Blocão é um trabalho colaborativo com a crítica de arte Glória Ferreira e a artista Juliana Franklin. A obra é uma seleção de 80 frases polêmicas proferidas por políticos e personalidades da mídia impressas em 30 mil folhas de papel de aproximadamente um metro quadrado organizadas em uma pilha. O público pode escolher uma frase para levar com eles.
Para a individual Histórias Frias e Chapa Quente, a dupla cobriu a fachada da galeria com as frases como se fosse om Outdoor.
Sobre a fachada da Vermelho, Albergaria cria uma grade de cabos de aço que emprega a sequencia aditiva criada por Fibonacci. A sequência de Fibonacci está intrinsecamente ligada à natureza. Estes números são facilmente encontrados no arranjo de folhas no caule de plantas, em copas das arvores ou até no número de pétalas de algumas flores. Esta sequência dá origem à “regra de ouro” empregada por arquitetos e artistas na criação de proporções ditas “corretas” e harmônicas.
Iván Argote esculpiu a frase Let´s Make a History of Hopes na fachada da galeria. A frase também serviu de título para a primeira exposição individual do artista colombiano no Brasil. Foi uma abertura sugestiva combinando várias das ideias que permearam a mostra. Ao contrário de projetos anteriores apresentados nesta tela de 8 x 15 m que contém conceitos e ideias de inúmeros projetos de outros artistas, Let’s Write a History of Hopes faz o oposto de escrever, subtraindo camadas da fachada para revelar a frase desnudando vestígios de projetos anteriores.
”Como o que faz uma multidão mudar o mundo, ou, ao menos, parte de suas histórias? O que a transforma numa enchente que tudo carrega e arrasta, sem medir sua própria força? O que a torna um monstro incontornável, capaz de atormentar até mesmo o algoz mais inescrupuloso? As massas são constituídas de centenas, milhares ou milhões de indivíduos que, em geral, não representam grande perigo ao sistema quando isolados. Entretanto, para nossa sorte ou nosso azar, cada um deles carrega um fragmento importante da corrente do DNA do monstro, que se perde ou se recupera em outro ponto da cadeia, perpetuando seu dinamismo e mantendo-o sempre na flor da idade. Terrível e maravilhoso.” Rosângela Rennó
A fonte Fraktur aparece em diversos trabalhos da exposição Ponto Final em diferentes contextos, como aqueles ligados à construção da identidade nacional de um povo, grupo ou gueto, ou como forma de exclusão e racismo. Na fachada da galeria, a fonte Tennenbaum, da família Fraktur, foi utilizada para reescrever a frase “Ordem e Progresso” da bandeira brasileira.
De todos os elementos que compõem a pesquisa atual de Ianês, revelados pelo conjunto de obras que compõem o Ponto Final, a família tipográfica Fraktur, seu uso atual e histórico, constitui um dos elementos centrais da exposição. As fontes Fraktur são o expoente mais importante do grupo das chamadas letras góticas. Na Holanda, no Reino Unido e especialmente na Alemanha, esse tipo de letra foi uma expressão dominante até meados do século XX. Hoje continua a ser amplamente usado em tatuagens, nomes de jornais, logotipos de bebidas, identidades de bandas e por grupos góticos.
Na individual “Neste Lugar”, Daniel Senise montou uma maquete na fachada da Vermelho, e reproduziu o hall de entrada da galeria, sugerindo um jogo metalinguístico.
Esse jogo nasceu na instalação “Parede com 5 buracos”, criada por Senise para o projeto “Travessias 2 – Arte Contemporânea na Maré”, na favela da Maré [RJ, 2013]. A referência a essas grandes instituições é literal. A obra foi apresentada sobre uma parede localizada na entrada do espaço expositivo, com cinco buracos por onde podia-se ver as maquetes idênticas às salas de museus, como o Musée D’Orsay [Paris], o MoMA [Nova York], o National Gallery [Londres], e o MAM RJ [Rio de Janeiro]. No último buraco, o observador visualizava o espaço onde ele se encontrava. Segundo o artista, a obra revela algo comum nos dias de hoje que é a substituição da presença real decorrente da democratização da informação.
A obra de Fogarasi aborda temas como arquitetura, economização das cidades e culturalização dos espaços públicos, (des) construindo por meio de vários
procedimentos a idéia de cidade nos países europeus. Seus trabalhos conjugam diferentes expectativas e demandas relacionadas ao espaço urbano, apontando para o comprometimento do artista com a arquitetura do espaço.