Verbo 2022
Mostra de Performance Arte (16ª edição)
A Verbo retornou em 2022 em novo formato, após o hiato de dois anos imposto pela pandemia. A mostra aconteceu nos dias 27, 28, 29 e 30 de julho na Vermelho (São Paulo, SP), e continuou no Chão SLZ (São Luís, MA), nos dias 11 e 12 de agosto.
Programa apresentado na Vermelho:
27/07
10h – 22h30 – Programa de vídeos
20h – 22h30 – Depois do Fim da Arte – Darqueruim Comuna (Banca)
20h – 22h30 – Marcel Diogo – Nem tudo que vai prá parede é obra de arte (Fachada)
20h – Tieta Macau – Rezos pra rasgar o mundo (Sala 3)
21h – Luisa Callegari, Guilherme Peters e Sansa Rope – Cadafalso (Sala 1)
28/07
10h – 22h30 – Programa de vídeos
20h – 22h30 – Depois do Fim da Arte – Darqueruim Comuna (Banca)
20h – Carla Zaccagnini – O presente, amanhã
(Sala 2)
20h30 – Elilson – 123 ponteiros (Sala 3)
21h30 – Jamile Cazumbá – Um ritual-recital-performático III (Sala 1)
29/07
10h – 22h30 – Programa de vídeos
20h – 22h30 – Depois do Fim da Arte – Darqueruim Comuna (Banca)
20h – 22h30 – Marcel Diogo – Apagamento
(Sala 2)
20h – 22h30 – T.F. Cia de Danc_̧a – Zona Cinzenta (Sala 1)
21h – Paola Ribeiro – Fagia (Sala 3)
30/07
11h – 17h – programação contínua de vídeos
Programação de ações no Chão SLZ:
11/08
19h – 22h – Programa de vídeos
19h – Valentina D’Avenia – O pornô ético: O que se faz a partir do sexo e das emoções. Conversa aberta ao público.
20h30 – Áurea Maranhão – Argila
12/08
19h – 22h – Programa de vídeos
19h30 – André Vargas (obra em processo)
21h – Coletivo #Joyces – Toada – Retomada (2022)
As artistas Jamile Cazumbá e Tieta Macau participam da 16a Verbo com apoio da coleção moraes-barbosa.
Apoio: Casa do Sereio e Jabuticaba restaurante.
Abiniel João do Nascimento (Carpina, PE)
Alexandre Silveira e Ticiano Monteiro (Campinas, SP)
Alejandro Ahmed e Grupo Cena 11 (Florianópolis, SC)
Amanda Maciel Antunes (Salto de Pirapora, SP)
André Vargas (Cabo Frio, RJ)
Áurea Maranhão (São Luís, MA)
Bianca Turner (São Paulo, SP)
Carla Zaccagnini (Malmö, Suécia)
Coletivo #Joyces (Belo Horizonte, MG e São Luís, MA, Brasil)
Davi Pontes & Wallace Ferreira (Rio de Janeiro, RJ)
Depois do Fim da Arte (São Paulo, SP)
Elilson (São Paulo, SP)
Guilherme Peters (São Paulo, SP)
Htadhirua (Ananindeua, PA)
Jamile Cazumbá (Salvador, BA)
Javier Velázquez Cabrero & David April (Cidade do México, México; Johanesburgo, África do Sul)
Jorge Feitosa (Porto Velho, RO)
Jota Ramos (Porto Alegre, RS)
Julha Franz (Porto Alegre, RS)
Lígia Villaron, Natália Beserra, Morilu Augusto – grupo teia (Campinas, São Paulo)
Luisa Callegari, Guilherme Peters e Sansa Rope (São Paulo, SP)
Marcel Diogo (Contagem, MG)
Marcos Martins (Vitória, ES)
Maria Macêdo (Crato, CE)
Massuelen Cristina (Sabará, MG)
Nathalia Favaro e Ochai Ogaba (São Paulo, SP; Kaduna, Nigéria)
Nina Cavalcanti (Berlim, Alemanha)
No barraco da Constância tem! (Fortaleza, CE)
Padmateo (Salvador, BA)
Paola Ribeiro (São Paulo, SP)
Sabrina Morelos (Cidade do México, México)
Sebastião Netto (Marabá, PA)
T.F. Cia de Dança (São Paulo, SP)
Thales Ferreira e Isadora Lobo (Rio de Janeiro, RJ)
The Mainline Group – Lena Kilina & Sofya Chibisguleva (SP, Brasil, e Moscou, Rússia)
Tieta Macau (Fortaleza, CE)
Uarê Erremays (São Paulo, SP)
2021
11’50”
Vídeo
Roteiro, direção e montagem: Abiniel João Nascimento
Produção: Gabriela Monteiro
Direção de fotografia: Mitsy Queiroz
Assistente de direção: Karuá Tapuya-Tarairiú
Direção de som: Priscila Nascimento
Direção de arte: Ziel Karapotó Elenco: Abiniel João Nascimento, Priscila Nascimento, Wilemberg Guerra e Ziel Karapotó
Araçá é partícula de tempo
Na escuridão tudo é engolido? Na distração dos olhos, o que não conseguimos ver? Na atenção à integração dos sentidos é possível mapear o ponto cego da presença?
Grupo Cena 11 desenvolve e compartilha ferramentas técnicas fundamentadas nas relações entre corpo, ambiente, sujeito e objeto como variáveis de um mesmo sistema vivo que existe enquanto dança. Seus projetos de pesquisa e formação confluem teoria e prática no entendimento de dança e atravessam as definições de corpo tratando tecnologia como extensão e expansão do corpo propriamente dito. A Companhia, dirigida por Alejandro Ahmed, surgiu e é radicada na cidade de Florianópolis – SC e atua desde 1995 na produção artística de dança tendo se tornado referência nacional e internacional da área. Um núcleo de criação com formação em várias áreas compõe a base para uma produção artística em que a ideia precisa ganhar expansão num corpo e se organizar como dança. O grupo propõe através de um elenco estável a organização coletiva através das singularidades do elenco.
Instalação sonora
Criação, coreografia e performance (Creation, Choreography and Performance): Alejandro Ahmed, Aline Blasius, Bianca Vieira, João Peralta, Karin Serafin, Kitty Katt, Luana Leite, Malu Rabelo, Natascha Zacheo
Operação e Criações em vídeo e som (Sound and Video Operation and Creation): Alejandro Ahmed e João Peralta
Direção de Produção (Technical Direction): Karin Serafin
Assistência de Produção (Production Assistant): Malu Rabelo
Assistência de direção de movimento (Movement Direction Assistant): Aline Blasius
Assistência cenotécnica (Sceno Technical Assistance): Adilso Machado
Equipe de Produção, mídias sociais e Projeto (Social Media, Project, and Production team): Aline Blasius, Bianca Vieira, Kitty Katt, Luana Leite, e Natascha Zacheo
Peças Gráficas (Graphic Pieces): Luana Leite
Fotografias (Photos): Cristiano Prim e Karin Serafin
Tradução (Translation): Kitty Katt e Marcos Morgado
Preparação técnica (Technical Preparation): Aline Blasius, Kitty Katt e Alejandro Ahmed
Desenvolvimento técnico-artístico para Matéria Escura 2019/2020 e Teaser para Futuro Fantasma 2020 (Technical- artistic development in Dark Matter 2019/2020 and Teaser for Phantom Future 2020): Hedra Rockenback
Criação e programação de objetos, instrumentos, e mecanismos para “Matéria Escura”: Diego de los Campos
Textos (Texts): Grupo Cena 11
Interlocução técnico – artística para criação de vídeos “Matéria Escura” (Technical – artistic dialogue for creating videos for “Dark Matter”: PACT-UFSC (João Peralta, Rodrigo Garcez, Thiago R. Passos ).
Operação de câmera “Matéria Escura”(“Dark Matter” Camera operation): Karin Serafin e João Peralta
Operações de drone (Drone operation): Alex Costa
Co-produção (Coproduction): Mousonturm, Tanzhaus NRW, PANORAMA RAFT, Instituto Goethe, Gabi Gonçalves, Corpo Rastreado – São Paulo, Something Great – Berlin.
Apoio (Support): Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura ⁄ Edição 2019. Departamento de Artes – Universidade Federal de Santa Catarina (ART/CCE/UFSC)
Agradecimentos (Thanks to): Adélia Aurora, Ana Lucia Rodrigues, Andrea Druck, Aurora Khan, Aya Nishimuta, Bartolomeu, Batman, Binha, Breu K. Katt, Bruno Bez, Cassiana Kerber, Caio Matienzo, Candy, Cecília Blasius, Chewie, Cristina Schmitt, Eveline Orth, Fabiana Dultra Britto, Florentina, Francisco J. Peralta, Gabriel Guedert, Gatite, Gianca Piccolotto, Gizely Cesconetto, Héctor Lamela, Hedra Rockenbach, Íris, Jamile de Souza Santos, Khaninanas Cobras, LABLUZ/UFSC, Ludovico, Luiz Falcão, Luiz Felipe Guimarães Soares, Maki, Marcos Klann, Marcos Morgado, Mateus Ramos de Melo, Maurício Pires Marin, Muha, Murilo Brogim Leal, Neltair Piccolotto, Nina, Norma Adó, Pedro Mello e Cruz, Rodrigo Garcez, Theo Gomes, Thiago R. Passos, Vanderlúcio Cunha.
Concepção, Direção e Coreografia (Conception, Artistic Direction and Choreography): Alejandro Ahmed.
Em PRIVATE: Wear a Mask When You Talk to Me (2016), Alexandra Bachzetsis investiga como gênero e identidade sexual são fabricados por meio de gestos corporais e de rituais de repetição.
Alexandra Bachzetsis [1974, Zurique] é coreógrafa e artista visual residente em Zurique. Desde o iniciou de sua carreira, já atuou de forma colaborativa com grupos como o Sasha Waltz & Guest (Berlim), e Les Ballets C. de la B. (Gent). Participou de festivais de dança, exposições em todo o mundo, incluindo o Kunsthalle Basel (Basiléia, 2008), o Stedelijk Museum (Amsterdam, 2013 e 2015), e a Tate Modern (Londres, 2014). Intedrou também da 5ª Bienal de Berlim (2008), da (d)OCUMENTA 13 (Kassel, 2012), e da Bienal de Imagens em Movimento (Genebra, 2014).
«PRIVATE» integra o programa estendido da Verbo 2022.
Segue texto curatorial de Paul B. Preciado:
No final dos anos sessenta, Trisha Brown criou uma série de peças dedicadas à exploração de movimentos e comportamentos cotidianos. Para desnaturalizar a relação do bailarino com o público com os usos cotidianos do corpo, Brown decidiu apresentar o movimento sobre uma parede vertical, desafiando a gravidade por meio de roldanas e cordas. Deslocado para um plano vertical, movimentos comuns foram vistos pela primeira vez como um gesto altamente encenado, quase uma performance individual virtuosa de um guia cultural normativo encarnado.
A crítica diria que o solo de Alexandra Bachzetsis, PRIVATE: Use uma máscara quando falar comigo, poderia ser considerado uma espécie de “ferramenta”, onde o objeto de exploração é a forma como os comportamentos cotidianos de gênero e identidade sexual são reproduzidos. Apresentando a tradição coreográfica de Brown no mundo da cultura pop global tecno-barroca, PRIVATE constitui um comentário não solicitado de 53 minutos sobre como gênero e desejo sexual são fabricados através da repetição ritualizada de gestos corporais dentro do regime neoliberal.
PRIVATE apresenta coreografias de drag queen orientais, ioga e exercícios de ginástica que se transformam em poses de futebol e de pornografia, movimentos de registro de práticas teatrais para publicidade, e a repetição de rituais de Michael Jackson por adolescentes. É Trisha Brown em transição para Rembetiko com uma voz solitária lutando para sobreviver aos teatros sociais da identidade nacional e de gênero.
No entanto, PRIVATE não mobiliza as técnicas de paródia que foram desenvolvidas nas culturas feminista e queer nos últimos anos. Não pretende representar o processo de encarnação das normas de gênero e sexuais, mas explora as instâncias de fracasso performativo e transição interna que permitem o surgimento da ação e da resistência. Quanta história de disciplina e dissidência se pode encapsular em um único gesto? A memória de corpos subordinados que foram enterrados sob códigos hegemônicos pode ser ativada pelo movimento?
Eu diria: ouço sua voz cantando para mim quando meu próprio corpo cai no vazio das anotações culturais de gênero. Sua voz, exausta depois de lutar contra códigos de gênero normalizados, me lembra que o vazio representa a oportunidade de ação e de sobrevivência. PRIVATE é um hino atemporal de transições. Uma anotação de seu desenvolvimento interior, mas também um esboço de luto acerca das possibilidades que antes estavam abertas, mas não podem mais ser realizadas. Afinal, essa dança não é sobre performatividade normativa de gênero, mas sobre a energia somática que nos permite introduzir momentos do que Jacques Derrida chamou de “anarquia improvisada” para interromper a História e gerar mudança cultural e transformação política.
2021
6’13’’
Vídeo
Um corpo sai da inação e aos círculos e espirais ganha o ar. O estado meditativo em formação e a atenção natural do corpo. A ação do corpo materializa a não-ação da mente. Trabalho realizado a partir de uma residência artística em um mosteiro Zen Budista em Ibiraçu no Espírito Santo.
2021
9’ 19”
Video
1 canal
16:9
estéreo
cor
O tempo suspenso lá fora; a rotina remota dentro dos lares; perdemos a conexão com um futuro possível. A vivência com o mundo externo, os acontecimentos, passaram a ser mediados pelos dispositivos. O outono chegando à casa, assim, me resigno ao tempo e me diluo pelo chão de folhas.
2020-2021
23’
Filme
Ação, Direção e Produção: Amanda Maciel Antunes
Cinematografia: Amanda Maciel Antunes e Sonia Hernandez
Composição Musical: Philip DuPertuis
Ação realizada durante 365 dias; 1,095 horas, de 15 de março de 2020 a 15 de março de 2021.
Performance carried out for 365 days; 1,095 hours, from March 15, 2020 to March 15, 2021.
Este filme é o retrato de uma ação de resistência, um apelo à intenção da memória e à quietude. Passei 365 dias subindo e descendo uma montanha com um pedaço de pano, um gravador de áudio, um celular, um GoPro, linhas de costura e agulha. O texto em forma de poesia era escrito durante a caminhada, e costurado a mão ao chegar no cume. A trilha está localizada na mais antiga montanha da Cordilheira de San Gabriel, na Califórnia.
2022
Performance
Obra criada a partir da residência em Alcantara(MA), na Casa do Sereio, em agosto de 2022.
Dentro de qualquer tipo de reino, domínio, ou desejo de dominação, existe a contingência da ruína em potência de autodestruição. Essa relação é tão intrínseca que as palavras “reino” e “ruína” são quase a mesma. Na história de nossa constituição como nação, muitos são os escombros que contam sobre a presença do desamparo colonial e ainda muito outros escombros existenciais nos revelam que a existência de uma ideia de nobreza detona as estruturas de nossas identidades. Em Alcântara – MA conheci as ruinas da expectativa pela chegada da família real e me pus a compreender os danos dessa relação em outros territórios, incluindo o meu próprio corpo, com tinta e carimbo de uma oficialidade sanguínea.
2022
Performance
Nessa ação recorrente, Vargas ocupa os espaços das ruas, demarcando as ambiguidades dessa frase na pele ressequida das cidades.
2021-2022
Performance
Com Áurea Maranhão
Preparador Corporal Luty Barteix
Figurino e produção Amanda Travassos
Percussão Valda Lino
Making of Keyci Martins
Luz Luty Barteix
Uma mulher vai nascer, vai construir seu próprio corpo, vai moldar suas formas, vai reinventar seus passos numa tentativa de construir uma nova existência, uma nova possibilidade ser… em processo.
2021
11’
Vídeo
Full HD
Dirigido, filmado e performado por Bianca Turner
As diversas linhas de demarcação do Tratado de Tordesilhas são traçadas sobre o corpo feminino, questionando a noção de Terra e Posse, tanto na invasão européia como na lógica estrutural do patriarcado: “Como pode um território/ corpo ser dividido, pertencido e nomeado antes de ser encontrado?”
2018
35’
Palestra performance
Carla Zaccagnini (Malmö, Suécia)
Comissionada por Kadist Foundation
Usando o formato da conferência, “O presente, amanhã” conta uma série de histórias que conectam o Brasil moderno a seu passado colonial por meio da figura do traidor. Histórias de cabeças cortadas e olhos perfurados.
Carla Zaccagnini (Buenos Aires, Argentina, 1973. Vive em São Paulo, Brasil, e Malmö, Suécia) é artista plástica, professora de Práticas Conceituais e Contextuais na Royal Danish Academy of Fine Arts e curadora convidada da 34ª Bienal de São Paulo.
2022
Ação performática que entoa um canto para o futuro. Voz que abre caminhos para a vida após uma suspensão. Sonoridades em trânsito aberta à participação.
2021
32’
Filme
Direção: Davi Pontes e Wallace Ferreira
Câmera e edição: Matheus Freitas
Trilha Musical e Sound Design: PODESERDESLIGADO
Voz: Davi Pontes
3D: Gabriel Junqueira
Som: Nuno Q Ramalho
Direção de Arte e luz: Iagor Peres
Styling: Iah Bahia
Produção de Set: Idra Maria Mamba Negra
Apoio de Set: Gabe Arnaudin
Obra comissionada pelo Programa Pivô Satélite, 2021
Em busca de uma coreografia que não solicite os pilares ontoepistemológicos, os artistas se aproximam do pensamento da artista e filósofa Denise Ferreira da Silva para pensar um filme sem o fantasma da linearidade. O efeito é uma obra experimental, no qual utilizam os mesmos procedimentos que elaboram suas coreografias, uma série de ações que lidam com a incerteza, a desordem e o provisório para pensar uma ética fora do tempo para vidas negras.
2022
3 dias
Performance criada e apresentada na banca localizada no pátio da Vermelho.
Em uma ação desenvolvida em três dias, o grupo Depois do Fim da Arte, discute a relação entre privado e público e a responsabilidade social do artista, como parte do projeto de ocupação da banca da Galeria Vermelho.
2022
Duração: 60 min
Performance
Concatenando memória oral, produção serigráfica, arte postal e arte correio, a ação tem como intuito promover uma rede de contação de histórias sobre o Juquery, a colônia psiquiátrica localizada no município de Franco da Rocha (São Paulo), que teve o serviço de internação de permanência desativado no início de 2021, após 123 anos de funcionamento ininterrupto. O número 123, além de se referir a esse marco temporal, indica a quantidade de pessoas que receberam telefonemas, mensagens de voz ou que foram abordadas nas ruas de Franco da Rocha para partilhar ou ouvir memórias sobre o Juquery, como se cada participante fosse um ponteiro mobilizador da História sempre em curso. A frase “Esses ponteiros, como a vida, fluem, ainda que pareçam parados”, tradução da inscrição em latim gravada na Torre-relógio central do Juquery, foi o mote das conversas. Enquanto descreve as conversas e agrupa as falas das pessoas interlocutoras, o artista sugere que escuta e existência são noções correlatas.
2021
16’42
Vídeo cor e som
Realizado em março de 2020 durante o período de confinamento o vídeo, uma aula sobre o papel da aquarela na colonização do Brasil, é ministrada ao personagem fictício Zé Carioca, desenvolvido no começo da década de 1940 pelos estúdios Walt Disney. A aula busca explorar mitos que permeiam a formação do Brasil e evidenciam como as primeiras representações do território brasileiro potencializam ainda mais esses mitos – que hoje são atualizados em um processo de colonização que acontece principalmente online, através de cruzamentos de dados gerados através de ferramentas como redes sociais, e dispositivos de comunicação.
2020
3’14’’
Vídeo, som e cor
Direção, edição, câmera, intérprete, texto e voz Htadhirua
Apoio Lúcia Helena
Eu bem sei em quem tenho crido, e tenho me tornado fiel à mim. a dor do outro já não me penetra, e tenho conseguido revidar com beleza o medo disfarçado em ódio gratuito ao meu corpo; separei certinho o que é meu e o que era deles. Agora só quero correção monetária desses crimes. “a b e r r a s s a u m” é o 1° episódio da série de Vídeoarte DIXXTRAVA produzida como fruto de tecnologias criadas para força de colocação e vida travesti.
2022
Duração: 60 min
Performance
Apoio: coleção moraes-barbosa
Ritual recital performático III é um conjunto de ações apresentadas através do desenho, do corpo e da palavra nas quais a expressão de um corpo preto-pêndulo oscila entre a possibilidade de não mais existir em contraponto à leveza da possibilidade da presença. Ritual recital performático III é também uma ação de conversão, onde os gráficos de morte se transformam em gráficos de vida: meu corpo-gráfico, minha língua-gráfico, meu desenho-gráfico.
2020-2021
Design de som: João Renato Orecchia
Câmera: Zen Marie
Homem de som: Neo Peterson
Pós-produção: Campxe films & Javier Velazquez Cabrero
Consultor de dança espanhola: Lina Ravines
Financiado por Ayudas a las Artes Visuales de la Comunidad de Madrid
Com o apoio de Nirox Foundation
Agradecimentos especiais para Benji Liebmann & Marta Moriarty
Um dançarino urbano conduz uma conversa corporal sobre identidade, gestualidade e ancestralidade com um experiente ativista de dança, coreógrafo e educador de Joanesburgo. Este diálogo se traduz em uma coreografia que encena a comunhão das paisagens gestuais de ambos criadores. Um conjunto de elementos de danças tradicionais do sul da África (Indlamu -dança Zulu- ou Setapa -dança Tswana-), e da Espanha, com elementos do flamenco e street dance.
2016
17’
Vídeo cor e som
Criação e performance Jorge Feitosa
Corpo Ocupa Espaço Diminuto I é um vídeo-performance apresentado em loop, onde habito as águas de uma piscina vestido de terno e sapato. Testo os limites da relação entre corpo e espaço físico, pensando a partir de corpos em seus ambientes corporativos.
2022
13’57
Registro de Performance
Uma encruzilhada representa a conexão entre dois pontos diferentes ou o ponto crítico em que uma decisão deve ser tomada. O caminho é longo e requer força e coragem para descruzar os caminhos que ainda não se abrem. Boyzebu é uma unidade elementar da existência humana encontrando seu próprio ritmo; éambiguidade e pluralidade de sentimentos de um corpo controverso que desconstrói a cada passo a demonização de uma imagem estereotipada. A (trans)formação é complexa, circular e infinita.
2022
1’28”
Vídeo, cor e som
“Brado Retumbante” denuncia a americanização e brinca com as noções de pátria e identidade. In drag, a artista canta a capela uma tradução livre do hino brasileiro em inglês.
2020
3’16”
videoperformance by Julha Franz
(A)LIVE é uma performance criada para live no Instagram durante a pandemia, empregando um filtro disponível na plataforma e maquiagem corporal. Durante 1 hora, a artista pulsa a boca a partir do ritmo de batimentos cardíacos, criando sensações que transitam entre fôlego e asfixia, gerando distorções corporais na própria imagem.
2020
1’43”
Videoperformance de Julha Franz
Música Belly and the Beast by Gazelle Twin
2020
Vídeo interativo
“10 estudos para uma Vídeodança interativa” surge do encontro entre dança e mídias digitais. O projeto investiga as possibilidades interativas no campo da Vídeodança e a relação do corpo com os dispositivos móveis. A obra é estruturada em dez pequenos estudos que propõem diferentes formas de interação e exploram diferentes aspectos da dança e suas possibilidades de corpo, convidando o espectador a ter uma postura ativa na criação da narrativa atraves do toque na tela.
2022
60’
Performance
Figurino: Maíra Mesquita
Luz: João Rios
Cadafalso é o palanque sobre qual se realizam atos públicos de execução ou cerimônias solenes. A performance apresenta uma tentativa de diálogo entre dois personagens construídos a partir de referências históricos. Ao longo do trabalho, a fala se transforma em ruído e culmina em um conflito violento, intermediado por uma terceira entidade que gera restrições físicas através do shibari.
Um corpo, mesmo dentro de uma galeria sob o status da obra de arte, ainda é um corpo. Como em abordagens policiais, os corpos estão encostados na parede com as mãos erguidas, uma imagem comum nas periferias dos grandes centros urbanos. Essa condição corpórea possibilita reflexões sobre diversos pré-conceitos, tanto do corpo quanto dos objetos de arte.
2022
Um corpo coberto por papel branco, deixando apenas um pé negro visível, propõe refletir criticamente sobre políticas de embranquecimento que fundamentaram a república brasileira. As políticas eugenistas de embranquecimento operam para “sufocar” não apenas os “traços”, mas, fatalmente, as pessoas negras em si.
2016
5’46”
Vídeo-performance, cor e som
Imagens Gabriela Sacchetto e Rafinha
Edição Regis Ramos
Stills Camila Huhn
O corpo encharcado, espelhado d’águas. Em pé, mira o horizonte e assume-se junto ao muro e ao mar, território sensível ajuntado às ventanias que sopram arregaçando os sonhos para além dos horizontes e desejos, lá onde o olhar naufraga vadio, resistindo aos fragmentos e inteirezas que só se vê e ausculta por detrás dos muros. E vendo, transpõe geografias, compõe existências, casa.
2016
6’16”
Vídeo, som e cor
Captação fotográfica: Jaque Rodrigues
Captação audiovisual: Eliana Amorim e Jaque Rodrigues
Edição: Francisco Luiz
Sonorização: Alda Maria e Diego Souza
Montagem: Maria Macêdo
Fertilizar imagens é antes de tudo observar as mortes e renascenças diárias. Vivenciar a desertificação da terra junto do corpo. Ouvir de muito perto forrageira gigante da urbanização quase moendo os dedos. Parei de contar as timbaúbas que foram tombadas nos últimos tempos, mas guardei as sementes que vão nos vingar. Como amaldiçoar os projetos falidos de modernidade e dançar a vida sobre a terra que pisamos?
2020
4’48”
Vídeo/Experimental
Produção Coletivo Corporeidade
Fotografia Vitú de Souza
Trilha Sonora Vitú de Souza
Edição/Montagem Massuelen Cristina e Kaio B
Performance que vem celebrar o feminino, plural e ancestral. A busca e o medo que permeiam nossos corpos marcados de prazer e dor. As movimentações do tempo que nos atravessa; tempo onde mergulho no meu desajuste inconsciente e que me traz de volta do fundo onde traço formas de ser e estar nesse mundo. Assim me torno água onde escrevo minhas vivências, perpasso e reflito por outros corpos como cobra coral.
2021
3’56’’
Videoarte/Experimental
Durante os ritos comuns a Exú é comum o Padé, ritual de oferenda. A obra conta com uma série de fotos e videoperformance que emprega a dança e a oferta de velas ao Orixá como forma de encontro e homenagem que readapta a tradição fazendo seu rito de oferenda de corpo e arte para Exú de uma forma atual e afetiva.
2020
9’
vídeo
Faço uma bola de neve com as mãos e caminho com essa bola pela neve até ela aumentar de tamanho e eu não conseguir movê-la de lugar.
2022
5’20”
Vídeo
Colaboradora Adriana Jamisse
“Amazon is Here” foi desenvolvido a partir da pergunta “o que é natureza?”, e busca revelar e justapor a relação entre natureza e cultura.
2021
8’45”
Vídeo, som e cor.
Com Bea Rodrigues, Diethild Meier, Irene Selka, Joyce Lainé, Julek Kreutzer, Jules Elting, Léa Lanoë, Letícia da Rosa, Licia Soldavini, Marcela Reichelt, Marion Breton Melissa Dullius, Nina Cavalcanti, Simone Donha, Vanessa Heeger, Bernardo Zanotta,
Felix Koch.
Produção Dedé Veloso, Nina Cavalcanti. Edição Aline Bonvin, Nina Cavalcanti. Camera Melissa Dullius, Bernardo Zanotta, Léa Lanoë, Joyce Lainé, Marion Breton.
Assistente de direção e consultora de movimento Simone Donha.
Produção executiva Letícia da Rosa, Luz Irene Selka.
Assistente de iluminação Helen Fritze.
Som Letícia da Rosa, Vanessa Heeger.
Sonoplastia Nina Cavalcanti.
Guitarra Ignacio Villa.
Mixagem David Debris.
Color Grading Gustavo Jahn.
Fotografia Bea Rodrigues.
Desenho gráfico Celina Kuschnir
Uma provocação. Um filme que levanta perguntas e brinca com os limites tênues que separam a realidade da ficção. A performance dentro da vida. Rituais e movimentos enquanto dança. Retrabalhei as imagens do meu casamento, com performers no palco, de uma forma improvisada. Observei os movimentos da cerimônia de forma coreográfica pensando nos limites sutis entre representação e realidade, arte e vida, ficção e documentário. No palco outras mulheres trouxeram outras cores, outras centelhas, outras possibilidades para esta noiva.
2021
17’23”
Vídeo, som e cor
Direção, dramaturgia, roteiro e interpretação: Felipe Damasceno, Honório Félix, Renan Capivara, Sarah Nastroyanni e William Pereira Monte.
Edição e montagem: Breno de Lacerda.
Realização: No barraco da Constância tem!
O jangadeiro Jacaré desaparece em 1942, forjando um enorme buraco. Na história, na rede ou no tecido do espaço e do tempo, essa fenda apresenta inúmeras hipóteses a respeito do seu sumiço e da sua saga. A fábula do nordestino em direção ao epicentro do Brasil toma outros rumos, inaugurando novas possibilidades empreendedoras com a profecia do seu reaparecimento.
2021
26’21”
Vídeo, som e cor
Concepção, roteiro e performance Padmateo – @padmateo
Direção de fotografia e fotografias Alex Oliveira – @presente.vivo
Operação de drone: Claúdio Filmes – @claudiofilmes
Montagem e finalização Mário Oliveira – @mariorismo
Trilha sonora: Ramon Gonçalves (Aurata) – @aurataexperimental
Numa dimensão pós-humana, as imagens travam uma guerra contra elas mesmas. Uma criatura precisa tornar-se invisível para sobreviver. Um Vídeo-tese experimental a partir de pesquisas e métodos do invisível no campo da performance arte relacionadas diretamente ao gênero não-binário. Uma experimentação íntima sobre processos desidentitários, sumiço e testemunha.
2019
Performance
Eu estou diante de você. Enquanto isso minha voz está sendo gravada. Esta gravação será reproduzida repetidamente. Para cada repetição uma nova gravação. Para cada gravação uma outra camada de voz. Eu chamo isso de Fagia. Fagia significa alimentar/nutrir. Aqui eu me alimento até a palavra acabar. A proposta é investigar a potência do corpo/voz em relação ao espaço por meio da tecnologia. Como interação dinâmica o corpo/voz alimenta a gravação, a gravação alimenta o espaço e o espaço alimenta a improvisação.
Odiar os artistas é uma experiência de reconhecimento e estranhamento com o ódio, buscando incorporá-lo quando o recebemos, mas também reconhecendo-o quando o sentimos ou o reproduzimos. O ponto de partida do projeto é um texto cíclico escrito pelo artista desde 2019, em forma análoga a uma reza ou mantra, que reorganiza preconceitos e pressupostos de sujeitos e grupos que odeiam e são odiados. Para esta etapa final do projeto, a forma duracional da performance evidencia seu caráter circular e repetitivo, possibilitando que se ouça partes dispersas do texto, mas também seu conteúdo integral diversas vezes. Dentro dessa enunciação feita ao vivo, outros eventos surgem: o artista é infinitamente perseguido, em vídeo, por seu próprio tênis, em um loop absurdo, e um jogo cíclico entre produção artesanal e destruição mecânica se dá com a ajuda de uma estrutura motorizada que chuta incessantemente.
Aqui estão sendo apresentados alguns dos procedimentos investigados durante a fase final da pesquisa. Vemos novamente o interesse de Renan em examinar como os artistas produzem imagens a partir de si, mas também sobre si. Tal interesse torna o trabalho artístico, quando representando em sua obra, absurdo e nonsense. E, como é comum em sua pesquisa, isso se dá através do uso de objetos simples e necessários ao nosso cotidiano (óculos, sapatos, lápis, livros) que se voltam contra o próprio artista, impedindo suas ações, restringindo seus movimentos ou destruindo aquilo que acabou de ser cuidadosamente criado. Afinal, se tem algo que o ódio tem revelado é que tudo aquilo que já pareceu inofensivo e silencioso pode, repentinamente, nos atacar.
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Renan Marcondes é artista e pesquisador da arte da performance e suas articulações com dança e teatro. É doutor em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo, com estágio na Justus Liebig Universität em Giessen (Alemanha). Autor de Desaparecer: ausências do corpo na arte contemporânea (ed. Annablume), livro resultante de sua tese, que recebeu a premiação Tese Destaque USP em 2022. Sua formação inclui graduação e mestrado em Artes Visuais e especialização em História da Arte. Atualmente realiza pós-doutorado pela ECA USP com bolsa do Cnpq, atua como mentor convidado do mestrado na DAS Choreography (Amsterdam) e é representado pela OMA Galeria (SP).
Alguns de seus principais projetos incluem Protetores de Proximidade Humana (prêmio MAJ SESC 2015; Temporada de Projetos do Paço das Artes; prêmio aquisição 43º SARP) e Como um jabuti matou uma onça e fez uma gaita de um de seus ossos (ProAc 2015, prêmio do setor de performances da SP-Arte 2015). Em 2018 foi contemplado com o Prêmio de criação em residência para jovens coreógrafos no MIS SP e em 2020 pelo 25º Festival Cultura Inglesa. Em 2019 e 2022 foi indicado para o Programa de Bolsas e Comissões do Cisneros Fontanals Art Foundation. Atualmente inicia a produção de Fantasia Brasileira, série de performances comissionadas pelo Theatro Municipal de São Paulo, com estreia em 2023.
Já participou com obras e falas de mostras como VERBO (2022, 2019 e 2015), Bienal Sesc de Dança, MITsp, IC Encontro de Artes, dentre outras. Suas exposições individuais incluem: Contra Corpo (Oficina Cultural Oswald de Andrade, 2015), O que o corpo abriga (CAAA, Portugal, 2017), Fundo Falso (Instituto Adelina, 2018) e Pinóquio (Centro Cultural Correios, 2021). Suas principais residências incluem Pivô (2019), CAAA (Portugal, 2017) e Instituto Sacatar (2017).
Possui obras nos acervos no Museu de Arte do Rio, Museu de Arte do Espírito Santo, Museu de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto, no acervo municipal de Santo André e na Pinacoteca de São Bernardo do Campo.
Neste sábado, 21 de janeiro, das 13 às 17h, a Vermelho apresenta a performance “Odiar os artistas” (2019-2023), de Renan Marcondes. A ação acontece como parte do programa ampliado da 16ª Mostra Verbo de Performance Arte.
Odiar os artistas é uma experiência de reconhecimento e estranhamento com o ódio, buscando incorporá-lo quando o recebemos, mas também reconhecendo-o quando o sentimos ou o reproduzimos.
A performance está sendo desenvolvida como parte da pesquisa “Performar a contrapelo: sinais benjaminianos na arte contemporânea”, financiada pelo CNPq.
Renan Marcondes é representado pela @omagaleria
Concepção, texto, vídeo e performance: Renan Marcondes
Colaboração (gravação do texto): Marilene Grama
Performance incidental: Carolina Callegaro
Peça motorizada: Marcus Garcia e Matias Arce
Objeto vestível: Zang
Neste sábado, 21 de janeiro, das 13 às 17h, a Vermelho apresenta a performance “Odiar os artistas” (2019-2023), de Renan Marcondes. A ação acontece como parte do programa ampliado da 16ª Mostra Verbo de Performance Arte.
Odiar os artistas é uma experiência de reconhecimento e estranhamento com o ódio, buscando incorporá-lo quando o recebemos, mas também reconhecendo-o quando o sentimos ou o reproduzimos.
A performance está sendo desenvolvida como parte da pesquisa “Performar a contrapelo: sinais benjaminianos na arte contemporânea”, financiada pelo CNPq.
Renan Marcondes é representado pela @omagaleria
Como parte ampliada da 16ª edição do Festival Verbo de Performance Arte, o Renan Marcondes apresenta a performance Odiar os artistas (2019-2023) neste sábado, dia 21 de janeiro, das 13 às 17 na Vermelho.
A performance é uma experiência de reconhecimento e estranhamento com o ódio, buscando incorporá-lo quando o recebemos, mas também reconhecendo-o quando o sentimos ou o reproduzimos.
A duração da performance – quatro horas – evidencia seu caráter circular e repetitivo.
Concepção, texto, vídeo e performance: Renan Marcondes
Colaboração (gravação do texto): Marilene Grama
Performance incidental: Carolina Callegaro
Peça motorizada: Marcus Garcia e Matias Arce
Objeto vestível: Zang
Renan Marcondes é representado pela @omagaleria
Conception, text, video and performance: Renan Marcondes
Collaboration (recording of text): Marilene Grama
Incidental performance: Carolina Callegaro
Motorized piece: Marcus Garcia e[and] Matias Arce
Wearable object: Zang
Renan Marcondes is represented by @omagaleria
Como parte ampliada da 16ª edição do Festival Verbo de Performance Arte, o Renan Marcondes apresenta a performance Odiar os artistas (2019-2023) neste sábado, dia 21 de janeiro, das 13 às 17 na Vermelho.
A performance é uma experiência de reconhecimento e estranhamento com o ódio, buscando incorporá-lo quando o recebemos, mas também reconhecendo-o quando o sentimos ou o reproduzimos.
A duração da performance – quatro horas – evidencia seu caráter circular e repetitivo.
2015-2021
Ação, movimento, direção e edição Sabrina Morelos
Captado em Colonia San Rafael, na Cidade do México.
Ação em diferentes atos que combina movimento, técnica de dança de Horton e improvisação, relatando o isolamento, a doença, o silêncio ou o ruído que uma pessoa pode vivenciar em determinadas circunstâncias.
2020
Coreografia e movimentos: Sabrina Morelos
Direção e edição: Sabrina Morelos
Câmara: Jason Mena
Performance realizada en San Juan (Porto Rico)
Caminhar, avançar, retroceder um pouco; girar e ver o caminho; continuar seguindo as instruções de um manual ou da vida. Entre a densidade, a decadência, e o apocalipse surge a ave negra de dentro das cinzas, como uma fênix. Série de movimentos-rituais que empregam como cenário o terreno de uma obra em construção.
2021
Vídeoperformance
Performance: Sebastião Netto
Montagem audiovisual: Thulio Guzman
Memórias de um ribeirinho que em meio ao isolamento social devido à pandemia buscou através da saudade transformar seu apartamento em uma espaçonave que o levasse a uma festa de aparelhagem paraense. O movimento pode ser coletivo, individual, depende da intenção de como o som ecoa em seu coração… Sons, luzes, looks, baldes, projeções e um corpo tremendo de suor são ingredientes fundamentais para o sucesso da viagem…
2022
150’
Perfomance
Direção Geral e Concepção: Igor Gasparini
Artistas-Criadores: Arthur Alves, Igor Gasparini, Kenedy Henrique, Maria Emília Gomes, Maria Izabel Jaccoud, Maju Kaiser, Pasha Gorbachev, Natália Moura e Ruan Trindade.
Provocação Corporal: Isis Gasparini, Luciana Lara e Marcela Levi.
DJ e Arquiteto: Tiago Guimarães
Fotógrafo: João Benz
Vídeo: Isis Gasparini
Zona Cinzenta estabelece um diálogo entre corpo e arquitetura em um desejo consciente de habitar os entres. A obra situa um corpo entre o cotidiano e o extra cotidiano e convoca o espectador acizentado a uma experiência de imersão entre as artes cênicas e as artes visuais, entre o movimento e a paralisia, entre a pulsão e a ruptura. Um estado de transformação que é instaurado pela permanência. Uma insistência pela presença e um convite para partilha e subversão. O tempo do evento é confundido com os períodos de visitação do museu e o público é capturado pela sua própria autonomia diante das ações que se espalham pelos espaços cinzentos. A quais estados o corpo será submetido? Sobreviver ou desistir?
2021
28’
Vídeo, som e cor.
Projeto e Direção Isadora Lobo
Assistência de direção Carol Lobo
Edição Jéssica Hartmann
Criação e performance (por ordem de aparição) Giulia D’Aiuto, Beatriz da Matta, Nathalia Fajardo, Luana Farias.
Preparação corporal Bruno Bernardini, Thales Ferreira.
Fotografia Carol Lobo, Juliana Di Lello, Luana Farias, Maria Duarte, Nivea Strelow.
Arte Beatriz da Matta, Margarita Torres.
Direção e edição de som Tulio Marcon
Som direto Ana Luísa Mariquito, Tulio Marcon.
Trilha sonora Gerbert Périssé, Tulio Marcon
Produção Gabriel Staiger, Giulia D’Aiuto, Matheus Valadão, Nathalia Fajardo, Thales Ferreira.
Imagens extras Carol Lobo, Maria Duarte, Tulio Marcon.
Labirinta é um filme ensaio que gira em torno de quatro performances e tece reflexões sobre o processo de realização delas. É fruto de um laboratório corporal de mesmo nome que ocorreu entre março de 2018 e junho de 2019 no Instituto de Artes e Comunicação Social (IACS) da UFF. O filme busca investigar as relações entre corpo, dança e audiovisual.
2022
Com Lena Kilina e Sofya Chibisguleva
Toasts (brindes) são parte inestimável da cultura do Leste Europeu e da Ásia: um momento para se dirigir em uma reunião, em um casamento ou em um aniversário e dizer algo crucialmente importante ou desejar o bem a alguém. Essa cultura é muito evidente na política russa contemporânea, especificamente no estilo dos discursos dos políticos à nação. Russian Toast é uma série de performances e vídeos online com o objetivo de expor a dialética absurda, fascista e discriminatória dos atuais oficiais russos, incluindo o Presidente (ex-oficial da KGB), o Patriarca (ex-oficial da KGB também) e outros. O roteiro das apresentações é quase completamente inalterado desde sua fonte – comunicados notáveis e até históricos das autoridades russas à nação. A série nasceu como uma resposta à invasão da Ucrânia por Vladimir Putin e continuará em execução até que a guerra termine.
2020
Video, cor e som
1’47’’
Filmado e apresentado em abril/maio de 2020 na Rússia e no Brasil.
Chthonian Rehab é uma antologia sobre o luto e internacionalismo. Criado durante a pandemia do COVID-19, a obra revela o diálogo digital as integrantes do Mainline Group Sofya Chibisguleva e Lena Kilina.
2021-2022
30’
Performance
Concepção e performance Tieta Macau
Auxiliar técnico e produção Abeju Rizzo
Apoio: coleção moraes-barbosa
Chão de areia, alguns escritos, pés que amaciam o chão… Caboclos que brandam. O que de passagem passa no que não se vê, entre o som e o giro, se firma. Rezos é um dos rastros no qual Tieta (en)cruza o som pa|lavra, da escrita ao ponto cantado, enquanto aparição de cura|ataque e inversão lexical. Rezos que sopram do feitiço à cura… na fala gesto do que não se vê.
2021
Corpo: Uarê Erremays
Realização Tan Baes
Câmera Jeff G. e Tan Baes
Edição e montagem Haroldo Castro Alves
uarê-mar é um registro da experiência de solitude da quarentena. O horizonte infinito, o transe obtido pela repetição de movimentos – marés, nuvens, luas, a entrega da matéria humana às Grandes Águas para o movimento das pequenas águas do coorpo. Impelido pela urgência da fuga como sobrevivência à realidade, estuda caminhada para trás, giros, quedas: a transmutação da matéria corpo em oferenda, entregue à queda, como rito e urgência pelo fim desse mundo como nos foi dado.