto reivindica outra história e outra potência do mar, muito anterior e muito maior para o povo negro do que o terrível tempo da escravidão, que é a sua relação com o sagrado, marcada nesse trabalho pela presença do Orixá Iemanjá, rainha do mar, bem como seu barquinho de oferendas.
Pintura sobre algodão cru que parte de um famoso ex-voto da cidade de La Rochelle que está exposto na catedral de São Luis, onde o dono de um navio negreiro agradece o retorno de sua embarcação após um bom tempo à deriva no mar.
A pintura, que parafrasea o antigo ex-voto reivindica outra história e outra potência do mar, muito anterior e muito maior para o povo negro do que o terrível tempo da escravidão, que é a sua relação com o sagrado, marcada nesse trabalho pela presença do Orixá Iemanjá, rainha do mar, bem como seu barquinho de oferendas.
Instalação composta por 5 fotografias impressas sobre tecido, luz e som
Foto Filipe Berndt
“Artista engajada hoje na investigação formal da escultura, Rebeca Carapiá tem demonstrado rara cautela, entre os artistas de sua geração, na maneira de contornar conteúdos sagrados da espiritualidade negra, preferindo desviar-se da figuração religiosa. Para a presente exposição, revisitou um ensaio fotográfico realizado em 2018, que não poderia ser ampliado sem uma prévia problematização: por conta de um viés folclórico evidente, como contornar o efeito exótico inerente à representação de uma tradição?
Quem tem medo de assombração? (As Caretas do Mingau) tem origem no cortejo de mulheres que, todo ano, saem na madrugada do dia 2 de julho às ruas de Saubara, no Recôncavo Baiano, para celebrar as lutas de 1822-23. Carapiá resolve enfrentar o gênero da documentação etnográfica propondo uma experiência imersiva. Chama a atenção a recorrência do que poderíamos denominar de “teatro das aparições”. Trata-se de instalações artísticas que invocam (e despertam!) personalidades, “mortos que não se foram para sempre” (Bonaventure Soh Bejeng Ndikung). Tão imaterial quanto encantado, o fantasma retorna para reivindicar seu direito à memória, essa dobra imaginária que une o ser e o não-ser. Dito em outras palavras: rememorar a expulsão do colonizador português significa não deixar os mortos morrerem.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
“Artista engajada hoje na investigação formal da escultura, Rebeca Carapiá tem demonstrado rara cautela, entre os artistas de sua geração, na maneira de contornar conteúdos sagrados da espiritualidade negra, preferindo desviar-se da figuração religiosa. Para a presente exposição, revisitou um ensaio fotográfico realizado em 2018, que não poderia ser ampliado sem uma prévia problematização: por conta de um viés folclórico evidente, como contornar o efeito exótico inerente à representação de uma tradição?
Quem tem medo de assombração? (As Caretas do Mingau) tem origem no cortejo de mulheres que, todo ano, saem na madrugada do dia 2 de julho às ruas de Saubara, no Recôncavo Baiano, para celebrar as lutas de 1822-23. Carapiá resolve enfrentar o gênero da documentação etnográfica propondo uma experiência imersiva. Chama a atenção a recorrência do que poderíamos denominar de “teatro das aparições”. Trata-se de instalações artísticas que invocam (e despertam!) personalidades, “mortos que não se foram para sempre” (Bonaventure Soh Bejeng Ndikung). Tão imaterial quanto encantado, o fantasma retorna para reivindicar seu direito à memória, essa dobra imaginária que une o ser e o não-ser. Dito em outras palavras: rememorar a expulsão do colonizador português significa não deixar os mortos morrerem.”
Trecho de No Fim da Madrugada, de Lisette Lagnado
Thiago Martins de Melo ocupa a Sala Antonio – a sala de projeção da Vermelho – com duas animações stop-motion, Bárbara Balaclava (2016) e Rasga Mortalha (2019).
Os filmes são construídos a partir de um grande número de pinturas, desenhos e esquemas que são fotografados e editados de modo complexo, com saltos temporais, fragmentações e mudanças de perspectivas. Em comum, os trabalhos falam de território, de proteção da terra, e tecem críticas ao avanço civilizatório.
Bárbara Balaclava é uma metanarrativa baseada nos principais temas presentes na obra de Thiago Martins de Melo. Cosmogônica, barroca, híbrida e cíclica, percorre a trajetória de uma mártir anônima desde a desapropriação e massacre de sua aldeia e sua morte sob tortura policial, até sua experiência como encantada, encontrando a si mesma em encarnação anterior e culminando em seu batismo no coração de Pindorama.
Rasga Mortalha parte da lenda da coruja Suindara — muito contada no folclore do Norte e Nordeste — para abordar as urgências sociopolíticas do país. Crê-se que o aparecimento de seu vulto branco, seguido do grito selvagem, que lembra o som de um pano sendo rasgado ao meio, traz consigo o sinal da morte. Como vetor metafórico para pensar, e também transcender, uma visão fatalista da história do Brasil, o artista se vale dessa tradição popular para cruzar séculos de acontecimentos públicos com memórias, referências e imaginações pessoais, criando uma narrativa carregada e cortante.
Torrão Rubro conta com a colaboração da Lima Galeria, representante de Thiago Martins de Melo.
Foto Filipe Berndt
frames dos filmes Bárbara Balaclava e Rasga Mortalha
Foto Filipe Berndt
frames dos filmes Bárbara Balaclava e Rasga Mortalha
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
Óleo sobre tela, resina de poliéster e poliuretano, animação stop motion e monitores de TV 22” e 32” pintados com tinta óleo
Foto Estúdio em obra
Tinta óleo sobre tela
Tinta óleo sobre tela
Foto Filipe Berndt
Filme em animação stop motion
Foto still do vídeo
Bárbara balaclava é uma metanarrativa baseada nas histórias existentes na obra de Thiago Martins de Melo e lida através do Tarot. Cosmogônica, barroca, híbrida e cíclica, percorre a trajetória de uma mártir anônima desde a desapropriação e massacre de sua aldeia e sua morte sob tortura policial até sua experiência como “encantada” encontrando a si mesma em encarnação anterior e culminando em seu batismo no coração de Pindorama. Bárbara balaclava é uma narrativa anarco-xamanista de transcendência da luta anticolonialista.
Bárbara balaclava é uma metanarrativa baseada nas histórias existentes na obra de Thiago Martins de Melo e lida através do Tarot. Cosmogônica, barroca, híbrida e cíclica, percorre a trajetória de uma mártir anônima desde a desapropriação e massacre de sua aldeia e sua morte sob tortura policial até sua experiência como “encantada” encontrando a si mesma em encarnação anterior e culminando em seu batismo no coração de Pindorama. Bárbara balaclava é uma narrativa anarco-xamanista de transcendência da luta anticolonialista.
Filme em animação stop motion
Foto still do vídeo
Bárbara balaclava é uma metanarrativa baseada nas histórias existentes na obra de Thiago Martins de Melo e lida através do Tarot. Cosmogônica, barroca, híbrida e cíclica, percorre a trajetória de uma mártir anônima desde a desapropriação e massacre de sua aldeia e sua morte sob tortura policial até sua experiência como “encantada” encontrando a si mesma em encarnação anterior e culminando em seu batismo no coração de Pindorama. Bárbara balaclava é uma narrativa anarco-xamanista de transcendência da luta anticolonialista.
Bárbara balaclava é uma metanarrativa baseada nas histórias existentes na obra de Thiago Martins de Melo e lida através do Tarot. Cosmogônica, barroca, híbrida e cíclica, percorre a trajetória de uma mártir anônima desde a desapropriação e massacre de sua aldeia e sua morte sob tortura policial até sua experiência como “encantada” encontrando a si mesma em encarnação anterior e culminando em seu batismo no coração de Pindorama. Bárbara balaclava é uma narrativa anarco-xamanista de transcendência da luta anticolonialista.
Filme em animação stop motion
Foto still do vídeo
Bárbara balaclava é uma metanarrativa baseada nas histórias existentes na obra de Thiago Martins de Melo e lida através do Tarot. Cosmogônica, barroca, híbrida e cíclica, percorre a trajetória de uma mártir anônima desde a desapropriação e massacre de sua aldeia e sua morte sob tortura policial até sua experiência como “encantada” encontrando a si mesma em encarnação anterior e culminando em seu batismo no coração de Pindorama. Bárbara balaclava é uma narrativa anarco-xamanista de transcendência da luta anticolonialista.
Bárbara balaclava é uma metanarrativa baseada nas histórias existentes na obra de Thiago Martins de Melo e lida através do Tarot. Cosmogônica, barroca, híbrida e cíclica, percorre a trajetória de uma mártir anônima desde a desapropriação e massacre de sua aldeia e sua morte sob tortura policial até sua experiência como “encantada” encontrando a si mesma em encarnação anterior e culminando em seu batismo no coração de Pindorama. Bárbara balaclava é uma narrativa anarco-xamanista de transcendência da luta anticolonialista.
Foto Filipe Berndt
Filme em animação stop motion
Foto still do vídeo
“Rasga Mortalha” parte da lenda da coruja “Suindara” — muito contada no folclore do Norte e Nordeste — para abordar as urgências sociopolíticas do país. Crê-se que o aparecimento de seu vulto branco, seguido do grito selvagem — que lembra o som de um pano sendo rasgado ao meio —, traz consigo o signo da morte. Como vetor metafórico para pensar, e também transcender, uma visão fatalista da história do Brasil, o artista se vale dessa tradição popular para cruzar séculos de acontecimentos públicos com memórias, referências e imaginações pessoais, criando uma narrativa carregada e cortante.
“Rasga Mortalha” parte da lenda da coruja “Suindara” — muito contada no folclore do Norte e Nordeste — para abordar as urgências sociopolíticas do país. Crê-se que o aparecimento de seu vulto branco, seguido do grito selvagem — que lembra o som de um pano sendo rasgado ao meio —, traz consigo o signo da morte. Como vetor metafórico para pensar, e também transcender, uma visão fatalista da história do Brasil, o artista se vale dessa tradição popular para cruzar séculos de acontecimentos públicos com memórias, referências e imaginações pessoais, criando uma narrativa carregada e cortante.
Foto Filipe Berndt
Filme em animação stop motion
Foto still do vídeo
“Rasga Mortalha” parte da lenda da coruja “Suindara” — muito contada no folclore do Norte e Nordeste — para abordar as urgências sociopolíticas do país. Crê-se que o aparecimento de seu vulto branco, seguido do grito selvagem — que lembra o som de um pano sendo rasgado ao meio —, traz consigo o signo da morte. Como vetor metafórico para pensar, e também transcender, uma visão fatalista da história do Brasil, o artista se vale dessa tradição popular para cruzar séculos de acontecimentos públicos com memórias, referências e imaginações pessoais, criando uma narrativa carregada e cortante.
“Rasga Mortalha” parte da lenda da coruja “Suindara” — muito contada no folclore do Norte e Nordeste — para abordar as urgências sociopolíticas do país. Crê-se que o aparecimento de seu vulto branco, seguido do grito selvagem — que lembra o som de um pano sendo rasgado ao meio —, traz consigo o signo da morte. Como vetor metafórico para pensar, e também transcender, uma visão fatalista da história do Brasil, o artista se vale dessa tradição popular para cruzar séculos de acontecimentos públicos com memórias, referências e imaginações pessoais, criando uma narrativa carregada e cortante.
Filme em animação stop motion
Foto still do vídeo
“Rasga Mortalha” parte da lenda da coruja “Suindara” — muito contada no folclore do Norte e Nordeste — para abordar as urgências sociopolíticas do país. Crê-se que o aparecimento de seu vulto branco, seguido do grito selvagem — que lembra o som de um pano sendo rasgado ao meio —, traz consigo o signo da morte. Como vetor metafórico para pensar, e também transcender, uma visão fatalista da história do Brasil, o artista se vale dessa tradição popular para cruzar séculos de acontecimentos públicos com memórias, referências e imaginações pessoais, criando uma narrativa carregada e cortante.
“Rasga Mortalha” parte da lenda da coruja “Suindara” — muito contada no folclore do Norte e Nordeste — para abordar as urgências sociopolíticas do país. Crê-se que o aparecimento de seu vulto branco, seguido do grito selvagem — que lembra o som de um pano sendo rasgado ao meio —, traz consigo o signo da morte. Como vetor metafórico para pensar, e também transcender, uma visão fatalista da história do Brasil, o artista se vale dessa tradição popular para cruzar séculos de acontecimentos públicos com memórias, referências e imaginações pessoais, criando uma narrativa carregada e cortante.
Foto Filipe Berndt
Meia tem sua prática fundamentada em uma longa pesquisa em torno da pintura de paisagem, de suas formas, história e sentidos. As paisagens de Meia começam a ser elaboradas pelo transito do artista, seja por seus deslocamentos pelas ruas ou por seus ciclos de afetos. Ambos os circuitos equipam o artista com material para a elaboração de suas pinturas. Na rua, ele identifica, seleciona e recolhe elementos com potencial construtivo; dos afetos ele ganha elementos que carregam qualidades tônicas e simbólicas.
Suas composições, assim, baseiam-se em grades (grids) que se despregam da racionalidade, da ordem e da neutralidade, para desenvolver-se a partir de subjetividades contextuais, da fragmentação de histórias e pelo hibridismo. Embora suas construções se baseiem em colagens de matérias de diferentes valores intrínsecos, sua prática inclui técnicas e materiais clássicos e nobres da pintura, como a encaustica, a tinta a óleo, o bastão oleoso e o carvão. Essas matérias convivem com colagens de diferentes papéis, couros, tecidos, pedaços de toalha de banho, tinta epóxi, restos de ferragens e feltros, todos em busca da elaboração pictórica.
Os temas de suas pinturas aproximam essa miríade de elementos na representação de horizontes estruturados por estradas. Essas trilhas refletem o percurso do observador em busca das múltiplas histórias que compõe suas cenas.
Tinta acrílica, tinta óleo, encáustica, lona, lona térmica, papel de seda, pastel oleoso, carvão e cola branca sobre gaveta descartada
Foto Filipe Berndt
“Irmãos é o nome que dou às marcas gráficas que adiciono às composições, buscando afastá-las da pintura e tornando-as algo mais familiar. São elementos estruturantes dos trabalhos que atuam no campo entre a figuração e a abstração.”
Meia
“Irmãos é o nome que dou às marcas gráficas que adiciono às composições, buscando afastá-las da pintura e tornando-as algo mais familiar. São elementos estruturantes dos trabalhos que atuam no campo entre a figuração e a abstração.”
Meia
Tinta acrílica, tinta óleo, pastel seco, pastel oleoso, fita crepe, lona, voal, cetim e algodão sobre cortiça, madeirite e mdf montado em ripa
Foto Filipe Berndt
Tinta óleo, tinta acrílica, bastão a óleo, pastel seco, carvão, papel seda, cetim, toalha de banho e encáustica sobre algodão cru e mdf montado em sarrafo de madeira
Foto Filipe Berndt
Tinta óleo, tinta acrílica, encáustica, pastel oleoso, pastel seco, carvão, couro e lençol sobre gaveta descartada
Foto Filipe Berndt
“Irmãos é o nome que dou às marcas gráficas que adiciono às composições, buscando afastá-las da pintura e tornando-as algo mais familiar. São elementos estruturantes dos trabalhos que atuam no campo entre a figuração e a abstração.”
Meia
“Irmãos é o nome que dou às marcas gráficas que adiciono às composições, buscando afastá-las da pintura e tornando-as algo mais familiar. São elementos estruturantes dos trabalhos que atuam no campo entre a figuração e a abstração.”
Meia
Tinta óleo, tinta acrílica, dendê, pastel oleoso, papel de algodão, papel laminado, papel camurça, lona, feltro e tela sobre madeira montada em ripa
Foto Filipe Berndt
troca de obras durante o período da exposição
Foto Vermelho
Tinta óleo, tinta acrílica e encáustica sobre madeira pregada em tela
Foto Vermelho
Tinta óleo, bastão oleoso, encáustica, papel camurça, tecido de algodão e cetim sobre madeirite montado em sarrafo de madeira
Foto Vermelho
troca de obras durante o período da exposição
Foto Vermelho
Tinta óleo, tinta acrílica, tinta serigráfica, encáustica, verniz, bastão oleoso, camurça, cola, papel paraná, papel plástico, latão, cimento, brita, terra e espadas de Iansã sobre madeirite plastificado montado em ripa
Foto Vermelho
“O Cruzeiro das almas é um regulador, um portal entre o dia e a noite, onde mora a força das almas.”
Meia
“O Cruzeiro das almas é um regulador, um portal entre o dia e a noite, onde mora a força das almas.”
Meia
Tinta óleo, tinta acrílica, tinta serigráfica, encáustica, verniz, bastão oleoso, camurça, cola, papel paraná, papel plástico, latão, cimento, brita, terra e espadas de Iansã sobre madeirite plastificado montado em ripa
Foto Vermelho
“O Cruzeiro das almas é um regulador, um portal entre o dia e a noite, onde mora a força das almas.”
Meia
“O Cruzeiro das almas é um regulador, um portal entre o dia e a noite, onde mora a força das almas.”
Meia
Tinta acrílica, tinta óleo, papelão, borracha, perfex, tecido tnt e cetim sobre tela montada em ripa de madeira
Foto Julia Thompson
Leia o texto completo de Thais Rivitti aqui.
Leia o texto completo de Gabriel Zimbardi aqui.
No dia 27 de março, das 19h às 22h, a Vermelho inaugura “Organoide“, nova exposição individual de Lia Chaia. A exposição conta com texto crítico de Thaís Rivitti.
“Organoide” reúne novos trabalhos produzidos entre 2020 e 2024, incluindo uma videoinstalação, dois vídeos, desenhos e uma série de móbiles. Durante a abertura, Chaia apresentará uma projeção mapeada na fachada da Vermelho.
Lia Chaia está em cartaz na exposição “Message from our Planet”, da Thoma Foundation Collection. A exposição é parte do Programa de Empréstimo da Fundação, que envia obras de arte para museus regionais e públicos nos EUA. A coleção tem um foco em arte digital, vídeo e novas mídias, A mostra está atualmente em itinerância pelos EUA, e já passou por 6 museus. Atualmente, a exposição está no Chazen Museum of Art da University of Wisconsin.
Chaia também participa da exposição “Antes e agora, longe e aqui dentro”, com curadoria de Galciani Neves, no Museu Oscar Niemeyer (MON) em Curitiba, Brasil. Essa exposição propõe uma reflexão sobre as relações entre corpo e território, e os diversos modos de habitar, ser e registrar paisagens.
As obras de Chaia que exploram a inserção do corpo em paisagens naturais e urbanas também estavam em destaque na exposição “Terra abrecaminhos”, que encerrou recentemente sua exibição no Sesc Pompéia (São Paulo), com curadoria de Hda de Paulo.
Chaia é considerada uma das principais artistas da Geração 2000, e sua obra está presente em coleções importantes como: Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brasil); Inhotim (Brasil); Colección Jozami (Espanha); Museu de Arte Moderna [MAM] (Brasil); Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro [MAMRJ] (Brasil); e Banco do Espírito Santo (Portugal).
tinta esmalte sobre mdf e cabos de aço
Foto Filipe Berndt
Os padrões pintados por Chaia sobre as peças de seus novos móbiles apontam para uma bifurcação em sua prática. A artista é conhecida por suas obras que exploram a inserção do corpo em paisagens urbanas e naturais, e é um dos nomes que definiu a Geração 2000. Esse grupo tem o olhar voltado aos modelos de urbanização que tomaram o Brasil Moderno, aquele modelo desenvolvimentista do meio do século passado que acreditava na lógica de que o país estava fadado a um devir grandioso, mas que nunca se realizou.
As pinturas, desenhos e vídeos de Chaia agora se voltam ao interior do corpo, com padrões abstratos que remetem à epiderme, derme, hipoderme, órgãos, ossos e músculos. Suas estruturas também lembram percursos ou padrões tribais indefinidos. Grande parte dessa abstração “solta” veio com o uso da mão direita que Chaia passou a usar para trabalhar depois de sofrer uma queda de bicicleta que a forçou a passar por uma cirurgia reconstrutiva em sua mão esquerda, sua mão dominante.
Os padrões pintados por Chaia sobre as peças de seus novos móbiles apontam para uma bifurcação em sua prática. A artista é conhecida por suas obras que exploram a inserção do corpo em paisagens urbanas e naturais, e é um dos nomes que definiu a Geração 2000. Esse grupo tem o olhar voltado aos modelos de urbanização que tomaram o Brasil Moderno, aquele modelo desenvolvimentista do meio do século passado que acreditava na lógica de que o país estava fadado a um devir grandioso, mas que nunca se realizou.
As pinturas, desenhos e vídeos de Chaia agora se voltam ao interior do corpo, com padrões abstratos que remetem à epiderme, derme, hipoderme, órgãos, ossos e músculos. Suas estruturas também lembram percursos ou padrões tribais indefinidos. Grande parte dessa abstração “solta” veio com o uso da mão direita que Chaia passou a usar para trabalhar depois de sofrer uma queda de bicicleta que a forçou a passar por uma cirurgia reconstrutiva em sua mão esquerda, sua mão dominante.
tinta esmalte sobre mdf e cabos de aço
Foto Filipe Berndt
Os padrões pintados por Chaia sobre as peças de seus novos móbiles apontam para uma bifurcação em sua prática. A artista é conhecida por suas obras que exploram a inserção do corpo em paisagens urbanas e naturais, e é um dos nomes que definiu a Geração 2000. Esse grupo tem o olhar voltado aos modelos de urbanização que tomaram o Brasil Moderno, aquele modelo desenvolvimentista do meio do século passado que acreditava na lógica de que o país estava fadado a um devir grandioso, mas que nunca se realizou.
As pinturas, desenhos e vídeos de Chaia agora se voltam ao interior do corpo, com padrões abstratos que remetem à epiderme, derme, hipoderme, órgãos, ossos e músculos. Suas estruturas também lembram percursos ou padrões tribais indefinidos. Grande parte dessa abstração “solta” veio com o uso da mão direita que Chaia passou a usar para trabalhar depois de sofrer uma queda de bicicleta que a forçou a passar por uma cirurgia reconstrutiva em sua mão esquerda, sua mão dominante.
Os padrões pintados por Chaia sobre as peças de seus novos móbiles apontam para uma bifurcação em sua prática. A artista é conhecida por suas obras que exploram a inserção do corpo em paisagens urbanas e naturais, e é um dos nomes que definiu a Geração 2000. Esse grupo tem o olhar voltado aos modelos de urbanização que tomaram o Brasil Moderno, aquele modelo desenvolvimentista do meio do século passado que acreditava na lógica de que o país estava fadado a um devir grandioso, mas que nunca se realizou.
As pinturas, desenhos e vídeos de Chaia agora se voltam ao interior do corpo, com padrões abstratos que remetem à epiderme, derme, hipoderme, órgãos, ossos e músculos. Suas estruturas também lembram percursos ou padrões tribais indefinidos. Grande parte dessa abstração “solta” veio com o uso da mão direita que Chaia passou a usar para trabalhar depois de sofrer uma queda de bicicleta que a forçou a passar por uma cirurgia reconstrutiva em sua mão esquerda, sua mão dominante.
Vídeo Full HD 16:9. Cor e som
Foto still do vídeo
Desenho com registra uma performance para a câmera de vídeo realizada entre Lia Chaia e suas filhas. No protocolo, uma dupla por vez tenta realizar o mesmo desenho, de maneira espelhada, em páginas opostas de um caderno.
Desenho com registra uma performance para a câmera de vídeo realizada entre Lia Chaia e suas filhas. No protocolo, uma dupla por vez tenta realizar o mesmo desenho, de maneira espelhada, em páginas opostas de um caderno.
Vídeo Full HD 16:9. Cor e som
Foto still do vídeo
Desenho com registra uma performance para a câmera de vídeo realizada entre Lia Chaia e suas filhas. No protocolo, uma dupla por vez tenta realizar o mesmo desenho, de maneira espelhada, em páginas opostas de um caderno.
Desenho com registra uma performance para a câmera de vídeo realizada entre Lia Chaia e suas filhas. No protocolo, uma dupla por vez tenta realizar o mesmo desenho, de maneira espelhada, em páginas opostas de um caderno.
vídeo em 2 monitores na vertical um de costas para o outro – cor e som
Foto still do vídeo
Na videoinstalação, dois monitores flutuam no centro da sala, de costas um para o outro. Nas imagens, vemos o corpo nu de Chaia, sobre o qual são projetados desenhos que são manipulados por duas mãos. Os desenhos se assemelham aos padrões das mãos de “Como vai? Como vai? Como vai?” e são estruturados como arabescos e volutas que vão se contorcendo, como se o interior do corpo de Chaia pudesse ser visto de fora.
O som da instalação reproduz diferentes sinos de vento, com sons de conchas, bambus e cristais. O vento é o único elemento externo que surge na exposição, tanto no som de “Desenho dançante“, que invade as salas da exposição, quanto pelo vento em si, que pode entrar nas salas através de telas que a artista usou para fechar as portas da galeria.
Colaboração e edição: João Marcos de Almeida
Fotografia: Flora Dias
Som: Bruno Palazzo
Na videoinstalação, dois monitores flutuam no centro da sala, de costas um para o outro. Nas imagens, vemos o corpo nu de Chaia, sobre o qual são projetados desenhos que são manipulados por duas mãos. Os desenhos se assemelham aos padrões das mãos de “Como vai? Como vai? Como vai?” e são estruturados como arabescos e volutas que vão se contorcendo, como se o interior do corpo de Chaia pudesse ser visto de fora.
O som da instalação reproduz diferentes sinos de vento, com sons de conchas, bambus e cristais. O vento é o único elemento externo que surge na exposição, tanto no som de “Desenho dançante“, que invade as salas da exposição, quanto pelo vento em si, que pode entrar nas salas através de telas que a artista usou para fechar as portas da galeria.
Colaboração e edição: João Marcos de Almeida
Fotografia: Flora Dias
Som: Bruno Palazzo
vídeo em 2 monitores na vertical um de costas para o outro – cor e som
Foto still do vídeo
Na videoinstalação, dois monitores flutuam no centro da sala, de costas um para o outro. Nas imagens, vemos o corpo nu de Chaia, sobre o qual são projetados desenhos que são manipulados por duas mãos. Os desenhos se assemelham aos padrões das mãos de “Como vai? Como vai? Como vai?” e são estruturados como arabescos e volutas que vão se contorcendo, como se o interior do corpo de Chaia pudesse ser visto de fora.
O som da instalação reproduz diferentes sinos de vento, com sons de conchas, bambus e cristais. O vento é o único elemento externo que surge na exposição, tanto no som de “Desenho dançante“, que invade as salas da exposição, quanto pelo vento em si, que pode entrar nas salas através de telas que a artista usou para fechar as portas da galeria.
Colaboração e edição: João Marcos de Almeida
Fotografia: Flora Dias
Som: Bruno Palazzo
Na videoinstalação, dois monitores flutuam no centro da sala, de costas um para o outro. Nas imagens, vemos o corpo nu de Chaia, sobre o qual são projetados desenhos que são manipulados por duas mãos. Os desenhos se assemelham aos padrões das mãos de “Como vai? Como vai? Como vai?” e são estruturados como arabescos e volutas que vão se contorcendo, como se o interior do corpo de Chaia pudesse ser visto de fora.
O som da instalação reproduz diferentes sinos de vento, com sons de conchas, bambus e cristais. O vento é o único elemento externo que surge na exposição, tanto no som de “Desenho dançante“, que invade as salas da exposição, quanto pelo vento em si, que pode entrar nas salas através de telas que a artista usou para fechar as portas da galeria.
Colaboração e edição: João Marcos de Almeida
Fotografia: Flora Dias
Som: Bruno Palazzo
Com Henrique Oliveira, Edigar Candido e Dora Nacca
Foto Vermelho
MDF de 3mm, base acrílica, tinta esmalte acetinada e fio de aço
Foto Vermelho
Os Organoides que dão nome à exposição, são móbiles ameboides pintados à mão. Aqui, eles já não têm formas reconhecíveis, são peças de formato orgânico unidas por fios de aço, que dançam conforme o vento os atravessa. A reconstrução da mão de Lia Chaia pela ciência, levou a artista a celebrar o avanço das pesquisas que tornam natural o que é sintético, ou que sintetizaram o natural.
Os Organoides que dão nome à exposição, são móbiles ameboides pintados à mão. Aqui, eles já não têm formas reconhecíveis, são peças de formato orgânico unidas por fios de aço, que dançam conforme o vento os atravessa. A reconstrução da mão de Lia Chaia pela ciência, levou a artista a celebrar o avanço das pesquisas que tornam natural o que é sintético, ou que sintetizaram o natural.
MDF de 3mm, base acrílica, tinta esmalte acetinada e fio de aço
Foto Vermelho
Os Organoides que dão nome à exposição, são móbiles ameboides pintados à mão. Aqui, eles já não têm formas reconhecíveis, são peças de formato orgânico unidas por fios de aço, que dançam conforme o vento os atravessa. A reconstrução da mão de Lia Chaia pela ciência, levou a artista a celebrar o avanço das pesquisas que tornam natural o que é sintético, ou que sintetizaram o natural.
Os Organoides que dão nome à exposição, são móbiles ameboides pintados à mão. Aqui, eles já não têm formas reconhecíveis, são peças de formato orgânico unidas por fios de aço, que dançam conforme o vento os atravessa. A reconstrução da mão de Lia Chaia pela ciência, levou a artista a celebrar o avanço das pesquisas que tornam natural o que é sintético, ou que sintetizaram o natural.
Caneta Posca e verniz a base d’água sobre papel Canson
Foto Filipe Berndt
O mural de papel trançado cria uma parede-dispositivo para os desenhos de Lia Chaia que foram usados na projeção de “Desenho dançante”, que se juntam a outros desenhos de escalas e cores variadas. Juntos eles formam um sistema inspirado por uma conversa que Chaia teve em uma de suas visitas ao hospital, quando alguém falou para ela sobre os organoides.
Os organoides recriam, in vitro, um sistema fisiológico que permite que pesquisadores investiguem questões multidimensionais complexas, como o surgimento de doenças, regeneração de tecidos e interações entre órgãos. Os organoides são um tipo de cultura celular 3D que contém tipos de células específicas de órgãos, que podem exibir sua organização espacial e replicar algumas funções de determinado órgão.
O mural de papel trançado cria uma parede-dispositivo para os desenhos de Lia Chaia que foram usados na projeção de “Desenho dançante”, que se juntam a outros desenhos de escalas e cores variadas. Juntos eles formam um sistema inspirado por uma conversa que Chaia teve em uma de suas visitas ao hospital, quando alguém falou para ela sobre os organoides.
Os organoides recriam, in vitro, um sistema fisiológico que permite que pesquisadores investiguem questões multidimensionais complexas, como o surgimento de doenças, regeneração de tecidos e interações entre órgãos. Os organoides são um tipo de cultura celular 3D que contém tipos de células específicas de órgãos, que podem exibir sua organização espacial e replicar algumas funções de determinado órgão.
Caneta Posca e verniz a base d’água sobre papel Canson
Foto Vermelho
O mural de papel trançado cria uma parede-dispositivo para os desenhos de Lia Chaia que foram usados na projeção de “Desenho dançante”, que se juntam a outros desenhos de escalas e cores variadas. Juntos eles formam um sistema inspirado por uma conversa que Chaia teve em uma de suas visitas ao hospital, quando alguém falou para ela sobre os organoides.
Os organoides recriam, in vitro, um sistema fisiológico que permite que pesquisadores investiguem questões multidimensionais complexas, como o surgimento de doenças, regeneração de tecidos e interações entre órgãos. Os organoides são um tipo de cultura celular 3D que contém tipos de células específicas de órgãos, que podem exibir sua organização espacial e replicar algumas funções de determinado órgão.
O mural de papel trançado cria uma parede-dispositivo para os desenhos de Lia Chaia que foram usados na projeção de “Desenho dançante”, que se juntam a outros desenhos de escalas e cores variadas. Juntos eles formam um sistema inspirado por uma conversa que Chaia teve em uma de suas visitas ao hospital, quando alguém falou para ela sobre os organoides.
Os organoides recriam, in vitro, um sistema fisiológico que permite que pesquisadores investiguem questões multidimensionais complexas, como o surgimento de doenças, regeneração de tecidos e interações entre órgãos. Os organoides são um tipo de cultura celular 3D que contém tipos de células específicas de órgãos, que podem exibir sua organização espacial e replicar algumas funções de determinado órgão.
Caneta Posca e verniz a base d’água sobre papel Canson
Foto Vermelho
O mural de papel trançado cria uma parede-dispositivo para os desenhos de Lia Chaia que foram usados na projeção de “Desenho dançante”, que se juntam a outros desenhos de escalas e cores variadas. Juntos eles formam um sistema inspirado por uma conversa que Chaia teve em uma de suas visitas ao hospital, quando alguém falou para ela sobre os organoides.
Os organoides recriam, in vitro, um sistema fisiológico que permite que pesquisadores investiguem questões multidimensionais complexas, como o surgimento de doenças, regeneração de tecidos e interações entre órgãos. Os organoides são um tipo de cultura celular 3D que contém tipos de células específicas de órgãos, que podem exibir sua organização espacial e replicar algumas funções de determinado órgão.
O mural de papel trançado cria uma parede-dispositivo para os desenhos de Lia Chaia que foram usados na projeção de “Desenho dançante”, que se juntam a outros desenhos de escalas e cores variadas. Juntos eles formam um sistema inspirado por uma conversa que Chaia teve em uma de suas visitas ao hospital, quando alguém falou para ela sobre os organoides.
Os organoides recriam, in vitro, um sistema fisiológico que permite que pesquisadores investiguem questões multidimensionais complexas, como o surgimento de doenças, regeneração de tecidos e interações entre órgãos. Os organoides são um tipo de cultura celular 3D que contém tipos de células específicas de órgãos, que podem exibir sua organização espacial e replicar algumas funções de determinado órgão.
Caneta Posca e verniz a base d’água sobre papel Canson
Foto Vermelho
O mural de papel trançado cria uma parede-dispositivo para os desenhos de Lia Chaia que foram usados na projeção de “Desenho dançante”, que se juntam a outros desenhos de escalas e cores variadas. Juntos eles formam um sistema inspirado por uma conversa que Chaia teve em uma de suas visitas ao hospital, quando alguém falou para ela sobre os organoides.
Os organoides recriam, in vitro, um sistema fisiológico que permite que pesquisadores investiguem questões multidimensionais complexas, como o surgimento de doenças, regeneração de tecidos e interações entre órgãos. Os organoides são um tipo de cultura celular 3D que contém tipos de células específicas de órgãos, que podem exibir sua organização espacial e replicar algumas funções de determinado órgão.
O mural de papel trançado cria uma parede-dispositivo para os desenhos de Lia Chaia que foram usados na projeção de “Desenho dançante”, que se juntam a outros desenhos de escalas e cores variadas. Juntos eles formam um sistema inspirado por uma conversa que Chaia teve em uma de suas visitas ao hospital, quando alguém falou para ela sobre os organoides.
Os organoides recriam, in vitro, um sistema fisiológico que permite que pesquisadores investiguem questões multidimensionais complexas, como o surgimento de doenças, regeneração de tecidos e interações entre órgãos. Os organoides são um tipo de cultura celular 3D que contém tipos de células específicas de órgãos, que podem exibir sua organização espacial e replicar algumas funções de determinado órgão.
Caneta Posca e verniz a base d’água sobre papel Canson
Foto Vermelho
O mural de papel trançado cria uma parede-dispositivo para os desenhos de Lia Chaia que foram usados na projeção de “Desenho dançante”, que se juntam a outros desenhos de escalas e cores variadas. Juntos eles formam um sistema inspirado por uma conversa que Chaia teve em uma de suas visitas ao hospital, quando alguém falou para ela sobre os organoides.
Os organoides recriam, in vitro, um sistema fisiológico que permite que pesquisadores investiguem questões multidimensionais complexas, como o surgimento de doenças, regeneração de tecidos e interações entre órgãos. Os organoides são um tipo de cultura celular 3D que contém tipos de células específicas de órgãos, que podem exibir sua organização espacial e replicar algumas funções de determinado órgão.
O mural de papel trançado cria uma parede-dispositivo para os desenhos de Lia Chaia que foram usados na projeção de “Desenho dançante”, que se juntam a outros desenhos de escalas e cores variadas. Juntos eles formam um sistema inspirado por uma conversa que Chaia teve em uma de suas visitas ao hospital, quando alguém falou para ela sobre os organoides.
Os organoides recriam, in vitro, um sistema fisiológico que permite que pesquisadores investiguem questões multidimensionais complexas, como o surgimento de doenças, regeneração de tecidos e interações entre órgãos. Os organoides são um tipo de cultura celular 3D que contém tipos de células específicas de órgãos, que podem exibir sua organização espacial e replicar algumas funções de determinado órgão.
Vídeo – cor e som
Colaborador e edição: João Marcos de Almeida
Fotografia: Flora Dias
Som direto: Juliana R.
Foto still do vídeo
Véu útero está fundamentado no uso do vídeo enquanto instrumento para registro de performances, umas das práticas recorrentes de Lia Chaia. Em comum, esses trabalhos se baseiam em performances mais intimistas, onde o corpo é eixo central na composição.
Véu útero está fundamentado no uso do vídeo enquanto instrumento para registro de performances, umas das práticas recorrentes de Lia Chaia. Em comum, esses trabalhos se baseiam em performances mais intimistas, onde o corpo é eixo central na composição.
Tinta para xilogravura a base de água sobre papel Canson
Foto Vermelho
Os desenhos que Carimbo seta [seta do carimbo] faz fluxos contínuos e multidirecionais, como se estivessem em movimento, indicando que o movimento do corpo e a cidade é incessante.
Os desenhos que Carimbo seta [seta do carimbo] faz fluxos contínuos e multidirecionais, como se estivessem em movimento, indicando que o movimento do corpo e a cidade é incessante.
Aquarela sakura sobre papel Harmory Watercoulor Hahnemühle 300g
Foto Filipe Berndt
Lia Chaia trabalha as percepções e vivências do cotidiano, como a permanente tensão entre espaço urbano, corpo e natureza. Faz parte de seu interesse a discussão do modo como a natureza vem sendo apropriada pelos padrões da cultura urbana. Também se dedica a pensar e perceber como o corpo reage aos estímulos e rupturas do mundo contemporâneo. Um corpo que se adapta às paisagens, que cria relações com outros espaços, objetos e pessoas, tornando-se um território de investigação.
Lia Chaia trabalha as percepções e vivências do cotidiano, como a permanente tensão entre espaço urbano, corpo e natureza. Faz parte de seu interesse a discussão do modo como a natureza vem sendo apropriada pelos padrões da cultura urbana. Também se dedica a pensar e perceber como o corpo reage aos estímulos e rupturas do mundo contemporâneo. Um corpo que se adapta às paisagens, que cria relações com outros espaços, objetos e pessoas, tornando-se um território de investigação.
A Sala Antonio exibe o novo filme da dupla Dias & Riedweg “O Avesso do Céu”, que teve pré-estreia durante o IX DOBRA – Festival Internacional de Cinema Experimental, em 2023.
“O Avesso do Céu” foi filmado na Reserva do Javarí, região amazônica situada na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. O trabalho tem como tema a reversão da fé individual em religião, documentando os métodos de conversão praticados por algumas igrejas neopentecostais, cuja ação busca atingir até os últimos povos tradicionais que habitam a região, e que não tiveram contato com o homem branco. O vídeo documenta o processo, que se repete por séculos, sempre financiado pelo extrativismo.
Segundo Dias & Riedweg, “a fé é um poder de cada indivíduo para relacionar-se com sua existência, mas a religião pode surgir como um elemento colonizador dessa fé”.
Esse processo de colonização pela fé estabelece uma nova identidade coletiva. A chegada desses missionários é o início da perda de identidade e da transformação da cultura indígena em um novo contexto cristão, sem lastro de melhorias na qualidade de vida desse povo – ao contrário, permitindo que doenças invadam as aldeias. A ação das igrejas é como um dispositivo que desvia a atenção e justifica a exploração de territórios tradicionais fundamentais para a sobrevivência desses povos e de toda a vida no globo.
Vídeo 4K – cor e som
Foto still do vídeo
Inteiramente filmado na Reserva Javarí, no extremo oeste da floresta amazônica, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, O Avesso do Céu foca na conversão massivamente praticada pelos neopentecostais entre os últimos povos indígenas recém-contatados no continente, presentes nessa região e as graves consequências para o meio ambiente.
O processo é antigo e vem se repetindo há séculos: igrejas recebem recursos de interesses privados e predatórios para lançar missões de evangelização entre os indígenas e, assim, iniciar a exploração comercial do território, por meio da extração ilegal de madeira, minérios, fauna, pesca e flora de regiões oficialmente demarcadas como reserva indígena preservada. Essas missões desestabilizam o equilíbrio natural de regiões inteiras e alteram ou exterminam o modus vivendi dos habitantes originais dessas terras.
A câmera navega pelo remoto rio Javari, partindo de um tradicional ritual de iniciação entre uma família Ticuna no Alto Solimões, documenta uma fábrica de madeira consideravelmente grande, mas ilegal, em suas margens e chega à surpreendente comunidade cristã recém-criada de Nova Jerusalém.
O cataclismo que vemos com a chegada dos missionários é apenas o início de uma perda total de identidade e da transformação da cultura indígena em um contexto cristão doentio e miserável que, de fato, beira a loucura.
“A “Palavra de Deus”, espalhada como uma praga pelos neopentecostais de hoje em dia, não apenas “abre caminhos e move montanhas”, mas também erradica formas originais de vida e cultura. Se a fé é um poder de cada indivíduo para se relacionar com sua existência, a religião surge como um elemento colonizador dessa fé, manifestando-se como um novo território de identidade alterada.”
– Dias & Riedweg
Inteiramente filmado na Reserva Javarí, no extremo oeste da floresta amazônica, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, O Avesso do Céu foca na conversão massivamente praticada pelos neopentecostais entre os últimos povos indígenas recém-contatados no continente, presentes nessa região e as graves consequências para o meio ambiente.
O processo é antigo e vem se repetindo há séculos: igrejas recebem recursos de interesses privados e predatórios para lançar missões de evangelização entre os indígenas e, assim, iniciar a exploração comercial do território, por meio da extração ilegal de madeira, minérios, fauna, pesca e flora de regiões oficialmente demarcadas como reserva indígena preservada. Essas missões desestabilizam o equilíbrio natural de regiões inteiras e alteram ou exterminam o modus vivendi dos habitantes originais dessas terras.
A câmera navega pelo remoto rio Javari, partindo de um tradicional ritual de iniciação entre uma família Ticuna no Alto Solimões, documenta uma fábrica de madeira consideravelmente grande, mas ilegal, em suas margens e chega à surpreendente comunidade cristã recém-criada de Nova Jerusalém.
O cataclismo que vemos com a chegada dos missionários é apenas o início de uma perda total de identidade e da transformação da cultura indígena em um contexto cristão doentio e miserável que, de fato, beira a loucura.
“A “Palavra de Deus”, espalhada como uma praga pelos neopentecostais de hoje em dia, não apenas “abre caminhos e move montanhas”, mas também erradica formas originais de vida e cultura. Se a fé é um poder de cada indivíduo para se relacionar com sua existência, a religião surge como um elemento colonizador dessa fé, manifestando-se como um novo território de identidade alterada.”
– Dias & Riedweg
Vídeo 4K – cor e som
Foto still do vídeo
Inteiramente filmado na Reserva Javarí, no extremo oeste da floresta amazônica, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, O Avesso do Céu foca na conversão massivamente praticada pelos neopentecostais entre os últimos povos indígenas recém-contatados no continente, presentes nessa região e as graves consequências para o meio ambiente.
O processo é antigo e vem se repetindo há séculos: igrejas recebem recursos de interesses privados e predatórios para lançar missões de evangelização entre os indígenas e, assim, iniciar a exploração comercial do território, por meio da extração ilegal de madeira, minérios, fauna, pesca e flora de regiões oficialmente demarcadas como reserva indígena preservada. Essas missões desestabilizam o equilíbrio natural de regiões inteiras e alteram ou exterminam o modus vivendi dos habitantes originais dessas terras.
A câmera navega pelo remoto rio Javari, partindo de um tradicional ritual de iniciação entre uma família Ticuna no Alto Solimões, documenta uma fábrica de madeira consideravelmente grande, mas ilegal, em suas margens e chega à surpreendente comunidade cristã recém-criada de Nova Jerusalém.
O cataclismo que vemos com a chegada dos missionários é apenas o início de uma perda total de identidade e da transformação da cultura indígena em um contexto cristão doentio e miserável que, de fato, beira a loucura.
“A “Palavra de Deus”, espalhada como uma praga pelos neopentecostais de hoje em dia, não apenas “abre caminhos e move montanhas”, mas também erradica formas originais de vida e cultura. Se a fé é um poder de cada indivíduo para se relacionar com sua existência, a religião surge como um elemento colonizador dessa fé, manifestando-se como um novo território de identidade alterada.”
– Dias & Riedweg
Inteiramente filmado na Reserva Javarí, no extremo oeste da floresta amazônica, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, O Avesso do Céu foca na conversão massivamente praticada pelos neopentecostais entre os últimos povos indígenas recém-contatados no continente, presentes nessa região e as graves consequências para o meio ambiente.
O processo é antigo e vem se repetindo há séculos: igrejas recebem recursos de interesses privados e predatórios para lançar missões de evangelização entre os indígenas e, assim, iniciar a exploração comercial do território, por meio da extração ilegal de madeira, minérios, fauna, pesca e flora de regiões oficialmente demarcadas como reserva indígena preservada. Essas missões desestabilizam o equilíbrio natural de regiões inteiras e alteram ou exterminam o modus vivendi dos habitantes originais dessas terras.
A câmera navega pelo remoto rio Javari, partindo de um tradicional ritual de iniciação entre uma família Ticuna no Alto Solimões, documenta uma fábrica de madeira consideravelmente grande, mas ilegal, em suas margens e chega à surpreendente comunidade cristã recém-criada de Nova Jerusalém.
O cataclismo que vemos com a chegada dos missionários é apenas o início de uma perda total de identidade e da transformação da cultura indígena em um contexto cristão doentio e miserável que, de fato, beira a loucura.
“A “Palavra de Deus”, espalhada como uma praga pelos neopentecostais de hoje em dia, não apenas “abre caminhos e move montanhas”, mas também erradica formas originais de vida e cultura. Se a fé é um poder de cada indivíduo para se relacionar com sua existência, a religião surge como um elemento colonizador dessa fé, manifestando-se como um novo território de identidade alterada.”
– Dias & Riedweg
Vídeo 4K – cor e som
Foto still do vídeo
Inteiramente filmado na Reserva Javarí, no extremo oeste da floresta amazônica, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, O Avesso do Céu foca na conversão massivamente praticada pelos neopentecostais entre os últimos povos indígenas recém-contatados no continente, presentes nessa região e as graves consequências para o meio ambiente.
O processo é antigo e vem se repetindo há séculos: igrejas recebem recursos de interesses privados e predatórios para lançar missões de evangelização entre os indígenas e, assim, iniciar a exploração comercial do território, por meio da extração ilegal de madeira, minérios, fauna, pesca e flora de regiões oficialmente demarcadas como reserva indígena preservada. Essas missões desestabilizam o equilíbrio natural de regiões inteiras e alteram ou exterminam o modus vivendi dos habitantes originais dessas terras.
A câmera navega pelo remoto rio Javari, partindo de um tradicional ritual de iniciação entre uma família Ticuna no Alto Solimões, documenta uma fábrica de madeira consideravelmente grande, mas ilegal, em suas margens e chega à surpreendente comunidade cristã recém-criada de Nova Jerusalém.
O cataclismo que vemos com a chegada dos missionários é apenas o início de uma perda total de identidade e da transformação da cultura indígena em um contexto cristão doentio e miserável que, de fato, beira a loucura.
“A “Palavra de Deus”, espalhada como uma praga pelos neopentecostais de hoje em dia, não apenas “abre caminhos e move montanhas”, mas também erradica formas originais de vida e cultura. Se a fé é um poder de cada indivíduo para se relacionar com sua existência, a religião surge como um elemento colonizador dessa fé, manifestando-se como um novo território de identidade alterada.”
– Dias & Riedweg
Inteiramente filmado na Reserva Javarí, no extremo oeste da floresta amazônica, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, O Avesso do Céu foca na conversão massivamente praticada pelos neopentecostais entre os últimos povos indígenas recém-contatados no continente, presentes nessa região e as graves consequências para o meio ambiente.
O processo é antigo e vem se repetindo há séculos: igrejas recebem recursos de interesses privados e predatórios para lançar missões de evangelização entre os indígenas e, assim, iniciar a exploração comercial do território, por meio da extração ilegal de madeira, minérios, fauna, pesca e flora de regiões oficialmente demarcadas como reserva indígena preservada. Essas missões desestabilizam o equilíbrio natural de regiões inteiras e alteram ou exterminam o modus vivendi dos habitantes originais dessas terras.
A câmera navega pelo remoto rio Javari, partindo de um tradicional ritual de iniciação entre uma família Ticuna no Alto Solimões, documenta uma fábrica de madeira consideravelmente grande, mas ilegal, em suas margens e chega à surpreendente comunidade cristã recém-criada de Nova Jerusalém.
O cataclismo que vemos com a chegada dos missionários é apenas o início de uma perda total de identidade e da transformação da cultura indígena em um contexto cristão doentio e miserável que, de fato, beira a loucura.
“A “Palavra de Deus”, espalhada como uma praga pelos neopentecostais de hoje em dia, não apenas “abre caminhos e move montanhas”, mas também erradica formas originais de vida e cultura. Se a fé é um poder de cada indivíduo para se relacionar com sua existência, a religião surge como um elemento colonizador dessa fé, manifestando-se como um novo território de identidade alterada.”
– Dias & Riedweg
Vídeo 4K – cor e som
Foto still do vídeo
Inteiramente filmado na Reserva Javarí, no extremo oeste da floresta amazônica, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, O Avesso do Céu foca na conversão massivamente praticada pelos neopentecostais entre os últimos povos indígenas recém-contatados no continente, presentes nessa região e as graves consequências para o meio ambiente.
O processo é antigo e vem se repetindo há séculos: igrejas recebem recursos de interesses privados e predatórios para lançar missões de evangelização entre os indígenas e, assim, iniciar a exploração comercial do território, por meio da extração ilegal de madeira, minérios, fauna, pesca e flora de regiões oficialmente demarcadas como reserva indígena preservada. Essas missões desestabilizam o equilíbrio natural de regiões inteiras e alteram ou exterminam o modus vivendi dos habitantes originais dessas terras.
A câmera navega pelo remoto rio Javari, partindo de um tradicional ritual de iniciação entre uma família Ticuna no Alto Solimões, documenta uma fábrica de madeira consideravelmente grande, mas ilegal, em suas margens e chega à surpreendente comunidade cristã recém-criada de Nova Jerusalém.
O cataclismo que vemos com a chegada dos missionários é apenas o início de uma perda total de identidade e da transformação da cultura indígena em um contexto cristão doentio e miserável que, de fato, beira a loucura.
“A “Palavra de Deus”, espalhada como uma praga pelos neopentecostais de hoje em dia, não apenas “abre caminhos e move montanhas”, mas também erradica formas originais de vida e cultura. Se a fé é um poder de cada indivíduo para se relacionar com sua existência, a religião surge como um elemento colonizador dessa fé, manifestando-se como um novo território de identidade alterada.”
– Dias & Riedweg
Inteiramente filmado na Reserva Javarí, no extremo oeste da floresta amazônica, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, O Avesso do Céu foca na conversão massivamente praticada pelos neopentecostais entre os últimos povos indígenas recém-contatados no continente, presentes nessa região e as graves consequências para o meio ambiente.
O processo é antigo e vem se repetindo há séculos: igrejas recebem recursos de interesses privados e predatórios para lançar missões de evangelização entre os indígenas e, assim, iniciar a exploração comercial do território, por meio da extração ilegal de madeira, minérios, fauna, pesca e flora de regiões oficialmente demarcadas como reserva indígena preservada. Essas missões desestabilizam o equilíbrio natural de regiões inteiras e alteram ou exterminam o modus vivendi dos habitantes originais dessas terras.
A câmera navega pelo remoto rio Javari, partindo de um tradicional ritual de iniciação entre uma família Ticuna no Alto Solimões, documenta uma fábrica de madeira consideravelmente grande, mas ilegal, em suas margens e chega à surpreendente comunidade cristã recém-criada de Nova Jerusalém.
O cataclismo que vemos com a chegada dos missionários é apenas o início de uma perda total de identidade e da transformação da cultura indígena em um contexto cristão doentio e miserável que, de fato, beira a loucura.
“A “Palavra de Deus”, espalhada como uma praga pelos neopentecostais de hoje em dia, não apenas “abre caminhos e move montanhas”, mas também erradica formas originais de vida e cultura. Se a fé é um poder de cada indivíduo para se relacionar com sua existência, a religião surge como um elemento colonizador dessa fé, manifestando-se como um novo território de identidade alterada.”
– Dias & Riedweg
fotografia analógica impressa sobre papel Kodak Endura
Foto reprodução
Hans Staden nasceu na região de Kassel, na Alemanha, no século XVI. Um naufrágio o levou à costa do território que se tornaria o Brasil, onde foi capturado e mantido preso por índios tupinambás durante dois anos. Mais tarde, Staden publicaria o livro Warhaftige Historia (história verdadeira, em tradução livre), um relato ilustrado de suas aventuras que se tornou largamente responsável por infundir no imaginário europeu a imagem dos trópicos como um lugar infestado de canibais selvagens, alimentando um clichê que seria usado para legitimar a violência durante a colonização.
A partir de um comissionamento para a Documenta 12, em 2007, Dias & Riedweg reencenam o universo descrito no livro de Staden, infundindo-o com a estética do funk carioca, uma genuína expressão cultural das favelas do Rio. Na Documenta, o trabalho foi exibido como uma videoinstalação de três canais alternados com três superfícies espelhadas, criando, assim, uma arena que envolvia os visitantes num tipo de ritual antropofágico.
Na série Xilogravura, Dias & Riedweg reencenam as xilogravuras do capítulo XXIX do livro de Staden, que narram com detalhes a preparação de um banquete antropofágico. As imagens foram alegoricamente reconstruídas com funkeiros e fotografadas num churrasco de laje no alto do morro Santa Marta, no Rio de Janeiro.
Hans Staden nasceu na região de Kassel, na Alemanha, no século XVI. Um naufrágio o levou à costa do território que se tornaria o Brasil, onde foi capturado e mantido preso por índios tupinambás durante dois anos. Mais tarde, Staden publicaria o livro Warhaftige Historia (história verdadeira, em tradução livre), um relato ilustrado de suas aventuras que se tornou largamente responsável por infundir no imaginário europeu a imagem dos trópicos como um lugar infestado de canibais selvagens, alimentando um clichê que seria usado para legitimar a violência durante a colonização.
A partir de um comissionamento para a Documenta 12, em 2007, Dias & Riedweg reencenam o universo descrito no livro de Staden, infundindo-o com a estética do funk carioca, uma genuína expressão cultural das favelas do Rio. Na Documenta, o trabalho foi exibido como uma videoinstalação de três canais alternados com três superfícies espelhadas, criando, assim, uma arena que envolvia os visitantes num tipo de ritual antropofágico.
Na série Xilogravura, Dias & Riedweg reencenam as xilogravuras do capítulo XXIX do livro de Staden, que narram com detalhes a preparação de um banquete antropofágico. As imagens foram alegoricamente reconstruídas com funkeiros e fotografadas num churrasco de laje no alto do morro Santa Marta, no Rio de Janeiro.
fotografia analógica impressa sobre papel Kodak Endura
Foto reprodução
Hans Staden nasceu na região de Kassel, na Alemanha, no século XVI. Um naufrágio o levou à costa do território que se tornaria o Brasil, onde foi capturado e mantido preso por índios tupinambás durante dois anos. Mais tarde, Staden publicaria o livro Warhaftige Historia (história verdadeira, em tradução livre), um relato ilustrado de suas aventuras que se tornou largamente responsável por infundir no imaginário europeu a imagem dos trópicos como um lugar infestado de canibais selvagens, alimentando um clichê que seria usado para legitimar a violência durante a colonização.
A partir de um comissionamento para a Documenta 12, em 2007, Dias & Riedweg reencenam o universo descrito no livro de Staden, infundindo-o com a estética do funk carioca, uma genuína expressão cultural das favelas do Rio. Na Documenta, o trabalho foi exibido como uma videoinstalação de três canais alternados com três superfícies espelhadas, criando, assim, uma arena que envolvia os visitantes num tipo de ritual antropofágico.
Na série Xilogravura, Dias & Riedweg reencenam as xilogravuras do capítulo XXIX do livro de Staden, que narram com detalhes a preparação de um banquete antropofágico. As imagens foram alegoricamente reconstruídas com funkeiros e fotografadas num churrasco de laje no alto do morro Santa Marta, no Rio de Janeiro.
Hans Staden nasceu na região de Kassel, na Alemanha, no século XVI. Um naufrágio o levou à costa do território que se tornaria o Brasil, onde foi capturado e mantido preso por índios tupinambás durante dois anos. Mais tarde, Staden publicaria o livro Warhaftige Historia (história verdadeira, em tradução livre), um relato ilustrado de suas aventuras que se tornou largamente responsável por infundir no imaginário europeu a imagem dos trópicos como um lugar infestado de canibais selvagens, alimentando um clichê que seria usado para legitimar a violência durante a colonização.
A partir de um comissionamento para a Documenta 12, em 2007, Dias & Riedweg reencenam o universo descrito no livro de Staden, infundindo-o com a estética do funk carioca, uma genuína expressão cultural das favelas do Rio. Na Documenta, o trabalho foi exibido como uma videoinstalação de três canais alternados com três superfícies espelhadas, criando, assim, uma arena que envolvia os visitantes num tipo de ritual antropofágico.
Na série Xilogravura, Dias & Riedweg reencenam as xilogravuras do capítulo XXIX do livro de Staden, que narram com detalhes a preparação de um banquete antropofágico. As imagens foram alegoricamente reconstruídas com funkeiros e fotografadas num churrasco de laje no alto do morro Santa Marta, no Rio de Janeiro.
vídeo monocanal – cor e som
Foto still do vídeo
O vídeo de 2008 mostra Maurício Dias e Walter Riedweg folheando o livro original do século XVI de Hans Staden, no qual o explorador narra suas aventuras e percalços em terras tropicais. O livro faz parte da biblioteca de Kassel, que emprestou o volume para a gravação do vídeo. Quando surgem as xilogravuras que ilustram a narrativa, trechos de vídeos de Dias & Riedweg se sobrepõem às imagens, criando uma interação entre a narrativa do invasor e a estética do funk carioca.
O vídeo de 2008 mostra Maurício Dias e Walter Riedweg folheando o livro original do século XVI de Hans Staden, no qual o explorador narra suas aventuras e percalços em terras tropicais. O livro faz parte da biblioteca de Kassel, que emprestou o volume para a gravação do vídeo. Quando surgem as xilogravuras que ilustram a narrativa, trechos de vídeos de Dias & Riedweg se sobrepõem às imagens, criando uma interação entre a narrativa do invasor e a estética do funk carioca.
vídeo monocanal – cor e som
Foto still do vídeo
O vídeo de 2008 mostra Maurício Dias e Walter Riedweg folheando o livro original do século XVI de Hans Staden, no qual o explorador narra suas aventuras e percalços em terras tropicais. O livro faz parte da biblioteca de Kassel, que emprestou o volume para a gravação do vídeo. Quando surgem as xilogravuras que ilustram a narrativa, trechos de vídeos de Dias & Riedweg se sobrepõem às imagens, criando uma interação entre a narrativa do invasor e a estética do funk carioca.
O vídeo de 2008 mostra Maurício Dias e Walter Riedweg folheando o livro original do século XVI de Hans Staden, no qual o explorador narra suas aventuras e percalços em terras tropicais. O livro faz parte da biblioteca de Kassel, que emprestou o volume para a gravação do vídeo. Quando surgem as xilogravuras que ilustram a narrativa, trechos de vídeos de Dias & Riedweg se sobrepõem às imagens, criando uma interação entre a narrativa do invasor e a estética do funk carioca.
grafite, aquarela liquida e fixador sobre papel Hahnemühle 80 gr
Foto Vermelho
grafite, aquarela liquida e fixador sobre papel Hahnemühle 80 gr
Foto Vermelho
grafite, aquarela liquida e fixador sobre papel Hahnemühle 80 gr
Foto Vermelho
Ferro
Foto Vermelho
Os GANCHOS de Carmela Gross são desenho e escultura ao mesmo tempo. São gestos aparentemente rápidos que exigiram uma série procedimentos artesanais e industriais para serem feitos.
Douglas de Freitas aponta em seu texto, “A gigantesca cartilha de Carmela Gross para enfrentar o mundo’ que a obra de Gross “burla fronteiras entre desenho, máquina e mão / cidade, multidão e indivíduo com suas ferramentas de questionar a ordem estabelecida, seus assaltos imagéticos, e suas armas de enfrentar o mundo e a arte”.
Em 1989, Gross apresenta pela primeira vez seus trabalhos realizados em ferro. Ana Maria Belluzo escreveu à época: “As figuras que definem o universo de visível de Carmela apresentam-se em momento anterior ao signo. Resistem como forma aos automatismos e às facilidades da linguagem e se impõem como presenças visuais anteriores a qualquer significação”.
Os GANCHOS de Carmela Gross são desenho e escultura ao mesmo tempo. São gestos aparentemente rápidos que exigiram uma série procedimentos artesanais e industriais para serem feitos.
Douglas de Freitas aponta em seu texto, “A gigantesca cartilha de Carmela Gross para enfrentar o mundo’ que a obra de Gross “burla fronteiras entre desenho, máquina e mão / cidade, multidão e indivíduo com suas ferramentas de questionar a ordem estabelecida, seus assaltos imagéticos, e suas armas de enfrentar o mundo e a arte”.
Em 1989, Gross apresenta pela primeira vez seus trabalhos realizados em ferro. Ana Maria Belluzo escreveu à época: “As figuras que definem o universo de visível de Carmela apresentam-se em momento anterior ao signo. Resistem como forma aos automatismos e às facilidades da linguagem e se impõem como presenças visuais anteriores a qualquer significação”.
alumínio fundido
Foto Vermelho
PERDIDAS são composições formadas a partir de cascas de árvore fundidas em alumínio. São formas quase completas, sugerindo incompletude. São massas primitivas, agrupando-se como resíduos de muitos experimentos táteis. As composições de PERDIDAS buscam escala, ritmos, lacunas, equivalências e diferenças na construção de cada grupo.
PERDIDAS são composições formadas a partir de cascas de árvore fundidas em alumínio. São formas quase completas, sugerindo incompletude. São massas primitivas, agrupando-se como resíduos de muitos experimentos táteis. As composições de PERDIDAS buscam escala, ritmos, lacunas, equivalências e diferenças na construção de cada grupo.
Neon 12mm vermelho flamingo com estrutura de alumínio composto
Foto Vermelho
Resina acrílica e pó de grafite em banana papel artesanal de fibra. Suporte de ferro
Foto Filipe Berndt
Em 1992, Carmela Gross apresentou a individual Desenhos, no MASP. A exposição reunia um conjunto de trabalhos denominados SOLO, feitos com grafite e resina sobre papel artesanal, de bordas irregulares.
Tempos depois, Gross decidiu dobrar alguns desenhos de modo regular. Essa é a maneira que o trabalho se apresenta hoje: como anotações fechadas, corpos de trabalho condensados, que deixam ver rastros de suas composições iniciais.
Em 1992, Carmela Gross apresentou a individual Desenhos, no MASP. A exposição reunia um conjunto de trabalhos denominados SOLO, feitos com grafite e resina sobre papel artesanal, de bordas irregulares.
Tempos depois, Gross decidiu dobrar alguns desenhos de modo regular. Essa é a maneira que o trabalho se apresenta hoje: como anotações fechadas, corpos de trabalho condensados, que deixam ver rastros de suas composições iniciais.
ferro soldado e dobradiças
Foto Vermelho
Estes artefatos mecânicos fizeram parte de uma instalação realizada no Centro Cultural São Paulo, em 1997, intitulada Feche a Porta. São 18 ao todo e foram montados lado a lado nas paredes de uma grande sala com cerca de 200 m2.
As peças são construídas com barras cilíndricas de ferro e se compõem de duas metades rigorosamente simétricas e espelhadas que se articulam à parede por meio de dobradiças. Juntas, as duas peças formam no espaço um desenho esquemático que lembra a estrutura de uma cadeira; quando as giramos, desfaz-se a unidade e as hastes metálicas podem engendrar outras formas e outros significados.
A dobradiça é uma máquina simples que permite facilmente reverter uma representação do poder, tal como a forma-cadeira, em um conjunto agressivo de vergalhões.
Estes artefatos mecânicos fizeram parte de uma instalação realizada no Centro Cultural São Paulo, em 1997, intitulada Feche a Porta. São 18 ao todo e foram montados lado a lado nas paredes de uma grande sala com cerca de 200 m2.
As peças são construídas com barras cilíndricas de ferro e se compõem de duas metades rigorosamente simétricas e espelhadas que se articulam à parede por meio de dobradiças. Juntas, as duas peças formam no espaço um desenho esquemático que lembra a estrutura de uma cadeira; quando as giramos, desfaz-se a unidade e as hastes metálicas podem engendrar outras formas e outros significados.
A dobradiça é uma máquina simples que permite facilmente reverter uma representação do poder, tal como a forma-cadeira, em um conjunto agressivo de vergalhões.
ferro soldado e dobradiças
Foto Vermelho
Estes artefatos mecânicos fizeram parte de uma instalação realizada no Centro Cultural São Paulo, em 1997, intitulada Feche a Porta. São 18 ao todo e foram montados lado a lado nas paredes de uma grande sala com cerca de 200 m2.
As peças são construídas com barras cilíndricas de ferro e se compõem de duas metades rigorosamente simétricas e espelhadas que se articulam à parede por meio de dobradiças. Juntas, as duas peças formam no espaço um desenho esquemático que lembra a estrutura de uma cadeira; quando as giramos, desfaz-se a unidade e as hastes metálicas podem engendrar outras formas e outros significados.
A dobradiça é uma máquina simples que permite facilmente reverter uma representação do poder, tal como a forma-cadeira, em um conjunto agressivo de vergalhões.
Estes artefatos mecânicos fizeram parte de uma instalação realizada no Centro Cultural São Paulo, em 1997, intitulada Feche a Porta. São 18 ao todo e foram montados lado a lado nas paredes de uma grande sala com cerca de 200 m2.
As peças são construídas com barras cilíndricas de ferro e se compõem de duas metades rigorosamente simétricas e espelhadas que se articulam à parede por meio de dobradiças. Juntas, as duas peças formam no espaço um desenho esquemático que lembra a estrutura de uma cadeira; quando as giramos, desfaz-se a unidade e as hastes metálicas podem engendrar outras formas e outros significados.
A dobradiça é uma máquina simples que permite facilmente reverter uma representação do poder, tal como a forma-cadeira, em um conjunto agressivo de vergalhões.
madeira e bronze
Foto Filipe Berndt
ESCADINHA faz parte do conjunto de trabalho de Gross que investigam as escadas como máquinas simples, que impõem esforço ao corpo para “atingir alturas desejadas pelo olhar”. As escadas nascem como instrumentos de guerra e, junto com as flechas e pedras, levaram os conflitos para além do solo. Essa ambivalência entre constituição simples e usos complexos está presente no organizar dos materiais que compõem ESCADINHA: o bronze, mais pesado, é amarrado de modo rudimentar sobre a peça de madeira, que se esforça para sustentar seu par.
ESCADINHA faz parte do conjunto de trabalho de Gross que investigam as escadas como máquinas simples, que impõem esforço ao corpo para “atingir alturas desejadas pelo olhar”. As escadas nascem como instrumentos de guerra e, junto com as flechas e pedras, levaram os conflitos para além do solo. Essa ambivalência entre constituição simples e usos complexos está presente no organizar dos materiais que compõem ESCADINHA: o bronze, mais pesado, é amarrado de modo rudimentar sobre a peça de madeira, que se esforça para sustentar seu par.
Tinta esmalte e primer sobre escada – site specific
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
Madeira, fita adesiva em decalque
Foto Filipe Berndt
Serigrafia em papel de seda, vareta de bambu e linha
Foto Vermelho
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
Impressão digital em Hahnemühle Photo Rag Baryta 315g
Praticamente todos os meus projetos nascem de inquietações ligadas a questões que dizem respeito ‘a memória, identidade, minhas origens e o racismo estrutural e sistémico . Com o projeto em questão, Retrato Falado, premiado pela Bolsa ZUM de Fotografia, eu continuo insistindo nas questões acima citadas.Por acaso, sem nunca ter dado conta, vasculhando meus arquivos pessoais e familiar, na elaboração de um outro projeto onde a questão central era discutir as minhas origens e a imigração forçada e violenta de meus ancestrais, que foi a escravização dos povos africanos, me deparei com a total ausência de registro fotográfico do meu avô materno. Ja que esse lado da família foi o mais presente e próximo para mim, tentei entender tal ausência desse avô nos registro da família. Havia e há, registros fotográficos da minha avó, tias avós, retratos da minha mãe e irmãs feitos no famoso e popular Cine Retex de Belo Horizonte.
Por falta de recursos financeiros isso eu já pude descartar porque o avô tinha um certo recurso financeiro.
Nas minhas investigações junto a família, entre as principais caraterísticas dele, tinha a de ele ser uma pessoa sistemática e reservada, isso pode ser levado em consideração. Mas eu prefiro ir mais além e trazer a discusão do racismo estrutural que pode levar uma pessoa preta a se sentir excluída por nunca se ter visto representada, inclusive na fotografia.
E com intuito de resgatar a memória, do Sr. João Catarino Ribeiro, meu avô e, simbolicamente fazer justiça a ele, fiz o Retrato Falado que tive a felicidade de ser contemplado pela Bolsa Zum de Fotografia e poder compartilhar com mais pessoas questões que não são só minhas.
Eustáquio Neves, 2019
Praticamente todos os meus projetos nascem de inquietações ligadas a questões que dizem respeito ‘a memória, identidade, minhas origens e o racismo estrutural e sistémico . Com o projeto em questão, Retrato Falado, premiado pela Bolsa ZUM de Fotografia, eu continuo insistindo nas questões acima citadas.Por acaso, sem nunca ter dado conta, vasculhando meus arquivos pessoais e familiar, na elaboração de um outro projeto onde a questão central era discutir as minhas origens e a imigração forçada e violenta de meus ancestrais, que foi a escravização dos povos africanos, me deparei com a total ausência de registro fotográfico do meu avô materno. Ja que esse lado da família foi o mais presente e próximo para mim, tentei entender tal ausência desse avô nos registro da família. Havia e há, registros fotográficos da minha avó, tias avós, retratos da minha mãe e irmãs feitos no famoso e popular Cine Retex de Belo Horizonte.
Por falta de recursos financeiros isso eu já pude descartar porque o avô tinha um certo recurso financeiro.
Nas minhas investigações junto a família, entre as principais caraterísticas dele, tinha a de ele ser uma pessoa sistemática e reservada, isso pode ser levado em consideração. Mas eu prefiro ir mais além e trazer a discusão do racismo estrutural que pode levar uma pessoa preta a se sentir excluída por nunca se ter visto representada, inclusive na fotografia.
E com intuito de resgatar a memória, do Sr. João Catarino Ribeiro, meu avô e, simbolicamente fazer justiça a ele, fiz o Retrato Falado que tive a felicidade de ser contemplado pela Bolsa Zum de Fotografia e poder compartilhar com mais pessoas questões que não são só minhas.
Eustáquio Neves, 2019
Eucatex branco, barra de ferro e arame
Foto Vermelho
Ferro, verniz, grade de aço galvanizado, lona de plástico, cola, fio elétrico, lâmpada incandescente, lâmpada fluorescente e borracha
Foto Edouard Fraipont
As obras da série Fantasma (2015-2018) dão continuidade a pesquisa de Komatsu que resultou em sua instalação no Pavilhão Brasileiro da Bienal de Veneza de 2015. O artista trabalha com o conforto sentido pelo individuo moderno em situações de autoaprisionamento doméstico, como na segurança sentida quando nos fazemos reféns em nossas moradas, cercadas de proteção e de artifícios elaborados para preservar nossas privacidades. Aqui, o que vemos é a celebração desses procedimentos, transformados em objetos de contemplação.
As obras da série Fantasma (2015-2018) dão continuidade a pesquisa de Komatsu que resultou em sua instalação no Pavilhão Brasileiro da Bienal de Veneza de 2015. O artista trabalha com o conforto sentido pelo individuo moderno em situações de autoaprisionamento doméstico, como na segurança sentida quando nos fazemos reféns em nossas moradas, cercadas de proteção e de artifícios elaborados para preservar nossas privacidades. Aqui, o que vemos é a celebração desses procedimentos, transformados em objetos de contemplação.
Seixos de rio e aço carbono
Foto ,ovo
Na série Rio há uma deslocamento, tiramos as pedras do seu ambiente natural e as colocamos sobre bases moldados especialmente para cada pedra. Elas não se conformam, são as bases que se conformam a elas, assim como os corpos.*
*texto do catálogo ,ovo, 2023
Na série Rio há uma deslocamento, tiramos as pedras do seu ambiente natural e as colocamos sobre bases moldados especialmente para cada pedra. Elas não se conformam, são as bases que se conformam a elas, assim como os corpos.*
*texto do catálogo ,ovo, 2023
MDF, madeira, pintura automotiva, tecido reflexivo
Foto Vermelho
Bordado industrial sobre tecido emborrachado e moldura de alumínio anodizado
Corte e pintura acrílica sobre jornal e drywall e estrutura metálica
Foto Vermelho
Relações de poder permeiam os materiais escolhidos por Komatsu. São essas relações que, frequentemente, constituem a verdadeira matéria-prima utilizada em sua obra. Lusco-Fusco promove o encontro das precariedade do Drywall, com o efêmero das notícias provenientes de recortes de jornais. Com cortes e golpes, Komatsu irrompe as superfícies de seus quadros em abstrações geométricas ou gestuais, enquanto fragmentos das notícias sugerem representações do que poderia surgir ali. Ao mesmo tempo que seus títulos sugerem um lugar entre o dia e a noite, suas formas sugerem algo entre a figuração e a abstração.
Relações de poder permeiam os materiais escolhidos por Komatsu. São essas relações que, frequentemente, constituem a verdadeira matéria-prima utilizada em sua obra. Lusco-Fusco promove o encontro das precariedade do Drywall, com o efêmero das notícias provenientes de recortes de jornais. Com cortes e golpes, Komatsu irrompe as superfícies de seus quadros em abstrações geométricas ou gestuais, enquanto fragmentos das notícias sugerem representações do que poderia surgir ali. Ao mesmo tempo que seus títulos sugerem um lugar entre o dia e a noite, suas formas sugerem algo entre a figuração e a abstração.
Alumínio e acrílico
Mola de metal e moedas sobre vidro e placa de Eucatex branco
Foto Filipe Berndt
Borracha antiderrapante
Foto Vermelho
Corda, roldanas de vinil, metal e plástico
Foto Vermelho
Foto Filipe Berndt
Tinta acrílica sobre tela
Resina jateada, madeira e tinta acrílica
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnemüehle Photo Rag 308gr e acrílico gravado a laser
Em 2004, os artistas brasileiros Angela Detanico e Rafael Lain, com colaboração do artista tcheco Jiri Skala, transformaram a conhecida fonte Helvetica em uma nova fonte que chamaram de Helvetica Concentrated, transformando-a em uma série de pontos; o tamanho de cada ponto corresponde à área do caractere individual original.
Para a série Nomes das Estrelas, os artistas brasileiros usaram sua invenção para escrever os nomes de 287 estrelas listadas no Catálogo de Estrelas Brilhantes do Observatório da Universidade de Yale. Ao sobrepor as letras em forma de ponto (cada ponto individual tem um brilho de 25% de branco), Detanico e Lain criam imagens das estrelas. Cada um tem saturação de luz diferente por causa da combinação diferente de caracteres em um determinado nome; a estrela mais brilhante é a que tem o nome mais longo e a mais escura a que tem o mais curto.
Em 2004, os artistas brasileiros Angela Detanico e Rafael Lain, com colaboração do artista tcheco Jiri Skala, transformaram a conhecida fonte Helvetica em uma nova fonte que chamaram de Helvetica Concentrated, transformando-a em uma série de pontos; o tamanho de cada ponto corresponde à área do caractere individual original.
Para a série Nomes das Estrelas, os artistas brasileiros usaram sua invenção para escrever os nomes de 287 estrelas listadas no Catálogo de Estrelas Brilhantes do Observatório da Universidade de Yale. Ao sobrepor as letras em forma de ponto (cada ponto individual tem um brilho de 25% de branco), Detanico e Lain criam imagens das estrelas. Cada um tem saturação de luz diferente por causa da combinação diferente de caracteres em um determinado nome; a estrela mais brilhante é a que tem o nome mais longo e a mais escura a que tem o mais curto.
Caneta esferográfica sobre papel algodão
Foto Edouard Fraipont
monotipia de parede em tecido e médio acrílico
Foto Cortesia Daniel Senise
Impressão em tinta pigmentada sobre papel de algodão
Foto Filipe Berndt
Série de fotografias realizadas a partir de reproduções de negativos fotográficos do Museu Penitenciário Paulista.
Série de fotografias realizadas a partir de reproduções de negativos fotográficos do Museu Penitenciário Paulista.
Tinta acrílica sobre papel Fabriano
Foto Ana Pigosso
Foto Filipe Berndt
Manta asfáltica líquida sobre tela
Foto Vermelho
Serigrafia em placa de acrílico de 10mm
Foto Filipe Berndt
De repente. Na série, a pauta que sustenta a escrita, estruturando-a na grade tipográfica, não é um suporte seguro. A linha de sustentação do texto se rompe, fazendo a frase despencar e se decompor em letras em queda. Sem a segurança da pauta, o mundo escrito desabaria? Na política das mediações verbais, além da atual disputa de significados e narrativas, a quebra da palavra – que é a metáfora dos textos de De repente – alude à fragilidade dos pactos feitos via texto: a Constituição, a lei, os contratos. É o caso do frágil pacto republicano brasileiro, sempre redefinido por e conforme quem detém os reais poderes da República.
De repente. Na série, a pauta que sustenta a escrita, estruturando-a na grade tipográfica, não é um suporte seguro. A linha de sustentação do texto se rompe, fazendo a frase despencar e se decompor em letras em queda. Sem a segurança da pauta, o mundo escrito desabaria? Na política das mediações verbais, além da atual disputa de significados e narrativas, a quebra da palavra – que é a metáfora dos textos de De repente – alude à fragilidade dos pactos feitos via texto: a Constituição, a lei, os contratos. É o caso do frágil pacto republicano brasileiro, sempre redefinido por e conforme quem detém os reais poderes da República.
Serigrafia e réguas de aço sobre alumínio
Foto Vermelho
Impressão a jato de tinta sobre papel de algodão
Foto Cortesia Gomide&Co
Impressão fotográfica sobre papel
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
vídeo
Foto still do vídeo
Acrílica e texturas sobre chapa duplex de papelão corrugado
Foto Filipe Berndt
Impressão jato de tinta pigmentada sobre papel Hahnemuhle
Acrílica sobre caixa de madeira, gesso e lâmpada
Foto Vermelho
Tinta acrílica e pastel oleoso sobre lona
Foto Vermelho
Impressão pigmentada sobre papel kozo awagami 110g
Foto Filipe Berndt
Na série Nuvens (2022), Detanico Lain criam um conjunto de 15 imagens de nuvens brancas sobre fundo azul. À distância, o observador pode, como em um jogo, procurar formas nas nuvens, mas, ao se aproximar, vê que, na verdade, as nuvens são feitas de letras que formam palavras. As letras espalhadas pelas manchas, também exigem alguma investigação para desvelar a palavra que lá está.
Na série Nuvens (2022), Detanico Lain criam um conjunto de 15 imagens de nuvens brancas sobre fundo azul. À distância, o observador pode, como em um jogo, procurar formas nas nuvens, mas, ao se aproximar, vê que, na verdade, as nuvens são feitas de letras que formam palavras. As letras espalhadas pelas manchas, também exigem alguma investigação para desvelar a palavra que lá está.
Foto Filipe Berndt
Lasergrama – fotogramas produzidos pelo efeito da luz do laser
em papel fotográfico
Foto Vermelho
Baldes, mesas, alto-falantes, amplificadores, cabos e água
Pelucia, mdf, isopor, tecido regall
Foto Filipe Berndt
Acrílica e tecido
Foto Cortesia Galeria Fortes D'Aloia & Gabriel
Foto Filipe Berndt
Acrílico, placa ecológica Tetra Pak e madeira
Foto Edouard Fraipont
Jato de tinta sobre papel de algodão adesivado sobre ACM
Edição de 8
Foto Galeria Luciana Brito
Rochelle Costi trabalha a memória afetiva: aquele que normalmente levanta poeira em nosso subconsciente, acionado por um dispositivo: a imagem. Sua pesquisa parte de seu próprio repertório imaginário,…
Rochelle Costi trabalha a memória afetiva: aquele que normalmente levanta poeira em nosso subconsciente, acionado por um dispositivo: a imagem. Sua pesquisa parte de seu próprio repertório imaginário,…
Ripas de cedrinho, tinta látex e tinta fosforescente
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
tinta acrílica sobre tela
Foto Galeria Leme
Acrílica sobre tela
Foto Filipe Berndt
Feltro e carrapichos
Foto Vermelho
Cera de abelha, fios de cobre e gesso
Foto Vermelho
Gravura em metal sobre papel Hahnemühle, papel Crescent e folhas de ouro
Foto Vermelho
Concreto, madeira e bolinhas de gude de pedra dos vulcões Etna, Vesuvio e Stromboli
Foto Filipe Berndt
Numa viagem à Itália, reuni pedras de lava dos três vulcões ativos no país, o Etna, o Stromboli e o Vesúvio, no porta-malas de um carro alugado.
Elas foram obtidas por meios pouco convencionais. Ao tempo geológico e aos relatos históricos das erupções, que eu pretendia convocar quando planejei o trabalho, somou-se outra dimensão. Os três vulcões estão em áreas de proteção ambiental.
No trabalho, a verdade idosa, trágica e solene daquele material foi desafiada por notícias atualíssimas e quase-cômicas de mineração ilegal, prisão de turistas e falsificação de procedência.
Numa marmoraria em Catânia comprei paralelepípedos de pietra lavica etnea certificada, que depois abandonei à beira da estrada, guardando a nota fiscal para as outras pedras que eu trazia.
Numa segunda marmoraria, em Napoli, comprei, sem nota nem certificação, uma suposta pedra vesuviana. Em 2008 uma pedreira ilegal havia sido encontrada dentro do Parque do Vesúvio. Os infratores extraíam o basalto vesuviano, de exploração proibida, comercializando-o como pedra do Etna.
Na terceira marmoraria, em Piedimone Matese, cortei duas facetas adjacentes em cada uma das três pedras do porta-malas, com inclinação de 120 graus. As três passaram a encaixar-se, mas foram mantidas separadas.
O trabalho foi intitulado Cão de Três Cabeças, em referência à fera que guardava as portas do inferno na mitologia antiga. Para que Enéas entrasse no Hades, a Sibila teve que enganar o Cérbero, oferecendo-lhe comida envenenada.
O material remanescente dos cortes foi trazido para o Brasil. Mandei lapidá-lo, transformando-o nos três jogos de bolas de gude que agora se confrontam neste tabuleiro.
-Ignição, por Ana Dias Batista
Numa viagem à Itália, reuni pedras de lava dos três vulcões ativos no país, o Etna, o Stromboli e o Vesúvio, no porta-malas de um carro alugado.
Elas foram obtidas por meios pouco convencionais. Ao tempo geológico e aos relatos históricos das erupções, que eu pretendia convocar quando planejei o trabalho, somou-se outra dimensão. Os três vulcões estão em áreas de proteção ambiental.
No trabalho, a verdade idosa, trágica e solene daquele material foi desafiada por notícias atualíssimas e quase-cômicas de mineração ilegal, prisão de turistas e falsificação de procedência.
Numa marmoraria em Catânia comprei paralelepípedos de pietra lavica etnea certificada, que depois abandonei à beira da estrada, guardando a nota fiscal para as outras pedras que eu trazia.
Numa segunda marmoraria, em Napoli, comprei, sem nota nem certificação, uma suposta pedra vesuviana. Em 2008 uma pedreira ilegal havia sido encontrada dentro do Parque do Vesúvio. Os infratores extraíam o basalto vesuviano, de exploração proibida, comercializando-o como pedra do Etna.
Na terceira marmoraria, em Piedimone Matese, cortei duas facetas adjacentes em cada uma das três pedras do porta-malas, com inclinação de 120 graus. As três passaram a encaixar-se, mas foram mantidas separadas.
O trabalho foi intitulado Cão de Três Cabeças, em referência à fera que guardava as portas do inferno na mitologia antiga. Para que Enéas entrasse no Hades, a Sibila teve que enganar o Cérbero, oferecendo-lhe comida envenenada.
O material remanescente dos cortes foi trazido para o Brasil. Mandei lapidá-lo, transformando-o nos três jogos de bolas de gude que agora se confrontam neste tabuleiro.
-Ignição, por Ana Dias Batista
Oléo sobre madeira
Foto Filipe Berndt
Hélices mostram a dinâmica de relações de cor e forma no espaço, incluindo o espectador como participante. O toque manual propicia a dinâmica da obra: a forma se expande, a cor se desmaterializa e pulsa no ar.
Hélices mostram a dinâmica de relações de cor e forma no espaço, incluindo o espectador como participante. O toque manual propicia a dinâmica da obra: a forma se expande, a cor se desmaterializa e pulsa no ar.
Tinta acrílica sobre eucatex
Foto Filipe Berndt
Vídeo, cor e som estéreo
Foto still do vídeo
Foto Filipe Berndt
Vista da Sala 2 da exposição Casa no céu com a obra Pedra que repete de João Loureiro se movimentando em primeiro plano.
Vista da Sala 2 da exposição Casa no céu com a obra Pedra que repete de João Loureiro se movimentando em primeiro plano.
Fibra de vidro, ferro, borracha, motores e instalação elétrica
Foto Filipe Berndt
tinta acrílica e colagem sobre mdf
Foto Filipe Berndt
Impressão lightjet montada sobre madeira e mármore donatello
Foto Vermelho
Foto Filipe Berndt
Madeira e madeira queimada
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
Pratos de porcelana gravados, acrílico e penduradores de aço inox
Foto Filipe Berndt
Impressão jato de tinta pigmentada sobre papel Hahnemuhle
Impressão digital sobre papel
Foto Filipe Berndt
Esse trabalho foi realizado pela primeira vez em 1982 e é constituído por uma série de 19 páginas. Em cada uma das folhas de papel em branco se lê, no pé, uma escala que indica a correspondência entre as dimensões da página, medidas em centímetros, e as grandes extensões territoriais, medidas em quilômetros.
Nas cartas geográficas, essas escalas servem para relacionar a dimensão da imagem impressa com a dimensão real daquilo que está referido no mapa: zonas, regiões, cordilheiras, oceanos, mares, rios, fronteiras, países, cidades.
Neste caso, como a página está em branco, é o vazio que se distende e que, imaginariamente, vai constituir um espaço monumental.
O menor possível, palpável, combinado com larguras, distâncias, extensões impossíveis.
Esse trabalho foi realizado pela primeira vez em 1982 e é constituído por uma série de 19 páginas. Em cada uma das folhas de papel em branco se lê, no pé, uma escala que indica a correspondência entre as dimensões da página, medidas em centímetros, e as grandes extensões territoriais, medidas em quilômetros.
Nas cartas geográficas, essas escalas servem para relacionar a dimensão da imagem impressa com a dimensão real daquilo que está referido no mapa: zonas, regiões, cordilheiras, oceanos, mares, rios, fronteiras, países, cidades.
Neste caso, como a página está em branco, é o vazio que se distende e que, imaginariamente, vai constituir um espaço monumental.
O menor possível, palpável, combinado com larguras, distâncias, extensões impossíveis.
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Canson Rag Photographique 310 gr
Foto Galeria Vermelho
Tinta acrílica e purpurina sobre tela
Foto Filipe Berndt
Ferro fundido, madeira e folhas de ouro
Foto Vermelho
Tinta para xilogravura a base de água sobre papel Canson
Foto Vermelho
Os desenhos que Carimbo seta [seta do carimbo] faz fluxos contínuos e multidirecionais, como se estivessem em movimento, indicando que o movimento do corpo e a cidade é incessante.
Os desenhos que Carimbo seta [seta do carimbo] faz fluxos contínuos e multidirecionais, como se estivessem em movimento, indicando que o movimento do corpo e a cidade é incessante.
Tinta acrílica e tinta a óleo sobre tela de poliéster
Foto Filipe Berndt
Permanganato de potássio e aquarela sobre papel de algodão
Foto Filipe Berndt
polaroid SX-70
Bronze platinado
Foto Edouard Fraipont
Torneira (2018) é um objeto trivial que aparece cheio de furor. A peça integra uma série de torneiras de proporções agigantadas que de Souza vem produzindo desde os anos 1990. Da torneira em bronze de pátina dourada flui uma grande gota, lembrando uma secreção humana.
Torneira (2018) é um objeto trivial que aparece cheio de furor. A peça integra uma série de torneiras de proporções agigantadas que de Souza vem produzindo desde os anos 1990. Da torneira em bronze de pátina dourada flui uma grande gota, lembrando uma secreção humana.
Foto Filipe Berndt
Impressão digital sobre papel colorplus ROMA 180 grm. Encadernação com espirais metálicos.
série de 10 livros únicos numerados e assinados
série de 10 livros únicos numerados e assinados
revista rasgada sobre papel
Foto Vermelho
Em Horizontes USA, título de imagens que constituem a obra, foram retirados da publicação distribuída pelas embaixadas norte-americanas na América Latina nos anos 1970 e 80, Horizontes USA. Na série, Zaccagnini utilizou especificamente as edições de número 6, 26 e 27, empregando propositalmente apenas as imagens e deixando de lado os textos originais que constituíram na época as narrativas escolhidas pelo poder norte-americano.
Em Horizontes USA, título de imagens que constituem a obra, foram retirados da publicação distribuída pelas embaixadas norte-americanas na América Latina nos anos 1970 e 80, Horizontes USA. Na série, Zaccagnini utilizou especificamente as edições de número 6, 26 e 27, empregando propositalmente apenas as imagens e deixando de lado os textos originais que constituíram na época as narrativas escolhidas pelo poder norte-americano.
Intervenção com faca gráfica sobre capas de livros
Foto Filipe Berndt
Tinta acrílica e tinta a óleo sobre tela de poliéster
Reprodução fotográfica impressa em papel de algodão, anel de prata.
Tinta acrílica sobre jornal, cola spray e papel offset
Rótulo de cerveja dobrado
Foto Ding Musa
Correspondência para Juan Manuel Perdomo é uma série baseada em uma estratégia que começou como um jogo de bar em 2007 e se transformou em uma obsessão. É um corpo crescente de rótulos de cerveja dobrados, sem cortes e sem misturar marcas. Correspondência é uma tentativa diária de produzir dobras que permitam que outros sentidos se inscrevam em um universo limitado de sinais conhecidos.
Correspondência para Juan Manuel Perdomo é uma série baseada em uma estratégia que começou como um jogo de bar em 2007 e se transformou em uma obsessão. É um corpo crescente de rótulos de cerveja dobrados, sem cortes e sem misturar marcas. Correspondência é uma tentativa diária de produzir dobras que permitam que outros sentidos se inscrevam em um universo limitado de sinais conhecidos.
Folhas de ouro de 22 quilates, verniz de goma-laca e álcool etílico sobre MDF
Foto Vermelho
No sistema Radiante, a palavra sol é escrita em diferentes idiomas, de acordo com um gráfico que simula os raios do sol e que, para cada quadrante, os artistas atribuem uma letra do alfabeto. Cada módulo/letra é reproduzido em madeira folheada a ouro. Kuara é a palavra sol em tupi-guarani.
No sistema Radiante, a palavra sol é escrita em diferentes idiomas, de acordo com um gráfico que simula os raios do sol e que, para cada quadrante, os artistas atribuem uma letra do alfabeto. Cada módulo/letra é reproduzido em madeira folheada a ouro. Kuara é a palavra sol em tupi-guarani.
Tinta acrílica sobre madeira
Foto Vermelho
Chapa de mdf, parafuso e tinta acrílica fosca
Foto Edouard Fraipont
Tinta esmalte e primer sobre escada — site specific
Fotograma impresso em cianotipia sobre seda artesanal, tubo de cobre e alfinetes
Vídeo Full HD (1920 x 1080) com som estéreo
Foto still do vídeo
C-print
Edição de 3
Foto Galeria Casa Triângulo
Foto Filipe Berndt
Impressão digital em metacrilato, pedra em caixa de acrílico
Foto Edouard Fraipont
com a colaboração de Marina Sheetikoff
com a colaboração de Marina Sheetikoff
Camiseta e caneta esferográfica sobre parede
Foto Leandro da Costa
Espaço físico onde a matéria habita é representada pela camiseta, dobrada na altura dos ombros, onde o corpo carrega, transporta, ponto estratégico que equilibra o peso que suporta. O desenho apresenta outro movimento, linhas contínuas preenchem o espaço espelhado da camiseta rebatida para cima.
Matéria, carrega um emaranhado de linhas, caminhos, escolhas, novelo do território percorrido no corpo, energia escura do universo se torna visível deixando as estrelas ao acaso, e não se chocam pela linha intocável entre o sentir e o sentido. Metáfora do horizonte de um cálculo em curso.
Espaço físico onde a matéria habita é representada pela camiseta, dobrada na altura dos ombros, onde o corpo carrega, transporta, ponto estratégico que equilibra o peso que suporta. O desenho apresenta outro movimento, linhas contínuas preenchem o espaço espelhado da camiseta rebatida para cima.
Matéria, carrega um emaranhado de linhas, caminhos, escolhas, novelo do território percorrido no corpo, energia escura do universo se torna visível deixando as estrelas ao acaso, e não se chocam pela linha intocável entre o sentir e o sentido. Metáfora do horizonte de um cálculo em curso.
Foto Leandro da Costa
Foto Filipe Berndt
Madeira, gesso, organza de seda, estanho laminado e banhado a ouro e latão laminado e banhado a ouro
Foto Filipe Berndt
Madeira, gesso, organza de seda, estanho laminado e banhado a ouro e latão laminado e banhado a ouro
Foto Vermelho
Madeira, gesso, organza de seda, bronze, cobre, fio de cobre e bronze banhado a ouro
Foto Vermelho
Impressão sobre nylon
Foto Camila Siqueira
Foto Filipe Berndt
Pigmento mineral sobre papel de algodão
Madeira, esmalte sintético fosco, e giz sobre compensado laminado
Foto Filipe Berndt
verniz acrílico e gesso acrílico sobre linho cru
Foto Filipe Berndt
Em Another world (2022), o título da obra aparece escrito em tinta acrílica sobre tela de linho, utilizando o sistema Timezonetype, desenvolvido por Detanico Lain.
Timezonetype é uma tipografia criada a partir da relação entre fusos horários e as letras do alfabeto. A porção de terreno recortada pelo fuso horário é utilizada como a letra que ela designa. As palavras são escritas com pedaços de mapas, criando arranjos que rompem a ordem cartográfica e propõem novas leituras do mundo a partir da palavra.
Em Another world (2022), o título da obra aparece escrito em tinta acrílica sobre tela de linho, utilizando o sistema Timezonetype, desenvolvido por Detanico Lain.
Timezonetype é uma tipografia criada a partir da relação entre fusos horários e as letras do alfabeto. A porção de terreno recortada pelo fuso horário é utilizada como a letra que ela designa. As palavras são escritas com pedaços de mapas, criando arranjos que rompem a ordem cartográfica e propõem novas leituras do mundo a partir da palavra.
Tinta látex, compasso, fita adesiva e lápis de cor sobre globo terrestre
Ferro, madeira e alumínio com pintura
Foto Edouard Fraipont
madeira, tela de aço soldada, tela sintética engomada
Foto Filipe Berndt
Tinta acrílica e glitter sobre tela
madeira entalhada e pintada
Foto Edouard Fraipont
Em Berço, de Souza rearticula partes de um berço encontrado por ele na casa para onde mudou-se. A peça, em formato de cisne, apresentava um trabalho de entalhe sofisticado que aparece, aqui, celebrado pelo artista.
Em Berço, de Souza rearticula partes de um berço encontrado por ele na casa para onde mudou-se. A peça, em formato de cisne, apresentava um trabalho de entalhe sofisticado que aparece, aqui, celebrado pelo artista.
Bola azul de gato de algodão tingido e cordas
Foto Edouard Fraipont
Acrílica e impressão em jato de tinta sobre papel sulfite
Foto Filipe Berndt
Bola azul de gato de algodão tingido e cordas
Pigmento mineral sobre papel de algodão
Bastão oleoso sobre página impressa
Foto Filipe Berndt
Madeira, feltro e gesso
Manta asfáltica líquida sobre tela
Foto Vermelho
Fotografia duratrans em caixa de luz acrílica
Corte sobre placa de mdf branco tx, massa acrílica e cantoneira de alumínio
Foto Ana Pigosso
Impressão jato de tinta sobre papel de algodão
Brasa sobre papel
Foto Edouard Fraipont
impressão fotográfiaca
Foto Danilo Kim
Off-set sobre papel
Foto Ana Pigosso
“A exposição Quasares (1983), trazia um nome enigmático, a significar, segundo a artista, “vibrações sonoras captadas por sensores de sons”. Pensávamos estar novamente diante das experimentações da década anterior: impressões em off-set registravam imagens fantasmáticas, a nos transportar incorporeidade em sua imprecisão, alusivas, embora por sua própria indefinição, nada nos remetesse às fontes de onde a artista extraia essas formas interferidas pelos processos até a impressão gráfica.”
Trecho de “Carmela Gross: Um olhar em perspectiva”, de Aracy Amaral.
Carmela Gross: Hélices. Rio de Janeiro: MAM, 1993. Catálogo de exposição.
“A exposição Quasares (1983), trazia um nome enigmático, a significar, segundo a artista, “vibrações sonoras captadas por sensores de sons”. Pensávamos estar novamente diante das experimentações da década anterior: impressões em off-set registravam imagens fantasmáticas, a nos transportar incorporeidade em sua imprecisão, alusivas, embora por sua própria indefinição, nada nos remetesse às fontes de onde a artista extraia essas formas interferidas pelos processos até a impressão gráfica.”
Trecho de “Carmela Gross: Um olhar em perspectiva”, de Aracy Amaral.
Carmela Gross: Hélices. Rio de Janeiro: MAM, 1993. Catálogo de exposição.
Caneta esferográfica sobre papel Fabriano 300 gr
Foto Filipe Berndt
Leia aqui o texto completo de Julieta González
O encontro que torna possível uma exposição que põe em diálogo as obras de Carla Zaccagnini e Runo Lagomarsino extrapola os avizinhamentos sensíveis que a aproximação de um casal de artistas deixa evidente. É o caminho de casa que nos afasta, acontece dez anos depois da exposição que os dois artistas realizaram no Malmö Konsthall, sob curadoria de Diana Baldon. A curadora já apontava, naquele momento, as muitas aproximações entre as produções dos dois artistas: a abordagem pós-conceitualista, o transnacionalismo de ambas as biografias, a crítica institucional e a revisão de narrativas históriacas, entre outras tantas.
“Travessias, idas e vindas, saídas, retornos e o que acontece entre tudo isso interliga a vida pessoal e as respectivas obras de Carla Zaccagnini e Runo Lagomarsino. Esta exposição em si é uma espécie de caminho, onde as suas trajetórias se cruzam e depois se bifurcam, nem que seja para se encontrarem novamente”, escreve Julieta González no texto da exposição.
Carla Zaccagnini completa: “Não há dúvidas de que a convivência nos aproxima. Grupos de amigos, estudantes da mesma classe, parentes próximos terminam compartilhando referências, criando uma linguagem comum, colecionando um repertório dessas piadas a que chamamos internas. Ao longo de anos vivendo juntos, nos contagiamos de expressões e gestos como se fossem sintomas. Lemos ou pensamos ter lido os mesmos livros, reconstruímos ou reinventamos cada filme com cenas mal guardadas dispersas por nossas memórias, guiamos e desviamos as falas de um e de outro em diálogos que ninguém sabe quando começam.”
Inflavél publicitário (Boneco de posto – biruta) com texto serigrafado
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
Com Carla Zaccagnini e Runo Lagomarsino
Foto Vermelho
Um diálogo entre os dois artistas é proposto nos dois locais que abrigam as duas galerias que representam respectivamente cada um dos artistas: Vermelho e Mendes Wood DM, separadas pela extensão da Avenida Angélica, em São Paulo. Uma performance peripatética vincula ambos os espaços, o único trabalho colaborativo entre os artistas na(s) exposição(ões), intitulada “Justiça é a presença do amor no espaço público”, frase emprestada do intelectual afro-americano Cornel West. Durante todo o período da exposição, duas pessoas sairão de ambas as galerias na direção uma à outra, cada uma portando uma camiseta. Um lê “justiça” na frente e “no espaço público” no verso, o outro lê “do amor” na frente e “é a presença” no verso. Em algum momento da caminhada, seus caminhos se cruzarão e a frase se unirá “justiça é a presença do amor no espaço público”, apenas para se separar momentos depois, quando os performers continuarem seus caminhos.
Trecho de É o caminho de casa que nos afasta, por Julieta González
Um diálogo entre os dois artistas é proposto nos dois locais que abrigam as duas galerias que representam respectivamente cada um dos artistas: Vermelho e Mendes Wood DM, separadas pela extensão da Avenida Angélica, em São Paulo. Uma performance peripatética vincula ambos os espaços, o único trabalho colaborativo entre os artistas na(s) exposição(ões), intitulada “Justiça é a presença do amor no espaço público”, frase emprestada do intelectual afro-americano Cornel West. Durante todo o período da exposição, duas pessoas sairão de ambas as galerias na direção uma à outra, cada uma portando uma camiseta. Um lê “justiça” na frente e “no espaço público” no verso, o outro lê “do amor” na frente e “é a presença” no verso. Em algum momento da caminhada, seus caminhos se cruzarão e a frase se unirá “justiça é a presença do amor no espaço público”, apenas para se separar momentos depois, quando os performers continuarem seus caminhos.
Trecho de É o caminho de casa que nos afasta, por Julieta González
Com Carla Zaccagnini e Runo Lagomarsino
Foto Vermelho
Um diálogo entre os dois artistas é proposto nos dois locais que abrigam as duas galerias que representam respectivamente cada um dos artistas: Vermelho e Mendes Wood DM, separadas pela extensão da Avenida Angélica, em São Paulo. Uma performance peripatética vincula ambos os espaços, o único trabalho colaborativo entre os artistas na(s) exposição(ões), intitulada “Justiça é a presença do amor no espaço público”, frase emprestada do intelectual afro-americano Cornel West. Durante todo o período da exposição, duas pessoas sairão de ambas as galerias na direção uma à outra, cada uma portando uma camiseta. Um lê “justiça” na frente e “no espaço público” no verso, o outro lê “do amor” na frente e “é a presença” no verso. Em algum momento da caminhada, seus caminhos se cruzarão e a frase se unirá “justiça é a presença do amor no espaço público”, apenas para se separar momentos depois, quando os performers continuarem seus caminhos.
Trecho de É o caminho de casa que nos afasta, por Julieta González
Um diálogo entre os dois artistas é proposto nos dois locais que abrigam as duas galerias que representam respectivamente cada um dos artistas: Vermelho e Mendes Wood DM, separadas pela extensão da Avenida Angélica, em São Paulo. Uma performance peripatética vincula ambos os espaços, o único trabalho colaborativo entre os artistas na(s) exposição(ões), intitulada “Justiça é a presença do amor no espaço público”, frase emprestada do intelectual afro-americano Cornel West. Durante todo o período da exposição, duas pessoas sairão de ambas as galerias na direção uma à outra, cada uma portando uma camiseta. Um lê “justiça” na frente e “no espaço público” no verso, o outro lê “do amor” na frente e “é a presença” no verso. Em algum momento da caminhada, seus caminhos se cruzarão e a frase se unirá “justiça é a presença do amor no espaço público”, apenas para se separar momentos depois, quando os performers continuarem seus caminhos.
Trecho de É o caminho de casa que nos afasta, por Julieta González
Com Carla Zaccagnini e Runo Lagomarsino
Foto Vermelho
Um diálogo entre os dois artistas é proposto nos dois locais que abrigam as duas galerias que representam respectivamente cada um dos artistas: Vermelho e Mendes Wood DM, separadas pela extensão da Avenida Angélica, em São Paulo. Uma performance peripatética vincula ambos os espaços, o único trabalho colaborativo entre os artistas na(s) exposição(ões), intitulada “Justiça é a presença do amor no espaço público”, frase emprestada do intelectual afro-americano Cornel West. Durante todo o período da exposição, duas pessoas sairão de ambas as galerias na direção uma à outra, cada uma portando uma camiseta. Um lê “justiça” na frente e “no espaço público” no verso, o outro lê “do amor” na frente e “é a presença” no verso. Em algum momento da caminhada, seus caminhos se cruzarão e a frase se unirá “justiça é a presença do amor no espaço público”, apenas para se separar momentos depois, quando os performers continuarem seus caminhos.
Trecho de É o caminho de casa que nos afasta, por Julieta González
Um diálogo entre os dois artistas é proposto nos dois locais que abrigam as duas galerias que representam respectivamente cada um dos artistas: Vermelho e Mendes Wood DM, separadas pela extensão da Avenida Angélica, em São Paulo. Uma performance peripatética vincula ambos os espaços, o único trabalho colaborativo entre os artistas na(s) exposição(ões), intitulada “Justiça é a presença do amor no espaço público”, frase emprestada do intelectual afro-americano Cornel West. Durante todo o período da exposição, duas pessoas sairão de ambas as galerias na direção uma à outra, cada uma portando uma camiseta. Um lê “justiça” na frente e “no espaço público” no verso, o outro lê “do amor” na frente e “é a presença” no verso. Em algum momento da caminhada, seus caminhos se cruzarão e a frase se unirá “justiça é a presença do amor no espaço público”, apenas para se separar momentos depois, quando os performers continuarem seus caminhos.
Trecho de É o caminho de casa que nos afasta, por Julieta González
Foto Vermelho
Grafite sobre papel e suporte em papel colorplus
Foto Vermelho
Contorno de todos os dicionários entre sueco e outras línguas pertencentes à biblioteca de Malmö.
Contorno de todos os dicionários entre sueco e outras línguas pertencentes à biblioteca de Malmö.
Tinta de carimbo sobre o verso de mapas escolares
Foto Filipe Berndt
(…) Os Datilogramas (2023) de Lagomarsino são exatamente isso: impressões digitais; as do próprio artista, que ele estampa no verso de mapas escolares para formar diferentes formas e palavras. Em conjunto com os mapas do outro lado, sugerem alianças, ordens mundiais, rotas e fronteiras. (…)
Trecho de É o caminho de casa que nos afasta, por Julieta González
(…) Os Datilogramas (2023) de Lagomarsino são exatamente isso: impressões digitais; as do próprio artista, que ele estampa no verso de mapas escolares para formar diferentes formas e palavras. Em conjunto com os mapas do outro lado, sugerem alianças, ordens mundiais, rotas e fronteiras. (…)
Trecho de É o caminho de casa que nos afasta, por Julieta González
Tinta de carimbo sobre o verso de mapas escolares
Foto Vermelho
(…) Os Datilogramas (2023) de Lagomarsino são exatamente isso: impressões digitais; as do próprio artista, que ele estampa no verso de mapas escolares para formar diferentes formas e palavras. Em conjunto com os mapas do outro lado, sugerem alianças, ordens mundiais, rotas e fronteiras. (…)
Trecho de É o caminho de casa que nos afasta, por Julieta González
(…) Os Datilogramas (2023) de Lagomarsino são exatamente isso: impressões digitais; as do próprio artista, que ele estampa no verso de mapas escolares para formar diferentes formas e palavras. Em conjunto com os mapas do outro lado, sugerem alianças, ordens mundiais, rotas e fronteiras. (…)
Trecho de É o caminho de casa que nos afasta, por Julieta González
Montagem da exposição, É o caminho de casa que nos afasta. Da direita para a esquerda: Abraão Reis, Runo Lagomarsino e Carla Zaccagnini
Foto Vermelho
Montagem da exposição, É o caminho para casa que nos afasta. Da direita para a esquerda: Henrique Oliveira e Abraão Reis.
Foto Vermelho
Stamp ink on the back of school maps
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
Impressão à jato de tinta sobre papel
Foto Vermelho
(…)Estes (os Datilogramas) estabelecem uma conversa com as World Words de Zaccagnini, um inventário, mais um índice, de palavras que aparecem repetidamente nos hinos nacionais (solo, terra, país, bravura, correntes, luta). Ambas as obras atuam como índices da construção simbólica de um estado-nação, da ideia de lar e de pertencimento relacionados à terra.(…)
Trecho de É o caminho de casa que nos afasta, por Julieta González
(…)Estes (os Datilogramas) estabelecem uma conversa com as World Words de Zaccagnini, um inventário, mais um índice, de palavras que aparecem repetidamente nos hinos nacionais (solo, terra, país, bravura, correntes, luta). Ambas as obras atuam como índices da construção simbólica de um estado-nação, da ideia de lar e de pertencimento relacionados à terra.(…)
Trecho de É o caminho de casa que nos afasta, por Julieta González
Impressão à jato de tinta sobre papel
Foto reprodução
Estudo comparativo dos hinos nacionais.
.
(…)Estes (os Datilogramas) estabelecem uma conversa com as World Words de Zaccagnini, um inventário, mais um índice, de palavras que aparecem repetidamente nos hinos nacionais (solo, terra, país, bravura, correntes, luta). Ambas as obras atuam como índices da construção simbólica de um estado-nação, da ideia de lar e de pertencimento relacionados à terra.(…)
Trecho de É o caminho de casa que nos afasta, por Julieta González
Estudo comparativo dos hinos nacionais.
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(…)Estes (os Datilogramas) estabelecem uma conversa com as World Words de Zaccagnini, um inventário, mais um índice, de palavras que aparecem repetidamente nos hinos nacionais (solo, terra, país, bravura, correntes, luta). Ambas as obras atuam como índices da construção simbólica de um estado-nação, da ideia de lar e de pertencimento relacionados à terra.(…)
Trecho de É o caminho de casa que nos afasta, por Julieta González
Foto Vermelho
Vídeo – cor, sem som
Foto still do vídeo
Foto Filipe Berndt
A Vermelho reúne, na Sala Antonio, um conjunto de 5 vídeos do início da produção de André Komatsu. Em comum, os trabalhos lidam com o trânsito do artista na cidade a partir de proposições performáticas impositivas. Tais imposições resultam em performances duracionais que se refletem na duração dos vídeos, que são sempre registrados por observadores não participativos que controlam as câmeras mantendo distância do artista. Alguns temas presentes nos vídeos podem ser identificados ao longo da trajetória de Komatsu, como a crítica a urbanizacão das grandes cidades.
Encouraçado, 2001, 3’13’
Komatsu rola as escadas da FAAP, onde estudou, do andar mais alto do prédio principal da instituição, até alcançar a rua.
Circuito Fechado, 2002, 33’
Komatsu da a volta em um quarteirão da cidade com os olhos fechados, lidando com as interrupções que os elementos urbanos impõem.
Afrontamento, 2003, 57’
Komatsu leva 57 minutos para caminhar por um quarteirão da avenida Paulista.
Oeste ou até onde o sol pode alcançar, 2006, 26’
Komatsu, munido de uma bússola, procura reproduzir o caminho do sol, percorrendo um trecho da cidade de leste a oeste. O artista precisa transpor árvores, muros e ruas movimentadas para cumpriro trajeto. O vídeo é interrompido a cada vez que a imposição da caminhada se torna impossível.
Corpo duro, 2006, 37′
Komatsu caminha pela cidade recolhendo pedras e restos de construção que vai acumulando em seus bolsos, mochila e por dentro de suas roupas até que seu caminhar se torna inviável.
vídeo em loop e objeto de madeira
Foto still do vídeo
Na videoinstalação de André Komatsu, um nível manual oscila como se estivesse em alto-mar. Esse instrumento, que tradicionalmente usa o nível do mar como ponto de referência para estabilidade e horizontalidade, agora se desloca sem controle, perseguindo incansavelmente a linha do horizonte.
O suporte da projeção também se torna parte da narrativa: uma mão francesa, usualmente símbolo de solidez, aqui, mesmo ampliada, falha em cumprir sua função.
Na videoinstalação de André Komatsu, um nível manual oscila como se estivesse em alto-mar. Esse instrumento, que tradicionalmente usa o nível do mar como ponto de referência para estabilidade e horizontalidade, agora se desloca sem controle, perseguindo incansavelmente a linha do horizonte.
O suporte da projeção também se torna parte da narrativa: uma mão francesa, usualmente símbolo de solidez, aqui, mesmo ampliada, falha em cumprir sua função.
vídeo – cor e som
Foto still do vídeo
Komatsu rola as escadas da universidade FAAP, um dos mais prestigiadas instituições privadas de ensino em Brasil, onde estudou, do andar mais alto do prédio principal da instituição, até alcançar a rua
Komatsu rola as escadas da universidade FAAP, um dos mais prestigiadas instituições privadas de ensino em Brasil, onde estudou, do andar mais alto do prédio principal da instituição, até alcançar a rua
vídeo – cor e som
Foto still do vídeo
Em Circuito Fechado, realizado nas ruas de São Paulo, o artista tenta percorrer uma volta no quarteirão de olhos fechados, numa cegueira voluntária com a qual retoma performances anteriores, nas quais discute os limites do seu próprio corpo e aguça sua percepção espacial pelo exercício da memória, do tato e da audição.
Em Circuito Fechado, realizado nas ruas de São Paulo, o artista tenta percorrer uma volta no quarteirão de olhos fechados, numa cegueira voluntária com a qual retoma performances anteriores, nas quais discute os limites do seu próprio corpo e aguça sua percepção espacial pelo exercício da memória, do tato e da audição.
performance documentada em vídeo – cor e som
Foto still do vídeo
Komatsu leva 57 minutos para caminhar por um quarteirão da avenida Paulista.
Komatsu leva 57 minutos para caminhar por um quarteirão da avenida Paulista.
vídeo – cor e som
Foto still do vídeo
Do inicio da carreira, Oeste ou ate onde o sol pode alcançar (2006) é uma performance registrada em vídeo. O próprio Komatsu percorre de maneira hercúlea um trecho longo na cidade de São Paulo, na tentativa de acompanhar integralmente o trajeto do sol, do extremo leste ao extremo oeste do perímetro urbano. Munido de uma bússola, se orienta pela vastidão da metrópole e procura atravessar os obstáculos que estão no caminho. O instrumento de verificação de dados técnico-científicos o ajuda a tentar a agora em seu ambiente de convívio, traçando uma analogia entre o mundo real e a informação de referência, poucas vezes questionadas.
– Diego Matos
Do inicio da carreira, Oeste ou ate onde o sol pode alcançar (2006) é uma performance registrada em vídeo. O próprio Komatsu percorre de maneira hercúlea um trecho longo na cidade de São Paulo, na tentativa de acompanhar integralmente o trajeto do sol, do extremo leste ao extremo oeste do perímetro urbano. Munido de uma bússola, se orienta pela vastidão da metrópole e procura atravessar os obstáculos que estão no caminho. O instrumento de verificação de dados técnico-científicos o ajuda a tentar a agora em seu ambiente de convívio, traçando uma analogia entre o mundo real e a informação de referência, poucas vezes questionadas.
– Diego Matos
vídeo – cor e som
Foto still do vídeo
Do inicio da carreira, Oeste ou ate onde o sol pode alcançar (2006) é uma performance registrada em vídeo. O próprio Komatsu percorre de maneira hercúlea um trecho longo na cidade de São Paulo, na tentativa de acompanhar integralmente o trajeto do sol, do extremo leste ao extremo oeste do perímetro urbano. Munido de uma bússola, se orienta pela vastidão da metrópole e procura atravessar os obstáculos que estão no caminho. O instrumento de verificação de dados técnico-científicos o ajuda a tentar a agora em seu ambiente de convívio, traçando uma analogia entre o mundo real e a informação de referência, poucas vezes questionadas.
– Diego Matos
Do inicio da carreira, Oeste ou ate onde o sol pode alcançar (2006) é uma performance registrada em vídeo. O próprio Komatsu percorre de maneira hercúlea um trecho longo na cidade de São Paulo, na tentativa de acompanhar integralmente o trajeto do sol, do extremo leste ao extremo oeste do perímetro urbano. Munido de uma bússola, se orienta pela vastidão da metrópole e procura atravessar os obstáculos que estão no caminho. O instrumento de verificação de dados técnico-científicos o ajuda a tentar a agora em seu ambiente de convívio, traçando uma analogia entre o mundo real e a informação de referência, poucas vezes questionadas.
– Diego Matos
vídeo – cor e som
Foto still do vídeo
Komatsu caminha pela cidade recolhendo pedras e restos de construção que vai acumulando em seus bolsos, mochila e por dentro de suas roupas até que seu caminhar se torna inviável.
Komatsu caminha pela cidade recolhendo pedras e restos de construção que vai acumulando em seus bolsos, mochila e por dentro de suas roupas até que seu caminhar se torna inviável.
A paisagem é um dos mais tradicionais temas na produção artística desde sua compreensão como meio. A análise da paisagem é um assunto interdisciplinar que tem o potencial de revelar muito sobre a história e sobre suas interações, percepções e influências no ambiente ao seu redor. O Homem reconhece na natureza um vínculo indissociável consigo e, assim, incluiu gradualmente valores éticos e estéticos nos ambientes retratados pelas artes ao longo dos séculos.
Quais seriam, então, algumas das possíveis estratégias de investigação da paisagem a partir de uma ótica conceitualista, entre fins do séc. XX e as primeiras décadas do séc. XXI? A partir de uma investigação em seu acervo, a Vermelho identifica procedimentos e estratégias de seus artistas que procuram pelo que está por trás da paisagem.
impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Canson Rag Photographique 310 gr
Foto reprodução
Pele é uma ação registrada em fotografia que situa o corpo no cenário da metrópole. Lia Chaia trabalha as percepções e vivências do cotidiano, como a permanente tensão entre espaço urbano, corpo e natureza. A performance é uma das estratégias frequentes na produção de Chaia, em intensa relação com a modalidade artística conceitual surgida na década de 1960; bem como com a fotografia. O papel desempenhado pela câmara tem sua razão de ser em uma poética particularmente interessada no aspecto documental da operação artística.
Pele é uma ação registrada em fotografia que situa o corpo no cenário da metrópole. Lia Chaia trabalha as percepções e vivências do cotidiano, como a permanente tensão entre espaço urbano, corpo e natureza. A performance é uma das estratégias frequentes na produção de Chaia, em intensa relação com a modalidade artística conceitual surgida na década de 1960; bem como com a fotografia. O papel desempenhado pela câmara tem sua razão de ser em uma poética particularmente interessada no aspecto documental da operação artística.
Bordado sobre feltro
Quase antes de compreender já estava escutando a noite, o perfeito silêncio pontilhado pelos grilos.
Na obra, Dardot cria campos em branco que sugerem paisagens, não apenas pelo título da série, mas pelos campos horizontais bordados dentro dos campos de feltro. O feltro, em si, não é neutro. Sendo um aglomerado têxtil, ele carrega informações de cor e textura, além de ser usado como isolante térmico e sonoro. As legendas bordadas na parte baixa da composição também se referem ao som das paisagens propostas: são frases do Arquivo “Sob Neblina”, onde Dardot coleciona trechos de livros com a palavra “silêncio”.
Quase antes de compreender já estava escutando a noite, o perfeito silêncio pontilhado pelos grilos.
Na obra, Dardot cria campos em branco que sugerem paisagens, não apenas pelo título da série, mas pelos campos horizontais bordados dentro dos campos de feltro. O feltro, em si, não é neutro. Sendo um aglomerado têxtil, ele carrega informações de cor e textura, além de ser usado como isolante térmico e sonoro. As legendas bordadas na parte baixa da composição também se referem ao som das paisagens propostas: são frases do Arquivo “Sob Neblina”, onde Dardot coleciona trechos de livros com a palavra “silêncio”.
Tinta PVA sobre tecido (registros da ação de esticá-la nos lugares)
Foto Silvana Marcelina
“Em Calunga Grande*, André evoca a memória das águas do Atlântico, onde estão sepultados mais de 2 milhões de africanos que, por mais de três séculos de tráfico de seres humanos, foram lançados ao mar.
Uma faixa de escala monumental onde se lê “Calunga Grande” produz sentido no contato com pontos que constituem o território batizado como ‘Pequena África’ por Heitor dos Prazeres. André Vargas e Jéssica Hipólito vestem branco em reverência aos que vieram antes, aos que venceram a morte, sonharam e lutaram por um futuro de liberdade para seus descendentes.”.
Juliana Pereira
“Calunga grande é o mar no infinito horizonte que engole as almas. É o olhar de quem fica, ou ainda está por ser carregado à força, a observar quem já foi pego ser apagado por violência e distância.
É o absoluto indecifrável que ginga as águas nas masmorras da memória. É onde me mora o vento e o tormento. É o movimento dos corpos que se vão sem qualquer escolha. É a essência de cada grão, é a excelência de cada bolha. É um não-chão de sangue pisado e azul. É o mar que se faz de morte. É o corte que jorra o rum. É todo lugar que o mar já foi ou mar será. É todo lugar que há.”
André Vargas
*Na travessia do oceano, durante o trafico de pessoas na escravatura, Calunga Grande poderia ser o destino final para aqueles que não chegassem vivos ou sãos. O termo era usado para designar o mar em si mas também poderia ser compreendido como cemitério.
“Em Calunga Grande*, André evoca a memória das águas do Atlântico, onde estão sepultados mais de 2 milhões de africanos que, por mais de três séculos de tráfico de seres humanos, foram lançados ao mar.
Uma faixa de escala monumental onde se lê “Calunga Grande” produz sentido no contato com pontos que constituem o território batizado como ‘Pequena África’ por Heitor dos Prazeres. André Vargas e Jéssica Hipólito vestem branco em reverência aos que vieram antes, aos que venceram a morte, sonharam e lutaram por um futuro de liberdade para seus descendentes.”.
Juliana Pereira
“Calunga grande é o mar no infinito horizonte que engole as almas. É o olhar de quem fica, ou ainda está por ser carregado à força, a observar quem já foi pego ser apagado por violência e distância.
É o absoluto indecifrável que ginga as águas nas masmorras da memória. É onde me mora o vento e o tormento. É o movimento dos corpos que se vão sem qualquer escolha. É a essência de cada grão, é a excelência de cada bolha. É um não-chão de sangue pisado e azul. É o mar que se faz de morte. É o corte que jorra o rum. É todo lugar que o mar já foi ou mar será. É todo lugar que há.”
André Vargas
*Na travessia do oceano, durante o trafico de pessoas na escravatura, Calunga Grande poderia ser o destino final para aqueles que não chegassem vivos ou sãos. O termo era usado para designar o mar em si mas também poderia ser compreendido como cemitério.
A seleção de pinturas aqui apresentadas é parte dos originais de Dora Longo Bahia para a criação do livro AcordaLice, de 2006.
A obra cria aproximações entre Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll; Finnegans Wake e Ulisses, de James Joyce; e David Lynch.
A seleção de pinturas aqui apresentadas é parte dos originais de Dora Longo Bahia para a criação do livro AcordaLice, de 2006.
A obra cria aproximações entre Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll; Finnegans Wake e Ulisses, de James Joyce; e David Lynch.
Foto reprodução
A seleção de pinturas aqui apresentadas é parte dos originais de Dora Longo Bahia para a criação do livro AcordaLice, de 2006.
A obra cria aproximações entre Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll; Finnegans Wake e Ulisses, de James Joyce; e David Lynch.
A seleção de pinturas aqui apresentadas é parte dos originais de Dora Longo Bahia para a criação do livro AcordaLice, de 2006.
A obra cria aproximações entre Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll; Finnegans Wake e Ulisses, de James Joyce; e David Lynch.
Livro de artista – tiragem de 20 edições numeradas e assinadas
Foto Vermelho
A obra cria aproximações entre Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll; Finnegans Wake e Ulisses, de James Joyce; e David Lynch.
A obra cria aproximações entre Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll; Finnegans Wake e Ulisses, de James Joyce; e David Lynch.
Foto Vermelho
Da Costa compõe uma vista da Pirâmide Carstensz, na Indonésia, com grafite sobre papel milimetrado. O artista aplica a métrica matemática para representar a nona montanha mais alta do mundo. Da Costa observa a topografia de Carstensz a partir da modulação milimétrica do papel para desenhos técnicos, geométricos e gráficos, elaborando uma espécie de cartografia para a montanha.
Da Costa compõe uma vista da Pirâmide Carstensz, na Indonésia, com grafite sobre papel milimetrado. O artista aplica a métrica matemática para representar a nona montanha mais alta do mundo. Da Costa observa a topografia de Carstensz a partir da modulação milimétrica do papel para desenhos técnicos, geométricos e gráficos, elaborando uma espécie de cartografia para a montanha.
Impressão digital sobre papel
Foto Filipe Berndt
Esse trabalho foi realizado pela primeira vez em 1982 e é constituído por uma série de 19 páginas. Em cada uma das folhas de papel em branco se lê, no pé, uma escala que indica a correspondência entre as dimensões da página, medidas em centímetros, e as grandes extensões territoriais, medidas em quilômetros.
Nas cartas geográficas, essas escalas servem para relacionar a dimensão da imagem impressa com a dimensão real daquilo que está referido no mapa: zonas, regiões, cordilheiras, oceanos, mares, rios, fronteiras, países, cidades.
Neste caso, como a página está em branco, é o vazio que se distende e que, imaginariamente, vai constituir um espaço monumental.
O menor possível, palpável, combinado com larguras, distâncias, extensões impossíveis.
Esse trabalho foi realizado pela primeira vez em 1982 e é constituído por uma série de 19 páginas. Em cada uma das folhas de papel em branco se lê, no pé, uma escala que indica a correspondência entre as dimensões da página, medidas em centímetros, e as grandes extensões territoriais, medidas em quilômetros.
Nas cartas geográficas, essas escalas servem para relacionar a dimensão da imagem impressa com a dimensão real daquilo que está referido no mapa: zonas, regiões, cordilheiras, oceanos, mares, rios, fronteiras, países, cidades.
Neste caso, como a página está em branco, é o vazio que se distende e que, imaginariamente, vai constituir um espaço monumental.
O menor possível, palpável, combinado com larguras, distâncias, extensões impossíveis.
vídeo – cor e som
Foto still do vídeo
Vídeo – Cor e som
Foto still do vídeo
Vídeo – cor e som
Foto still do vídeo
filme fotolito, tabela de códigos Pantone® e acrílico
Foto Marcelo Moschetta
Ao contrastar fotolitos com tabelas de cores Pantone, Moscheta faz suas próprias traduções das exuberantes paisagens naturais retratadas no Atacama. A partir de chaves ligadas à classificação e catalogação de arquivos, Moscheta analisa a paisagem norteada por relações cromáticas, deixando para o espectador a tarefa de reatribuir as cores aos elementos.
Ao contrastar fotolitos com tabelas de cores Pantone, Moscheta faz suas próprias traduções das exuberantes paisagens naturais retratadas no Atacama. A partir de chaves ligadas à classificação e catalogação de arquivos, Moscheta analisa a paisagem norteada por relações cromáticas, deixando para o espectador a tarefa de reatribuir as cores aos elementos.
Impressão Lightjet sobre papel
Foto Vermelho
O políptico evidencia o registro da passagem e da mudança da posição do sol no Trópico de Capricórnio, gravando rastros do sol sobre uma caixa de areia negra, com o auxílio de uma lupa, trinta dias antes do início da primavera. As 18 imagens registram os dias ensolarados do período.
O políptico evidencia o registro da passagem e da mudança da posição do sol no Trópico de Capricórnio, gravando rastros do sol sobre uma caixa de areia negra, com o auxílio de uma lupa, trinta dias antes do início da primavera. As 18 imagens registram os dias ensolarados do período.
Impressão jato de tinta e corrosão sobre ferro
Foto Marcelo Moscheta
Na série Positivo Singular, Moscheta apresenta uma série de dez fotografias de paisagens insólitas do deserto chileno sobrepostas com chapas de ferro que formam volumes que lembram o monólito do filme 2001: as Space Odyssey, de Stanley Kubrick.
A presença simbólica que o volume negro, de matéria não definida, trazia ao filme de 1968 tratava do sincronismo entre passado e futuro, como uma anunciação atemporal do destino desbravador do homem. A primeira aparição do objeto no filme se dá justamente no momento em que o ancestral do homem descobre que o mesmo osso que forma sua estrutura poderia ser usado como ferramenta e, finamente, como arma.
Nas obras de Moscheta, no entanto, esse monólito está, sim, sujeito a passagem do tempo e, dada sua matéria ferrosa, adquire marcas da passagem do tempo, com oxidação e corrosão constantes. Os monólitos de Moscheta são, assim, sincrônicos como o de Kubrick, mas, construídos pelo homem, só tendem ao desgaste crescente.
Na série Positivo Singular, Moscheta apresenta uma série de dez fotografias de paisagens insólitas do deserto chileno sobrepostas com chapas de ferro que formam volumes que lembram o monólito do filme 2001: as Space Odyssey, de Stanley Kubrick.
A presença simbólica que o volume negro, de matéria não definida, trazia ao filme de 1968 tratava do sincronismo entre passado e futuro, como uma anunciação atemporal do destino desbravador do homem. A primeira aparição do objeto no filme se dá justamente no momento em que o ancestral do homem descobre que o mesmo osso que forma sua estrutura poderia ser usado como ferramenta e, finamente, como arma.
Nas obras de Moscheta, no entanto, esse monólito está, sim, sujeito a passagem do tempo e, dada sua matéria ferrosa, adquire marcas da passagem do tempo, com oxidação e corrosão constantes. Os monólitos de Moscheta são, assim, sincrônicos como o de Kubrick, mas, construídos pelo homem, só tendem ao desgaste crescente.
Foto Filipe Berndt
Foto Filipe Berndt
impressão pigmentada sobre papel kozo awagami 110g
Foto Filipe Berndt
Na série Nuvens (2022), Detanico Lain criam um conjunto de 15 imagens de nuvens brancas sobre fundo azul. À distância, o observador pode, como em um jogo, procurar formas nas nuvens, mas, ao se aproximar, vê que, na verdade, as nuvens são feitas de letras que formam palavras. As letras espalhadas pelas manchas, também exigem alguma investigação para desvelar a palavra que lá está.
Na série Nuvens (2022), Detanico Lain criam um conjunto de 15 imagens de nuvens brancas sobre fundo azul. À distância, o observador pode, como em um jogo, procurar formas nas nuvens, mas, ao se aproximar, vê que, na verdade, as nuvens são feitas de letras que formam palavras. As letras espalhadas pelas manchas, também exigem alguma investigação para desvelar a palavra que lá está.
arame de 1.5 mm
Este trabalho nasce a partir de uma pesquisa de Nicolás Robbio em torno das fronteiras de países enquanto estudos sobre linhas. Do poder do desenho de dividir porções geográficas em distintas políticas, culturas e economias. Robbio fala das fronteiras estabelecidas a partir de acidentes geográficos, conflitos e contextos culturais diversos como imposições a serem cumpridas. Assim, Robbio estabelece um exercício com outra imposição à linha: tornar linhas de 1 metro de comprimento em linhas de 70 centímetros. Há, contudo, um problema no desafio: linhas não podem ser diminuídas sem se tornarem volumes.
Este trabalho nasce a partir de uma pesquisa de Nicolás Robbio em torno das fronteiras de países enquanto estudos sobre linhas. Do poder do desenho de dividir porções geográficas em distintas políticas, culturas e economias. Robbio fala das fronteiras estabelecidas a partir de acidentes geográficos, conflitos e contextos culturais diversos como imposições a serem cumpridas. Assim, Robbio estabelece um exercício com outra imposição à linha: tornar linhas de 1 metro de comprimento em linhas de 70 centímetros. Há, contudo, um problema no desafio: linhas não podem ser diminuídas sem se tornarem volumes.
Impressão com pigmento mineral sobre papel Hahnemühle Museum Etching 350 gr
Foto Vermelho
Gosto de pensar este trabalho como um desenho. Talvez um grafismo paleolítico, pois ele evoca a maneira mais primitiva de desenhar – um risco de tinta sobre uma superfície de terra.
Durante um período de greve, saí com um grupo de amigos que estudavam como eu numa escola de arte, para fotografar pinturas de bares e borracharias, na periferia da cidade. Neste dia levávamos também conosco alguns tubos de tinta spray. Decidimos parar numa zona quase deserta, lá pelos lados de Santo Amaro, onde uma avenida recém aberta cortava uma área acidentada entre curvas, buracos e grandes barrancos. Um paredão de terra parecia bom para pintar. Um deles, com a terra frisada horizontalmente, funcionava exatamente como uma escada, pela qual podia se subir e descer livremente. Me aproveitei para desenhar nele linhas em ziguezague, como os degraus de uma escada.
A coisa observada (barranco/degraus de terra) e a coisa desenhada (risco/esquema), quase na mesma escala, ressoaram uma na outra. Um desenho urbano.
Carmela Gross
Gosto de pensar este trabalho como um desenho. Talvez um grafismo paleolítico, pois ele evoca a maneira mais primitiva de desenhar – um risco de tinta sobre uma superfície de terra.
Durante um período de greve, saí com um grupo de amigos que estudavam como eu numa escola de arte, para fotografar pinturas de bares e borracharias, na periferia da cidade. Neste dia levávamos também conosco alguns tubos de tinta spray. Decidimos parar numa zona quase deserta, lá pelos lados de Santo Amaro, onde uma avenida recém aberta cortava uma área acidentada entre curvas, buracos e grandes barrancos. Um paredão de terra parecia bom para pintar. Um deles, com a terra frisada horizontalmente, funcionava exatamente como uma escada, pela qual podia se subir e descer livremente. Me aproveitei para desenhar nele linhas em ziguezague, como os degraus de uma escada.
A coisa observada (barranco/degraus de terra) e a coisa desenhada (risco/esquema), quase na mesma escala, ressoaram uma na outra. Um desenho urbano.
Carmela Gross
Corte e pintura acrílica sobre jornal e drywall e estrutura metálica
Foto Vermelho
Relações de poder permeiam os materiais escolhidos por Komatsu. São essas relações que, frequentemente, constituem a verdadeira matéria-prima utilizada em sua obra. Lusco-Fusco promove o encontro das precariedade do Drywall, com o efêmero das notícias provenientes de recortes de jornais. Com cortes e golpes, Komatsu irrompe as superfícies de seus quadros em abstrações geométricas ou gestuais, enquanto fragmentos das notícias sugerem representações do que poderia surgir ali. Ao mesmo tempo que seus títulos sugerem um lugar entre o dia e a noite, suas formas sugerem algo entre a figuração e a abstração.
Relações de poder permeiam os materiais escolhidos por Komatsu. São essas relações que, frequentemente, constituem a verdadeira matéria-prima utilizada em sua obra. Lusco-Fusco promove o encontro das precariedade do Drywall, com o efêmero das notícias provenientes de recortes de jornais. Com cortes e golpes, Komatsu irrompe as superfícies de seus quadros em abstrações geométricas ou gestuais, enquanto fragmentos das notícias sugerem representações do que poderia surgir ali. Ao mesmo tempo que seus títulos sugerem um lugar entre o dia e a noite, suas formas sugerem algo entre a figuração e a abstração.
Tinta esmalte sobre MDF
Foto Vermelho
Em Terrenos, desenhos feitos com tinta esmalte que criam padrões de camuflagem. Na técnica de marmoreio chamada Ebru, a tinta é colocada sobre uma superfície de água, e o desenho é definido pelo movimento da água ao escorrer por uma superfície absorvente.
As pinturas referem-se às regiões da América do Sul vistas por satélites. As peças foram construídas com base em um quebra-cabeça tangram. Este ponto reforça a ideia de camuflagem como desenvolvimento do raciocínio lógico na análise e distinção de suas formas. Ao referir-se a este tipo de modelo, o artista aponta também para as regiões representadas como zonas de conflito ou como zonas de conflito iminente.
Em Terrenos, desenhos feitos com tinta esmalte que criam padrões de camuflagem. Na técnica de marmoreio chamada Ebru, a tinta é colocada sobre uma superfície de água, e o desenho é definido pelo movimento da água ao escorrer por uma superfície absorvente.
As pinturas referem-se às regiões da América do Sul vistas por satélites. As peças foram construídas com base em um quebra-cabeça tangram. Este ponto reforça a ideia de camuflagem como desenvolvimento do raciocínio lógico na análise e distinção de suas formas. Ao referir-se a este tipo de modelo, o artista aponta também para as regiões representadas como zonas de conflito ou como zonas de conflito iminente.
moldura de madeira, vidro, impressão e areia
Foto Vermelho
Em “Os dois lados do São Francisco“, Robbio parte de um formato proposto pelo pintor argentino Cándido López (1840-1902), que, para retratar as batalhas da Guerra da Tríplice Aliança, desenvolveu um campo de horizontalidade alongada para suas pinturas, a fim de poder abarcar a extensão das batalhas. Robbio apropria-se desse recurso para reforçar a ideia de paisagem e utiliza a areia e o perímetro cartográfico no papel de fundo para sugerir uma paisagem a ser constituída pela memória ou pela imaginação.
Em “Os dois lados do São Francisco“, Robbio parte de um formato proposto pelo pintor argentino Cándido López (1840-1902), que, para retratar as batalhas da Guerra da Tríplice Aliança, desenvolveu um campo de horizontalidade alongada para suas pinturas, a fim de poder abarcar a extensão das batalhas. Robbio apropria-se desse recurso para reforçar a ideia de paisagem e utiliza a areia e o perímetro cartográfico no papel de fundo para sugerir uma paisagem a ser constituída pela memória ou pela imaginação.
Impressão com tinta sobre papel
Foto Reprodução
As fotos da série “Sem Título [Patagônia]” foram captadas numa viagem de carro realizada pela artista a Patagônia, em 2007. A série é composta por vistas de montanhas, geleiras, praias e florestas, desertos e rios. Desprovidas da presença humana, essas imagens foram criadas com câmeras Pinhole e Holga, as famosas máquinas chinesas de baixo custo cujo corpo e lentes são feitos de plástico. O resultado é de imagens que, devido ao aparato técnico escolhido pela artista para o registro, deformam a paisagem, no caso das feitas com as câmeras Holga, e, no caso das Pinholes, permitem a entrada de luz, produzindo sobre o campo da imagem grandes manchas avermelhadas.
As fotos da série “Sem Título [Patagônia]” foram captadas numa viagem de carro realizada pela artista a Patagônia, em 2007. A série é composta por vistas de montanhas, geleiras, praias e florestas, desertos e rios. Desprovidas da presença humana, essas imagens foram criadas com câmeras Pinhole e Holga, as famosas máquinas chinesas de baixo custo cujo corpo e lentes são feitos de plástico. O resultado é de imagens que, devido ao aparato técnico escolhido pela artista para o registro, deformam a paisagem, no caso das feitas com as câmeras Holga, e, no caso das Pinholes, permitem a entrada de luz, produzindo sobre o campo da imagem grandes manchas avermelhadas.
grafite sobre PVC expandido montado em estrutura de ferro metalon
Desde o início da sua carreira Moscheta tem realizado obras que nascem de seus deslocamentos por lugares remotos, onde coleta objetos, imagens e dados científicos. “Minha relação com a paisagem repousa numa tentativa primeira de construir um lugar ideal, uma imitação da natureza como retrato fiel das relações de perfeição e equilíbrio. Quero assim, abarcar todas as possibilidades de entender um local, não somente por meios sensíveis como o desenho ou a fotografia, mas através de formas racionais de se entender lugar: latitude, longitude, altitude, cálculos matemáticos e referências técnico/científicas”.
Atacama: 28.04-06.05/2012 registra, sobre um desenho a lápis que reproduz uma imagem de satélite do Deserto do Atacama, o percurso do artista em deslocamento pelo território durante 7 dias entre abril e maio de 2012. A linha marcada sobre o desenho hiper-realista tensiona a presença do homem que entra no ambiente indomável do deserto.
Desde o início da sua carreira Moscheta tem realizado obras que nascem de seus deslocamentos por lugares remotos, onde coleta objetos, imagens e dados científicos. “Minha relação com a paisagem repousa numa tentativa primeira de construir um lugar ideal, uma imitação da natureza como retrato fiel das relações de perfeição e equilíbrio. Quero assim, abarcar todas as possibilidades de entender um local, não somente por meios sensíveis como o desenho ou a fotografia, mas através de formas racionais de se entender lugar: latitude, longitude, altitude, cálculos matemáticos e referências técnico/científicas”.
Atacama: 28.04-06.05/2012 registra, sobre um desenho a lápis que reproduz uma imagem de satélite do Deserto do Atacama, o percurso do artista em deslocamento pelo território durante 7 dias entre abril e maio de 2012. A linha marcada sobre o desenho hiper-realista tensiona a presença do homem que entra no ambiente indomável do deserto.
Mesa de plástico branco e areia
Foto Filipe Berndt
Partido de la Costa é um dos 135 partidos (distritos) que compõe a Província de Buenos Aires. É uma região costeira, cujo recorte geográfico propicia a vida no litoral. As praias mais cheias são tomadas pelo popular mobiliário de plástico moldado, que divide espaço com a areia. Ao deslocar e justapor os dois elementos, Robbio configura uma nova paisagem. “É como um acidente geográfico provocado por dois elementos que pertencem ao mesmo lugar”, diz o artista. A prática de Robbio muitas vezes se baseia em sobreposições que trazem novos significados para a estrutura de objetos comuns.
Partido de la Costa é um dos 135 partidos (distritos) que compõe a Província de Buenos Aires. É uma região costeira, cujo recorte geográfico propicia a vida no litoral. As praias mais cheias são tomadas pelo popular mobiliário de plástico moldado, que divide espaço com a areia. Ao deslocar e justapor os dois elementos, Robbio configura uma nova paisagem. “É como um acidente geográfico provocado por dois elementos que pertencem ao mesmo lugar”, diz o artista. A prática de Robbio muitas vezes se baseia em sobreposições que trazem novos significados para a estrutura de objetos comuns.
08 camadas de passe partout e vidro anti-reflexo de 2 mm
Foto Vermelho
Lagos endorréicos extraídos de imagens de satélite provenientes de diferentes regiões são apresentados pelas suas formas em curvas de níveis através do corte digital em papéis museológicos de passe-partout. O vidro, que representa a dimensão da água em cada lago, está deslocado para dentro da moldura indicando a situação atual do nível dos reservatórios. Percebe-se o quanto os lagos diminuíram de tamanho e secaram ao longo dos últimos anos devido a ação humana.
Lagos endorréicos extraídos de imagens de satélite provenientes de diferentes regiões são apresentados pelas suas formas em curvas de níveis através do corte digital em papéis museológicos de passe-partout. O vidro, que representa a dimensão da água em cada lago, está deslocado para dentro da moldura indicando a situação atual do nível dos reservatórios. Percebe-se o quanto os lagos diminuíram de tamanho e secaram ao longo dos últimos anos devido a ação humana.
Fotocópia sobre concreto, verniz acrílico, cola branca e MDF.
André Komatsu tem uma relação intrínseca com a rua em suas obras, que podem reagir aos desdobramentos políticos ou aos usos sociais do espaço público. Em sua nova série ‘Noturnos’, placas de cimento são emolduradas por pedaços rudimentares de madeira – como se fossem coletados nas próprias ruas. Incrustadas no cimento estão imagens de jornais retratando confrontos entre manifestantes e policiais ou entre manifestantes de diferentes lados do espectro polarizado da sociedade brasileira. Ao lado das fotografias estão marcações geométricas ou desenhos que enquadram essas imagens nos problemas estruturais que dividem a sociedade brasileira.
André Komatsu tem uma relação intrínseca com a rua em suas obras, que podem reagir aos desdobramentos políticos ou aos usos sociais do espaço público. Em sua nova série ‘Noturnos’, placas de cimento são emolduradas por pedaços rudimentares de madeira – como se fossem coletados nas próprias ruas. Incrustadas no cimento estão imagens de jornais retratando confrontos entre manifestantes e policiais ou entre manifestantes de diferentes lados do espectro polarizado da sociedade brasileira. Ao lado das fotografias estão marcações geométricas ou desenhos que enquadram essas imagens nos problemas estruturais que dividem a sociedade brasileira.