“Sunburst”, nova individual de Chiara Banfi, revela o importante papel que a música ocupa no processo criativo da artista. Já em “Viga Mestra”, sua primeira individual na Vermelho, em 2005, Banfi criava motivos orgânicos, a partir de imagens de flores e de plantas, num procedimento próximo ao de uma performance: enquanto recortava pedaços de vinil adesivo, a artista cantava, emitindo sonoridades e ritmos que na época, determinavam uma série de movimento aleatórios e de improviso materializados em formas ameboides, criando assim, recortes e fissuras temporárias sobre as paredes do espaço expositivo.
O mesmo procedimento aparece em obras posteriores, nas quais Banfi incorpora materiais como acrílico, espelho e madeiras da flora brasileira. Em “Pausa”, individual apresentada em 2007, na Vermelho, o resultado desses procedimentos, entretanto, deixava de ser fruto de movimentos improvisados com a tesoura. A partir daí, as formas passaram a ser escolhidas previamente e recortadas com a precisão do corte a laser. Mesmo assim, o vínculo da artista com a música continuou presente. Em 2008, por exemplo, a artista participou da coletiva Blooming Brasil-Japão, no Toyota Municipal Museum of Art, no Japão, com um conjunto de obras criadas sobre madeira, além de uma performance sonora, para a qual permaneceu três horas no espaço expositivo entoando sons e canções.
A cultura japonesa influenciou profundamente a artista. O resultado dessa experiência surgiu, em 2010, na individual KOTO, nome de um instrumento sonoro importante na cultura japonesa.
“Sunburst”, ou do inglês explosão solar, se refere a uma técnica empregada na pintura de instrumentos musicais, como violões, guitarras e baixos. Na individual, Banfi apresenta um conjunto de 12 pinturas sobre madeira em grande formato, que incorporam essa técnica. O resultado revela campos que irradiam de seu interior explosões de luz, que aproxima essa nova fase de Banfi dos campos pictóricos abstratos criados Mark Rothko e Arcângelo Ianelli. Sobre essas superfícies brilhantes, de 160 x 110 cm, entretanto, o observador terá sua imagem refletida justo no centro do campo pictórico, graças às técnicas de pintura utilizadas.
A aproximação de Banfi com a técnica do sunburst gerou ainda outro desdobramento que surge na nova série Desenho Sonoro. Composta por retábulos de madeira que incorporam elementos de guitarras e baixos antigos, Desenho Sonoro reafirma a importância do sistema de difusão e propagação da música, na forma escolhida por Banfi para materializar seus trabalhos no espaço. Como nos murais que incorporavam retratos de paisagens criados pela artista no início de sua carreira, a música surge aqui representada por partes isoladas de instrumentos como cravelhas e captadores. Banfi materializa, portanto, a imaterialidade do som, separando esses elementos de seu corpo principal [guitarra, baixo ou vilão], criando desenhos sonoros que apontam para o silêncio.
“Sunburst”, nova individual de Chiara Banfi, revela o importante papel que a música ocupa no processo criativo da artista. Já em “Viga Mestra”, sua primeira individual na Vermelho, em 2005, Banfi criava motivos orgânicos, a partir de imagens de flores e de plantas, num procedimento próximo ao de uma performance: enquanto recortava pedaços de vinil adesivo, a artista cantava, emitindo sonoridades e ritmos que na época, determinavam uma série de movimento aleatórios e de improviso materializados em formas ameboides, criando assim, recortes e fissuras temporárias sobre as paredes do espaço expositivo.
O mesmo procedimento aparece em obras posteriores, nas quais Banfi incorpora materiais como acrílico, espelho e madeiras da flora brasileira. Em “Pausa”, individual apresentada em 2007, na Vermelho, o resultado desses procedimentos, entretanto, deixava de ser fruto de movimentos improvisados com a tesoura. A partir daí, as formas passaram a ser escolhidas previamente e recortadas com a precisão do corte a laser. Mesmo assim, o vínculo da artista com a música continuou presente. Em 2008, por exemplo, a artista participou da coletiva Blooming Brasil-Japão, no Toyota Municipal Museum of Art, no Japão, com um conjunto de obras criadas sobre madeira, além de uma performance sonora, para a qual permaneceu três horas no espaço expositivo entoando sons e canções.
A cultura japonesa influenciou profundamente a artista. O resultado dessa experiência surgiu, em 2010, na individual KOTO, nome de um instrumento sonoro importante na cultura japonesa.
“Sunburst”, ou do inglês explosão solar, se refere a uma técnica empregada na pintura de instrumentos musicais, como violões, guitarras e baixos. Na individual, Banfi apresenta um conjunto de 12 pinturas sobre madeira em grande formato, que incorporam essa técnica. O resultado revela campos que irradiam de seu interior explosões de luz, que aproxima essa nova fase de Banfi dos campos pictóricos abstratos criados Mark Rothko e Arcângelo Ianelli. Sobre essas superfícies brilhantes, de 160 x 110 cm, entretanto, o observador terá sua imagem refletida justo no centro do campo pictórico, graças às técnicas de pintura utilizadas.
A aproximação de Banfi com a técnica do sunburst gerou ainda outro desdobramento que surge na nova série Desenho Sonoro. Composta por retábulos de madeira que incorporam elementos de guitarras e baixos antigos, Desenho Sonoro reafirma a importância do sistema de difusão e propagação da música, na forma escolhida por Banfi para materializar seus trabalhos no espaço. Como nos murais que incorporavam retratos de paisagens criados pela artista no início de sua carreira, a música surge aqui representada por partes isoladas de instrumentos como cravelhas e captadores. Banfi materializa, portanto, a imaterialidade do som, separando esses elementos de seu corpo principal [guitarra, baixo ou vilão], criando desenhos sonoros que apontam para o silêncio.


















