A Vermelho apresenta o grupo dinamarquês SUPERFLEX com a exposição FREE BEER, projeto que abre a fórmula da bebida e aborda as estratégias e dinâmicas econômicas que regem a sociedade. O nome do projeto, concebido em colaboração com estudantes da Universidade de Copenhague, foi extraído de uma frase do guru do Software Livre, o norte-americano Richard Stallman, “free as in free speech, not as in free beer”, e está associada à idéia do software livre como liberdade de expressão aplicada a um produto real.
A galeria Vermelho apresenta, de 23 de outubro a 17 de novembro de 2007, a exposição individual de Daniel Senise.
Dos 123 artistas que em 1984 participaram da emblemática exposição “Como vai você, Geração 80?”, no Parque Lage, Rio de Janeiro, poucos são os que até hoje permanecem ativos e atuantes no cenário da arte contemporânea. Daniel Senise (1955), que participou da mostra ao lado de Ana Maria Tavares, Beatriz Milhazes e Mônica Nador, é um desses artistas que incorporou as transformações ocorridas no campo da arte nas últimas décadas, renovando técnicas e métodos, instrumentos de sua pintura, mantendo-a atual e vigorosa.
Desde dezembro de 2006, Daniel Senise faz parte da lista de artistas representados pela Vermelho. Segundo Gabriel Pérez-Barreiro, atual curador da Bienal do Mercosul, as obras de Senise revelam uma “grande preocupação com a pintura”. Senise constrói suas telas por meio de procedimentos e técnicas, nos quais, frequentemente, incorpora elementos extraídos de seu ateliê, em cujo piso ele estende a superfície das telas para que acumulem sujeira, pó e resíduos, que, posteriormente, passam a fazer parte do padrão geral e da elaboração da obra.
Para tratar dos espaços intermediários entre as pessoas, coisas e eventos, objetivo inicial de Senise na atual seleção de trabalhos na Vermelho, o artista parte do espaço tangível que o rodeia, apresentando arquiteturas incertas que se apropriam de interiores desolados de edifícios abandonados. É o que se vê, por exemplo, na obra “Soft and Hard” (2007), imensa tela de 250 x 465cm, que ocupará parte do andar térreo da galeria. Na obra, Senise cria um espaço fictício que não apenas tem a arquitetura como referência mas que retira dela parte dos elementos que passam a constituir a materialidade da obra. Além de “Soft and Hard” serão apresentadas outras três monotipias, “Ici et Ailleurs”, “Pavda” e “Numero Deux” da mesma série; “Sala de TV” aquarela composta por 1.484 partes, e três colagens, todos trabalhos de 2007.
Segundo o historiador português Bernardo Pinto de Almeida, os procedimentos usados por Senise em suas novas obras provocam no observador uma vertigem do visível causando a sensação de havermos chegado um pouco depois, ou ainda, antes do verdadeiro acontecimento. Nesse sentido, as pinturas de Senise remetem ao espaço do devir e configuram campos que constituem revelações momentâneas que conectam duas realidades distintas. Para Almeida, um acontecimento é a coincidência de um tempo com um espaço, a pintura de Daniel Senise opera no campo da dês-coincidência, apresentando-se como um não-acontecimento, como um gesto sutil, imperceptível, que ameaça a ordem do visível.
A galeria Vermelho apresenta, de 18 de setembro a 11 de outubro de 2007, as exposições individuais Le désespoir du singe de Manuela Marques e Araucária Angustifólia de Gabriela Albergaria.
Embora vivendo em cidades diferentes, Marques (Paris) e Albergaria (Berlim e Lisboa) encontraram formas de estabelecer um diálogo entre as duas individuais que apresentam na Vermelho, sem, entretanto, descaracterizar suas pesquisas pessoais. Não houve uma divisão espacial estabelecida. Há trabalhos de Marques que aparecem junto às obras de Albergaria e vice-versa estabelecendo um diálogo entre as fotografias da primeira e as instalações da segunda.
Manuela Marques elaborou a exposição a partir de uma única imagem, a de um macaco que a artista intitulou de “Le désespoir du singe”. Esse é o nome dado, no francês coloquial, à araucária (araucária angustifolia). É sobre a idéia do retrato e da paisagem que se articula o conjunto de imagens apresentadas na individual.
Distinta da série vista na exposição “Hora Aberta”, em 2004, a primeira da artista na Vermelho, quando apresentou fotografias, em grandes dimensões que abordavam a idéia de suspensão, agora os personagens retratados por Marques exprimem retração e concentração sobre si mesmos, evocando o movimento centrífugo do mundo. As fotografias de paisagens (vegetais, água, terra…), por outro lado, remetem a uma idéia de expansão, contrária à serie anterior, colonizando, com esse movimento, a totalidade da superfície fotográfica. Embora polifônicas, as dez imagens que compõem a exposição criam um diálogo entre dois antagonismos, ou seja, entre os movimentos de contenção e de expansão. A imagem que estabelece o elo de ligação é a de um homem jovem caminhando e se imbricando no mundo vegetal.
Usando meios simples e, às vezes, extremamente reduzidos, a maior parte dos trabalhos de Marques têm a capacidade de revelar uma presença potente e inquieta, como se exageradamente interiorizadas, sem que se saiba, no final, do que tratam verdadeiramente. Entretanto, há sempre um assunto por mais íntimo ou imperceptível que seja. Para Marques, não é tanto a restituição de um traço ou a captação do real que importa, procedimento latente em toda a fotografia. A artista lida com a fotografia como um estar no mundo de forma recolhida, muda, que não se revela imediatamente, mas que, entretanto, não o ignora, mantendo-o à margem para revelar sua essência.
Já Gabriela Albergaria, para essa exposição, usou o Parque Nacional do Buçaco, localizado no centro de Portugal, como um dos locais pesquisados por ser um dos primeiros sítios de aclimatação de plantas vindas das colônias portuguesas. Lá, a artista encontrou a “Araucária Angustifólia”, árvore que inspirou a criação do políptico que dá título à mostra, um desenho a lápis composto por dez partes. O trabalho sobre a flora tropical desenvolvido pelo paisagista Burle Marx também influenciou sua pesquisa e aparece materializado na grande instalação que ocupa, junto às fotografias e aos desenhos, o andar térreo da galeria. Nele, pedaços de árvores distintas, originárias ou não do Brasil, são enxertados criando um único tronco de aproximadamente 6 metros que ocupa o espaço. Os troncos de árvores utilizados foram podadas pelo departamento de parques e jardins da Prefeitura de São Paulo e cedidos à artista.
Durante os últimos anos, Albergaria desenvolve uma pesquisa que tem a história dos jardins como ponto de partida para intervenções que se desdobram em fotografias, desenhos, esculturas e instalações. Nesse sentido, a colonização das plantas em território adverso, como metáfora de uma idéia de desenvolvimento social e de evolução, norteou as investigações da artista na criação das obras que compõem sua primeira exposição individual no Brasil.
Dentro da trajetória artística de Albergaria, um momento particularmente representativo foi a residência realizada, em 2000, no Kunstkerhaus Bethanien, em Berlim. Lá, a artista desenvolveu seus primeiros modelos de jardins criados a partir de memórias de sua infância, que pretendiam evocar no observador uma percepção infantil sobre a paisagem. Posteriormente, essa idéia se transformou e a configuração dos jardins se transformou em um instrumento, em um sintoma de uma certa forma de observar o mundo. Em seus estudos, Albergaria percebeu que, na Europa Pós-Renascentista, a configuração dos jardins refletia características do pensamento racionalista. Portanto, de uma forma de estar no mundo.
A galeria Vermelho apresenta, de 14 de agosto a 06 de setembro de 2007, a exposição Quando ramos são subtraídos de André Komatsu.
Em Quando ramos são subtraídos, André Komatsu propõe, a partir de “Marco 1”, instalação em formato de farol no espaço central do andar térreo da galeria, uma revisão arqueológica dos conceitos que, desde os anos 60, permeiam os processos de criação artística e seus produtos. Instalação apresentada originalmente em 2006, no Projeto Bolsa Pampulha do Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), “Marco 1” cria uma válvula pulsante no espaço expositivo e alude à idéia de contenção e de expansão que norteia a exposição como um todo. Como um farol que orienta embarcações, a luz emitida pela instalação, uma lâmpada de alta pressão de mercúrio giratória estabelece um ritmo que vaza para espaços não determinados previamente pelo artista, e sugere uma das camadas de interpretação em Quando ramos são subtraídos. Projetando luz e criando sombras, ela aponta para a história e revela a materialidade dos objetos que ocupam o cubo branco, como os restos de paredes demolidas, tijolos e blocos de cimento que compõem a série “Informe Publicitário” (2006). Sobre esses dejetos, o artista escreve palavras como “finalizado”, “novo” ou “fino” (ver imagens no PDF em anexo). Na obra, Komatsu utiliza a idéia do ready-made mas devolve ao objeto sua materialidade e história original. O significado das palavras em português aponta para atual fetichização do objeto artístico.
A Vermelho apresenta, de 14 de agosto a 06 de setembro de 2007, a exposição 30 M de Rogério Canella.
Em 30 M Rogério Canella apresenta 11 imagens de sua série de fotografias Linha 4, intitulada à partir da nova linha de metrô de São Paulo, que unirá a Estação da Luz à Vila Sônia, região sudoeste da cidade, e cujo percurso, segundo a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), será todo feito de forma subterrânea.
Para criar as imagens, em sua maioria grandes formatos, Canella visitou mais de doze canteiros de obra (estações e túneis de ventilação), localizados sob grandes avenidas da cidade de São Paulo. O artista se concentrou apenas na primeira das três etapas que, ainda segundo o Metrô, dividem os trabalhos dessas grandes construções. Nela, o solo é preparado e estruturas são criadas para a entrada da SHIELD, escavadeira que perfura a terra e cria os túneis que ligam uma estação à outra. Como em séries anteriores, Canella fotografa esses espaços em transição, desprovidos da presença humana. No caso da Linha 4, o artista revela ao olhar a gigantesca transformação por que passa a cidade, mas que, por ocorrer no subterrâneo, escapa à visão.
Comunismo da Forma: Som + Imagem + Tempo – A Estratégia do Vídeo Musical propõe uma investigação das possibilidades apresentadas pelo formato do vídeo musical. Não se trata de uma mostra de videoclipes, mas de uma tentativa de discutir as possibilidades e a presença da linguagem do clipe na produção artística contemporânea. A curadoria é de Fernando Oliva e Marcelo Rezende. A abertura acontece dia 20/7, às 20h (com lançamento do livro Comunismo da Forma – Som, Imagem e Política da Arte). A exposição fica em cartaz até 4/8, na Galeria Vermelho.
Os artistas foram convidados a se apropriar da linguagem do videoclipe, estabelecendo uma relação criativa com seus três principais elementos: imagem, som (música) e tempo (duração). Segundo os curadores, apresentou-se a possibilidade de construir um diálogo com o repertório emocional e a memória do espectador. “Não se trata mais de elaborar um discurso teórico ou curatorial em torno do vídeo musical como expressão artística. O clipe se coloca agora como uma real forma de expressão dentro da indústria, se aproximando muito do cinema em sua primeira fase”, escrevem eles no texto do projeto. “Como uma mídia ‘bastarda’ da TV e do cinema, os vídeos musicais se tornaram algo mais do que um gênero: resultado de sua velocidade de produção e exibição — e o fato de ser um produto de consumo gerado e exigido pela indústria — , passaram a ser habitados por artistas capazes de vencer as limitações da mídia. O videoclipe, com a ausência de hierarquia entre o velho e o novo, o tecnológico e o artesanal, coloca em movimento todo o repertório do mundo.”
A exposição reúne uma série de trabalhos inéditos, produzidos especialmente para o projeto, a pedido dos curadores. A maioria dessas obras nunca foi exibida no Brasil, caso da nova produção dos eslovenos do Laibach; do coletivo mexicano Nuevos Ricos; da dupla inglesa Iain Forsyth & Jane Pollard; e da videoarte do cineasta tailândes Apichatpong Weerasethakul. A exibição traz ainda uma série de vídeos da suíça Pipilotti Rist, artista pioneira que se voltou para o formato do clipe no momento em que a MTV estreava nos EUA, no início da década de 1980. No total, a mostra abriga criações de cerca de 30 artistas, entre brasileiros e estrangeiros. Também produziram vídeos recentes Ricardo Carioba, Rodrigo Matheus, Sara Ramo, Naiah Mendonça e Tetine, entre outros (veja lista completa ao final deste release).
Será lançado, complementando a exposição, no dia da abertura (20/7), o livro Comunismo da Forma – Som, Imagem e Política da Arte), pela coleção Situações (Alameda Editorial), organizado pelos curadores. O volume não é um catálogo, mas uma publicação que debate os temas levantados pelo projeto por meio de ensaios e entrevistas, textos que refletem a respeito da força do império das imagens quando este se une a uma nem sempre descartável canção para criar um comentário sobre a política e a sociedade. Entre os autores que participam estão Anselm Jappe (filósofo italiano, autor de L’avant-garde inacceptable : Réflexions sur Guy Debord), Nicolas Bourriaud (curador e crítico francês, autor de Estética Relacional e Post-Production), Charity Scribner (autora de Requiem for Communism), Alexei Monroe (líder do coletivo esloveno NSK e autor de Interrogation Machine: Laibach and NSK), Earl Miller (curador canadense) e os curadores Marcelo Rezende e Fernando Oliva (com artigos e uma entrevista recente com Nicolas Bourriaud, realizada em São Paulo).
A Galeria Vermelho apresenta, de 1 a 30 de junho, a exposição Matiz Vertical, individual de Tiago Judas.
Em Matiz Vertical, instalação que dá título a exposição, Tiago Judas, 28, estabelece uma relação entre o concretismo, movimento surgido nos anos 50, que se baseava no abstracionismo geométrico, e a fragilidade de seu próprio corpo. A instalação é composta por um relevo em madeira que apresenta as características retiradas do concretismo, nas cores verde e vermelho, e por um vídeo, com as mesmas dimensões, no qual o artista redefine, com seu corpo, desenhos no espaço que remetem a formas geométricas, e que ao mesmo tempo, as subvertem.
Em “Painéis de Comando”, o artista cria duas engenhocas em madeira que remetem a cenários de filme B e ao desenho industrial. Em “Caminho Interno”, duas esculturas, no formato de tênis, confundem a passagem na entrada da galeria e apontam para movimentos internos que não pressupõe deslocamento. Além disso, Judas apresenta também, “INFINITO-D”, HQ composto por 10 desenhos onde o personagem principal, Zé, o marceneiro, sai em busca da cadeira perfeita e, conseqüentemente, seu lugar no mundo. Há também “Sangue e Clorofila”, série de quatro aquarelas, e “kipá”, série de 5 esboços transformados em serigrafias. Nelas, Judas coloca sobre o papel sua percepção do espaço mental. O título da série remete apenas ao ponto de apoio do boné sobre a cabeça. Além desses trabalhos, Tiago Judas apresenta, na abertura da exposição, a performance “FUGA COMPLEMENTAR”.
A série de trabalhos que compõem Matiz Vertical, todos criados em 2007, revelam a trajetória pessoal de Tiago Judas que se apropria de elementos retirados da história da arte e os mistura com a cultura do HQ e do realismo fantástico.
A Galeria Vermelho apresenta, de 28 de abril a 26 de maio, Pausa, exposição individual de Chiara Banfi.
Pausa apresenta uma série de 11 novos trabalhos, além da instalação NEVE, CAMPO, LAGOA, RIO e DELTA são alguns dos títulos da nova série de trabalho criados em marchetaria. Neles, Banfi dá continuidade a sua pesquisa com formas orgânicas, se utilizando, dessa vez, de diferentes tipos de madeira e de laca.
A Galeria Vermelho, em colaboração com o Goethe-Institut São Paulo, apresenta, de 3 a 21 de Abril, a exposição individual do artista alemão Julian Rosefeldt.
Rosefeldt, que participou da 26ª Bienal de São Paulo, em 2004, apresenta a filme-instalação “Asylum” (2001/2002), que aborda a imigração ilegal na Alemanha reunificada e é composta por nove filmes de duração variada, captados em 16 mm (cinco deles serão apresentados na Vermelho).
Para criar a obra, que conta com 120 figurantes, Rosefeldt visitou asilos de estrangeiros, bares e instituições, e entrevistou centenas de refugiados em situação irregular na Alemanha. De acordo com o artista, a obra pretende confrontar o observador com seus ideais de mundo, questionando por um lado a idéia de estrangeiro, e por outro, o absurdo dos comportamentos diários, ritualizados e automatizados, que sugerem a ilusão de individualidade. Na instalação nada acontece por acaso. O movimento dos “atores” foi completamente coreografado e ensaiado, e aparece no deslocamento repetitivo, monótono e sem fim de entregadores de jornal, de vendedores de rosa, de prostitutas. Na seqüência das mulheres albanesas, por exemplo, são usados aspiradores de pó, que retiram areia de uma estufa de cactos. Como Sísifo, os protagonistas de “Asylum” estão submetidos ao absurdo de repetir, indefinidamente, atividades sem sentido, personificando a batalha da humanidade em busca de um sentido para a vida.
Além de “Asylum”, Rosefeldt apresenta também o vídeo monochannel “Lonely Planet”, obra criada em 2006.
A Galeria Vermelho apresenta, de 26 de fevereiro a 24 de março, a exposição Ano Zero, de Angela Detanico e Rafael Lain.
Em sua primeira individual na galeria Vermelho, a dupla de brasileiros que atualmente reside em Paris, apresenta uma série de novos trabalhos. A questão da passagem do tempo aparece no vídeo Ano Zero, criado em 2006, que dá título a exposição.
A linguagem, tema recorrente na obra de Detanico e Lain, é revista na série de 288 imagens criadas a partir do nome de estrelas, como Alpheratz e Marphak. A série incorpora a fonte tipográfica “Helvetica Concentrated”, obra criada em 2004, em parceria com o artista plástico Jiri Skala. As letras da tipografia, variação da fonte suíça, concentram a superfície dos caracteres de Helvetica em discos de diferentes diâmetros. Sobrepostas e aplicadas em transparência, as letras compõem imagens com diferentes gradações de luz conforme seus nomes. Na exposição serão apresentas 15 estrelas, como, Polaris, Adhil e Ankaa, além das já citadas.
Conhecido atualmente como o inventor do telégrafo e do código que leva seu nome, Samuel Morse foi, em sua época, um reconhecido pintor. Entre os anos de 1831 e 1833, o artista criou “Gallery of the Louvre”, sua última tentativa de criar uma grande obra de arte. Detanico e Lain retornam à obra na videoinstalação “Broken Morse”, de 2006. Nela, as 256 cores obtidas a partir de uma reprodução digital da obra, são reapresentadas individualmente em uma seqüência abstrata de imagens. Os artistas apresentam também a animação “The Waves”, de 2005.
A Galeria Vermelho apresenta, de 11 de janeiro a 10 de fevereiro de 2007, as exposições individuais simultâneas Quase como ontem de Nicolas Robbio e Rachel Poignant. A fachada será ocupada pela obra Apropri_Ação7 do artista Rodolpho Parigi.
Por meio de linhas, recortes, encaixes e sobreposições, Nicolas Robbio busca resignificar objetos comuns do dia-a-dia. Rearranjando estruturas, Robbio estabelece relações com sistemas urbano-industriais que caracterizam seus esforços para se posicionar frente às questões da arte atual. Na exposição, o artista reforça posicionamentos que já apareciam em “MAIO”, sua primeira individual na galeria Vermelho, em 2005, e na obra “As boas intenções não são sempre as melhores”, de 2006, projeto apresentado dentro das mostras do Rumos Artes Visuais 2005/2006, que premiou o artista com uma residência artística no Künstlerhaus Bethanien, em Berlim, em 2007.
No primeiro andar da galeria, Robbio apresenta sequências de desenhos, em geral formados por linhas simples, sobreposições, transparências e recortes esquemáticos, de objetos que contêm ou estão contidos em sistemas mais amplos. Seja pelo acúmulo de transparências ou pela subtração de partes, os desenhos de Robbio são simples e sintéticos; sua complexidade se encontra na tentativa de construir mais com menos, realizando a transferência do sistema de objetos do mundo sensível para a linguagem da arte.
Robbio é um dos artistas que integra a próxima edição da série de publicações Cream, da editora Phaidon Press, que será lançada em 2007.
Formada pela Ecole des Beaux-Arts de Caen, na França, em 92, Rachel Poignant apresenta na individual, uma série de esculturas criadas em uma residência concedida pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), na casa Lutetia, nos anos de 2005 e 2006. As esculturas são criadas a partir materiais variados, como resina, gesso e espuma, e ocuparão o piso térreo da galeria.