A Galeria Vermelho apresenta, de 23 de outubro a 15 de novembro de 2008, FORTUNA E RECUSA ou UKYIO-E (a imagem de um mundo flutuante), individual da artista Ana Maria Tavares (salas 1 e 2), e A Ordem dos Tratores não altera o Viaduto instalação de Marcelo Cidade (sala 4). Simultaneamente será inaugurado o CÍCERA projeto de reforma da casa de número 364, da Rua Minas Gerais, criado e desenvolvido pelo artista mexicano Héctor Zamora. O local abrigará ateliês e, no futuro, um programa de residência artística.
Ana Maria Tavares (1958) tem em seu currículo uma longa trajetória artística que envolve exposições nos mais importantes museus brasileiros e no mundo. Suas obras pertencem a importantes coleções institucionais e privadas, e freqüentemente a artista é convidada para integrar mesas de discussão e palestras.
FORTUNA E RECUSA ou UKYIO-E (a imagem de um mundo flutuante) é a primeira individual da artista na Vermelho. A obra de Tavares estabelece uma clara relação com a arquitetura modernista brasileira, criando um fluxo dinâmico entre desenho, projeto, escultura e arquitetura. Recentemente, essas características tornaram-se ainda mais intensas com a introdução de elementos que, por um lado transformaram as características convencionais do objeto/escultura em partes funcionais, chamados por Tavares de “estruturas de suporte para o corpo”, e, por outro, fez do espaço expositivo um local familiar e reconhecível, ao mesmo tempo que suspenso no tempo/espaço, alinhando-se a uma realidade virtual.
Em sua produção recente, a artista tem se inspirado em elementos retirados de espaços como hospitais e academias de ginástica. Ela se apropria também de elementos encontrados em espaços de passagem, como estações de metrô, aeroportos, salas de estar, salas de espera e centros comerciais. A pesquisa desses locais de trânsito, utilizados diariamente por um grande número de pessoas, pode ser considerada estrutural na obra de Tavares, e revela o comportamento coletivo em ambientes regulados por regras estáveis. A distração e a indiferença pareceram ser o estado mais comum de habitar tais locais. Como conseqüência, as simulações de ambientes compostos por peças funcionais (bancos, poltronas, colunas, e etc), imagens em movimento (vídeos e animações 3D), e peças sonoras, sugerem ao observador um estado de repouso, de suspensão ou simplesmente de realidade congelada, como se fosse possível habitar uma natureza morta. Estes espaços adquiriram uma natureza perturbadora e transformaram-se em locais onde o visitante pode se perguntar: “onde estou?”; “o que estou fazendo?”; “para onde vou?”. Para tais perguntas a artista sugere a seguinte resposta: “partimos, mas ainda não chegamos” .
Em FORTUNA E RECUSA ou UKYIO-E (a imagem de um mundo flutuante), Tavares agregou elementos da cultura japonesa às instalações e vídeos que compõem a exposição, criando espaços flutuantes que rompem com a linearidade das dinâmicas diárias, propondo um território de suspensão, uma rachadura no tempo/espaço. Na instalação, Massagem para olhos cariocas (2008), por exemplo, máscaras de massagem para os olhos e bancos de aço inox criam um local onde os visitantes poderão relaxar a visão, limpando o olhar das afecções diárias.
A partir disso, a artista convida o visitante a observar o espaço suspenso entre superfície e volume que aparece nas séries TAN’MONOS (Delight), OBI (Deny), e OBI (Desire), criadas a partir de seda pura japonesa utilizada na confecção de quimonos. Ou em Fortuna (2008), instalação na qual Tavares compilou palavras retiradas do inglês como, fortoken (presságio), foretell (prever), foresee (prenunciar) ou forecast (prognosticar), todas com caráter de antever ou pressagiar acontecimentos e ações futuras. O título da instalação não remete apenas ao significado associado aos bens materiais que um individuo pode eventualmente acumular, mas principalmente, ao caráter de boa sorte ou infortúnio, de ventura, êxito e adversidade que a palavra concentra. A instalação foi criada com 25 placas de acrílico recortado sobrepostas sobre uma superfície espelhada que remete a uma “fonte dos desejo”, sugerindo os paradoxos da vida contemporânea.
Tavares apresenta também a obra OBI Mantra (2008), composta por 40 módulos de pastilhas de aço inox 5 x 5 cm cada, formando pequenos quadros de aproximadamente 40 x 50 cm com moldura em alumínio prata. O conjunto dos Mantras foi inspirado no padrão da seda OBI geométrica. Neles, aparecem as palavras desire – deserve – delight – ukiyo-e gravadas em aço inox polido, e que, devido a técnica de gravação, desaparecem em certos ângulos, reaparecendo conforme o deslocamento do observador.
A Galeria Vermelho apresenta, de 23 de outubro a 15 de novembro de 2008, FORTUNA E RECUSA ou UKYIO-E (a imagem de um mundo flutuante), individual da artista Ana Maria Tavares (salas 1 e 2), e A Ordem dos Tratores não altera o Viaduto instalação de Marcelo Cidade (sala 4). Simultaneamente será inaugurado o CÍCERA projeto de reforma da casa de número 364, da Rua Minas Gerais, criado e desenvolvido pelo artista mexicano Héctor Zamora. O local abrigará ateliês e, no futuro, um programa de residência artística.
Ana Maria Tavares (1958) tem em seu currículo uma longa trajetória artística que envolve exposições nos mais importantes museus brasileiros e no mundo. Suas obras pertencem a importantes coleções institucionais e privadas, e freqüentemente a artista é convidada para integrar mesas de discussão e palestras.
FORTUNA E RECUSA ou UKYIO-E (a imagem de um mundo flutuante) é a primeira individual da artista na Vermelho. A obra de Tavares estabelece uma clara relação com a arquitetura modernista brasileira, criando um fluxo dinâmico entre desenho, projeto, escultura e arquitetura. Recentemente, essas características tornaram-se ainda mais intensas com a introdução de elementos que, por um lado transformaram as características convencionais do objeto/escultura em partes funcionais, chamados por Tavares de “estruturas de suporte para o corpo”, e, por outro, fez do espaço expositivo um local familiar e reconhecível, ao mesmo tempo que suspenso no tempo/espaço, alinhando-se a uma realidade virtual.
Em sua produção recente, a artista tem se inspirado em elementos retirados de espaços como hospitais e academias de ginástica. Ela se apropria também de elementos encontrados em espaços de passagem, como estações de metrô, aeroportos, salas de estar, salas de espera e centros comerciais. A pesquisa desses locais de trânsito, utilizados diariamente por um grande número de pessoas, pode ser considerada estrutural na obra de Tavares, e revela o comportamento coletivo em ambientes regulados por regras estáveis. A distração e a indiferença pareceram ser o estado mais comum de habitar tais locais. Como conseqüência, as simulações de ambientes compostos por peças funcionais (bancos, poltronas, colunas, e etc), imagens em movimento (vídeos e animações 3D), e peças sonoras, sugerem ao observador um estado de repouso, de suspensão ou simplesmente de realidade congelada, como se fosse possível habitar uma natureza morta. Estes espaços adquiriram uma natureza perturbadora e transformaram-se em locais onde o visitante pode se perguntar: “onde estou?”; “o que estou fazendo?”; “para onde vou?”. Para tais perguntas a artista sugere a seguinte resposta: “partimos, mas ainda não chegamos” .
Em FORTUNA E RECUSA ou UKYIO-E (a imagem de um mundo flutuante), Tavares agregou elementos da cultura japonesa às instalações e vídeos que compõem a exposição, criando espaços flutuantes que rompem com a linearidade das dinâmicas diárias, propondo um território de suspensão, uma rachadura no tempo/espaço. Na instalação, Massagem para olhos cariocas (2008), por exemplo, máscaras de massagem para os olhos e bancos de aço inox criam um local onde os visitantes poderão relaxar a visão, limpando o olhar das afecções diárias.
A partir disso, a artista convida o visitante a observar o espaço suspenso entre superfície e volume que aparece nas séries TAN’MONOS (Delight), OBI (Deny), e OBI (Desire), criadas a partir de seda pura japonesa utilizada na confecção de quimonos. Ou em Fortuna (2008), instalação na qual Tavares compilou palavras retiradas do inglês como, fortoken (presságio), foretell (prever), foresee (prenunciar) ou forecast (prognosticar), todas com caráter de antever ou pressagiar acontecimentos e ações futuras. O título da instalação não remete apenas ao significado associado aos bens materiais que um individuo pode eventualmente acumular, mas principalmente, ao caráter de boa sorte ou infortúnio, de ventura, êxito e adversidade que a palavra concentra. A instalação foi criada com 25 placas de acrílico recortado sobrepostas sobre uma superfície espelhada que remete a uma “fonte dos desejo”, sugerindo os paradoxos da vida contemporânea.
Tavares apresenta também a obra OBI Mantra (2008), composta por 40 módulos de pastilhas de aço inox 5 x 5 cm cada, formando pequenos quadros de aproximadamente 40 x 50 cm com moldura em alumínio prata. O conjunto dos Mantras foi inspirado no padrão da seda OBI geométrica. Neles, aparecem as palavras desire – deserve – delight – ukiyo-e gravadas em aço inox polido, e que, devido a técnica de gravação, desaparecem em certos ângulos, reaparecendo conforme o deslocamento do observador.