Obra criada a partir do clássico Alice’s Adventures in Wonderland, de Lewis Carrol, Alices (2009) de Marilá Dardot explora as mudanças de tamanho da personagem para refletir sobre a transformação do próprio observador ao longo da exposição.
A dimensão das imagens de trechos do livro de Carrol reproduzida no trabalho varia de acordo com o tamanho de Alice na passagem destacada, como se o visitante da exposição crescesse ou diminuísse junto com ela. Na primeira das 13 imagens, a folha de rosto é reproduzida no tamanho real do livro, margeada por uma superfície espelhada que faz com que o visitante seja refletido na obra. A segunda imagem, referente à primeira mudança (Alice é reduzida a “uns vinte e cinco centímetros de altura”), é proporcionalmente aumentada, de forma que o visitante se sinta diminuído como Alice, e assim sucessivamente.
“No conjunto das narrativas de cada capítulo do livro, encontrei um elemento que estrutura o desenvolvimento da história, permitindo a Alice interagir nos espaços e com os demais personagens de formas diferentes: o efeito mágico capaz de alterar-lhe o tamanho. Alice muda de tamanho 12 vezes, gerando uma série de novas circunstâncias. Além disso, o ‘problema do tamanho’ é um elemento desencadeador de crises de identidade: Alice questiona-se o tempo todo sobre as ocorrências à sua volta, sobre suas decisões, mas essencialmente sobre quem ela é: ‘Será que fui trocada durante a noite? Deixe-me pensar: eu era a mesma quando me levantei esta manhã? (…) Mas, se não sou eu mesma, a próxima pergunta é: Afinal de contas, quem sou eu? Ah, este é o grande enigma!’. Com ‘Alices’, quero brincar com essas crises, fazer com que o outro se perceba em constante mutação, em um mundo também mutante”, diz Marilá Dardot.
Obra criada a partir do clássico Alice’s Adventures in Wonderland, de Lewis Carrol, Alices (2009) de Marilá Dardot explora as mudanças de tamanho da personagem para refletir sobre a transformação do próprio observador ao longo da exposição.
A dimensão das imagens de trechos do livro de Carrol reproduzida no trabalho varia de acordo com o tamanho de Alice na passagem destacada, como se o visitante da exposição crescesse ou diminuísse junto com ela. Na primeira das 13 imagens, a folha de rosto é reproduzida no tamanho real do livro, margeada por uma superfície espelhada que faz com que o visitante seja refletido na obra. A segunda imagem, referente à primeira mudança (Alice é reduzida a “uns vinte e cinco centímetros de altura”), é proporcionalmente aumentada, de forma que o visitante se sinta diminuído como Alice, e assim sucessivamente.
“No conjunto das narrativas de cada capítulo do livro, encontrei um elemento que estrutura o desenvolvimento da história, permitindo a Alice interagir nos espaços e com os demais personagens de formas diferentes: o efeito mágico capaz de alterar-lhe o tamanho. Alice muda de tamanho 12 vezes, gerando uma série de novas circunstâncias. Além disso, o ‘problema do tamanho’ é um elemento desencadeador de crises de identidade: Alice questiona-se o tempo todo sobre as ocorrências à sua volta, sobre suas decisões, mas essencialmente sobre quem ela é: ‘Será que fui trocada durante a noite? Deixe-me pensar: eu era a mesma quando me levantei esta manhã? (…) Mas, se não sou eu mesma, a próxima pergunta é: Afinal de contas, quem sou eu? Ah, este é o grande enigma!’. Com ‘Alices’, quero brincar com essas crises, fazer com que o outro se perceba em constante mutação, em um mundo também mutante”, diz Marilá Dardot.