A Vermelho apresenta O espaço entre eu e você *, oitava individual de Marcelo Cidade na galeria.
Cidade apresenta novos trabalhos que lidam – visual e conceitualmente – com a delinquência de pessoas físicas e dos poderes constituídos. Em sua obra, Cidade investiga a formação da urbe, seu fluxo de controle, e o constante embate entre o público e privado.
As cinco novas séries apresentadas por Cidade trazem para o espaço da arte conflitos sociais e códigos da rua organizados dentro de lógica do grid. Como escreveu Rosalind Krauss em Grids, de 1979, “o grid anuncia, entre outras coisas, a vontade de silenciar da arte moderna, a sua hostilidade à literatura, à narrativa, ao discurso”. Uma das chaves na obra de Cidade é a revisão da formação do Brasil moderno, suas promessas desenvolvimentistas e o consequente cenário de miséria e disparidade social que se estabeleceram até hoje.
O olhar sobre o ideal moderno, e de suas ruínas, proposto por Cidade, caracteriza a Geração 2000, da qual ele é um dos protagonistas. Cidade recorre a materiais muitas vezes ligados à construção e ao dejeto civil na elaboração de suas obras, invertendo o valor a eles atrelado. Ao dar lugar a determinado material banal, Cidade o torna singular, notável.
As obras de O espaço entre eu e você acontecem na dicotomia entre o dentro e fora, o incluído e o excluído, o acima e o abaixo, que o título de um dos trabalhos apresentados, O eterno jogo de opostos, deixa ver.
* o título da exposição traz um erro gramatical proposital, invertendo o uso do objeto indireto mim, pelo sujeito eu, uma decisão que sobrepõe o caráter personalista em detrimento da correção gramatical.
A Vermelho apresenta O espaço entre eu e você *, oitava individual de Marcelo Cidade na galeria.
Cidade apresenta novos trabalhos que lidam – visual e conceitualmente – com a delinquência de pessoas físicas e dos poderes constituídos. Em sua obra, Cidade investiga a formação da urbe, seu fluxo de controle, e o constante embate entre o público e privado.
As cinco novas séries apresentadas por Cidade trazem para o espaço da arte conflitos sociais e códigos da rua organizados dentro de lógica do grid. Como escreveu Rosalind Krauss em Grids, de 1979, “o grid anuncia, entre outras coisas, a vontade de silenciar da arte moderna, a sua hostilidade à literatura, à narrativa, ao discurso”. Uma das chaves na obra de Cidade é a revisão da formação do Brasil moderno, suas promessas desenvolvimentistas e o consequente cenário de miséria e disparidade social que se estabeleceram até hoje.
O olhar sobre o ideal moderno, e de suas ruínas, proposto por Cidade, caracteriza a Geração 2000, da qual ele é um dos protagonistas. Cidade recorre a materiais muitas vezes ligados à construção e ao dejeto civil na elaboração de suas obras, invertendo o valor a eles atrelado. Ao dar lugar a determinado material banal, Cidade o torna singular, notável.
As obras de O espaço entre eu e você acontecem na dicotomia entre o dentro e fora, o incluído e o excluído, o acima e o abaixo, que o título de um dos trabalhos apresentados, O eterno jogo de opostos, deixa ver.
* o título da exposição traz um erro gramatical proposital, invertendo o uso do objeto indireto mim, pelo sujeito eu, uma decisão que sobrepõe o caráter personalista em detrimento da correção gramatical.
Na fachada da galeria, o visitante se vê diante de uma imagem única, padronizada. A obra O grid e a grade (2020) é uma apropriação de uma imagem que circulou em todos os jornais no Brasil na data do julgamento do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, quando a Esplanada dos Ministérios foi dividida por um gradil, separando as pessoas favoráveis e contrárias ao processo. Nessa grade de repetições agigantada, Cidade dissolve a problemática embutida na imagem criando uma diluição ótica, um desconforto visual.
Dimensões variáveis
Fotografia digital em lambe-lambe
Foto Filipe BerndtNa fachada da galeria, o visitante se vê diante de uma imagem única, padronizada. A obra O grid e a grade (2020) é uma apropriação de uma imagem que circulou em todos os jornais no Brasil na data do julgamento do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, quando a Esplanada dos Ministérios foi dividida por um gradil, separando as pessoas favoráveis e contrárias ao processo. Nessa grade de repetições agigantada, Cidade dissolve a problemática embutida na imagem criando uma diluição ótica, um desconforto visual.
Em Instante estante, Cidade planifica duas estantes de metal com muitos anos de uso, congelando o tempo e solenizando as marcas acumuladas sobre o objeto. Aqui, a deterioração se torna a imagem a ser preservada.
197,5 x 283,5 cm
Estante de ferro usada
Foto Filipe BerndtEm Instante estante, Cidade planifica duas estantes de metal com muitos anos de uso, congelando o tempo e solenizando as marcas acumuladas sobre o objeto. Aqui, a deterioração se torna a imagem a ser preservada.
Em Instante estante, Cidade planifica duas estantes de metal com muitos anos de uso, congelando o tempo e solenizando as marcas acumuladas sobre o objeto. Aqui, a deterioração se torna a imagem a ser preservada.
197,5 x 283,5 cm
Estante de ferro usada rearticulada
Foto Filipe BerndtEm Instante estante, Cidade planifica duas estantes de metal com muitos anos de uso, congelando o tempo e solenizando as marcas acumuladas sobre o objeto. Aqui, a deterioração se torna a imagem a ser preservada.
Composta por painéis de alumínio em diferentes tamanhos, as peças das obras da série Ato falho organizam em grade uma coleção de adesivos que oferecem serviços de reparo para portas metálicas.
Segundo Cidade, “Esses adesivos têm uma história particular, pois eu os colecionava. Eu passava pelas portas de aço da cidade, arrancava esses adesivos e depois fazia graffiti sobre as superfícies. Aí, eu me perguntei, por que não fazer um trabalho de composição que sugira uma decomposição? O que eu faço é decompor o trabalho da rua, o trabalho de alguém que foi lá e colou. Eu reorganizo os adesivos de maneira que eles se tornem visíveis, respeitando um formato de grade. Nesse caso, não uso réguas, mas componho o grid com o olho, um grid humano, um grid antropométrico em que há erro, há sujeira, há marca de dedos. As medidas não são exatamente perfeitas e iguais. Os próprios adesivos, por terem sido retirados do espaço público, são velhos, rasgados e sobrepostos. Nenhum deles é novo.”
Esse procedimento de colar adesivos nas portas oferecendo reparos, constitui um trabalho informal. Normalmente, o serviço é feito por crianças que saem de manhã pelas ruas do centro da São Paulo colando adesivos, numa ideia que repete a prática do graffiti. Quem anda pela cidade não percebe essa ação pois ela é engolida pela arquitetura. Na obra, não. Nela, os adesivos aparecem em primeiro plano.
227 x 154,5 cm
Placas de alumínio e adesivos em papel
Foto Filipe BerndtComposta por painéis de alumínio em diferentes tamanhos, as peças das obras da série Ato falho organizam em grade uma coleção de adesivos que oferecem serviços de reparo para portas metálicas.
Segundo Cidade, “Esses adesivos têm uma história particular, pois eu os colecionava. Eu passava pelas portas de aço da cidade, arrancava esses adesivos e depois fazia graffiti sobre as superfícies. Aí, eu me perguntei, por que não fazer um trabalho de composição que sugira uma decomposição? O que eu faço é decompor o trabalho da rua, o trabalho de alguém que foi lá e colou. Eu reorganizo os adesivos de maneira que eles se tornem visíveis, respeitando um formato de grade. Nesse caso, não uso réguas, mas componho o grid com o olho, um grid humano, um grid antropométrico em que há erro, há sujeira, há marca de dedos. As medidas não são exatamente perfeitas e iguais. Os próprios adesivos, por terem sido retirados do espaço público, são velhos, rasgados e sobrepostos. Nenhum deles é novo.”
Esse procedimento de colar adesivos nas portas oferecendo reparos, constitui um trabalho informal. Normalmente, o serviço é feito por crianças que saem de manhã pelas ruas do centro da São Paulo colando adesivos, numa ideia que repete a prática do graffiti. Quem anda pela cidade não percebe essa ação pois ela é engolida pela arquitetura. Na obra, não. Nela, os adesivos aparecem em primeiro plano.
Composta por painéis de alumínio em diferentes tamanhos, as peças das obras da série Ato falho organizam em grade uma coleção de adesivos que oferecem serviços de reparo para portas metálicas.
Segundo Cidade, “Esses adesivos têm uma história particular, pois eu os colecionava. Eu passava pelas portas de aço da cidade, arrancava esses adesivos e depois fazia graffiti sobre as superfícies. Aí, eu me perguntei, por que não fazer um trabalho de composição que sugira uma decomposição? O que eu faço é decompor o trabalho da rua, o trabalho de alguém que foi lá e colou. Eu reorganizo os adesivos de maneira que eles se tornem visíveis, respeitando um formato de grade. Nesse caso, não uso réguas, mas componho o grid com o olho, um grid humano, um grid antropométrico em que há erro, há sujeira, há marca de dedos. As medidas não são exatamente perfeitas e iguais. Os próprios adesivos, por terem sido retirados do espaço público, são velhos, rasgados e sobrepostos. Nenhum deles é novo.”
Esse procedimento de colar adesivos nas portas oferecendo reparos, constitui um trabalho informal. Normalmente, o serviço é feito por crianças que saem de manhã pelas ruas do centro da São Paulo colando adesivos, numa ideia que repete a prática do graffiti. Quem anda pela cidade não percebe essa ação pois ela é engolida pela arquitetura. Na obra, não. Nela, os adesivos aparecem em primeiro plano.
227 x 309 cm
Placas de alumínio e adesivos em papel
Foto Filipe BerndtComposta por painéis de alumínio em diferentes tamanhos, as peças das obras da série Ato falho organizam em grade uma coleção de adesivos que oferecem serviços de reparo para portas metálicas.
Segundo Cidade, “Esses adesivos têm uma história particular, pois eu os colecionava. Eu passava pelas portas de aço da cidade, arrancava esses adesivos e depois fazia graffiti sobre as superfícies. Aí, eu me perguntei, por que não fazer um trabalho de composição que sugira uma decomposição? O que eu faço é decompor o trabalho da rua, o trabalho de alguém que foi lá e colou. Eu reorganizo os adesivos de maneira que eles se tornem visíveis, respeitando um formato de grade. Nesse caso, não uso réguas, mas componho o grid com o olho, um grid humano, um grid antropométrico em que há erro, há sujeira, há marca de dedos. As medidas não são exatamente perfeitas e iguais. Os próprios adesivos, por terem sido retirados do espaço público, são velhos, rasgados e sobrepostos. Nenhum deles é novo.”
Esse procedimento de colar adesivos nas portas oferecendo reparos, constitui um trabalho informal. Normalmente, o serviço é feito por crianças que saem de manhã pelas ruas do centro da São Paulo colando adesivos, numa ideia que repete a prática do graffiti. Quem anda pela cidade não percebe essa ação pois ela é engolida pela arquitetura. Na obra, não. Nela, os adesivos aparecem em primeiro plano.
As esculturas da série Uma churrasqueira muito triste se apropriam de estruturas pré – moldadas para a construção de churrasqueiras. Cidade as reorganizou em formas que aludem a esculturas e monumentos públicos formalistas.
205 x 100 x 60 cm
Estrutura pré moldada em concreto
Foto Filipe BerndtAs esculturas da série Uma churrasqueira muito triste se apropriam de estruturas pré – moldadas para a construção de churrasqueiras. Cidade as reorganizou em formas que aludem a esculturas e monumentos públicos formalistas.
Composta por painéis de alumínio em diferentes tamanhos, as peças das obras da série Ato falho organizam em grade uma coleção de adesivos que oferecem serviços de reparo para portas metálicas.
Segundo Cidade, “Esses adesivos têm uma história particular, pois eu os colecionava. Eu passava pelas portas de aço da cidade, arrancava esses adesivos e depois fazia graffiti sobre as superfícies. Aí, eu me perguntei, por que não fazer um trabalho de composição que sugira uma decomposição? O que eu faço é decompor o trabalho da rua, o trabalho de alguém que foi lá e colou. Eu reorganizo os adesivos de maneira que eles se tornem visíveis, respeitando um formato de grade. Nesse caso, não uso réguas, mas componho o grid com o olho, um grid humano, um grid antropométrico em que há erro, há sujeira, há marca de dedos. As medidas não são exatamente perfeitas e iguais. Os próprios adesivos, por terem sido retirados do espaço público, são velhos, rasgados e sobrepostos. Nenhum deles é novo.”
Esse procedimento de colar adesivos nas portas oferecendo reparos, constitui um trabalho informal. Normalmente, o serviço é feito por crianças que saem de manhã pelas ruas do centro da São Paulo colando adesivos, numa ideia que repete a prática do graffiti. Quem anda pela cidade não percebe essa ação pois ela é engolida pela arquitetura. Na obra, não. Nela, os adesivos aparecem em primeiro plano.
113 x 77 cm
Placas de alumínio e adesivos em papel
Foto Filipe BerndtComposta por painéis de alumínio em diferentes tamanhos, as peças das obras da série Ato falho organizam em grade uma coleção de adesivos que oferecem serviços de reparo para portas metálicas.
Segundo Cidade, “Esses adesivos têm uma história particular, pois eu os colecionava. Eu passava pelas portas de aço da cidade, arrancava esses adesivos e depois fazia graffiti sobre as superfícies. Aí, eu me perguntei, por que não fazer um trabalho de composição que sugira uma decomposição? O que eu faço é decompor o trabalho da rua, o trabalho de alguém que foi lá e colou. Eu reorganizo os adesivos de maneira que eles se tornem visíveis, respeitando um formato de grade. Nesse caso, não uso réguas, mas componho o grid com o olho, um grid humano, um grid antropométrico em que há erro, há sujeira, há marca de dedos. As medidas não são exatamente perfeitas e iguais. Os próprios adesivos, por terem sido retirados do espaço público, são velhos, rasgados e sobrepostos. Nenhum deles é novo.”
Esse procedimento de colar adesivos nas portas oferecendo reparos, constitui um trabalho informal. Normalmente, o serviço é feito por crianças que saem de manhã pelas ruas do centro da São Paulo colando adesivos, numa ideia que repete a prática do graffiti. Quem anda pela cidade não percebe essa ação pois ela é engolida pela arquitetura. Na obra, não. Nela, os adesivos aparecem em primeiro plano.
O eterno jogo dos opostos foi elaborada a partir da circulação de Cidade por São Paulo.
Nessas caminhadas, o artista recolheu pedaços de edificações tipicamente paulistanas, que sobram de processos de demolição. Os pedaços de entulho foram montados sobre tapumes de alumínio – que se relacionam com a divisória da imagem na fachada da galeria.
“Para mim interessa fazer o trajeto oposto, ou seja, trazer para a frente da obra o objeto ruína: o que foi destruído vale mais do que aquilo que é novo”, diz Cidade.
220 x 105 x 8 cm
Chapa de aço galvanizado, tijolo, cimento, areia e pastilhas de cerâmica
Foto Filipe BerndtO eterno jogo dos opostos foi elaborada a partir da circulação de Cidade por São Paulo.
Nessas caminhadas, o artista recolheu pedaços de edificações tipicamente paulistanas, que sobram de processos de demolição. Os pedaços de entulho foram montados sobre tapumes de alumínio – que se relacionam com a divisória da imagem na fachada da galeria.
“Para mim interessa fazer o trajeto oposto, ou seja, trazer para a frente da obra o objeto ruína: o que foi destruído vale mais do que aquilo que é novo”, diz Cidade.
O eterno jogo dos opostos foi elaborada a partir da circulação de Cidade por São Paulo.
Nessas caminhadas, o artista recolheu pedaços de edificações tipicamente paulistanas, que sobram de processos de demolição. Os pedaços de entulho foram montados sobre tapumes de alumínio – que se relacionam com a divisória da imagem na fachada da galeria.
“Para mim interessa fazer o trajeto oposto, ou seja, trazer para a frente da obra o objeto ruína: o que foi destruído vale mais do que aquilo que é novo”, diz Cidade.
220 x 105 x 8 cm
Chapa de aço galvanizado, tijolo, cimento, areia e lajota
Foto Filipe BerndtO eterno jogo dos opostos foi elaborada a partir da circulação de Cidade por São Paulo.
Nessas caminhadas, o artista recolheu pedaços de edificações tipicamente paulistanas, que sobram de processos de demolição. Os pedaços de entulho foram montados sobre tapumes de alumínio – que se relacionam com a divisória da imagem na fachada da galeria.
“Para mim interessa fazer o trajeto oposto, ou seja, trazer para a frente da obra o objeto ruína: o que foi destruído vale mais do que aquilo que é novo”, diz Cidade.
Em Higienópolis (2022), Cidade colecionou imagens das lixeiras de prédios que ocupam as calçadas de Higienópolis, bairro de classe alta de São Paulo. As imagens foram captadas durante a pandemia, em caminhadas matinais, momento do dia em que essas lixeiras ainda estão vazias. As imagens foram feitas de costas para os edifícios. Então, o que se vê é a rua organizada pela grade da lixeira.
As imagens foram montadas em conjuntos de 30 fotos em quadros de aviso similares aos usados em condomínios para divulgação de informativos.
A série Higienópolis foi construída a partir de deslocamentos do artista pela cidade, um procedimento recorrente e importante na obra de Cidade.
133 x 155,5 x 9,5 cm
Fotografias, alfinetes, painel informativo feito em madeira, feltro, vidro e ferro
Foto Filipe BerndtEm Higienópolis (2022), Cidade colecionou imagens das lixeiras de prédios que ocupam as calçadas de Higienópolis, bairro de classe alta de São Paulo. As imagens foram captadas durante a pandemia, em caminhadas matinais, momento do dia em que essas lixeiras ainda estão vazias. As imagens foram feitas de costas para os edifícios. Então, o que se vê é a rua organizada pela grade da lixeira.
As imagens foram montadas em conjuntos de 30 fotos em quadros de aviso similares aos usados em condomínios para divulgação de informativos.
A série Higienópolis foi construída a partir de deslocamentos do artista pela cidade, um procedimento recorrente e importante na obra de Cidade.
Em Higienópolis (2022), Cidade colecionou imagens das lixeiras de prédios que ocupam as calçadas de Higienópolis, bairro de classe alta de São Paulo. As imagens foram captadas durante a pandemia, em caminhadas matinais, momento do dia em que essas lixeiras ainda estão vazias. As imagens foram feitas de costas para os edifícios. Então, o que se vê é a rua organizada pela grade da lixeira.
As imagens foram montadas em conjuntos de 30 fotos em quadros de aviso similares aos usados em condomínios para divulgação de informativos.
A série Higienópolis foi construída a partir de deslocamentos do artista pela cidade, um procedimento recorrente e importante na obra de Cidade.
133 x 155,5 x 9,5 cm
Fotografias, alfinetes, painel informativo feito em madeira, feltro, vidro e ferro
Foto Filipe BerndtEm Higienópolis (2022), Cidade colecionou imagens das lixeiras de prédios que ocupam as calçadas de Higienópolis, bairro de classe alta de São Paulo. As imagens foram captadas durante a pandemia, em caminhadas matinais, momento do dia em que essas lixeiras ainda estão vazias. As imagens foram feitas de costas para os edifícios. Então, o que se vê é a rua organizada pela grade da lixeira.
As imagens foram montadas em conjuntos de 30 fotos em quadros de aviso similares aos usados em condomínios para divulgação de informativos.
A série Higienópolis foi construída a partir de deslocamentos do artista pela cidade, um procedimento recorrente e importante na obra de Cidade.
Em Higienópolis (2022), Cidade colecionou imagens das lixeiras de prédios que ocupam as calçadas de Higienópolis, bairro de classe alta de São Paulo. As imagens foram captadas durante a pandemia, em caminhadas matinais, momento do dia em que essas lixeiras ainda estão vazias. As imagens foram feitas de costas para os edifícios. Então, o que se vê é a rua organizada pela grade da lixeira.
As imagens foram montadas em conjuntos de 30 fotos em quadros de aviso similares aos usados em condomínios para divulgação de informativos.
A série Higienópolis foi construída a partir de deslocamentos do artista pela cidade, um procedimento recorrente e importante na obra de Cidade.
133 x 155,5 x 9,5 cm
Fotografias, alfinetes, painel informativo feito em madeira, feltro, vidro e ferro
Foto Felipe BerndtEm Higienópolis (2022), Cidade colecionou imagens das lixeiras de prédios que ocupam as calçadas de Higienópolis, bairro de classe alta de São Paulo. As imagens foram captadas durante a pandemia, em caminhadas matinais, momento do dia em que essas lixeiras ainda estão vazias. As imagens foram feitas de costas para os edifícios. Então, o que se vê é a rua organizada pela grade da lixeira.
As imagens foram montadas em conjuntos de 30 fotos em quadros de aviso similares aos usados em condomínios para divulgação de informativos.
A série Higienópolis foi construída a partir de deslocamentos do artista pela cidade, um procedimento recorrente e importante na obra de Cidade.
O eterno jogo dos opostos foi elaborada a partir da circulação de Cidade por São Paulo.
Nessas caminhadas, o artista recolheu pedaços de edificações tipicamente paulistanas, que sobram de processos de demolição. Os pedaços de entulho foram montados sobre tapumes de alumínio – que se relacionam com a divisória da imagem na fachada da galeria.
“Para mim interessa fazer o trajeto oposto, ou seja, trazer para a frente da obra o objeto ruína: o que foi destruído vale mais do que aquilo que é novo”, diz Cidade.
220 x 105 x 8 cm
Chapa de aço galvanizado, tijolo, cimento, areia e ladrilho hidraulico
Foto Filipe BerndtO eterno jogo dos opostos foi elaborada a partir da circulação de Cidade por São Paulo.
Nessas caminhadas, o artista recolheu pedaços de edificações tipicamente paulistanas, que sobram de processos de demolição. Os pedaços de entulho foram montados sobre tapumes de alumínio – que se relacionam com a divisória da imagem na fachada da galeria.
“Para mim interessa fazer o trajeto oposto, ou seja, trazer para a frente da obra o objeto ruína: o que foi destruído vale mais do que aquilo que é novo”, diz Cidade.
Conjunto de 18 pinturas criadas com tinta acrílica, tinta automotiva spray e etiqueta adesiva sobre tela, Monocromos Cinzas constitui uma tentativa de classificar por meio de diferentes tons de cinzas, brancos e beges a experiência do espaço público.
Criada no início da carreira do artista, em 2002, o conceito impregnado na obra pavimenta a trajetória Cidade desde então, e surge em trabalhos em que o artista utiliza o cimento como matéria na construção de sua crítica ao projeto modernista brasileiro.
80 x 65 cm (cada)
Tinta acrílica, tinta automotiva em spray e etiqueta adesiva sobre tela
Foto Filipe BerndtConjunto de 18 pinturas criadas com tinta acrílica, tinta automotiva spray e etiqueta adesiva sobre tela, Monocromos Cinzas constitui uma tentativa de classificar por meio de diferentes tons de cinzas, brancos e beges a experiência do espaço público.
Criada no início da carreira do artista, em 2002, o conceito impregnado na obra pavimenta a trajetória Cidade desde então, e surge em trabalhos em que o artista utiliza o cimento como matéria na construção de sua crítica ao projeto modernista brasileiro.
As esculturas da série Uma churrasqueira muito triste se apropriam de estruturas pré – moldadas para a construção de churrasqueiras. Cidade as reorganizou em formas que aludem a esculturas e monumentos públicos formalistas.
186 x 80 x 80 cm
Estrutura pré moldada em concreto
Foto Filipe BerndtAs esculturas da série Uma churrasqueira muito triste se apropriam de estruturas pré – moldadas para a construção de churrasqueiras. Cidade as reorganizou em formas que aludem a esculturas e monumentos públicos formalistas.
Na obra, Marcelo Cidade combina happening, performance e processo colaborativos, práticas que definiram o campo da arte contemporânea no início do século 21.
Para cria-la, o artista convidou transeuntes que na data da ação circulavam pelos viadutos Santa Ifigênia (São Paulo), e Santa Tereza (Belo Horizonte). O protocolo foi a participação na performance para a câmera em troca de uma camiseta.
Com a ação, Cidade reconfigura a linha do horizonte por meio de corpos de forma a questionar interesses da arte contemporânea, suas relações com a sociedade.
54 x 421 cm
Fotografia digital
Foto Filipe BerndtNa obra, Marcelo Cidade combina happening, performance e processo colaborativos, práticas que definiram o campo da arte contemporânea no início do século 21.
Para cria-la, o artista convidou transeuntes que na data da ação circulavam pelos viadutos Santa Ifigênia (São Paulo), e Santa Tereza (Belo Horizonte). O protocolo foi a participação na performance para a câmera em troca de uma camiseta.
Com a ação, Cidade reconfigura a linha do horizonte por meio de corpos de forma a questionar interesses da arte contemporânea, suas relações com a sociedade.
Depois da sedimentação da mente (2019-2020) é um projeto de Marcelo Cidade construído a partir do rompimento da barragem da Vale S.A., em Brumadinho, em 2019. O rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão foi o maior acidente de trabalho desse século no Brasil em perda de vidas humanas.
Logo após a o rompimento, Cidade foi até o local com colaboradores para levar doações e registrar a tragédia. De lá ele trouxe 60 litros da lama de rejeitos – o mesmo volume de água potável que deixou com os voluntários que trabalhavam na emergência.
A formalização da instalação, que inclui caixas de ferro no formato do logo da Vale, onde Cidade depositou a lama de rejeitos, foi pensada como uma referencia ao conceito de Non-site, do artista norte-americano Robert Smithson.
O curador Germano Dushá, um dos colaboradores de Cidade, assina o diário de bordo da viagem, que faz parte da instalação.
Depois da sedimentação da mente é um trabalho que cria uma abstração da catástrofe por meio dos seus resíduos.
“Entendo esse trabalho, e todos os outros da exposição, como performances que têm o deslocamento do meu corpo como fator de atuação nos gestos de registrar, arrancar, transportar e deslocar. O corpo é parte disso.”
20 x 100 x 191,5 cm e 55 x 81,5 cm
Ferro, lama de rejeito, impressão digital emoldurada e texto de parede.
Foto Filipe BerndtDepois da sedimentação da mente (2019-2020) é um projeto de Marcelo Cidade construído a partir do rompimento da barragem da Vale S.A., em Brumadinho, em 2019. O rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão foi o maior acidente de trabalho desse século no Brasil em perda de vidas humanas.
Logo após a o rompimento, Cidade foi até o local com colaboradores para levar doações e registrar a tragédia. De lá ele trouxe 60 litros da lama de rejeitos – o mesmo volume de água potável que deixou com os voluntários que trabalhavam na emergência.
A formalização da instalação, que inclui caixas de ferro no formato do logo da Vale, onde Cidade depositou a lama de rejeitos, foi pensada como uma referencia ao conceito de Non-site, do artista norte-americano Robert Smithson.
O curador Germano Dushá, um dos colaboradores de Cidade, assina o diário de bordo da viagem, que faz parte da instalação.
Depois da sedimentação da mente é um trabalho que cria uma abstração da catástrofe por meio dos seus resíduos.
“Entendo esse trabalho, e todos os outros da exposição, como performances que têm o deslocamento do meu corpo como fator de atuação nos gestos de registrar, arrancar, transportar e deslocar. O corpo é parte disso.”
Depois da sedimentação da mente (2019-2020) é um projeto de Marcelo Cidade construído a partir do rompimento da barragem da Vale S.A., em Brumadinho, em 2019. O rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão foi o maior acidente de trabalho desse século no Brasil em perda de vidas humanas.
Logo após a o rompimento, Cidade foi até o local com colaboradores para levar doações e registrar a tragédia. De lá ele trouxe 60 litros da lama de rejeitos – o mesmo volume de água potável que deixou com os voluntários que trabalhavam na emergência.
A formalização da instalação, que inclui caixas de ferro no formato do logo da Vale, onde Cidade depositou a lama de rejeitos, foi pensada como uma referencia ao conceito de Non-site, do artista norte-americano Robert Smithson.
O curador Germano Dushá, um dos colaboradores de Cidade, assina o diário de bordo da viagem, que faz parte da instalação.
Depois da sedimentação da mente é um trabalho que cria uma abstração da catástrofe por meio dos seus resíduos.
“Entendo esse trabalho, e todos os outros da exposição, como performances que têm o deslocamento do meu corpo como fator de atuação nos gestos de registrar, arrancar, transportar e deslocar. O corpo é parte disso.”
20 x 100 x 191,5 cm e 55 x 81,5 cm
Ferro, lama de rejeito, impressão digital emoldurada e texto de parede.
Foto Filipe BerndtDepois da sedimentação da mente (2019-2020) é um projeto de Marcelo Cidade construído a partir do rompimento da barragem da Vale S.A., em Brumadinho, em 2019. O rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão foi o maior acidente de trabalho desse século no Brasil em perda de vidas humanas.
Logo após a o rompimento, Cidade foi até o local com colaboradores para levar doações e registrar a tragédia. De lá ele trouxe 60 litros da lama de rejeitos – o mesmo volume de água potável que deixou com os voluntários que trabalhavam na emergência.
A formalização da instalação, que inclui caixas de ferro no formato do logo da Vale, onde Cidade depositou a lama de rejeitos, foi pensada como uma referencia ao conceito de Non-site, do artista norte-americano Robert Smithson.
O curador Germano Dushá, um dos colaboradores de Cidade, assina o diário de bordo da viagem, que faz parte da instalação.
Depois da sedimentação da mente é um trabalho que cria uma abstração da catástrofe por meio dos seus resíduos.
“Entendo esse trabalho, e todos os outros da exposição, como performances que têm o deslocamento do meu corpo como fator de atuação nos gestos de registrar, arrancar, transportar e deslocar. O corpo é parte disso.”
Depois da sedimentação da mente (2019-2020) é um projeto de Marcelo Cidade construído a partir do rompimento da barragem da Vale S.A., em Brumadinho, em 2019. O rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão foi o maior acidente de trabalho desse século no Brasil em perda de vidas humanas.
Logo após a o rompimento, Cidade foi até o local com colaboradores para levar doações e registrar a tragédia. De lá ele trouxe 60 litros da lama de rejeitos – o mesmo volume de água potável que deixou com os voluntários que trabalhavam na emergência.
A formalização da instalação, que inclui caixas de ferro no formato do logo da Vale, onde Cidade depositou a lama de rejeitos, foi pensada como uma referencia ao conceito de Non-site, do artista norte-americano Robert Smithson.
O curador Germano Dushá, um dos colaboradores de Cidade, assina o diário de bordo da viagem, que faz parte da instalação.
Depois da sedimentação da mente é um trabalho que cria uma abstração da catástrofe por meio dos seus resíduos.
“Entendo esse trabalho, e todos os outros da exposição, como performances que têm o deslocamento do meu corpo como fator de atuação nos gestos de registrar, arrancar, transportar e deslocar. O corpo é parte disso.”
Depois da sedimentação da mente (2019-2020) é um projeto de Marcelo Cidade construído a partir do rompimento da barragem da Vale S.A., em Brumadinho, em 2019. O rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão foi o maior acidente de trabalho desse século no Brasil em perda de vidas humanas.
Logo após a o rompimento, Cidade foi até o local com colaboradores para levar doações e registrar a tragédia. De lá ele trouxe 60 litros da lama de rejeitos – o mesmo volume de água potável que deixou com os voluntários que trabalhavam na emergência.
A formalização da instalação, que inclui caixas de ferro no formato do logo da Vale, onde Cidade depositou a lama de rejeitos, foi pensada como uma referencia ao conceito de Non-site, do artista norte-americano Robert Smithson.
O curador Germano Dushá, um dos colaboradores de Cidade, assina o diário de bordo da viagem, que faz parte da instalação.
Depois da sedimentação da mente é um trabalho que cria uma abstração da catástrofe por meio dos seus resíduos.
“Entendo esse trabalho, e todos os outros da exposição, como performances que têm o deslocamento do meu corpo como fator de atuação nos gestos de registrar, arrancar, transportar e deslocar. O corpo é parte disso.”