A fachada de Rosângela Rennó partia de sua pesquisa de 2 anos em torno de imagens de monumentos erguidos (e/ou destruídos…) em homenagem a Lenin – que resultou na obra Good Apples | Bad Apples, apresentada em sua individual DOCUMENTO-MONUMENTO | MONUMENTO-DOCUMENTO.
Rennó adaptou uma dessas imagens para erguer a silhueta de um monumento à Lenin na fachada da galeria, um monumento que já nasce como sombra de si mesmo.
Em sua oitava instauração, o mural instalado na fachada da galeria examinava os desenvolvimentos políticos do ativismo sexual e de gênero. Formas da liberdade revisita a história do triângulo rosa e de outros emblemas da diversidade sexual. Ao enfatizar a importância de processos coletivos avança-se as noção de liberdade social. O mural sempre é acompanhado por uma linha do tempo histórica, listando momentos importantes da história LGBTQIA + no Brasil e no exterior, desenvolvidos em colaboração com Guilherme Altmayer.
Na fachada da galeria, Lia Chaia propõe uma instalação performática com um banco instalado sob a palavra que dá nome ao trabalho. Segundo Chaia, “Estacionamente presta-se à desaceleração do ritmo urbano e a um interregno”.
Fugas são composições polifônicas, onde uma melodia se sobrepõe a outra. As fugas são estruturadas por um “sujeito”, que estabelece o tema principal da composição e por subsequentes “vozes”, que estabelecem variações ao tema principal. Em sua série de pinturas denominadas Fuga (2019), Dora Longo Bahia propõe experiências de Realidade Aumentada onde uma pintura leva a outra por meio do uso de um aplicativo que revela imagens encobertas.
Fuga (Sujeito) apresenta-se como uma pincelada vermelha que, por meio do aplicativo é substituída pelo vídeo da atriz Mayara Baptista gritando.
Baixe o app ‘Fuga por Dora Longo Bahia’ (IOS ou Android) para a experiência de Realidade Aumentada, apontando a camera do celular para a imagem na tela.
Fernanda Roriz, Julie Uszkurat, Marina Secaf e Pedro Feris, que trabalharam no desenho gráfico da exposição SEGUNDA-FEIRA, 4 DE JUNHO DE 2019, desenvolveram, também, a fachada da exposição.
Para o grupo, a ausência material de alguns símbolos do teclado QWERTY projetado na fachada, ilustra uma espécie de esvaziamento ou precarização de sentidos, ao mesmo tempo em que oferece possibilidades para construções desordenadas.
Na individual Não pense em crise, trabalhe! Guilherme Peters refletia a respeito do atrito que corria entre os Três Poderes do Brasil na fachada da galeria. Em Três poderes (2019), um desenho feito com arame farpado sobrepunha três cubos vazados e interseccionados.
Estrutura parasita sobrepões 3 suportes externos para aparelhos de ar condicionado. As armações são deterioradas e perderam a função.
Renato Maretti ocupa a vitrine da galeria com uma pintura site-specific que transforma o janelão de 20 metros da Vermelho em uma grade pantográfica fechada. Maretti frequentemente utiliza a pintura em sua obra para simular situações relacionadas a circulação de pessoas nos espaços urbanos, ou para reproduzir objetos ordinários do uso cotidiano, como materiais de limpeza e de escritório, a fim de lançar atenção sobre eles. Em Mal-estar, o artista acrescenta à grade emulada, placas de sinalização de venda de imóveis que jogam tanto com a transitoriedade dos espaços expositivos quanto com a própria lógica do mercado de arte.
Em O ar da graça, Leya Mira Brander parte do tempo em que ficou afastada da Vermelho para registrar em sua fachada o ditado popular que celebra sua presença, ao mesmo tempo em que marca sua ausência.
A expressão “dar o ar da graça” é usada para saudar alguém que surge depois de um longo período de afastamento.