




























41 x 40 cm
Impressão pigmentada sobre papel Epson Sommerset RAG 250g, fuligem sobre vidro e madeira compensado Foto Galeria Vermelho
1000 x 1000 x 300 cm
Galhos secos e ferro Foto Jean Peixoto
42 x 70 cm
Monotipia em papel carbono sobre papel Saunders Waterfont 300g e madeira Foto Galeria Vermelho
182 x 60,5 x 29,5 cm
Desenho em grafite sobre PVC expandido, tinta de offset sobre pedra litográfica e ferro Foto Galeria Vermelho
182 x 60,5 x 29,5 cm
Desenho em grafite sobre PVC expandido, tinta de offset sobre pedra litográfica e ferro Foto Galeria Vermelho
123 x 75 cm (desenho) / 35 x 31 cm (fotografia)
Desenho em grafite sobre PVC expandido, impressão com pigmento mineral sobre papel Hahnemühle Photo Baryta 300g Foto Galeria Vermelho
72 x 47 x 14 cm
Pedras litográficas e ferro Foto Galeria Vermelho
96 x 128 cm
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnemühle Fine Art Photo Rag 308 gr em chapa de alumínio e gravação a laser em chapa de cobre
Foto VermelhoNa série ‘Fixos e Fluxos’, conjuntos de folhas de alumínio compostas esquematicamente mostram fotos de satélite do Deserto do Atacama. Para cada quadrante, Moscheta anexou um pequeno cobre placa com as coordenadas geográficas daquele espaço, registrado por ele durante sua passagem pela região em 2012.
A viagem de Moscheta pelo território do Atacama distancia-se a partir da visão da imagem de satélite, despojando a vastidão e os elementos naturais da viagem. Nas palavras de Moscheta, “Meu método de construção desta obra se assemelha ao dos antigos cartógrafos, onde a experiência do viajante era anterior à representação do território. O mapa era apenas produzido após a visita do cartógrafo ao local a ser mapeado, então a experiência do cartógrafo passou a fazer parte da representação.
Nesse trabalho, o olho mecânico do satélite encontra a área que visitei através de coordenadas. Meu movimento geográfico determinou a escolha da imagem – uma paisagem nunca visto antes por mim, embora houvesse as marcas de minhas botas no chão.”

56 x 52 x 17 cm
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Awagami Kozo Thick White 110g, madeira imbuia e corpo de prova em concreto Foto Edouard Fraipont A fricção entre o impulso criador da natureza e os processos de arranjo do homem aparece em “O tempo”. Uma página de enciclopédia teve trechos de seus textos apagados, dando ao texto remanescentes um caráter diferente do tom cientifico original. De sua moldura, surge acoplado um corpo de prova, elemento processado que contrasta com a natureza brutal retratada na página.
60 x 130 x 2,8 cm
Madeira, chapa de ferro oxidado, fotografia em fotolípo, pagina de enciclopédia e imãs Foto Edouard Fraipont A série que deu título à exposição “A História Natural e Outras Ruínas” (Galeria Vermelho, 2018) é composta por fragmentos de uma enciclopédia dos anos 1970 que narra a formação da terra e o desenvolvimento da vida no planeta. Nomeados como capítulos (capítulo 1, capitulo 3, etc) os trabalhos se organizam em composições de partes da enciclopédia com fotografias em fotolitos de uma indústria mineradora e chapas de aço oxidado, cuja textura lembra aquela das paisagens de montanhas de brita da mineradora. Os títulos dos capítulos da enciclopédia, que aparecem nas composições, são sugestivos: “Evolução das espécies”, “A natureza domesticada”, “Um laboratório da evolução”.

90 x 251 cm
Impressão jato de tinta e chapeiras de metal Foto Marcelo Moscheta
55,5 x 44,5 cm
Tipografia, cedro rosa, lápis conté e aquarela sobre papel Print Paper White Smooth Grain Long 335g Foto Galeria Vermelho
40 x 475 x 25 cm
Rochas coletadas na fronteira estados unidos x canadá, gravação a laser sobre PVC, saca-polia e arame de ferro Foto Toni Hafkenscheid Para “Parallel 45N”, Moscheta viajou 150 km da fronteira EUA / Canadá entre X e Y, coletando rochas conforme se deslocava. Uma linha reta traçada indiferente a elevação da terra, esta seção da fronteira corre ao longo do Paralelo 45 N, comumente conhecido como o ponto médio entre o equador e o pólo norte. A fronteira EUA / Canadá, conhecida como o “No touching zone,” é a maior linha desmatada no mundo. As rochas apresentadas aqui, são relativamente indiferentes aos conceitos de fronteiras e latitude nacionais, todavia, marcadas com as coordenadas GPS do local onde foram encontradas, marcam um momento especial em sua vida, onde descansaram entre nações como marcadores informais apátridas. Geografia, cartografia, nação, terra, identidade, ciência e afeto, se cruzam criando uma tensão entre a abstração e a materialidade.

230 x 220 x 40 cm
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel, alfinetes e 21 placas de cimento celular Foto Galeria Vermelho As imagens de uma montanha coberta com pedras e neve revelam a ação do tempo e dos ventos congelantes do Arquipélago de Svalbard, no Pólo Norte. Como um desabamento, o cenário lembra as ruínas daquilo que sobra quando o planeta é fortemente balançado. O contraste entre a coluna e as imagens cria o diálogo entre o caos e a ordem, da linha do horizonte que é paisagem e da linha vertical - ação humana sobre o mundo.
385 x 720 x 400 cm
Desenho a grafite sobre PVC, cedro amarelo e troncos de deriva Foto Galeria Vermelho O desenho com grafite sobre PVC, na exata proporção de um tronco de Cedro, cria as conexões entre a extração de madeira (uma vez que Vancouver é uma das maiores regiões extrativistas de madeira do mundo) e a ação das “First Nations”, aborígenes que praticam uma cerimônia de corte da madeira fazendo reverências e em atitude de gratidão agradecem a árvore por se tornar um totem, uma canoa, por lhes oferecer a madeira para seus usos diversos. O Cedro Vermelho é a árvore oficial da Columbia Britânica, chamado comumente de Arbor-Vitae, latim para árvore da vida.
320 x 1000 x 100 cm
Rochas coletadas na margem do rio Uruguay e parafina Foto Marcelo Moscheta A instalação “Oriente”, trata de questões relativas à constituição do território uruguaio, sua geografia e história, marcadas fortemente pela presença do Rio que dá nome ao país. Os limites definidos pelo rio são transpostos para o interior da Igreja, “refazendo” o território da República Oriental partindo do seu ponto mais ocidental - a margem esquerda do Rio Uruguay, a parte dentro do território Uruguaio (aproximadamente 500 km). Dez rochas foram coletadas na margem uruguaia do rio. Colocadas sobre um pilar de parafina branca, esses pedaços telúricos do país “flutuam” na nave da igreja e escorrem para a direita delimitando o alcance e a extensão que aquelas rochas podem ter, como se fossem o DNA da paisagem, que se replica e se amolda conforme o passar dos anos e das eras.
37 x 82 cm
Tinta pigmentada e colagem com materiais variados sob papel de arquivo, alumínio, laser, acrílico, fiação e componentes elétricos Foto Marcelo Moscheta A pequena cidade norueguesa de Ny Alesund tinha vocação mineradora e hoje é um polo de pesquisa científica no meio do mar gelado do Ártico. Os objetos desta série trazem imagens do museu do povoado e registros atuais do gelo, feitos por Moscheta durante sua visita. A luz verde que corta as imagens do passado e do presente é uma referência à realidade do lugar: todas as noites, a base de pesquisas AWIPEV acende um raio laser de cor verde na direção do espaço, fazendo com que o lugar, isolado no gelo, seja visto a quilômetros de distância.
50 x 80 cm (cada) - políptico composto por 4 peças
impressão lambda em metacrilato e isopor®
Foto Edouard Fraipont“Assim como um viajante que olha o mundo como os olhos dos românticos do Século XIX ou como os Grandes Exploradores do Ártico, eu venho fazendo instalações, intervenções, desenhos e fotografias nascidas à partir dos meus tempos em localidades remotas como o Deserto do Atacama e o Arquipélago de Svalbard, no Pólo Norte.
Através de materiais e técnicas incomuns, minhas obras focam a noção de efemeridade e dos esforços da humanidade de compreender e recriar aspectos físicos e geográficos encontrados nos ambientes naturais. Eu estou interessado na paisagem como um sistema representacional onde o homem pode medir seu próprio mundo.
Estes trabalhos da série “A Line in the Arctic”, foram realizados durante uma de minhas residências no Alto Ártico, em Spitsbergen.
Uma linha feita de fita adesiva é esticada no chão na tentativa de seguir o paralelo e o meridiano exato para o norte, o sul, o leste e o oeste. Mas o sinal do GPS de última geração que eu carregava é um tanto traiçoeiro em tão altas latitudes, o que ocasiona uma dúvida sobre a veracidade da ação, apesar da marcação do aparelho ser entendida como extremamente precisa.
Estas obras nos falam sobre as falhas e incoerências que temos em nossa tentativa de medir e colocar o mundo num grid matemático, sobre os parâmetros que na maioria dos casos parecem deslocados da situação real e característica encontrada na paisagem natural.”
Marcelo Moscheta, 2012

50 x 80 cm (cada) - políptico composto por 4 peças
impressão lambda em metacrilato e isopor®
Foto Edouard Fraipont“Assim como um viajante que olha o mundo como os olhos dos românticos do Século XIX ou como os Grandes Exploradores do Ártico, eu venho fazendo instalações, intervenções, desenhos e fotografias nascidas à partir dos meus tempos em localidades remotas como o Deserto do Atacama e o Arquipélago de Svalbard, no Pólo Norte.
Através de materiais e técnicas incomuns, minhas obras focam a noção de efemeridade e dos esforços da humanidade de compreender e recriar aspectos físicos e geográficos encontrados nos ambientes naturais. Eu estou interessado na paisagem como um sistema representacional onde o homem pode medir seu próprio mundo.
Estes trabalhos da série “A Line in the Arctic”, foram realizados durante uma de minhas residências no Alto Ártico, em Spitsbergen.
Uma linha feita de fita adesiva é esticada no chão na tentativa de seguir o paralelo e o meridiano exato para o norte, o sul, o leste e o oeste. Mas o sinal do GPS de última geração que eu carregava é um tanto traiçoeiro em tão altas latitudes, o que ocasiona uma dúvida sobre a veracidade da ação, apesar da marcação do aparelho ser entendida como extremamente precisa.
Estas obras nos falam sobre as falhas e incoerências que temos em nossa tentativa de medir e colocar o mundo num grid matemático, sobre os parâmetros que na maioria dos casos parecem deslocados da situação real e característica encontrada na paisagem natural.”
Marcelo Mocheta, 2012

50 x 80 cm (cada) - políptico composto por 4 peças
impressão lambda em metacrilato e isopor®
Foto Edouard Fraipont
50 x 80 cm (cada) - políptico composto por 4 peças
impressão lambda em metacrilato e isopor®
Foto Edouard Fraipont“Assim como um viajante que olha o mundo como os olhos dos românticos do Século XIX ou como os Grandes Exploradores do Ártico, eu venho fazendo instalações, intervenções, desenhos e fotografias nascidas à partir dos meus tempos em localidades remotas como o Deserto do Atacama e o Arquipélago de Svalbard, no Pólo Norte.
Através de materiais e técnicas incomuns, minhas obras focam a noção de efemeridade e dos esforços da humanidade de compreender e recriar aspectos físicos e geográficos encontrados nos ambientes naturais. Eu estou interessado na paisagem como um sistema representacional onde o homem pode medir seu próprio mundo.
Estes trabalhos da série “A Line in the Arctic”, foram realizados durante uma de minhas residências no Alto Ártico, em Spitsbergen.
Uma linha feita de fita adesiva é esticada no chão na tentativa de seguir o paralelo e o meridiano exato para o norte, o sul, o leste e o oeste. Mas o sinal do GPS de última geração que eu carregava é um tanto traiçoeiro em tão altas latitudes, o que ocasiona uma dúvida sobre a veracidade da ação, apesar da marcação do aparelho ser entendida como extremamente precisa.
Estas obras nos falam sobre as falhas e incoerências que temos em nossa tentativa de medir e colocar o mundo num grid matemático, sobre os parâmetros que na maioria dos casos parecem deslocados da situação real e característica encontrada na paisagem natural.”
Marcelo Mocheta, 2012

50 x 80 cm (cada) - políptico composto por 4 peças
impressão lambda em metacrilato e isopor®
Foto Edouard Fraipont“Assim como um viajante que olha o mundo como os olhos dos românticos do Século XIX ou como os Grandes Exploradores do Ártico, eu venho fazendo instalações, intervenções, desenhos e fotografias nascidas à partir dos meus tempos em localidades remotas como o Deserto do Atacama e o Arquipélago de Svalbard, no Pólo Norte.
Através de materiais e técnicas incomuns, minhas obras focam a noção de efemeridade e dos esforços da humanidade de compreender e recriar aspectos físicos e geográficos encontrados nos ambientes naturais. Eu estou interessado na paisagem como um sistema representacional onde o homem pode medir seu próprio mundo.
Estes trabalhos da série “A Line in the Arctic”, foram realizados durante uma de minhas residências no Alto Ártico, em Spitsbergen.
Uma linha feita de fita adesiva é esticada no chão na tentativa de seguir o paralelo e o meridiano exato para o norte, o sul, o leste e o oeste. Mas o sinal do GPS de última geração que eu carregava é um tanto traiçoeiro em tão altas latitudes, o que ocasiona uma dúvida sobre a veracidade da ação, apesar da marcação do aparelho ser entendida como extremamente precisa.
Estas obras nos falam sobre as falhas e incoerências que temos em nossa tentativa de medir e colocar o mundo num grid matemático, sobre os parâmetros que na maioria dos casos parecem deslocados da situação real e característica encontrada na paisagem natural.”
Marcelo Mocheta, 2012

141 x 192 x 100 cm
Ferro, computadores e monitores antigos, componentes elétricos e vídeo Foto Galeria Vermelho
300 x 300 x 270 cm
Instalação - 2000 tags de papel escritas à mão, alumínio, estantes de ferro, lâmpadas fluorescentes, fios elétricos, caixas poliondas e carimbos sobre papel Foto Galeria Vermelho
300 x 600 x 300 cm
55 desenhos à grafite sobre PVC expandido, ferro, cabos de aço, manta magnética e acrílico Foto Galeria Vermelho “Deslocando Territórios: Projeto Para a Fronteira Brasil/Uruguay” representa um trajeto solitário feito pelo artista pela zona fronteiriça dos pampas, em toda a extensão da fronteira entre os dois países. Sua experiência reflete o resgate da memória da paisagem, por meio do recolhimento de pedras classificadas, desenhadas e organizadas em seguida. Sua obra questiona os limites e a permanência de fronteiras num ambiente natural que é anterior a qualquer identidade nacional e cultural. Sua exposição foi realizada na cidade de Pelotas, mais especificamente no Museu de Arte Leopoldo Gotuzo, durante o mês de julho e depois como parte da 8ª Bienal do Mercosul, realizada em Porto Alegre entre setembro e dezembro de 2011
28 x 44 cm
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnemühle Photo Rag 300g Foto Reprodução
105 x 188 cm
Desenho em grafite sobre placa de PVC Foto Marcelo Moscheta
“Minha relação com a paisagem repousa numa tentativa primeira de construir um lugar ideal, uma imitação da natureza como retrato fiel das relações de perfeição e equilíbrio. Quero assim, abarcar todas as possibilidades de entender um local, não somente por meios sensíveis como o desenho ou a fotografia, mas através de formas racionais de se entender lugar: latitude, longitude, altitude, cálculos matemáticos e referências técnico/científicas.
Os mistérios da força que age em segredo na natureza são recriados, por vezes de maneira brutal, outras, de forma delicada e quase imperceptível, num ato de compreender de maneira integral a matéria da qual somos formados” – Marcelo Moscheta.
Entre suas exposições individuais, destacam-se Hiato (Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília, 2021), Rejeito (FAMA, Itú, 2020), Transumantes (SESC Pompéia, São Paulo, 2018), A História Natural e Outras Ruínas (Galeria Vermelho, São Paulo, 2018), Erosão Diferencial (Museu de Arte Contemporânea de Campinas, 2017), Arrasto (Casa do Bandeirante, São Paulo, 2015), Potências de 10 (Museus de Arte do Rio, Rio de Janeiro, 2013), Norte (Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2012) e Contra.Céu (Capela do Morumbi, São Paulo, 2010).
Exposições institucionais recentes incluem Intermingling Flux (Guangzhou Image Triennial, China, 2021), Passado/Futuro/Presente (Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2019), Amazônia: Os Novos Viajantes (Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia, São Paulo), Contemporary Brazilian Art from the Museum of Modern Art (Phoenix Art Museum, Phoenix, EUA, 2017), Situações: a instalação no acervo da Pinacoteca (Pinacoteca do Estado, São Paulo, 2016), Open Sessions 6 (The Drawing Room, Nova York, EUA, 2015) e Rocks, Stones, and Dust (University of Toronto Art Centre, Canadá, 2015)
Moscheta recebeu diversos prêmios e bolsas de pesquisa, incluindo The Pollock-Krasner Foundation Grant (2017), The Drawing Center Open Sessions Program (2015), Bolsa Estímulo FUNARTE (2014), Prêmio de Fotografia Marc Ferrez (2012) e o Prêmio Pipa/Júri Popular em 2010, entre outros.
O seu trabalho encontra-se representado em diversas coleções privadas e institucionais, como: El Museo del Barrio (Nova York, EUA), Jameel Art Center (Dubai), Kunstpatrimonium (Bruxelas, Bélgica), Museo de La Solidariedad Salvador Allende (Santiago, Chile), Pinacoteca do Estado (São Paulo), Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro), Museu de Arte Moderna (São Paulo), Museu de Arte Contemporânea da USP (São Paulo) e Instituto Figueiredo Ferraz (Ribeirão Preto).
“Minha relação com a paisagem repousa numa tentativa primeira de construir um lugar ideal, uma imitação da natureza como retrato fiel das relações de perfeição e equilíbrio. Quero assim, abarcar todas as possibilidades de entender um local, não somente por meios sensíveis como o desenho ou a fotografia, mas através de formas racionais de se entender lugar: latitude, longitude, altitude, cálculos matemáticos e referências técnico/científicas.
Os mistérios da força que age em segredo na natureza são recriados, por vezes de maneira brutal, outras, de forma delicada e quase imperceptível, num ato de compreender de maneira integral a matéria da qual somos formados” – Marcelo Moscheta.
Entre suas exposições individuais, destacam-se Hiato (Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília, 2021), Rejeito (FAMA, Itú, 2020), Transumantes (SESC Pompéia, São Paulo, 2018), A História Natural e Outras Ruínas (Galeria Vermelho, São Paulo, 2018), Erosão Diferencial (Museu de Arte Contemporânea de Campinas, 2017), Arrasto (Casa do Bandeirante, São Paulo, 2015), Potências de 10 (Museus de Arte do Rio, Rio de Janeiro, 2013), Norte (Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2012) e Contra.Céu (Capela do Morumbi, São Paulo, 2010).
Exposições institucionais recentes incluem Intermingling Flux (Guangzhou Image Triennial, China, 2021), Passado/Futuro/Presente (Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2019), Amazônia: Os Novos Viajantes (Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia, São Paulo), Contemporary Brazilian Art from the Museum of Modern Art (Phoenix Art Museum, Phoenix, EUA, 2017), Situações: a instalação no acervo da Pinacoteca (Pinacoteca do Estado, São Paulo, 2016), Open Sessions 6 (The Drawing Room, Nova York, EUA, 2015) e Rocks, Stones, and Dust (University of Toronto Art Centre, Canadá, 2015)
Moscheta recebeu diversos prêmios e bolsas de pesquisa, incluindo The Pollock-Krasner Foundation Grant (2017), The Drawing Center Open Sessions Program (2015), Bolsa Estímulo FUNARTE (2014), Prêmio de Fotografia Marc Ferrez (2012) e o Prêmio Pipa/Júri Popular em 2010, entre outros.
O seu trabalho encontra-se representado em diversas coleções privadas e institucionais, como: El Museo del Barrio (Nova York, EUA), Jameel Art Center (Dubai), Kunstpatrimonium (Bruxelas, Bélgica), Museo de La Solidariedad Salvador Allende (Santiago, Chile), Pinacoteca do Estado (São Paulo), Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro), Museu de Arte Moderna (São Paulo), Museu de Arte Contemporânea da USP (São Paulo) e Instituto Figueiredo Ferraz (Ribeirão Preto).
Marcelo Moscheta
1976. São José do Rio Preto
Vive e trabalha em Coimbra aonde está desenvolvendo a sua pesquisa de Doutorado (PhD) em arte contemporânea
Exposições Individuais
2023
– Mise en abyme – Gallery NOSCO- Bruxelas – Bélgica
– Atravessar a Matéria do Tempo – Ci.CLO Porto Photography Biennial – Porto – Portugal
– De onde vêm os nomes – Instalação permanente Sesc Itaquera – São Paulo – Brasil
2022
– De onde vêm os nomes [Instalação permanente] – Sesc Itaquera – São Paulo – Brasil
– Marcelo Moscheta. Teach Us to Sit Still – Colégio das Artes – Coimbra – Portugal
2021
– Marcelo Moscheta. Hiato – Centro Cultural Banco do Brasil [CCBB] – Brasília – Brasil
– Oréades – Embaixada de Portugal em Brasília – Brasília – Brasil
2020
– Marcelo Moscheta. Rejeito – Fábrica de Arte Marcos Amaro – Itú – Brasil
2018
– Marcelo Moscheta e Bjarne Fostervold. La piel de los días. Crónicas de afectos y resistências – Centro Cultural Juan de Salazar – Assunção – Paraguai
– Marcelo Moscheta: Transumantes – Sesc Pompéia – São Paulo – Brasil
– Marcelo Moscheta: a história natural e outras ruínas – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2017
– Marcelo Moscheta: Plano Inclinado – SIM Galeria – Curitiba – Brasil
– Marcelo Moscheta: Erosão Diferencial – Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MAC) – Campinas – Brasil
2016
– Marcelo Moscheta: Sete Quedas – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2015
– 218 a. C. – Galleria Riccardo Crespi – Milão – Itália
– Arrasto – Casa do Bandeirante – São Paulo – Brasil
– Carbono 14 – SIM Galeria – Curitiba – Brasil
2013
– 1.000 km, 10.000 Anos – Galeria LEME – São Paulo – Brasil
– Potências de 10 – Casa da Imagem – São Paulo – Brasil
– Potências de 10 – Museus de Arte do Rio (MAR) – Rio de Janeiro – Brasil
– Inverno – Intervenções VII – Museu Lasar Segall – São Paulo – Brasil
2012
– Norte – Paço Imperial – Rio de Janeiro – Brasil
2011
– Atlas – Galeria Leme – São Paulo – Brasil
2010
– Mare Incognitum – Centro Universitário Mariantonia – São Paulo – Brasil
– Contra.Céu – Capela do Morumbi – São Paulo – Brasil
2009
– Terra Incognita – Galeria Riccardo Crespi – Milão – Itália
– Gravity – Galeria Leme – São Paulo – Brasil
– A New Method for Assisting the Invention in the Composition of Clouds – British Council – São Paulo – Brasil
2008
– Latitude – Galerie Anita Beckers – Frankfurt – Alemanha
2007
– [ Z E R O ] – Léo Bahia Arte Contemporânea – Belo Horizonte – Brasil
– STILL – Paço das Artes – São Paulo – Brasil
2006
– III Mostra do Programa de Exposições – Centro Cultural São Paulo (CCSP) – São Paulo – Brasil
2005
– Desabitados – Galeria Baobá – Fundação Joaquim Nabuco – Recife – Brasil
– Notícias da existência do Mundo – Fundação Jaime Câmara – Goiânia – Brasil
2004
– Sobre tudo o que se deve guardar – Museu de Arte Contemporânea de Campinas – Campinas – Brasil
2003
– O livro da memória – Galeria de Arte da UNAMA – Belém – Brasil
2002
– Um súbito desejo de voar – Conjunto Cultural da Caixa – São Paulo – Brasil
Exposições Coletivas
2023
– A certain instance of verrition – Fundação Leal Rios – Lisboa – Portugal
– Cartografia da Sombra – Pedro Vaz + Marcelo Moscheta – Kubik Gallery – Porto – Portugal
2022
– Diante-Dentro. Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira – BF 22 – Museu Municipal de Vila Franca de Xira – Vila Franca de Xira – Portugal
– Comer a montanha – Galeria de Arte da Universidade de Lisboa – Lisboa – Portugal
– Paisagem sob inventário – Museu de Artes Visuais [MAV] – Campinas – Brasil
– Expeditions: Territory, Climate and Species – Centro Cultural de la Moneda [CCLM] – Santiago – Chile
– Slippage – 601Artspace – Nova York – EUA
– É Primavera no Paço – Paço dos Duques de Cadaval – Tentúgal – Portugal
– Contar o tempo – Mariantonia – São Paulo – Brasil
– Viva Brasil! – Colégio das Artes – Coimbra – Portugal
– Coleção Sartori — A arte contemporânea habita Antônio Prado – Museu de Arte do Rio Grande do Sul [MARGS] – Porto Alegre – Brasil
2021
– Mutirão – Nowhere Lisboa – Lisboa – Portugal
– Intermingling Flux. The Guangzhou Image Triennial 2021 – Guangdong Museum of Art – Guangdong – China
2020
– Educação pela Pedra – Museu Paranaense – Curitiba – Brasil
2019
– Educação pela Pedra – Galeria Vicente do Rego Monteiro – Recife – Brasil
– Arquivos Órfãos. Poéticas de adoção e re-existências de imagens – MAC Campinas – Campinas – Brasil
– Contos de Curiosidades – Naturais e Artificiais- Casarão 34 – João Pessoa – Brasil
– Coleções no MuBE: Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz. Construções e Geometrias – Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MUBE) – São Paulo – Brasil
– Passado/Futuro/Presente: Arte contemporânea brasileira no acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Museu de Arte
– Exposição Novas Aquisições no MAM – Museu de Arte Moderna (MAM SP) – São Paulo – Brasil
2018
– Fracture Zone – International Symposium on Eletronic Art – Durban – África do Sul
– Amazônia: Os Novos Viajantes – Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MUBE) – São Paulo – Brasil
2017
– Água – Sesc Belenzinho – São Paulo – Brasil
– Past/Future/Present: Contemporary Brazilian Art from the Museum of Modern Art, São Paulo – Phoenix Art Museum – Phoenix – EUA
– Artistas Finalistas da 6ª edição do Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas – Museu Brasileiro da Escultura (MUBE) – São Paulo – Brasil
– Topografias Intermitentes – Casa Nova Arte e Cultura Contemporânea – São Paulo – Brasil
– Metrópole: experiência Paulistana – Estação Pinacoteca – São Paulo – Brasil
– Aqua. Les artistes contemporains et l’enjeu de l’eau – Château de Penthes (Pregny-Chambésy) – Genebra – Suíça
2016
– Coletiva – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Anthropocene – Galleria Riccardo Crespi – Milão – Itália
– Focus – Ch.ACO 2016 (Projeto Especial) – Edificio Las Condes Design – Santiago – Chile
– Toda janela é um projétil, é um projeto, é uma paisagem – SIM Galeria – Curitiba – Brasil
– Situações: a instalação no acervo da Pinacoteca – Pinacoteca do Estado de São Paulo – São Paulo – Brasil
– Natureza Franciscana – Museu de Arte Moderna (MAM SP) – São Paulo – Brasil
– Vértice – Coleção Sérgio Carvalho – Centro Cultural Correios – São Paulo – Brasil
– Clube da Gravura: 30 anos – Museu de Arte Moderna (MAM) – São Paulo – Brasil
– Everything you are I am not: Latin American Contemporary Art from the Tiroche Delein Collection – Mana Contemporary Glass Project – Jersey City – EUA
2015
– Everything you are I am not – Mana Wynwood Convention Center – Miami – EUA
– Fotos contam Fatos – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– A Arte e a Ciência: nós entre os extremos – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo – Brasil
– Open Sessions 6 – The Drawing Room – Nova York – EUA
– Nature. Arte ed Ecologia – Galleria Civica de Trento – Trento – Brasil
– Rocks, Stones, and Dust – University of Toronto Art Centre – Toronto – Canadá
– Singularidades/Anotações: Rumos Artes Visuais 1998 – 2013 – Paço Imperial – Rio de Janeiro – Brasil
– Vértice – Coleção Sérgio Carvalho – Centro Cultural Correios Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – Brasil
– Luz do Mundo – Bienal Internacional de Curitiba – Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC) – Curitiba – Brasil
– Destino dos Objetos – Fundação Vera Chaves Barcellos – Porto Alegre – Brasil
– Name It By Trying To Name It: Opens Session 2014-15 – The Drawing Center, Nova York, EUA
– Sustainable Connections – The Illy Sustainart World – La Triennale de Milano – Milão – Itália
– VERBO 2015 – Mostra de Performance Arte (11ª edição) – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Vértice – Coleção Sérgio Carvalho – Museu Correios – Brasília – Brasil
– Ficções – Caixa Cultural Rio de Janeiro (Galeria 3) – Rio de Janeiro – Brasil
– 30 Artistas Selecionados da 5ª Edição do Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça – MAC Ibirapuera – São Paulo – Brasil
– Equalizador Para Horizontes Distantes – SESC Jundiaí – Jundiaí – Brasil
– Resquicios – Carmen Araújo Arte – Caracas – Venezuela
– Open Sessions: Drawing in the Context/Field – Queens Museum – Queens – NY – EUA
2014
– Afetividades Eletivas – Centro Cultural Minas Tênis Clube – Belo Horizonte – Brasil
– Transbordamentos: Arte, Espaço e Urbanidade na Estação Pinacoteca – Pinacoteca do Estado de São Paulo – São Paulo – Brasil
– Vancouver Biennale – Crossing Borders – Shipbuilder’s Square – Vancouver – Canadá
– Magnetic North: artists and the Arctic Circle – UBS Building – Nova Iorque – EUA
– II Bienal de Montevideo: 500 anos de futuro – Iglesia de San Francisco de Assis – Montevideo – Uruguai
– Frestas – Trienal de Arte Contemporânea – SESC Sorocaba – Sorocaba – Brasil
– SituaçõesBrasília 2014– Museu Nacional da República – Brasília – Brasil
– Língua Franca: Art from Brazil – The Place Downstairs – Londres – Inglaterra
– Singularidades/Anotações: Rumos Artes Visuais – Itaú Cultural – São Paulo – Brasil
– 10 Anos do Prêmio Aquisição – Centro Cultural São Paulo (CCSP) – São Paulo – Brasil
– Duplo Olhar – Paço das Artes – São Paulo – Brasil
– I Bienal MASP Pirelli de Fotografia – Museu Oscar Niemeyer – Curitiba – Brasil
2013
– Artic – Louisiana Museum of Modern Art – Copenhagen – Dinamarca
– I Bienal MASP Pirelli de Fotografia – Museu de Arte de São Paulo (MASP) – São Paulo – Brasil
– Fronteiras Incertas – Arte e Fotografia na Coleção do MAC USP – MAC USP – São Paulo – Brasil
– A Imagem Adquirida – Museu de Arte Contemporânea (MAC) – Goiânia – Brasil
– Reinventando o Mundo – Museu Vale – Vila Velha – Brasil
– Brasil Vívido – Sotheby’s S2 – Novo Iorque – EUA
– Coleção Itaú de Fotografia Brasileira – Palácio das Artes – Belo Horizonte – Brasil
2012
– Mas allá de la xilografia – Museo de la Solidaridad Salvador Allende – Santiago – Chile
– Coleção BGA – Brazilian Golden Art – Museu Brasileiro de Escultura (MUBE) – São Paulo – Brasil
– 12ª Mostra Internacional de Arte Gas Natural Fenosa – MACUF – La Coruña – Espanha
– Uma Coleção de Arte Contemporânea para Josefa Óbidos – Galeria NovaOgiva – Óbidos – Portugal
– Coleção Itaú de Fotografia Brasileira – Paço Imperial – Rio de Janeiro – Brasil
– Além da Forma – Instituto Figueiredo Ferraz – Ribeirão Preto – Brasil
– Instável – Paço das Artes – São Paulo – Brasil
2011
– 8ª Bienal do Mercosul – Cadernos de Viagem – CAIS A7 – Porto Alegre – Brasil
– Na Other Place – Galerie Lelong – Nova Iorque – EUA
– Fotógrafos Viajantes – Plataforma Revólver – Lisboa – Portugal
– Deslocando Territórios – Fronteira Brasil – Uruguai – Pelotas – Brasil
– O Colecionador de Sonhos – Instituto Figueiredo Ferraz – Ribeirão Preto – Brasil
– 30º Arte Pará – Museu Paraense Emílio Goeldi – Belém – Brasil
– Mapas Invisíveis – Caixa Cultural – São Paulo – Brasil
– Superfície Mundo – Atelie Aberto – Campinas – Brasil
– Realidades: desenho contemporâneo brasileiro – SESC Pinheiros – São Paulo – Brasil
– Memoria Variabile – Galeria Riccardo Crespi – Milão – Itália
2010
– Convivências: 10 anos da Bolsa Iberê Camargo – Fundação Iberê Camargo – Porto Alegre – Brasil
– Prêmio PIPA 2010 – Museu de Arte Moderna (MAM) – Rio de Janeiro – Brasil
– Ponto de Equilíbrio – Institute Tomie Ohtake – São Paulo – Brasil
– Natura e Destino – Galleria Riccardo Crespi – Milão – Itália
– Realism – Adventure of Reality – Kunsthalle Emden – Emden
– Realism – Adventure of Reality – Kunsthalle der Hypo Kulturstiftung – Munique – Alemanha
– Paisagem Incompleta – Centro Cultural USIMINAS – Ipatinga – Brasil
2009
– XV Bienal de Cerveira – Vila Nova de Cerveira – Portugal
– 7éme Biennale International de Gravure Contemporaine de Liège – Museum of Modern and Contemporary art of Liège – Liège – Bélgica
– Prêmio Porto Seguro de Fotografia 2009 – Espaço Porto Seguro Fotografia – São Paulo – Brasil
– PARALLÉLES // 22º S 50º N – Museu de Arte Contemporânea (MAC) – Campinas – Brasil
– Rumos Artes Visuais – Instituto Itaú Cultural – São Paulo – Brasil
– Rumos Artes Visuais – Paço Imperial – Rio de Janeiro – Brasil
– PROJETO 79>09 – Museu de Arte Contemporânea (MAC) – Campinas – Brasil
2008
– Alguns aspectos do desenho contemporâneo – SESC Pinheiros – São Paulo – Brasil
2007
– CONTRL_C + CONTRL_V – SESC Pompéia – São Paulo – Brasil
– Novas aquisições da Coleção Gilberto Chateaubriand – Museu de Arte Moderna (MAM) – Rio de Janeiro – Brasil
2006
– Coleção Gilberto Chateaubriand: um século de Arte Brasileira – Pinacoteca do Estado de São Paulo – São Paulo – Brasil
– Coleção Gilberto Chateaubriand: um século de Arte Brasileira – Museu de Arte Moderna (MAM) – Rio de Janeiro – Brasil
– Coleção Gilberto Chateaubriand: um século de Arte Brasileira – Museu Oscar Niemeyer – Curitiba – Brasil
– FIAT Mostra Brasil – Fundação Bienal de São Paulo – São Paulo – Brasil
– Coletiva do Programa de Exposições – Centro Cultural São Paulo (CCSP) – São Paulo – Brasil
– É Hoje – Santander Cultural – Porto Alegre – Brasil
2005
– Fotografia Conceitual – Espaço Cultural Sérgio Porto – Rio de Janeiro – Brasil
– Afinidades Eletivas – Espaço Cultural CPFL – Campinas – Brasil
2004
– 29º Salão Nacional de Arte de Ribeirão Preto (MARP) – Ribeirão Preto – Brasil
– Seja lá onde for – Museu de Arte Contemporânea (MAC) – Americana – Brasil
– Acervo MAC – Museu de Arte Contemporânea (MAC) – Campinas – Brasil
– Para ver (des)perto – Galeria da FAV – Goiânia – Brasil
2003
– Cada um dos pedaços – AteliêAberto – Campinas – Brasil
– Prêmio La Joven Estampa03 – Casa de Las Américas – Havana – Cuba
2002
– 59º Salão Paranaense – Museu de Arte Contemporânea (MAC) – Curitiba – Brasil
– XXIX Salão de Arte Jovem – Galeria CCBEU – Santos – Brasil
2001
– La Huella del Correo – Centro Cultural de La PUC de Quito – Quito – Equador
– 31º Salão de Arte Contemporânea – Engenho Central Piracicaba – Piracicaba – Brasil
2000
– Formandos de 1999 – Artes Plásticas – Galeria de Arte UNICAMP – Campinas – Brasil
1999
– Prêmio La Joven Estampa `99 – Casa de Las Américas – Havana – Cuba
– I Mostra Internacional de Mini Gravura de Vitória – Museu de Arte do Espirito Santo (MAES) – Vitória – Brasil
Exposições permanentes– De onde vêm os nomes – Sesc Itaquera – São Paulo – Brasil
Residências
2023
– Grande Vale do Côa – Festival de arte na paisagem CÔA – Corredor das Artes – Vale do Côa – Portugal
2016
– FLORA ars+natura – Bogotá – Colômbia
– Labverde, Art Immersion in the Amazon – Manaus – Brasil
2014/2015
– The Drawing Center – Nova Iorque – EUA
2014
– Vancouver Biennale – Vancouver – Canadá
– 2ª Bienal de Montevideo – Montevideo – Uruguai
2013
– CURRENTS – China
2012
– Plataforma Atacama – Deserto de Atacama – Chile
2011
– The Arctic Circle 2011 – Svalbard – Noruega
– 8ª Bienal do MERCOSUL – Cadernos de Viagem – Fronteira Brasil / Uruguai
2009
– XV Bienal de Cerveira – Vila Nova de Cerveira – Portugal
2007
– Bolsa Iberê Camargo 2007 – École des Beaux-Arts de Rennes – Rennes – França
Prêmios e Subvenções
2017
– Pollock-Krasner Foundation Grant 2017 – Nova York – EUA
2016
– PROAC Artes Visuais (Obras e Exposições) – São Paulo – Brasil
– ICCO / SP-Arte de Residência Artistica – São Paulo, e Flora Ars+Natura – Bogotá, Colômbia
2014
– Bolsa FUNARTE de Estímulo à produção em Artes Visuais 2014 – Brasil
2013
– Prêmio ArtNexus EFG Bank – SP-Arte – São Paulo – Brasil
2012
– XII Prêmio FUNARTE Marc Ferrez de Fotografia – FUNARTE – Brasil
– II Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea – Ministério das Relações Exteriores – Brasil
2010
– Prêmio PIPA 2010 (Juri Popular) – Museu de Arte Moderna (MAM) – Rio de Janeiro – Brasil
2009
– 13º Cultura Inglesa Festival – British Council – São Paulo – Brasil
– Prix 7ème Biennale International de Gravure Contemporaine – Musée d’Art Moderne et d’Art Contemporain de la Ville de Liège – Liège – Bélgica
2008
– Prêmio Aquisição Shopping Iguatemi – SP Arte – São Paulo – Brasil
2007
– Prêmio Aquisição 9º Salão Nacional Victor Meirelles – MASC – Florianópolis – Brasil
2006
– Prêmio Aquisição – Programa Anual de Exposições – Centro Cultural São Paulo (CCSP) – São Paulo – Brasil
– Prêmio Aquisição – XII Salão de Pequenos Formatos – Galeria de Arte da UNAMA – Belém – Brasil
2005
– Prêmio Aquisição 12º Salão da Bahia – Museu de Arte Moderna (MAM) – Salvador – Brasil
– Prêmio Referência Especial – 30º Salão de Arte de Ribeirão Preto – Museu de Arte de Ribeirão Preto (MARP) – Ribeirão Preto – Brasil
2004
– Prêmio Aquisição – 4º Salão Nacional de Artes de Goiás – Flamboyant Shopping Goiânia – Goiânia – Brasil
2003
– Prêmio Aquisição – MAC Campinas – Campinas – Brasil
– Prêmio Aquisição – IX Salão de Pequenos Formatos – Galeria de Arte UNAMA – Belém – Brasil
2002
– Prêmio Aquisição – Edital Revelação 2002 – MAC Campinas – Campinas – Brasil
– Prêmio Estímulo – 5º Prêmio Revelação Artes Plásticas – Museu de Arte Contemporânea (MAC) – Americana – Brasil
2001
– Prêmio Aquisição – Secretaria de Estado da Cultura – 5º Salão de Artes Plásticas de Londrina – Londrina – Brasil
Coleções Públicas e Privadas abertas ao público
The New York Public Library, Nova York, EUA
Museu de Artes Visuais [MAV], Universidade Estadual de Campinas – Brasil
Art Jameel Collection – Arábia Saudita e Emirados Árabes
Museo del Barrio – Nova York – EUA
Kunstpatrimonium – Patrimoine Artistique – Art Collection – Bélgica
Deutsche Bank – Nova Iorque – EUA
Lhoist Collection – Bruxelas – Bélgica
RNA Foundation – Moscou – Rússia
Musée d’art Moderne et d’art Contemporaine – Liege – Bélgica
Museu de la Solidariedad Salvador Allende – Santiago – Chile
Pinacoteca do Estado de São Paulo – São Paulo – Brasil
Coleção Gilberto Chateaubriand – Museu de Arte Moderna (MAM) – Rio de Janeiro – Brasil
Museu de Arte Moderna (MAM) – São Paulo – Brasil
Museu de Arte Contemporânea (MAC) USP – São Paulo – Brasil
Museu de Arte Moderna (MAM) – Salvador – Brasil
Museu de Arte Contemporânea (MAC) Sorocaba – Sorocaba – Brasil
Museu de Arte Contemporânea (MAC) Goiânia – Goiânia – Brasil
Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC) – José Pancetti – Campinas – Brasil
Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) – Florianópolis – Brasil
Itaú Cultural – São Paulo – Brasil
Coleção de Arte da Cidade de São Paulo (Pinacoteca Municipal) – São Paulo – Brasil
Instituto Figueiredo Ferraz – Ribeirão Preto – Brasil
Galeria Haidèe Santamaria – Casa de las Américas – Havana – Cuba
Estampría Quiteña – Quito – Equador
Galeria de Arte da UNAMA – Coleção Graça Landeira – Belém – Brasil
Galeria de Arte da Faculdade de Artes Visuais de Goiânia – Goiânia – Brasil
Coleção Fundação Jaime Câmara – Goiânia – Brasil
Sesc São Paulo – São Paulo – Brasil
Acercar-se dos trabalhos de Marcelo Moscheta implica, quase sempre, indagar sobre como eles se fazem, sejam imagens ou objetos. Embora atraiam e encantem o olhar por algo que não se reduz à fala – sendo, portanto, da ordem do intransitivo que é próprio da experiência estética –, eles invocam a vontade de saber procedimentos e origens. Vontade de saber quais são os gestos que, traçados em tempos e espaços precisos, produzem o que se é dado a ver nos ambientes em que são expostos. E dentre as principais dessas ações – explícitas ou somente sugeridas em seus trabalhos – está a de mover-se a pé ao longo de um território, prática intuitivamente usada para conhecer um lugar, sejam quais forem os meios posteriormente empregados para apoiar ou registrar a geração desse saber. Seja na região dos Pampas, no deserto do Atacama, no Ártico ou ao longo das margens do rio Tietê, entre outras mais localidades atravessadas pelo artista como prática de criar, o caminhar é gesto fundante de sua obra recente, sem contudo tornar os desenhos, objetos, textos e instalações que faz meros vestígios ou documentos das derivas que os precedem. O que é condição essencial dos trabalhos não apaga o protagonismo e a potência de afeto do que dela resulta.
Ter no deslocamento frequente no espaço e na observação dos lugares por onde passa aspectos centrais de sua prática filia Marcelo Moscheta a uma tradição artística que inclui e ata Situacionistas, praticantes da land art e demais criadores peripatéticos. Faz de sua atuação, assim como as desses outros, algo próximo daquela que é própria dos cartógrafos. Faz dele, como de seus pares, um descritor de espaços pelos quais se sente de alguma forma próximo. E consequentemente faz, de seus trabalhos, espécies de mapas. Afinal, o que tanto esses artistas quanto os cartógrafos de profissão praticam é percorrer um território e anotar aquilo que mais chama sua atenção no trajeto, valendo-se, para isso, de ferramentas próprias a seus ofícios. Não é à toa que com tanta frequência apareça, nos trabalhos de Marcelo Moscheta, a ideia de traduzir, em meios que são próprios ao domínio da arte, o interesse em apreender os lugares que com seu corpo atravessa. O interesse em medir, com a dimensão humana de seu corpo e com os instrumentos criativos de que dispõe, espaços que são da escala da paisagem.
É próprio de qualquer processo cartográfico, contudo, que eleições e exclusões de características do ambiente atravessado sejam feitas, posto que mapas não se confundem com os territórios neles descritos, sendo antes modelos para conhecer-se um pouco deles. Mapas são abstrações de espaços que geram conhecimento empírico ou simbólico sobre esses espaços, formas de apreensão de algo que sempre escapa a intenções de total tradução ou captura. Nisso, mapas e criações artísticas se assemelham: uns e outras partilham a incompletude de sua natureza. Diferenciam-se, no entanto, em um crucial aspecto. A despeito da impossibilidade de totalizar seu objeto de investigação, é próprio dos mapas ocultar tais limites, apresentando-se, no mais das vezes, como representação plena e imparcial de um território. Trabalhos de arte, por sua vez, usualmente revelam a natureza fragmentada e singular da experiência de deixar-se afetar por um lugar, recusando ser sua tradução inteira. Há um certo silêncio na arte, uma recusa à fala escorreita; condição que é traço de ambição e também de recato, sugestão de uma forma de conhecimento que somente a experiência estética oferta. Como mapeadores, artistas escolhem sinalizadores de seu deambular, marcos que assinalem os interesses que surgem de seus embates com os variados territórios que percorrem. Na trajetória de Marcelo Moscheta, são pedras que mais e mais surgem como elementos que assinalam sua passagem por esses lugares. Pedras que são, ao mesmo tempo, parte e resumo de paisagens encontradas; coisas concretas e metáforas inventadas.
São vários os trabalhos do artista em que pedras assumem esse lugar central de pesquisa e exibição, de procura e partilha, de trajeto e paragem. Um dos mais sintéticos em sua clareza muda talvez seja o chamado Deslocando territórios: Projeto para a fronteira Brasil/Uruguay. Ocupando larga extensão de piso e o rebatimento na parede contígua de área semelhante, o trabalho exibe, postas sobre o chão, cinco dezenas de pedras que Marcelo Moscheta recolheu em viagens feitas ao longo da divisa entre os dois países. Arrumadas em colunas e linhas imaginárias sobre o piso, trazem etiquetas que identificam a localização exata onde foram achadas, de acordo com o aparelho de GPS que o artista então usava. Não existe a pretensão, contudo, de reproduzirem ali seu ordenamento original no espaço, aproximando pedras que estavam distribuídas em países distintos e afastando outras que eram antes avizinhadas. Ao deslocar as pedras de seus lugares de origem e mudar com tal gesto, minimamente que seja, os territórios onde elas antes se encontravam, Marcelo Moscheta embaralha demarcações que são menos naturais do que arbitrárias. Mistura de lugares que é ainda reforçada pelos desenhos de grafite sobre PVC arranjados também em grade sobre a parede, como se fossem rebatimento bidimensional das pedras dispostas sobre o chão. Um olhar menos ligeiro revela, porém, que não existe uma correspondência unívoca entre uns e outras, parecendo sugerir que, deste arranjo novo e sem nexos claros, outros territórios – mais acidentados e fluidos – possam ser imaginados.
Outra coleta de pedras, incluindo fragmentos de derivados seus produzidos pelo homem – concreto, paralelepípedo, asfalto – foi feita pelo artista ao longo de caminhadas percorrendo toda a extensão do rio Tietê, de sua nascente à sua foz, no estado de São Paulo. Percurso que foi também aquele feito pelos Bandeirantes mais de dois séculos antes, desbravando terras e escravizando ou matando povos indígenas em nome da geração de riqueza para poucos libertos e brancos. Investigação cartográfica que é, portanto, natural e política, de agora e do passado, e que tem nos minerais achados e escolhidos marcos possíveis para narrar esses fatos. Individualmente identificados com a localização exata de onde foram encontrados, esses fragmentos foram expostos, como artefatos arqueológicos, em duas grandes estantes, postas de um lado e de outro de um grande desenho, também feito em grafite sobre PVC, de uma queda d’água que dia existiu no Tietê, evocando as margens direita e esquerda do rio paulista. Cachoeira que há tempos não existe mais, extinta que foi pela acomodação da água represada do rio necessária à geração de energia. Uma lembrança de que há muito, e por motivos vários, o Tietê gradualmente morre. O nome Arrasto, que dá título ao trabalho, ecoa não somente o movimento forte e fluido das águas, mas a destruição incessante do leito por onde o líquido corre, comprometido por sujeira e mau uso.
Nesses dois trabalhos, escolhidos em meio a outros aparentados, parece haver a clareza da vontade de extrair um tipo que conhecimento que só existe na matéria dura das pedras. A intenção, mesmo que não claramente formulada, de aprender com elas, tomando, da matéria mineral, lições sobre as formas humanas de organizar-se. Intenção de identificar formas de conhecer o mundo político no que está disposto na paisagem cartografada, aproximando-se daquilo que João Cabral de Melo Neto propunha em seu poema “A educação pela pedra”:
Uma educação pela pedra: por lições;
para aprender da pedra, frequentá-la;
captar sua voz inenfática, impessoal
(pela de dicção ela começa as aulas).
A lição de moral, sua resistência fria
ao que flui e a fluir, a ser maleada;
a de poética, sua carnadura concreta;
a de economia, seu adensar-se compacta:
lições de pedra (de fora para dentro,
cartilha muda), para quem soletrá-la.
Outra educação pela pedra: no Sertão
(de dentro para fora, e pré-didática).
No Sertão a pedra não sabe lecionar,
e se lecionasse não ensinaria nada;
lá não se aprende a pedra: lá a pedra,
uma pedra de nascença, entranha a alma.
Traço central do poema, e também dos trabalhos de Marcelo Moscheta, é o fato de não existir transparência dos significados que o contato com a pedra gera, e sim, ao contrário, opacidade. A pedra como metáfora, talvez, da própria arte. Afinal, é no embate pessoal com as palavras e com a produção artística que cada um pode, no uso de suas capacidades, desejos e memórias, formular sentidos próprios do mundo que são irredutíveis a outras formas. Porque se fosse possível traduzi-los em outros modos, se fosse possível explicar com clareza sobre o que tratam essas expressões escritas ou visuais e como elas atuam sobre cada um que entra em atrito com elas, não haveria nem mesmo a necessidade de existirem assim organizadas. A educação pela pedra, diz o poeta, “é pré-didática”. Como os trabalhos de Marcelo Moscheta mais mostram que provam, a arte que realmente conta é uma que frustre e desafie um conhecimento que se pensava já ter. É aquela que instala uma pedagogia do desaprender. Uma arte que importa é aquela que, paradoxalmente, deseduca, ensinando a quem ela afeta a olhar de novo o entorno que se julgava ser já sabido. É aquela que provoca erosão, que constrói destruindo, que aposta no encontro inesperado entre coisas e corpos. Que deseja o que está por vir, o que pouco ainda se sabe.
Texto da exposição Erosão diferencial, 2017.
“Se puderes olhar, vê, Se puderes ver, repara” J. Saramago
“Lama, cristais de sal, rocha, água” R. Smithson
Embora não existam relatos concretos sobre os primórdios da pintura, sabe-se que esta nasce “em negativo”. Plínio, o Velho, em sua “História Natural”, conta-nos o episódio de uma jovem, filha de um artífice de Corinto (Grécia) que, enamorada por um rapaz prestes a deixar a cidade, teria fixado por meio de linhas, o perfil do amante projetado na parede, à luz de uma candeia.
Constituindo talvez um dos mais incertos e misteriosos episódios da história da arte, onde tudo se presta a conjecturas, nele se concretiza muito daquilo que ainda hoje entendemos por “imagem”: entre presença e ausência, simulacro e substituição.
Se a sombra está na origem da pintura, o negativo está na origem da fotografia, a qual, séculos mais tarde, acrescenta uma nova possibilidade ontológica: uma imagem é também vestígio material de um referente, “traço” ou “índice”.
Ocorrem-me estas duas “narrativas da origem”, afastadas entre si, a propósito do que Marcelo Moscheta nos apresenta em “Plano Inclinado”, a sua 2a exposição individual na SIM Galeria. Não por se tratar de uma exposição que versa sobre disciplinas específicas, antes pelo contrário, a proposta que Moscheta nos traz é parte de um exercício pós-moderno da escultura, isto é, a superação da disciplina e a ideia de que é possível realizar todas as modalidades possíveis do procedimento artístico, mesmo aquelas que pertencem a outro domínio, do antropológico, do documental, da mera recolecção, inventariação, do arquivo, do cinemático.
Laboratório de ensaio da arte contemporânea, a que alguns autores chamam de “arte-como-coisa-sem-nome”, a escultura desenvolveu-se no último século por várias outras vias que tornam o seu estatuto um lugar permanente de negociação. O filme, o vídeo e a fotografia agregaram-lhe a possibilidade de não deixar de ser escultura, mas poder ser também objeto e instalação, de se organizar no plano ficcional, abordar o diferido, a ausência e a não representação.
Posto isto, é possível que nos equivoquemos se olharmos para o trabalho de Marcelo Moscheta a partir do rigor clínico e mineral que o aproxima das ciências exatas. Porque atentando somente para esta “exterioridade”, deixaremos de observar o quanto está próximo dessa erótica dos primórdios, memória de um corpo ausente, de que nos falava Plínio, O Velho.
Em suma, deixaremos de enxergar um aspeto significativo que é a operação do “imaginário”, essa “guloseima canibal que transforma o real”, que tanto instigou Freud.
De um modo geral, o trabalho de Moscheta opera nesta dialética ou tensão, e julgo que um único trabalho desta exposição é capaz de falar por toda esta complexidade, da mesma forma que uma pedra pode falar sobre a paisagem geológica a que pertence.
Intitulado “Memória Gráfica”, em referência ao conjunto de pedras litográficas que o artista encontrou quebradas de modo irregular nas suas bordas, trata-se de uma instalação que ocupa um espaço destacado da galeria, e organiza à sua volta todos os trabalhos restantes.
A ideia que nos dá, é que através dos fragmentos podemos compor mentalmente uma pequena cordilheira imaginária de “cheios” e “vasados”, numa operação artística que une o desenho ao objeto, como parte de um mesmo sistema linguístico. O dinamismo que confere ao espaço, relaciona-se não apenas a esta operação, mas também a uma ideia de origem e destino final, de nós, do mundo.
Como refere Moscheta “este trabalho procura transformar a memória contida na superfície da pedra, que um dia foi berço de inúmeras reproduções, em uma nova e última estampa, negra. Segue acumulando imagens em camadas e mais camadas, como que um palimpsesto de todas as anteriores. Um jogo cíclico entre a ideia de reprodução e de origem”.
O desenho de grafite sobre um fundo negro, rebate e multiplica o horizonte mental da exposição, como uma “superfície de projeção” onde a meticulosidade do arranjo formal abre para uma deliberada alienação da possibilidade expressiva, e destitui inclusive a dimensão cognitiva da técnica.
Esta sensibilidade do trabalho de Marcelo Moscheta, em que o legado conceitual é atravessado pelo sentimento problemático da sua própria historicidade – porque o presente não se adensa nem deposita memória -, torna-se aqui um exercício de ir e voltar. É este movimento que perpetuamente refaz a nossa relação erótica com a imagem, entre presença e ausência.