This is not a love song é uma reflexão sobre a ruína social, filosófica e política de valores e convenções nos dias atuais. A partir de análises sobre a realidade contemporânea, abordagens e leituras idílicas ou idealistas nos pareciam impossíveis. Estamos em um momento oportuno a instaurar a questão de Espaço Crítico, descrito com muita propriedade por Virilio. Mesmo em tempos de paz aparente nos armamos como críticos. Os trabalhos, aqui propostos, nasceram do exame e do questionamento do nosso tipo de vida e do exercício das possíveis alternativas viáveis para ela.
Ocupamos a casa de número 362 da Rua Minas Gerais pela ativação do espaço de maneira instalativa. De tal forma que, através da coexistência dos trabalhos e dos participantes, um ambiente fluido pudesse ser construído. Toda ação foi tecida com a condição da imprevisibilidade. Nos valemos de um espaço absolutamente comum de uma casa, que fornece matéria para uma recepção coletiva, para criar um campo de discussão, reflexão, ação e produção.
O processo de construção da mostra se deu a partir de encontros semanais onde discutimos projetos e estratégias artísticas aplicadas ao cotidiano. Decorrente destas discussões construímos um mesmo vocabulário conceitual visando proporcionar diálogos entre os trabalhos, além de novas parcerias. Aquele “exercício experimental da liberdade”, evocado pelo crítico de arte Mário Pedrosa (1900-1981) – síntese da arte brasileira do pós-guerra –, não consiste apenas na criação das obras mas na iniciativa de assumir o experimental.
Neste contexto de um espaço-tempo transtornado, tentamos trabalhar a urgência da consciência como representação que transcende o campo das meras imagens produzidas e explora diversas possibilidades sensíveis e críticas de dialogar com aquilo que acontece ao nosso entorno.
Julia Rodrigues
Outubro de 2006
This is not a love song é uma reflexão sobre a ruína social, filosófica e política de valores e convenções nos dias atuais. A partir de análises sobre a realidade contemporânea, abordagens e leituras idílicas ou idealistas nos pareciam impossíveis. Estamos em um momento oportuno a instaurar a questão de Espaço Crítico, descrito com muita propriedade por Virilio. Mesmo em tempos de paz aparente nos armamos como críticos. Os trabalhos, aqui propostos, nasceram do exame e do questionamento do nosso tipo de vida e do exercício das possíveis alternativas viáveis para ela.
Ocupamos a casa de número 362 da Rua Minas Gerais pela ativação do espaço de maneira instalativa. De tal forma que, através da coexistência dos trabalhos e dos participantes, um ambiente fluido pudesse ser construído. Toda ação foi tecida com a condição da imprevisibilidade. Nos valemos de um espaço absolutamente comum de uma casa, que fornece matéria para uma recepção coletiva, para criar um campo de discussão, reflexão, ação e produção.
O processo de construção da mostra se deu a partir de encontros semanais onde discutimos projetos e estratégias artísticas aplicadas ao cotidiano. Decorrente destas discussões construímos um mesmo vocabulário conceitual visando proporcionar diálogos entre os trabalhos, além de novas parcerias. Aquele “exercício experimental da liberdade”, evocado pelo crítico de arte Mário Pedrosa (1900-1981) – síntese da arte brasileira do pós-guerra –, não consiste apenas na criação das obras mas na iniciativa de assumir o experimental.
Neste contexto de um espaço-tempo transtornado, tentamos trabalhar a urgência da consciência como representação que transcende o campo das meras imagens produzidas e explora diversas possibilidades sensíveis e críticas de dialogar com aquilo que acontece ao nosso entorno.
Julia Rodrigues
Outubro de 2006