11 x 30,5 x 8,5 cm
Conchas, gravação a laser e acrílico
Foto Filipe BerndtAs peças dessa série recebe o nome da estrutura calcária que forma as conchas de diversas espécies de moluscos bivalves. A mesma palavra também designa o tom róseo ou carmim associado à pele e a mucosas quando excitadas. Conchas de mexilhões foram gravadas a laser: em uma das das peças desenhos que ilustram uma “esgrima” de mãos empunhando tesouras, numa alusão direta aos relacionamentos românticos; na outra, motivos marinhos.
13 x 46 x 8,5 cm
Conchas, gravação a laser e acrílico
Foto Filipe BerndtAs peças dessa série recebe o nome da estrutura calcária que forma as conchas de diversas espécies de moluscos bivalves. A mesma palavra também designa o tom róseo ou carmim associado à pele e a mucosas quando excitadas. Conchas de mexilhões foram gravadas a laser: em uma das das peças desenhos que ilustram uma “esgrima” de mãos empunhando tesouras, numa alusão direta aos relacionamentos românticos; na outra, motivos marinhos.
12x65x5 cm
Laca nitrocelulose, primer, verniz acrílico e MDF Foto Galeria Vermelho O estúdio da Cadu é partilhado com uma empresa que presta vários serviços no campo da concepção e execução de obras artísticas, Artes e Ofícios, localizada sobre São Cristóvão (Rio de Janeiro).<p><p>Ali, muitas das peças produzidas são pintadas numa câmara específica. Os objetos são apoiados sobre um descanso que absorve bases preparatórias, tintas e vernizes. <p><p>Após três anos de acumulação destes materiais, o sólido circular resultante foi serrado. As fatias revelaram inúmeras camadas de tinta, uma topologia artificial que nos aproxima dos ciclos geológicos. Atualmente, um novo bloco está a ser formado desde o segundo semestre de 2020, constituindo um sistema periodicamente reiniciado.Fibra de vidro, madeira, parafina, pratos de bateria, microfones, caixa de som e mesa de som
Foto Filipe BerndtO ditado que batiza a peça expressa boa fortuna em alemão. A conversão direta para o português é “tinha um porco”, porém o próprio Google Tradutor sugere,como resposta, “por sorte”. Possuir o animal é sinal de provisões para períodos de escassez. O porco é tabu para judeus e árabes, no entanto, é a carne mais consumida do mundo. É ela que se oferece a Omolu, o Orixá que traz a peste, mas também a cura. Maus políticos e policiais são conspurcados com seu nome. Em a “Ceia Dominicana: Romance Neolatino”, do escritor capixaba Reinaldo Santos Neves, temos o “porco de Tróia”, prato servido durante jantar na residência de uma das personagens. É recheado de asquerosas e apetitosas iguarias. A síntese perfeita do convívio entre contrários. Foi no termo do Ano do Porco, pelo calendário chinês, que se iniciou a pandemia de Covid-19.
157 x 152 cm
Grafite, óleo de linhaça e colagem sobre papel
Foto Filipe BerndtBahamūt, o peixe, suporta em seu
lombo Kujata, o touro de quatrocentos
olhos, quatrocentos narizes,
quatrocentas bocas, quatrocentas
línguas, quatrocentos ouvidos e
quatrocentas patas. Entre cada uma
de suas partes há uma distância de
quinhentos anos de viagem.
O ruminante acolhe um rubi em suas
costas. Ali repousa um anjo. A deidade
sustenta os Sete Infernos, que sustenta
a Terra.
Acima dela, os Sete Céus.
157 x 152 cm
Grafite, óleo de linhaça e colagem sobre papel
Foto Marco RezendeBahamūt, o peixe, suporta em seu
lombo Kujata, o touro de quatrocentos
olhos, quatrocentos narizes,
quatrocentas bocas, quatrocentas
línguas, quatrocentos ouvidos e
quatrocentas patas. Entre cada uma
de suas partes há uma distância de
quinhentos anos de viagem.
O ruminante acolhe um rubi em suas
costas. Ali repousa um anjo. A deidade
sustenta os Sete Infernos, que sustenta
a Terra.
Acima dela, os Sete Céus.
197 x 152 cm
Grafite, óleo de linhaça e colagem sobre papel
Foto Filipe BerndtO coelho à Alice:
Você me pergunta como o relógio funciona
Por enquanto apenas observemos as horas
O dia está ainda pelo umbigo
197 x 152 cm
Grafite, óleo de linhaça e colagem sobre papel
Foto Marco RezendeO coelho à Alice:
Você me pergunta como o relógio funciona
Por enquanto apenas observemos as horas
O dia está ainda pelo umbigo
140 x 152 cm
Grafite, colagem e óleo sobre papel
Foto Marco RezendeZeus tem a águia, Hera a mim
Duas aves de ver
Um amor triste velo
Vulto de mulher
Prometido para coisas maiores
Incorporo Argos decapitado
Não desejo mais do que tenho
Apenas o que foi furtado
16,5 x 79 x 8,5 cm
Grafite, óleo de linhaça e colagem sobre papel
Foto Marco RezendeZeus tem a águia, Hera a mim
Duas aves de ver
Um amor triste velo
Vulto de mulher
Prometido para coisas maiores
Incorporo Argos decapitado
Não desejo mais do que tenho
Apenas o que foi furtado
2 conjuntos com 134 x 50 x 100 cm
Apitos de barro movidos a água e estrutura madeira
Foto Filipe BerndtHá uma técnica tradicional peruana de modelagem em barro para construção de vasos sonoros movidos por água. Maneno Llinkarimachiq, reconhecido ceramista da comunidade Chulicana, desenvolveu em escala inédita três pares de diferentes tamanhos. Os mesmos são acionados manualmente por um mecanismo semelhante a uma gangorra. O líquido em seus interiores empurra o ar que, por sua vez, produz sopros nos apitos localizados na parte superior das estruturas. A tradição os decora com a cabeça de pássaros. Este fato colaborou para o título da obra.
2 conjuntos com 134 x 50 x 100 cm
Apitos de barro movidos a água e estrutura madeira
Foto Filipe BerndtHá uma técnica tradicional peruana de modelagem em barro para construção de vasos sonoros movidos por água. Maneno Llinkarimachiq, reconhecido ceramista da comunidade Chulicana, desenvolveu em escala inédita três pares de diferentes tamanhos. Os mesmos são acionados manualmente por um mecanismo semelhante a uma gangorra. O líquido em seus interiores empurra o ar que, por sua vez, produz sopros nos apitos localizados na parte superior das estruturas. A tradição os decora com a cabeça de pássaros. Este fato colaborou para o título da obra.
16 x 48 cm aprox. (cada peça)
Cobre e madeira
Foto VermelhoGanga é o nome dado na mineração para as impurezas presentes no metal que se pretende refinar. Já sua origem etimológica de matriz africana advém do termo Nganga, que denomina o feiticeiro chefe dos antigos terreiros cabindas. Por aparentes e, a princípio, não correlacionados motivos, a palavra preserva seu significado terreno em ambos os casos, mantendo relação com a matéria extraída do solo para aquisição de poder, ou aquele que detém poder por meio do domínio sobre um território.
Perseu, ao cortar a cabeça da Górgona e arrastá-la sobre o litoral da Etiópia, precipitou o surgimento de Pégaso, que em algumas versões do mito irá cavalgar, e dos corais, que irão enfeitar os cachos das ninfas. Aquela que tudo em pedra transformava, pela presença de um fluído aquoso, transfere sua terrível mineralogia de um ponto a outro, para o surgimento de inesperados adornos.
Essa sucessão de imagens e narrativas mágicas, que alternam o aparecimento e o desaparecimento, o horror e a beleza, a diluição e a coagulação, servem de inspiração para esse projeto escultórico. Utilizando a técnica de galvanoplastia, que consiste no revestimento de uma peça com metal, quando ambos são imersos numa solução química eletrificada em corrente contínua, uma série de ganchos são transformados em novos objetos. Normalmente associados à violência, à caça e à tentação, os anzóis têm sua estrutura modificada pela adição de camadas que, oriundas de um ânodo (peça metálica que se dilui), os transforma em acúmulos controlados, porém imprevisíveis, de deposições de matéria.
110 x 110 cm
Marmorização, colagem e tinta a óleo sobre papel Canson Montval 300g. Foto Filipe Berndt Na série “O Monge Pierrot e o Náufrago Nupcial” Cadu baseia sua construção em duas técnicas, a da marmorização e a pintura a óleo. Na primeira técnica a imagem fica suspensa sobre uma película gelatinosa e é transferida por contato. A técnica é conhecida pelo difícil controle dos resultados gerados. Já as geometrias de teor sagrado realizadas com tinta óleo e estênceis, equilibram os elementos anteriores por sua precisão. O desafio proposto na série é o de gerar equilíbrio entre processos antagônicos.72 x 37 x 41 cm
Madeira, cobre, níquel, bronze, citrino, pirita, ágata, cianita azul, nitrato de cobre Foto Cadu Craca Ganga Arapuca faz parte dos projetos escultóricos feitos por Cadu em coautoria com o joalheiro e artista Virgilio Bahde desde 2019. O título traz termos da mineração, da vida marinha e o nome das armadilhas piramidais indígenas utilizadas para a captura de aves. Estamos diante do cultivo improvável, pelo entalhe e metalurgia, de possibilidades animais, vegetais e telúricas, que confundem o olhar pela convivência dos reinos que sintetiza.60 x 60 cm
Óleo sobre alumínio e ágata Foto CaduDimensões variáveis [variable dimensions]
Escavação Foto Galeria Vermelho90 X 90 CM [cada peça de 10/ each part of 10]
Caneta esferográfica sobre papel Foto Edouard Fraipont3'30''
Vídeo- cor e som. 16:9
Foto Video stillColaborando com jovens estudantes chilenos, Cadu instalou em uma encosta um conjunto de bandeiras brancas que dançam a mercê de golfadas de ar. O título do vídeo faz referência à palavra grega ‘psychopompós’, junção de ‘psyché’ (alma) e ‘pompós’ (guia). O termo designa um ente cuja função é conduzir a percepção humana em ocasiões de iniciação ou transição. Na mitologia grega, essa função é atribuída a Hermes.
21 x 11 x 2,5 cm (cada) - políptico composto por 7 peças
Papel vegetal queimado pela luz solar Foto Edouard Fraipont Em Hemisférios, de 2014, Cadu apresenta 168 folhas de papel vegetal que sofreram queimaduras resultantes de exposições à luz do sol em suas superfícies. Para a elaboração dessa obra, o artista desenvolveu um suporte em que uma lupa era fixada sobre um bloco de folhas de papel vegetal. Os raios solares, potencializados pela lupa, rasgavam seu percurso sobre o bloco. Assim, cada folha de papel vegetal simboliza uma hora desse percurso, e o conjunto completo representa o testemunho gráfico da passagem de uma semana em Hornitos, tanto extensivamente como intensivamente, já que as 24 folhas de cada bloco foram queimadas de modo proporcional à temperatura e intensidade da luz de cada dia.Dimensões variáveis
Trem elétrico, hastes de metal, tampo de madeira, copos e garrafas de vidro Foto Vermelho Trens elétricos em miniatura são utilizados para a criação de uma instalação sonora. De seus vagões, hastes de metal são projetadas para tocar objetos ao longo do percurso. Garrafas, jarros, copos e outros utensílios, que podem ou não conter líquidos, são dispostos por toda a extensão. O impacto nas superfícies produz notas de uma composição entre o ruído e a música.218 x 154 x 4,5 cm
Óleo sobre papel canson 300gr Foto Cadu Cadu realiza obras que muitas vezes envolvem a relação entre o ser humano e a paisagem. Em Nantucket Island 7, o artista criou uma pintura a óleo abstrata que se assemelha a um mapa da ilha de Massachusetts. Os mapas são, em certo sentido, abstrações em si - oferecendo representações aéreas da terra que navegamos no solo.A prática de Cadu é marcada por uma abordagem transdisciplinar. Cada projeto emerge segundo considerações conceituais não havendo uma pré-eleição de linguagens ou técnicas. e são influenciados por temas ligados à sistemas, repetição, jogos, tempo e circularidade. Suas obras celebram a relação entre o homem e a natureza, o racional e o instintivo, o caos e o rigor.
Recentemente, seu trabalho vem lidando com as especificidades sociais, econômicas e ambientais dos lugares em que é convidado a habitar por períodos de tempo. Esses trabalhos – muitas vezes em processos co-participativos – divergem de um olhar turístico para uma abordagem etnográfica dos fenômenos atuantes nestes contextos.
Bacharel em Pintura pela Escola de Belas Artes da UFRJ, Mestrado (2005) e doutorado (2013) em Linguagens Visuais pela mesma instituição. Realizou o pós-doutorado no PPGAV UFRJ na linha de pesquisa Poéticas Interdisciplinares. Artista plástico e professor pesquisador da PUC-Rio no Departamento de Artes e Design onde coordena o LINDA – Laboratório Interdisciplinar em Natureza, Design e Arte. Foi contemplado com a bolsa de residência artística Iberê Camargo no London Print Studio (2001) e foi artista visitante na Universidade de Plymouth à convite do Arts Council (Reino Unido, 2008). Dentre as inúmeras mostras nacionais e internacionais de que participou destacam-se a 7a Bienal do Mercosul (2009), o 32o Panorama da Arte Brasileira (2012), a 30a Bienal de São Paulo (2012), a 13a Bienal de Istambul (2013), a 4a Bienal do Fim do Mundo (2014), o 35o Panorama da Arte Brasileira e a 3a Bienal de Coimbra (2019). Em 2013 foi contemplado com o prêmio PIPA e residência artística na Residency Unlimited (NY, EUA). De 2015 a 2017 foi artista em residência pela Fundação InSite (México) e realizou residência artística com o projeto Plataforma Atacama (Chile, 2014). Vencedor do prêmio Radio Krakow 2015 (Cracóvia, Polônia) pela mostra “It’s Gonna Rain”. Em 2017 foi artista comissionado pela National Endowment for the Arts, Robert Wood Johnson Foundation e XLab IDEAS para trabalho em Natchez (Mississipi, EUA). Em 2018, artista comissionado pela HaundenschildGarage (San Diego, USA) para execução de projeto na sede da fundação e para residência artística com a Secretaria de Educação do Município do Rio de Janeiro, através de parceria com o Instituto República.
A prática de Cadu é marcada por uma abordagem transdisciplinar. Cada projeto emerge segundo considerações conceituais não havendo uma pré-eleição de linguagens ou técnicas. e são influenciados por temas ligados à sistemas, repetição, jogos, tempo e circularidade. Suas obras celebram a relação entre o homem e a natureza, o racional e o instintivo, o caos e o rigor.
Recentemente, seu trabalho vem lidando com as especificidades sociais, econômicas e ambientais dos lugares em que é convidado a habitar por períodos de tempo. Esses trabalhos – muitas vezes em processos co-participativos – divergem de um olhar turístico para uma abordagem etnográfica dos fenômenos atuantes nestes contextos.
Bacharel em Pintura pela Escola de Belas Artes da UFRJ, Mestrado (2005) e doutorado (2013) em Linguagens Visuais pela mesma instituição. Realizou o pós-doutorado no PPGAV UFRJ na linha de pesquisa Poéticas Interdisciplinares. Artista plástico e professor pesquisador da PUC-Rio no Departamento de Artes e Design onde coordena o LINDA – Laboratório Interdisciplinar em Natureza, Design e Arte. Foi contemplado com a bolsa de residência artística Iberê Camargo no London Print Studio (2001) e foi artista visitante na Universidade de Plymouth à convite do Arts Council (Reino Unido, 2008). Dentre as inúmeras mostras nacionais e internacionais de que participou destacam-se a 7a Bienal do Mercosul (2009), o 32o Panorama da Arte Brasileira (2012), a 30a Bienal de São Paulo (2012), a 13a Bienal de Istambul (2013), a 4a Bienal do Fim do Mundo (2014), o 35o Panorama da Arte Brasileira e a 3a Bienal de Coimbra (2019). Em 2013 foi contemplado com o prêmio PIPA e residência artística na Residency Unlimited (NY, EUA). De 2015 a 2017 foi artista em residência pela Fundação InSite (México) e realizou residência artística com o projeto Plataforma Atacama (Chile, 2014). Vencedor do prêmio Radio Krakow 2015 (Cracóvia, Polônia) pela mostra “It’s Gonna Rain”. Em 2017 foi artista comissionado pela National Endowment for the Arts, Robert Wood Johnson Foundation e XLab IDEAS para trabalho em Natchez (Mississipi, EUA). Em 2018, artista comissionado pela HaundenschildGarage (San Diego, USA) para execução de projeto na sede da fundação e para residência artística com a Secretaria de Educação do Município do Rio de Janeiro, através de parceria com o Instituto República.
Cadu
1977. São Paulo
Vive e trabalha no Rio de Janeiro
Exposições Individuais
2024
– Cadu. Davuls de Salé – Paço Imperial – Rio de Janeiro – Brasil
2023
– Cadu. Os Espontâneos dos Perfumistas – Galeria Silvia Cintra – Rio de Janeiro – Brasil
– Cadu. Bando ou Hic sunt leonês – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2022
– Cadu. Guirlandas para a Lua – dotART – Belo Horizonte – Brasil
2019
– Cadu. Fábrica de Ratoeiras Concorde – Anita Schwartz Galeria de Arte – Rio de Janeiro – Brasil
2018
– Projeto CAVALO Quadrivium 8 Patas – Instituto Tomie Ohtake [ITO] – São Paulo – Brasil
2017
– Cadu: Soy Mandala – Museo Jumex – Cidade do México – México
– Cadu: Mamihlapinatapai – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2015
– Hornitos – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Festival Multiplicidade 2025_Ano 20 – Oi Futuro Flamengo – Rio de Janeiro – Brasil
– It’s Gonna Rain – Galeria BWA SOKÓŁ – Nowy Sącz – Polônia
2012
– Mecánicas esenciales – Wu Galeria – Lima – Peru
– Cadu & Diogo Pimentão – Vera Cortês Art Agency – Lisboa – Portugal
2011
– Entardecer no Ano do Coelho – Casa de Cultural Laura Alvin – Rio de Janeiro – Brasil
– Manhã no Ano do Coelho – Galeria Vermelho – SP – Brasil
2010
– Procesos y Procedimientos – Galeria D21 – Santiago – Chile
2009
– Avalanche – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2008
– Plymouth – Barbican – Laura Marsiaj Arte Contemporânea – Rio de Janeiro – Brasil
2006
– Ália – Galeria Zouk – Rio Grande do Sul – Brasil
2005
– Laura Marsiaj Arte Contemporânea – Rio de Janeiro – Brasil
Exposições Coletivas
2023
– Casa no céu – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Awakening – Strouk Gallery – Paris – França
2022
– Afago – Sesc Quitandinha – Rio de Janeiro – Brasil
2021
– Por um sopro de fúria e esperança – Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia [MUBE] – São Paulo – Brasil
– Futuração – Galeria Aymoré – Rio de Janeiro – Brasil
2020
– Casa Carioca – Museu de Arte do Rio [MAR] – Rio de Janeiro – Brasil
– Sob o Signo de Saturno. Novas obras da coleção do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra – Sala da Cidade – Coimbra – Portugal
2019
– Terceira Margem. Anozero’19. Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra – Coimbra – Portugal
– Arte Naïf – Nenhum museu a menos – Parque Lage – Rio de Janeiro – Brasil
– Pequenas Escalas – Centro de Artes Visuais Galeria do Largo – Manaus – Brasil
2018
– Pequenas Escalas – Galeria Fayga Ostrower – Brasília – Brasil
– Movilizando afectos: Coparticipación e inserción local, tres proyectos artísticos – Museu Amparo – Puebla – México
– Esculturas para ouvir – Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MUBE) – São Paulo – Brasil
– Encontros improváveis de um lugar em comum – Museu da Energia de São Paulo – São Paulo – Brasil
– Matriz do Tempo Real – MAC USP – São Paulo – Brasil
2017
– Projeto Cavalo: Quadrivium – 8 patas – Espaço Jacarandá – Rio de Janeiro – Brasil
– Ready Made in Brasil – Galeria de Arte do Sesi – Centro Cultural FIESP – São Paulo – Brasil
– 35º Panorama da Arte Brasileira: Brasil por multiplicação – Museu de Arte Moderna [MAM SP] – São Paulo – Brasil
– Constelar – Pró-Saber – Rio de Janeiro – Brasil
– In Memoriam – Caixa Cultural Galeria 2 – Rio de Janeiro – Brasil
– Desenho – SIM Galeria – Curitiba – Brasil
2016
– Coletiva – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Sempre Algo Entre nós – SESC Belenzinho – São Paulo – Brasil
– Aprendendo com Caymmi: civilização praieira – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo – Brasil
2015
– Silêncio Impuro – Galeria Anita Schwartz – Rio de Janeiro – Brasil
– Singularidades/Anotações: Rumos Artes Visuais – Paço imperial – Rio de Janeiro – Brasil
– República Corsária de Salé – Festival Multiplicidades – Oi Futuro Botafogo – Rio de Janeiro – Brasil
– Ocupação Mauá – Cais do Porto – Rio de Janeiro – Brasil
– Verbo 2015 – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Happenings 2015 – Casa França Brasil – Rio de Janeiro – Brasil
– Espaço Art Contemporânea Hyundai – Rio de Janeiro – Brasil
2014
– 4ª Bienal do Fim do Mundo – Mar del Plata – Argentina
– Wind Line – Pionner Works – Nova York – EUA
– Singularidades/Anotações: Rumos Artes Visuais – Itaú Cultural – São Paulo – Brasil
– POETIK+8 – Galeria Morgados da Pedrigosa – Aveiro – Portugal
– Em Direto – SESC Sorocaba – São Paulo – Brasil
2013
– Tomie Correspondências – Centro Cultural dos Correios – Rio de Janeiro – Brasil
– Amor e ódio a Lygia Clark – Zacheta National Gallery – Varsóvia – Polônia
– Mom, Am I Barbarian? – 13ª Bienal de Istambul – Istambul – Turquia
– IV Annual Hybrid Art – Manage Exhibition Space – Moscou – Rússia
– PIPA 2013 – Museu de Arte Moderna [MAM RJ] – Rio de Janeiro – Brasil
– Travessias 2 2013 – Galpão Bela Maré – Rio de Janeiro – Brasil
– Tomie Correspondências – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo – Brasil
– Trigésima Bienal de São Paulo: A iminência das poéticas – Palácio das Artes – Belo Horizonte – Brasil
2012
– XXX Bienal Internacional de São Paulo: A Iminência das Poéticas – Pavilhão Ciccillo Matarazzo – São Paulo – Brasil
– Entre Trópicos 46o 05″: Cuba / Brasil – Caixa Cultural Rio – Rio de Janeiro – Brasil
– Em Direto – SESC Araraquara – Araraquara – Brasil
– Em Direto – Oficina Oswald de Andrade – São Paulo – Brasil
2011
– Vestígios da Brasilidade – Santander Cultural – Recife – Brasil
– Jogos de Guerra – Caixa Cultural Rio – RJ. – Brasil
– 32º Panorama da Arte Brasileira – Museu de Arte Moderna [MAM SP] – São Paulo – Brasil
– Art in Brazil – Festival Europalia – Bozar – Bruxelas – Bélgica
– Caos e Efeito – Instituto Itaú Cultural – São Paulo – Brasil
– Nova Escultura Brasileira / Heranças e Diversidades – Caixa Cultural Rio – Rio de Janeiro – Brasil
– Os Primeiros 10 Anos – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo – Brasil
– Projeto Cavalo – Festival Multiplicidade – Oi Futuro – Rio de Janeiro – Brasil
– Contra Parede – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2010
– Convivências – Fundação Iberê Camargo – Porto Alegre- Brasil
– Ponto de equilíbrio- Instituto Tomie Ohtake- São Paulo- Brasil
– À sombra do futuro: especulações por fazer- Instituto Cervantes- São Paulo- Brasil
– 2 de Copas – Vera Cortez e Tijuana/Vermelho – Lisboa – Portugal
2009
– After Utopia – Museo Centro Pecci – Prato – Itália
– 7ª Bienal do Mercosul – Grito e Escuta – Porto Alegre – Brasil
– Dentro do Traço, Mesmo – Fundação Iberê Camargo – Porto Alegre – Brasil
– Sinais de Fumaça – CCSP – Centro Cultural São Paulo – São Paulo – Brasil
– Artérias e Capilares – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2008
– Nova Arte Nova – CCBB-RJ – Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro – Brasil
– É claro que você sabe do que estou falando? – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Verbo 2008 – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Estratégia – PAC – Plymouth Art Centre – Plymouth – Inglaterra
– Paper Trail: 15 Brazilian Artists – Allsopp Contemporary – Londres – Inglaterra
– Champs D’expériences – L’art comme expérience – Le 10neuf – Centre Régional D’art Contemporain – Montbéliard – França
2007
– Futuro do Presente – Instituto Itaú Cultural – São Paulo – Brasil
– Guitar Hero – Projeto Multiplicidades – Oi Futuro – Rio de Janeiro – Brasil
– Iberê Camargo e as Projeções de um Ateliê no Tempo – Fundação Iberê Camargo e Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) – Porto Alegre – Brasil
– Clorofortejamaica – Espaço Repercussivo – Rio de Janeiro – Brasil
– Novas Aquisições 2006/2007 – Coleção Gilberto Chateaubriand –Museu de Arte Moderna [MAM RJ] – Rio de Janeiro – Brasil
2006
– Linguagens Visuais 10 Anos – Centro de Arte Hélio Oiticica – Rio de Janeiro – Brasil
– 27ª Bienal de São Paulo – Artista convidado para colaboração no trabalho de Mabe Bethônico (Belo Horizonte) – São Paulo – Brasil
– Arquivo Geral –Centro de Arte Hélio Oiticica – Rio de Janeiro – Brasil
2005
– Amalgames –18 artistes contemporains du Brésil – Musee De L’Hotel-Die – Paris – França
– Homo Ludens: do faz de conta à vertigem – Instituto Itaú Cultural – São Paulo – Brasil
2004
– Múltiplos – Laura Marsiaj Arte Contemporânea – Rio de Janeiro – Brasil.
– Paisagens – Léo Bahia Arte Contemporânea – Belo Horizonte – Brasil
– Arquivo Geral – Paralela à 26ª Bienal de São Paulo – Jardim Botânico – Rio de Janeiro – Brasil
– Posição 2004 – Escola de Artes Visuais – Parque Lage – Rio de Janeiro – Brasil
– Figura 6 – Atelier Lívia Flores – Rio de Janeiro – Brasil
2003
– Projéteis de Arte Contemporânea [artista convidado] – Palácio Gustavo Capanema – Rio de Janeiro – Brasil
– Vice-Versa: eixo Brasília – Linha Imaginária – Espaço ECCO – Brasília – Brasil
– 9° Salão da Bahia –Museu de Arte Moderna [MAM BA] – Salvador – Brasil
– VIII Salão Nacional Victor Meirelles – Museus de Arte Contemporânea – Florianópolis – Brasil
2002
– Eduardo Costa e Lucia Laguna – Espaço Foco 153 – Rio de Janeiro – Brasil
– Salão Nacional de Arte de Goiás – Espaço Flamboyant – Goiânia – Brasil
– X Salão Paulista de Arte Contemporânea – São Paulo – Brasil
2001-2002
– Drawn Out London Print Studio – Londres – Reino Unido
2001
– 26º Salão de Arte de Ribeirão Preto – Museu de Arte de Ribeirão Preto [MARP] – Ribeirão Preto – Brasil.
2000
– Projeto Rumos Visuais– Instituto Cultural Itaú – São Paulo – Brasil
– IX Salão Paulista de Arte Contemporânea – São Paulo – Brasil
Prêmios
2014
– Plataforma Atacama. Hornitos – Chile.
– Residency Unlimited. Nova Yorq – USA.
– InSite. Mexico DF – Mexico.
2013
– Prêmio Investidor Profissional de Arte – PIPA 2013 [categoria principal] – Rio de Janeiro – Brasil
2007/2008
– International Artist Fellowship in England – Institute of Digital Art and Technology, Plymouth Art Centre & The Centre for Robotics and Intelligent Systems and Submerge.
2004
– Bolsa CNPQ – Primeiro lugar na prova de seleção para o Mestrado em Linguagens Visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ – Rio de Janeiro – Brasil
2003
– Vide Vídeo 2003- VII Festival Nacional de Cinema e Vídeo Universtário da UFRJ – 2º lugar na categoria
experimental – Jurí Técnico – Rio de Janeiro – Brasil
2002
– Sala Especial – X Salão Paulista de Arte Contemporânea – Funarte – São Paulo – Brasil
2001
– Bolsa Luiz Aranha Fundação Iberê Camargo – RS. Residência artística no London Print Studio – Reino Unido
2000
– IX Salão Paulista de Arte Contemporânea” – Prêmio Ymagos.– São Paulo – Brasil
Projetos e Residências
2021
– Ocupação – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2017
– Project HEAL Natchez – Art Exhibit and Performance Series – Natchez [MI] – EUA
Coleções Públicas
– Middlesborough Institute of Modern Art [MIMA] – Middlesborough – Inglaterra
– Círculo de Artes Plásticas de Coimbra – Coimbra – Portugal
– National Museum of Contemporary Art – Atenas – Grécia
Coleções Privadas abertas ao público
– MAR – Museu de Arte do Rio – Rio de Janeiro – Brasil
– Haudenschild Foudation, San Diego – EUA
The heart of I Am Mandala is the reconstruction of time in old age and the recuperation of the feminine through dance. Cadu and eleven elderly women who attended a ballroom dance class in Santa María la Ribera collaborated for more than two years. During this process, they generated the idea of creating a large-scale crocheted mandala that would become unwound while dancing a danzón. The design and chromatic combinations were agreed upon between the artist and the group, taking the women’s most important life experiences as references. For the artist, the mandala represents the fragmented report of the life of each of the women. A statement that positions the time they set aside for dance as a fundamental life dynamic that has given them autonomy and reframed their femininity away from established roles of grandmother, mother, and wife.
The act of dancing-unravelling became a ritual loaded with strong emotions. A performative moment in which the women staged the conclusion of an ever-closing life cycle, a quiet and contemplative goodbye. The piece consists of a video record of the dance and the unraveling of the mandala itself, together with a single replica of the mandala, which functions as a vestige of the absence, of what will, within a short time, no longer be.
Confusion is a word we have invented for an order which is not yet understood.
Henry Miller
The exhibition It’s Gonna Rain by the Brazilian artist Cadu reads like an analogue hypertext, full of looped narratives and topographical references. The works are stand-alone but they also build mutual relationships, like an experimental piece of music, in which sound is
complemented by the text, movement or object. At the periphery of these overlapping languages, a space has been created for disruption, noise and action aborts. These are all indispensable for complementing the processes set in motion during the exhibition, summoning the realness of life in the context of art, founded on the destruction and rebirth of the concept of creation. The presented works are open to other participants, engaging pent-up local potential, which they direct towards the themes that the artist himself has been exploring.
The title of the exhibition is derived from the piece of music by Steve Reich, who in 1965 achieved the effect of a mechanical loop, replaying on two reel-to-reel tape recorders the words ‘It’s gonna rain’. Formally, the piece was a precursor of electronic music. However, in the context of the apocalyptic message (the text alluded to the words of a pastor, which – in the face of the Cuba missile crisis – referred to the end of the world), the rhythmical repetition could be interpreted as an element intended to instil order, an attempt to seek harmony in a world getting out of control. Cadu’s attitude to modernist music is entirely empirical. The artist is fascinated by borderline sound and spatial forms that transcend the instrument itself. Cadu derives rhythm from the repetition of contrasts; he finds it in natural cycles and in marking out topographic and distance pointers. A childlike curiosity and experimental instinct returns in Cadu’s works in the shape of toy mechanisms, modified to suit new meanings, as well as in natural history experiments and recycled materials. Above all, however, Cadu’s art is a very personal, intimate quest and an attempt to place oneself in a relationship with the world that spans from the natural and elemental to the
technological. Remaining poised between those opposites, the artist opens himself to the experimental process with full acknowledgement of errors and failures that gives his work its force and authenticity.
Anna Smolak
Cadu (Carlos Eduardo Felix da Costa) – an artist and educator. Has received numerous
awards and residencies, including Residency Unlimited, New York (2014); InSite, Mexico
City (2014); Pipa Prize, Brazil (2013), London Print Studio (2001). At the invitation of the
Arts Council (UK) he was a visiting artist at the University of Plymouth (2008). In 2014 he
participated in the project Plataforma Atacama (Chile). Most recent individual exhibitons:
Vermelho (São Paulo), Casa de Cultura Laura Alvim and Laura Marsiaj (Rio de Janeiro), D21
(Santiago) and WU (Lima). Group exhibitions: Love and Hate to Lygia Clark – Zachęta
National Art Gallery (Warsaw), 13th Istanbul Biennale, 3rd Festival of Art and Technology
(Moscow), 30th São Paulo Biennale, Art in Brazil (Europalia Festival – Brussels), Panorama
of Brazilian Art 2011 (São Paulo) and 7th Mercosul Biennale (Porto Alegre). Cadu is working
on a post-PhD research programme at the Federal University of Rio de Janeiro. The artist is
represented by the Vermelho Gallery. Cadu lives and works in Rio de Janeiro.
En la obra de Cadu se enlazan equilibradamente la sensibilidad hacia las artes visuales, la filosofía, la música, la naturaleza, la ecología, la mecánica y el diseño. Cada proyecto de este artista, a pesar de su presencia austera y sencilla, acoge y articula la esencia de observaciones traídas de mundos diversos (tradicionales y novedosos), en los que nutre su pensamiento y sus planteamientos. En tanto, su trabajo resulta de gran actualidad y relevante por múltiples motivos, razón por la cual, entre otras menciones de significación, es uno de los artistas brasileros destacados en la 30 Bienal de Sao Paulo (septiembre-diciembre 2012).
En ese escenario, como en otros del mundo, en los que lo fundamental es elucidar el contenido y la dirección de las búsquedas contemporáneas, así como determinar los motivos y fuerzas que estructuran los planteamientos que las expresan con mayor capacidad, la obra de Cadu resulta iluminadora. A pesar de ser el trabajo de un estudioso no lo guían discursos ni teorías, sino percepciones comprehensivas e inteligentes, que sabe traducir en creaciones que tienen el encanto del juego, cuestión que atrae de manera elemental reflexiones extensas, en las que se imbrican muchos universos.
La obra de este artista permite ver enlaces y tejidos que permanecerían ocultos, al igual que sus inevitables resonancias, si el arte a través de metáforas sutiles no nos indujera a ver su fuerza. Gracias a proposiciones como las de este artista podemos ver, entre otras cuestiones y, en forma poética, que cada mínima actuación nuestra en el mundo, por descuidada e insignificante que parezca, inscribe en él una forma y contribuye a modularlo. En tal sentido, Cadu nos hace entender que la escritura y las marcas que vamos dejando por los espacios, en los que habitan y crecen muchos más seres, deberían ser, como una proposición artística, delicadas, inspiradoras y sensibles.
En una buena cantidad de casos el trabajo del artista ha consistido en diseñar, construir y poner en funcionamiento mecanismos que registran esos acontecimientos. En otras ocasiones, ha ofrecido un giro a imágenes relacionadas con el juego y el divertimento, edificando entre sus rincones y desenvolvimientos planteamientos que despejan claridades sobre la manera en que se despliegan los mundos más concretos y pesados, entre los cuales se encuentra, por supuesto, el político.
Al igual que ocurre con una buena cantidad de artistas de su generación, el valor crítico del trabajo de Cadu no opera en el territorio de la literalidad, el panfleto o la consigna hacia un determinado problema o situación, sino que por el contrario, se desempeña en campos híbridos y sin límites precisos, en los que hay una enérgico empleo de formas constructivas más abstractas, así como de poéticas finas y musicales. Su llamado se enfoca en las observaciones y los sentimientos más delicados, pero también, en los más vibrantes.
La tecnología y la mecánica por su puesto son un recurso de indiscutible importancia entre este grupo. Es así naturalmente a causa de la múltiple y creciente presencia que estas formas de conocimiento han tenido en los siglos más recientes, debido a lo cual, el aprendizaje, como el juego infantil y el juvenil, y, en tanto, la manera de aprender a ver y a deconstruir el mundo se ligan cada vez mas estrechamente a ellas. Pero también, debido a que éstas son las fuerzas que están permitiendo entender universos radicalmente nuevos, que el arte se ha aunado a comprender y expresar, y que todavía se deben desarrollar mucho más para poder descifrar otras verdades que comienzan a revelarse.
Por fortuna, en esta oportunidad, es indispensable entender en forma simultánea a la naturaleza y a la biología en todas sus expresiones, lo que incluye a la humana, aspecto que está brindando la oportunidad de reconectar potencias que se habían separado debido a interpretaciones desequilibradas y, que de paso, han permitido comenzar la revalorización de la tan criticada modernidad. Hay un encuentro conciliador en las tendencias de las ciencias y las artes contemporáneas, que también cobra vida y se expresa en el trabajo de Cadu. Éste se refleja en sus más recientes creaciones, también presentes en esta muestra.
El artista ha vuelto a considerar la pintura, que aunque abstracta está cargada de paisaje, del silencio de la naturaleza -que es sonido sutil-, de ciencia y de mecánica también. Sus trabajos del último período (la serie de pinturas Nubes de plomo- Buda de jade) ha sido realizada en paralelo a la experiencia que está nutriendo la tesis doctoral del artista en la Universidad Federal de Río de Janeiro. Su experimento reflexivo en este caso incluye el diseño y la construcción de una cabaña en un lugar aislado entre la naturaleza, en el que el artista habita 6 meses sin servicios eléctricos y sin comodidades tecnológicas, conociendo entre tanto otras dimensiones del espíritu del ser y del espacio en que se proyecta.
La creación de procesos y el seguimiento de procedimientos han estado siempre presentes, sólo que en el día a día se hacen bastante inconscientes y no estamos atentos a detectarlos. Sin embargo, hay muchos textos que reflexionan sobre los procesos diseñados para crear arte, para tomar decisiones o para analizar la propia identidad. Un buen ejemplo es el del monje jesuita Ignacio de Loyola, quien contaba la cantidad de lágrimas derramadas por sus sollozos antes, durante y después de la misa, y con esa información tomaba decisiones concernientes a pagos de la iglesia. Otro caso es el de Henri Michaux, quien en su texto “Broken Arm” (1973) relata los procesos y procedimientos usados al entrenar su brazo izquierdo para hacer todo lo que el derecho ejecutaba antes de quebrarlo y, luego, el proceso de desentrenamiento para perder las habilidades ganadas.
En los circuitos de la creatividad, entre los años sesenta y setenta del siglo pasado, los artistas comenzaron a repensar el objeto de arte, no sólo en los Estados Unidos, sino también en Europa. Así, artistas como Allighiero Boetti, Adrian Piper, Vito Acconci y Braco Dimitrijević comenzaron a crear sistemas para producir sus obras.
En el catálogo de la exposición Open Systems: Rethinking Art c. 1970, realizada en Tate Modern, Donna De Salvo describe los sistemas abiertos como “proposiciones hechas por el artista que se abren a la vulnerabilidad del mundo y sus acontecimientos”. Ahí es donde se ubica la obra de Cadu, con la salvedad que él se desliga de la autoría o de la performance del artista y se asocia a colaborar con el paisaje o con un agente externo en sus creaciones.
Cadu es un artista brasileño nacido en 1977, cuya práctica artística se enraíza en el conceptualismo y explora sistemas y procesos. Sus sistemas abiertos para crear obra se resumen en una serie de reglas a ser seguidas rigurosamente por medio de procedimientos definidos con antelación, algunas veces por el artista, otras por un robot diseñado por él o por el espectador. Todas estas reglas intentan entender el paisaje y el mundo a su alrededor, que Cadu mira de manera taxonómica, como con lupa, con una gran capacidad para detectar patrones. El artista crea entonces su obra sobre la base de la identificación de modelos o utilizándolos como datos para representarlos estéticamente o por medio del sonido.
Sus primeros trabajos se caracterizaban por la ausencia aparente de la mano del artista y sus obras no interactuaban con el público. No así los que prosiguieron, especialmente Avalancha (2009), Morse (2009) y El himno de los vencedores (2009), en los cuales el espectador participa a través de la manipulación de la obra. En estos últimos trabajos que Cadu exhibió hace unos meses en galería Vermelho en São Paulo, el espectador se convierte en performer de la obra, re-cuestionando una vez más asuntos de autoría.
Cadu crea sistemas con un punto de partida bastante definido, entregándose a la división de la autoría del trabajo con agentes externos como el sol, el viento, la humedad del aire, los nombres de las calles o la ruta que toma un auto a pila que lleva consigo el lápiz que traza el dibujo, por ejemplo. El artista crea meticulosamente las reglas del juego, abandonándose luego a los riesgos que pueda sorpresivamente enfrentar la evolución de su obra en la aventurada co-autoría, con resultados muchas veces inesperados.
En el caso de Migrations (2000/2005), Cadu discute los límites del dibujo del paisaje invitando al propio entorno a manifestarse, dividiendo la autoría con el procedimiento. Así, propone los recorridos y las reglas, pero el paisaje, las calles y el chofer del vehículo también influyeron en el resultado: un testimonio gráfico del viaje real. El artista toma cierta distancia de su propia obra poniendo énfasis en la propuesta más que en la creación del objeto de arte, formulando los patrones y las reglas del juego para impulsar un proceso en el que desaparece su mano creadora.
Algunas veces intenta dibujar lo invisible, como en su proyecto de robótica Nefelibata (2005) que, por definición del artista, consiste en “un sistema mecatrónico que permite la creación de dibujos en tiempo real, basado en lecturas sucesivas de datos relacionados con el comportamiento de las corrientes de viento del entorno en que el sistema está inserto”. Lo mismo intenta con los dibujos de patrones producidos por autitos a pila en su obra Rumos (2000), en la que lápices Bic son adheridos a la parte trasera de los autos y activados dentro de un marco de tamaño definido, así los golpes con el marco y con otros autos van definiendo la creación de la obra, que concluye cuando la tinta se acaba. Su obra Doce meses (2004/2005) llevó literalmente un año para su ejecución, tiempo en el cual manipuló el consumo eléctrico de su casa-taller para lograr que el gráfico de la cuenta de luz creara una curva prediseñada.
Aunque muchos de los procesos creados por Cadu pueden ser catalogados de altamente obsesivos, considerando la obsesión como un problema mental que se define como la “perturbación anímica producida por una idea recurrente que produce malestar y ansiedad significativos”, el artista dicta las reglas de sus propias obsesiones y está en libertad de tomarlas y dejarlas cuando lo estime conveniente, de modo que no sufre sino que disfruta de ellas. Además, en la realización de la obra Cadu no elimina la idea del riesgo y la aventura y espera ansioso los inciertos resultados visuales a los que estas le llevan, a diferencia de un obsesivo que más bien desea repetir y ritualizar ciertas acciones esperando siempre el mismo resultado.
La obra de Cadu se resume en el encuentro del artista y su entorno y entre el objeto de arte y el espectador. Comprender el paisaje es lo que dirige el proceso, y su sistema se basa en el principio de lo “inesperado”, es el “factor sorpresa” lo que desafía al artista. Es así como al establecer determinados procesos y procedimientos ha creado un cuerpo de obra que refleja su particular manera de ver el mundo.
1-En Darkness Moves: An Henri Michaux Anthology, 1927-1984.
2-?
3-Correspondencia personal con el artista.
4-En <http://es.wikipedia.org/wiki/Obsesi%C3%B3n> [acceso marzo de 2010].
Entre o intelecto e a sensibilidade, o projeto e o resultado, a regra e a aplicação, Cadu concebe e realiza sua obra. Num caminho diverso ao do subjetivismo confessional predominante na produção contemporânea, ele cria cada trabalho a partir de uma regra explícita, qual a de um jogo, cujos resultados são sempre visuais. Em seguida aplica-a, já que tem sido seu único e principal jogador.
Sua poética caracteriza-se, pois, pela subordinação da ação plástica à idéia (ou conceito) e, portanto, pela convicção de que, no caso de seu trabalho, a criação deve ocorrer no limite entre a ideação de regras e a feitura: não no fazer puro e simples.
Desse ponto de vista a investigação de Cadu pode ser remetida, numa genealogia remota, à proposição de Leonardo da Vinci sobre a pintura como coisa mental.
Entretanto seu antecedente histórico mais próximo é o da busca pela desmaterialização da obra de arte levada a cabo pelos artistas conceituais de diversos países, na passagem das décadas de sessenta para a de setenta. O mote “arte como idéia, como idéia, como idéia” cunhado por Joseph Kosuth, artista maior dessa tendência, resume bem esse projeto histórico.
A arte conceitual não nos legou, como os Ismos modernistas, objetos formalizados, com sentido auto-referente, mas idéias materializadas numa objetivação mínima. Para os conceituais o fazer era redundante, já que a criação se dava quando vinha à luz a idéia da obra. Ainda assim, para que fossem transmissíveis, seus conceitos necessitavam, é claro, da formalização, mas sua lógica obedecia antes à da comunicação de idéias e conceitos, do que à da exibição pura e simples das propriedades poéticas e estéticas da forma plástica tomada como um fim em si mesma.
Ainda que consideremos essa afinidade genealógica, é essencial aqui ressalvar que a produção de Cadu nada tem de nostálgica ou extemporânea. O que é digno de nota é que essa genealogia possibilitou-lhe situar seu trabalho na contramão da mainstream das artes, hoje voltadas para a arte política, étnica, das minorias e até àquelas poéticas pessoais, qualificadas a partir da subjetividade do artista.
Diferentemente dessas tendências, ao restringir sua ação autoral ao arbítrio de regras e ao seu cumprimento, Cadu, entrega-se ao destino que elas traçaram, mas também aos seus acasos, aos desarranjos e às falhas do sistema criado. Atua, pois, em realidade, no intervalo entre a faísca da regra e a repetição quase mecânica do fazer que dela deriva.
A essa diretriz poética de fundo, soma-se outra, nem sempre presente em todos os trabalhos. Trata-se da difícil identificação dos métodos normativos de concepção e realização utilizados pelo artista, a partir dos resultados finais que obtém.
À primeira vista muitos de seus trabalhos podem parecer estritamente formais. Do resultado gestual dos desenhos da série Passagem de Inverno (feitos com luz solar e lente sobre papel vegetal); aos do Projeto Migrações (produzidos por um pêndulo com grafite maciço na sua extremidade inferior, montado numa caixa de tal modo que o lápis tocava o centro de um papel repousado sobre uma estrutura com base de madeira, sustentada por molas, e registrava graficamente qualquer percurso feito de carro, ônibus, etc. pré-determinado pelo artista); até aos trabalhos atuais como Swiss Made, os desenhos, pinturas e objetos de Cadu podem ser remetidos formalmente aos repertórios abstracionistas e construtivistas históricos.
A aparência formal desses trabalhos oculta as regras rigorosas que lhes fizeram vir à luz. É este o maior diferencial da obra de Cadu em relação à arte conceitual. Ele não tem por meta, como seus antecedentes genealógicos, a desmaterialização da arte, mas a investigação de outros tipos de materialização, sem o concurso da subjetividade criadora, já que a formalização é feita por sistemas propostos pelo artista. É pois uma estratégia de redução do fazer criativo ao âmbito da idéia, aprofundando a cisão histórica entre arte e artesanato, esboçada no Renascimento e consolidada ao final do século XVIII.
Dentre os trabalhos apresentados nesta exposição destacam-se, a despeito da alta qualidade de todos, Swiss Made, pela novidade do resultado cromático e Nefelibata, pela complexidade tecnológica do método. Há porém uma obra que aponta para um nova maneira de produzir, ainda menos subjetiva e com resultados visuais não apenas formais, mas icônicos. Trata-se de A Lontra, título extraído de texto de Walter Benjamin, sobre reminiscências das incursões de sua infância ao zoológico de Berlim.
Da janela de Cadu vê-se ao ar livre uma escada de cimento, cuja aridez tornou –se o reino de uma velha cadela chamada Paloma. A observação cotidiana dessa cena levou o artista a perceber que “Animais confinados em cativeiro tendem a apresentar comportamentos repetitivos de fácil percepção (…) E Paloma é um bom exemplo. Uma de suas rotinas é deitar-se ao topo de uma escada e permanecer ali em vigília por horas.
Esta conduta foi observada durante um longo período até o momento da interseção entre dois ciclos distintos, seu fechado sistema de hábitos e uma chuva repentina, que possibilitaram a gravação de seu contorno sobre o chão. Um desenho efêmero sobre sua finitude (memento mori) e a de tudo o mais ao seu redor.”
O intervalo entre o sistema Paloma e a casualidade da chuva permitiu a realização de três fotografias: a da cadela deitada, a de sua saída do topo da escada e, finalmente, a do registro da marca de seu corpo seco no campo úmido demarcado pela chuva.
No entanto há aqui duas novidades. O sistema parte dos hábitos e do comportamento de Paloma e não mais pelo que é proposto pelo artista. Além disso sua visualização só é possível graças à imagem técnica da fotografia. Mas o que talvez mais surpreenda nesta transformação é como ela deixa intacto o núcleo poético da obra de Cadu. Do “fechado sistema de hábitos” de Paloma, tão fechado quanto as regras de ação situadas à raiz de todos os trabalhos do artista, “à chuva repentina”, fruto do acaso, nasceram não só estas imagens enigmáticas como o conjunto de seu trabalho.
Nada parece aproximar o trabalho de Cadu do de Lúcia laguna. Se o primeiro é gráfico, preto e branco, gestual, isto é, investiga a temporização do espaço, o segundo é pictórico, em cores e pensado, quer dizer, pesquisa a espacialização do tempo. No entanto essas oposições resultam de uma visão unilateral destes trabalhos. Tantas são as questões que os separam, quanto as que os aproximam. Sua principal afinidade, no entanto, é a de discutirem uma mesma e ancestral questão da arte, a paisagem, ainda que lançando mão de meios muito diversos e obtendo resultados visuais quase opostos. Esse interesse comum de Eduardo e Lúcia impregna o espaço agora por eles partilhado e, com isto, empresta sentido ao seu provisório encontro num único espaço.
O título dado por Lúcia laguna ao conjunto de pinturas desta série, Entre a Linha Vermelha e a Linha Amarela, não deixa dúvidas. Indica-nos que estes trabalhos têm origem na vista descortinada de sua casa em São Francisco Xavier, próximo à Tijuca: ao fundo o morro da Mangueira, antes dele os edifícios, telhados, um trecho da Linha Vermelha, atrás, invisível, mas presente, a Linha Amarela. No entanto Lúcia não toma a paisagem enquadrada pelas janelas de sua casa como um modelo naturalista. Ela a perscruta por meio de seu olhar atento e observador, mas poético. Lenta e por vezes velozmente desloca-se por sobre telhados, prédios e espaços e parte para um sobrevoo onde nada mais parece demovê-la.
Percebe-se que nada em sua pintura é arbitrário, isto é, o acaso, ali, não se dá por meio de meros jogos combinatórios ou permutáveis, tão frequentes na pintura. Ela o exerce (o acaso) para poder apontar, encaixar, permitindo que se possa entrever certas arestas e vestígios de suas indecisões anteriores assumidas como uma questão importante para a ordem sensível dos trabalhos. Por isso nas pinturas de Lúcia Laguna partes parecem se afastar, quase ilusoriamente, através de passagens no interior destes espaços, nichos, ou se aproximar pelas densas camadas cromáticas de uma materialidade essencial da pintura. E, como num julgamento, tudo vai sendo aos poucos ocupado ou desocupado, removido ou trazido de volta, resgates onde ela quer ser a mais justa, a mais implacável possível, na sua relação com os elementos envolvidos nesses processos.
Apesar da predominância linear horizontal (listras, retângulos e demais elementos geométricos) necessária para preservar o espaço ocidental consagrado à paisagem, estes trabalhos evocam o rigor da abstração informal e podem ser a ela genealogicamente remetidos: o modo como são engendrados os problemas, intencionalmente, mas com surpresas; as possibilidades de solução pelo tratamento expressivo; a estruturação do espaço feita a partir de algumas diretrizes prévias, mas centrada no processo. Entre a linha vermelha e a linha amarela produz-se o hiato necessário para a mediação poética entre a paisagem urbana real e concreta, e as paisagens somente pictóricas pacientemente trabalhadas por Lúcia Laguna.
Para o projeto Migrações Cadu criou um sistema mecânico que registra as vibrações provocadas pelas irregularidades do calçamento das ruas ao longo de percursos pré-determinados. Semelhante a um sismógrafo este aparelho pode ser, por exemplo, instalado no interior do porta-malas de um automóvel, embora já tenha sido também usado em outros meios de transporte (como ônibus, trens, barcos) de diversas cidades. Presa à tampa do porta-malas, conforme declaração do próprio artista “pende uma peça composta por uma pequena base de madeira e uma única mola, prolongada em uma de suas extremidades por um tubo oco de alumínio, que abriga, em seu interior, um lápis em grafite maciço. Esse lápis toca o centro de um papel repousado sobre a primeira estrutura”. Durante o deslocamento do veículo o lápis vibra e grafa, por acúmulo, no centro de um mesmo papel colocado na base do porta-malas, o tempo transcorrido em trajetos que vão de 100 a 1000 Km.
O resultado aleatório dos registros, independente da vontade e do gesto artístico de Eduardo, parece por um lado não combinar com a precisão que nossa cultura técnica espera de um aparelho, por outro lado, os grafismos que dele resultam, sugerem a expressão poética de um sujeito que, ausente da produção efetiva dos desenhos, na qual é substituído por um mecanismo, restringe-se à autoria da idéia. Como se agindo entre a farsa e a verdade, entre a subjetividade e o mecanismo, Cadu permitisse a emergência de aspectos inexoráveis do desenho tanto em seu aspecto autográfico, como no diagramático e no conceitual.
Ao utilizar meios emprestados de outras disciplinas, como o seu método de registro estatístico, e agentes extra-artísticos, tais como o percurso de diversos meios de transporte, o artista confronta-nos, aqui, com padrões a respeito dos quais não temos referências ou parâmetros anteriores. Mas se o desenho é uma forma de escrita cujos instrumentos são linhas, marcas e espaço, reconhecemos nestes resultados seu ato essencial. Metáforas do espaço e do tempo, os gráficos criados por Eduardo Costa ampliam o campo de possibilidades da paisagem na arte contemporânea.