Em “Res verso”, desdobrando sua pesquisa em torno das performatividades da mobilidade, o artista desloca para o pátio da galeria o objeto-síntese dos primórdios dos deslocamentos inter-continentais. Aqui, as duas velas, nas cores branco e laranja, estão acopladas em um tubo metálico fincado no concreto armado. Invelejáveis, como se uma fosse o negativo balneável para a outra, apontam para o mar que existe nesta cidade. Diante delas, como se também estivéssemos (não estamos?) à bolina – navegando contra o vento – podemos nos perguntar: que dança fazemos com brisa e cor no enquadre-fachada desta arquitetura brutalista?
O título do trabalho, “Res verso”, imbrica três jogos semânticos: uma referência ao modo de velejar contra o vento, tecnicamente chamado de “À bolina”, cuja angulação de 45 graus evita o descontrole à deriva; a função de compartilhamento do vento e, assim, do movimento do barco pelo duo de vela, como se uma fosse o negativo balneável para a outra; e, por fim, uma referência à expressão latina “res pública”. Res verso, aqui, como o verso da coisa pública. Um tanto metafórico sobre nosso estado atual das coisas.
Em “Res verso”, desdobrando sua pesquisa em torno das performatividades da mobilidade, o artista desloca para o pátio da galeria o objeto-síntese dos primórdios dos deslocamentos inter-continentais. Aqui, as duas velas, nas cores branco e laranja, estão acopladas em um tubo metálico fincado no concreto armado. Invelejáveis, como se uma fosse o negativo balneável para a outra, apontam para o mar que existe nesta cidade. Diante delas, como se também estivéssemos (não estamos?) à bolina – navegando contra o vento – podemos nos perguntar: que dança fazemos com brisa e cor no enquadre-fachada desta arquitetura brutalista?
O título do trabalho, “Res verso”, imbrica três jogos semânticos: uma referência ao modo de velejar contra o vento, tecnicamente chamado de “À bolina”, cuja angulação de 45 graus evita o descontrole à deriva; a função de compartilhamento do vento e, assim, do movimento do barco pelo duo de vela, como se uma fosse o negativo balneável para a outra; e, por fim, uma referência à expressão latina “res pública”. Res verso, aqui, como o verso da coisa pública. Um tanto metafórico sobre nosso estado atual das coisas.