A paisagem é um dos mais tradicionais temas na produção artística desde sua compreensão como meio. A análise da paisagem é um assunto interdisciplinar que tem o potencial de revelar muito sobre a história e sobre suas interações, percepções e influências no ambiente ao seu redor. O Homem reconhece na natureza um vínculo indissociável consigo e, assim, incluiu gradualmente valores éticos e estéticos nos ambientes retratados pelas artes ao longo dos séculos.
Quais seriam, então, algumas das possíveis estratégias de investigação da paisagem a partir de uma ótica conceitualista, entre fins do séc. XX e as primeiras décadas do séc. XXI? A partir de uma investigação em seu acervo, a Vermelho identifica procedimentos e estratégias de seus artistas que procuram pelo que está por trás da paisagem.
A paisagem é um dos mais tradicionais temas na produção artística desde sua compreensão como meio. A análise da paisagem é um assunto interdisciplinar que tem o potencial de revelar muito sobre a história e sobre suas interações, percepções e influências no ambiente ao seu redor. O Homem reconhece na natureza um vínculo indissociável consigo e, assim, incluiu gradualmente valores éticos e estéticos nos ambientes retratados pelas artes ao longo dos séculos.
Quais seriam, então, algumas das possíveis estratégias de investigação da paisagem a partir de uma ótica conceitualista, entre fins do séc. XX e as primeiras décadas do séc. XXI? A partir de uma investigação em seu acervo, a Vermelho identifica procedimentos e estratégias de seus artistas que procuram pelo que está por trás da paisagem.
Pele é uma ação registrada em fotografia que situa o corpo no cenário da metrópole. Lia Chaia trabalha as percepções e vivências do cotidiano, como a permanente tensão entre espaço urbano, corpo e natureza. A performance é uma das estratégias frequentes na produção de Chaia, em intensa relação com a modalidade artística conceitual surgida na década de 1960; bem como com a fotografia. O papel desempenhado pela câmara tem sua razão de ser em uma poética particularmente interessada no aspecto documental da operação artística.
80 x 100 cm
impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Canson Rag Photographique 310 gr
Foto reproduçãoPele é uma ação registrada em fotografia que situa o corpo no cenário da metrópole. Lia Chaia trabalha as percepções e vivências do cotidiano, como a permanente tensão entre espaço urbano, corpo e natureza. A performance é uma das estratégias frequentes na produção de Chaia, em intensa relação com a modalidade artística conceitual surgida na década de 1960; bem como com a fotografia. O papel desempenhado pela câmara tem sua razão de ser em uma poética particularmente interessada no aspecto documental da operação artística.
Quase antes de compreender já estava escutando a noite, o perfeito silêncio pontilhado pelos grilos.
Na obra, Dardot cria campos em branco que sugerem paisagens, não apenas pelo título da série, mas pelos campos horizontais bordados dentro dos campos de feltro. O feltro, em si, não é neutro. Sendo um aglomerado têxtil, ele carrega informações de cor e textura, além de ser usado como isolante térmico e sonoro. As legendas bordadas na parte baixa da composição também se referem ao som das paisagens propostas: são frases do Arquivo “Sob Neblina”, onde Dardot coleciona trechos de livros com a palavra “silêncio”.
98 x 65 cm
Bordado sobre feltro
Quase antes de compreender já estava escutando a noite, o perfeito silêncio pontilhado pelos grilos.
Na obra, Dardot cria campos em branco que sugerem paisagens, não apenas pelo título da série, mas pelos campos horizontais bordados dentro dos campos de feltro. O feltro, em si, não é neutro. Sendo um aglomerado têxtil, ele carrega informações de cor e textura, além de ser usado como isolante térmico e sonoro. As legendas bordadas na parte baixa da composição também se referem ao som das paisagens propostas: são frases do Arquivo “Sob Neblina”, onde Dardot coleciona trechos de livros com a palavra “silêncio”.
“Em Calunga Grande*, André evoca a memória das águas do Atlântico, onde estão sepultados mais de 2 milhões de africanos que, por mais de três séculos de tráfico de seres humanos, foram lançados ao mar.
Uma faixa de escala monumental onde se lê “Calunga Grande” produz sentido no contato com pontos que constituem o território batizado como ‘Pequena África’ por Heitor dos Prazeres. André Vargas e Jéssica Hipólito vestem branco em reverência aos que vieram antes, aos que venceram a morte, sonharam e lutaram por um futuro de liberdade para seus descendentes.”.
Juliana Pereira
“Calunga grande é o mar no infinito horizonte que engole as almas. É o olhar de quem fica, ou ainda está por ser carregado à força, a observar quem já foi pego ser apagado por violência e distância.
É o absoluto indecifrável que ginga as águas nas masmorras da memória. É onde me mora o vento e o tormento. É o movimento dos corpos que se vão sem qualquer escolha. É a essência de cada grão, é a excelência de cada bolha. É um não-chão de sangue pisado e azul. É o mar que se faz de morte. É o corte que jorra o rum. É todo lugar que o mar já foi ou mar será. É todo lugar que há.”
André Vargas
*Na travessia do oceano, durante o trafico de pessoas na escravatura, Calunga Grande poderia ser o destino final para aqueles que não chegassem vivos ou sãos. O termo era usado para designar o mar em si mas também poderia ser compreendido como cemitério.
7m de comprimento
Tinta PVA sobre tecido (registros da ação de esticá-la nos lugares)
Foto Silvana Marcelina“Em Calunga Grande*, André evoca a memória das águas do Atlântico, onde estão sepultados mais de 2 milhões de africanos que, por mais de três séculos de tráfico de seres humanos, foram lançados ao mar.
Uma faixa de escala monumental onde se lê “Calunga Grande” produz sentido no contato com pontos que constituem o território batizado como ‘Pequena África’ por Heitor dos Prazeres. André Vargas e Jéssica Hipólito vestem branco em reverência aos que vieram antes, aos que venceram a morte, sonharam e lutaram por um futuro de liberdade para seus descendentes.”.
Juliana Pereira
“Calunga grande é o mar no infinito horizonte que engole as almas. É o olhar de quem fica, ou ainda está por ser carregado à força, a observar quem já foi pego ser apagado por violência e distância.
É o absoluto indecifrável que ginga as águas nas masmorras da memória. É onde me mora o vento e o tormento. É o movimento dos corpos que se vão sem qualquer escolha. É a essência de cada grão, é a excelência de cada bolha. É um não-chão de sangue pisado e azul. É o mar que se faz de morte. É o corte que jorra o rum. É todo lugar que o mar já foi ou mar será. É todo lugar que há.”
André Vargas
*Na travessia do oceano, durante o trafico de pessoas na escravatura, Calunga Grande poderia ser o destino final para aqueles que não chegassem vivos ou sãos. O termo era usado para designar o mar em si mas também poderia ser compreendido como cemitério.
A seleção de pinturas aqui apresentadas é parte dos originais de Dora Longo Bahia para a criação do livro AcordaLice, de 2006.
A obra cria aproximações entre Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll; Finnegans Wake e Ulisses, de James Joyce; e David Lynch.
A seleção de pinturas aqui apresentadas é parte dos originais de Dora Longo Bahia para a criação do livro AcordaLice, de 2006.
A obra cria aproximações entre Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll; Finnegans Wake e Ulisses, de James Joyce; e David Lynch.
A seleção de pinturas aqui apresentadas é parte dos originais de Dora Longo Bahia para a criação do livro AcordaLice, de 2006.
A obra cria aproximações entre Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll; Finnegans Wake e Ulisses, de James Joyce; e David Lynch.
A seleção de pinturas aqui apresentadas é parte dos originais de Dora Longo Bahia para a criação do livro AcordaLice, de 2006.
A obra cria aproximações entre Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll; Finnegans Wake e Ulisses, de James Joyce; e David Lynch.
A obra cria aproximações entre Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll; Finnegans Wake e Ulisses, de James Joyce; e David Lynch.
Livro de artista – tiragem de 20 edições numeradas e assinadas
Foto VermelhoA obra cria aproximações entre Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll; Finnegans Wake e Ulisses, de James Joyce; e David Lynch.
Da Costa compõe uma vista da Pirâmide Carstensz, na Indonésia, com grafite sobre papel milimetrado. O artista aplica a métrica matemática para representar a nona montanha mais alta do mundo. Da Costa observa a topografia de Carstensz a partir da modulação milimétrica do papel para desenhos técnicos, geométricos e gráficos, elaborando uma espécie de cartografia para a montanha.
81,5 x 113 cm
Foto VermelhoDa Costa compõe uma vista da Pirâmide Carstensz, na Indonésia, com grafite sobre papel milimetrado. O artista aplica a métrica matemática para representar a nona montanha mais alta do mundo. Da Costa observa a topografia de Carstensz a partir da modulação milimétrica do papel para desenhos técnicos, geométricos e gráficos, elaborando uma espécie de cartografia para a montanha.
Esse trabalho foi realizado pela primeira vez em 1982 e é constituído por uma série de 19 páginas. Em cada uma das folhas de papel em branco se lê, no pé, uma escala que indica a correspondência entre as dimensões da página, medidas em centímetros, e as grandes extensões territoriais, medidas em quilômetros.
Nas cartas geográficas, essas escalas servem para relacionar a dimensão da imagem impressa com a dimensão real daquilo que está referido no mapa: zonas, regiões, cordilheiras, oceanos, mares, rios, fronteiras, países, cidades.
Neste caso, como a página está em branco, é o vazio que se distende e que, imaginariamente, vai constituir um espaço monumental.
O menor possível, palpável, combinado com larguras, distâncias, extensões impossíveis.
29,7 x 21 cm cada parte de 3
Impressão digital sobre papel
Foto Filipe BerndtEsse trabalho foi realizado pela primeira vez em 1982 e é constituído por uma série de 19 páginas. Em cada uma das folhas de papel em branco se lê, no pé, uma escala que indica a correspondência entre as dimensões da página, medidas em centímetros, e as grandes extensões territoriais, medidas em quilômetros.
Nas cartas geográficas, essas escalas servem para relacionar a dimensão da imagem impressa com a dimensão real daquilo que está referido no mapa: zonas, regiões, cordilheiras, oceanos, mares, rios, fronteiras, países, cidades.
Neste caso, como a página está em branco, é o vazio que se distende e que, imaginariamente, vai constituir um espaço monumental.
O menor possível, palpável, combinado com larguras, distâncias, extensões impossíveis.
3'18''
vídeo – cor e som
Foto still do vídeo3'24’’
Vídeo – Cor e som
Foto still do vídeo1'33 ́ ́
Vídeo – cor e som
Foto still do vídeoAo contrastar fotolitos com tabelas de cores Pantone, Moscheta faz suas próprias traduções das exuberantes paisagens naturais retratadas no Atacama. A partir de chaves ligadas à classificação e catalogação de arquivos, Moscheta analisa a paisagem norteada por relações cromáticas, deixando para o espectador a tarefa de reatribuir as cores aos elementos.
43,5 x 85 cm
filme fotolito, tabela de códigos Pantone® e acrílico
Foto Marcelo MoschettaAo contrastar fotolitos com tabelas de cores Pantone, Moscheta faz suas próprias traduções das exuberantes paisagens naturais retratadas no Atacama. A partir de chaves ligadas à classificação e catalogação de arquivos, Moscheta analisa a paisagem norteada por relações cromáticas, deixando para o espectador a tarefa de reatribuir as cores aos elementos.
O políptico evidencia o registro da passagem e da mudança da posição do sol no Trópico de Capricórnio, gravando rastros do sol sobre uma caixa de areia negra, com o auxílio de uma lupa, trinta dias antes do início da primavera. As 18 imagens registram os dias ensolarados do período.
19,3 x 32,4 cm cada parte de 18
Impressão Lightjet sobre papel
Foto VermelhoO políptico evidencia o registro da passagem e da mudança da posição do sol no Trópico de Capricórnio, gravando rastros do sol sobre uma caixa de areia negra, com o auxílio de uma lupa, trinta dias antes do início da primavera. As 18 imagens registram os dias ensolarados do período.
Na série Positivo Singular, Moscheta apresenta uma série de dez fotografias de paisagens insólitas do deserto chileno sobrepostas com chapas de ferro que formam volumes que lembram o monólito do filme 2001: as Space Odyssey, de Stanley Kubrick.
A presença simbólica que o volume negro, de matéria não definida, trazia ao filme de 1968 tratava do sincronismo entre passado e futuro, como uma anunciação atemporal do destino desbravador do homem. A primeira aparição do objeto no filme se dá justamente no momento em que o ancestral do homem descobre que o mesmo osso que forma sua estrutura poderia ser usado como ferramenta e, finamente, como arma.
Nas obras de Moscheta, no entanto, esse monólito está, sim, sujeito a passagem do tempo e, dada sua matéria ferrosa, adquire marcas da passagem do tempo, com oxidação e corrosão constantes. Os monólitos de Moscheta são, assim, sincrônicos como o de Kubrick, mas, construídos pelo homem, só tendem ao desgaste crescente.
113 x 113 x 5 cm
Impressão jato de tinta e corrosão sobre ferro
Foto Marcelo MoschetaNa série Positivo Singular, Moscheta apresenta uma série de dez fotografias de paisagens insólitas do deserto chileno sobrepostas com chapas de ferro que formam volumes que lembram o monólito do filme 2001: as Space Odyssey, de Stanley Kubrick.
A presença simbólica que o volume negro, de matéria não definida, trazia ao filme de 1968 tratava do sincronismo entre passado e futuro, como uma anunciação atemporal do destino desbravador do homem. A primeira aparição do objeto no filme se dá justamente no momento em que o ancestral do homem descobre que o mesmo osso que forma sua estrutura poderia ser usado como ferramenta e, finamente, como arma.
Nas obras de Moscheta, no entanto, esse monólito está, sim, sujeito a passagem do tempo e, dada sua matéria ferrosa, adquire marcas da passagem do tempo, com oxidação e corrosão constantes. Os monólitos de Moscheta são, assim, sincrônicos como o de Kubrick, mas, construídos pelo homem, só tendem ao desgaste crescente.
Na série Nuvens (2022), Detanico Lain criam um conjunto de 15 imagens de nuvens brancas sobre fundo azul. À distância, o observador pode, como em um jogo, procurar formas nas nuvens, mas, ao se aproximar, vê que, na verdade, as nuvens são feitas de letras que formam palavras. As letras espalhadas pelas manchas, também exigem alguma investigação para desvelar a palavra que lá está.
65 x 90 cm
impressão pigmentada sobre papel kozo awagami 110g
Foto Filipe BerndtNa série Nuvens (2022), Detanico Lain criam um conjunto de 15 imagens de nuvens brancas sobre fundo azul. À distância, o observador pode, como em um jogo, procurar formas nas nuvens, mas, ao se aproximar, vê que, na verdade, as nuvens são feitas de letras que formam palavras. As letras espalhadas pelas manchas, também exigem alguma investigação para desvelar a palavra que lá está.
Este trabalho nasce a partir de uma pesquisa de Nicolás Robbio em torno das fronteiras de países enquanto estudos sobre linhas. Do poder do desenho de dividir porções geográficas em distintas políticas, culturas e economias. Robbio fala das fronteiras estabelecidas a partir de acidentes geográficos, conflitos e contextos culturais diversos como imposições a serem cumpridas. Assim, Robbio estabelece um exercício com outra imposição à linha: tornar linhas de 1 metro de comprimento em linhas de 70 centímetros. Há, contudo, um problema no desafio: linhas não podem ser diminuídas sem se tornarem volumes.
70 x 300 cm
arame de 1.5 mm
Este trabalho nasce a partir de uma pesquisa de Nicolás Robbio em torno das fronteiras de países enquanto estudos sobre linhas. Do poder do desenho de dividir porções geográficas em distintas políticas, culturas e economias. Robbio fala das fronteiras estabelecidas a partir de acidentes geográficos, conflitos e contextos culturais diversos como imposições a serem cumpridas. Assim, Robbio estabelece um exercício com outra imposição à linha: tornar linhas de 1 metro de comprimento em linhas de 70 centímetros. Há, contudo, um problema no desafio: linhas não podem ser diminuídas sem se tornarem volumes.
Gosto de pensar este trabalho como um desenho. Talvez um grafismo paleolítico, pois ele evoca a maneira mais primitiva de desenhar – um risco de tinta sobre uma superfície de terra.
Durante um período de greve, saí com um grupo de amigos que estudavam como eu numa escola de arte, para fotografar pinturas de bares e borracharias, na periferia da cidade. Neste dia levávamos também conosco alguns tubos de tinta spray. Decidimos parar numa zona quase deserta, lá pelos lados de Santo Amaro, onde uma avenida recém aberta cortava uma área acidentada entre curvas, buracos e grandes barrancos. Um paredão de terra parecia bom para pintar. Um deles, com a terra frisada horizontalmente, funcionava exatamente como uma escada, pela qual podia se subir e descer livremente. Me aproveitei para desenhar nele linhas em ziguezague, como os degraus de uma escada.
A coisa observada (barranco/degraus de terra) e a coisa desenhada (risco/esquema), quase na mesma escala, ressoaram uma na outra. Um desenho urbano.
Carmela Gross
60 x 40 cm
Impressão com pigmento mineral sobre papel Hahnemühle Museum Etching 350 gr
Foto VermelhoGosto de pensar este trabalho como um desenho. Talvez um grafismo paleolítico, pois ele evoca a maneira mais primitiva de desenhar – um risco de tinta sobre uma superfície de terra.
Durante um período de greve, saí com um grupo de amigos que estudavam como eu numa escola de arte, para fotografar pinturas de bares e borracharias, na periferia da cidade. Neste dia levávamos também conosco alguns tubos de tinta spray. Decidimos parar numa zona quase deserta, lá pelos lados de Santo Amaro, onde uma avenida recém aberta cortava uma área acidentada entre curvas, buracos e grandes barrancos. Um paredão de terra parecia bom para pintar. Um deles, com a terra frisada horizontalmente, funcionava exatamente como uma escada, pela qual podia se subir e descer livremente. Me aproveitei para desenhar nele linhas em ziguezague, como os degraus de uma escada.
A coisa observada (barranco/degraus de terra) e a coisa desenhada (risco/esquema), quase na mesma escala, ressoaram uma na outra. Um desenho urbano.
Carmela Gross
Relações de poder permeiam os materiais escolhidos por Komatsu. São essas relações que, frequentemente, constituem a verdadeira matéria-prima utilizada em sua obra. Lusco-Fusco promove o encontro das precariedade do Drywall, com o efêmero das notícias provenientes de recortes de jornais. Com cortes e golpes, Komatsu irrompe as superfícies de seus quadros em abstrações geométricas ou gestuais, enquanto fragmentos das notícias sugerem representações do que poderia surgir ali. Ao mesmo tempo que seus títulos sugerem um lugar entre o dia e a noite, suas formas sugerem algo entre a figuração e a abstração.
40 x 56 x 4 cm
Corte e pintura acrílica sobre jornal e drywall e estrutura metálica
Foto VermelhoRelações de poder permeiam os materiais escolhidos por Komatsu. São essas relações que, frequentemente, constituem a verdadeira matéria-prima utilizada em sua obra. Lusco-Fusco promove o encontro das precariedade do Drywall, com o efêmero das notícias provenientes de recortes de jornais. Com cortes e golpes, Komatsu irrompe as superfícies de seus quadros em abstrações geométricas ou gestuais, enquanto fragmentos das notícias sugerem representações do que poderia surgir ali. Ao mesmo tempo que seus títulos sugerem um lugar entre o dia e a noite, suas formas sugerem algo entre a figuração e a abstração.
Em Terrenos, desenhos feitos com tinta esmalte que criam padrões de camuflagem. Na técnica de marmoreio chamada Ebru, a tinta é colocada sobre uma superfície de água, e o desenho é definido pelo movimento da água ao escorrer por uma superfície absorvente.
As pinturas referem-se às regiões da América do Sul vistas por satélites. As peças foram construídas com base em um quebra-cabeça tangram. Este ponto reforça a ideia de camuflagem como desenvolvimento do raciocínio lógico na análise e distinção de suas formas. Ao referir-se a este tipo de modelo, o artista aponta também para as regiões representadas como zonas de conflito ou como zonas de conflito iminente.
62 x 62 x 5 cm
Tinta esmalte sobre MDF
Foto VermelhoEm Terrenos, desenhos feitos com tinta esmalte que criam padrões de camuflagem. Na técnica de marmoreio chamada Ebru, a tinta é colocada sobre uma superfície de água, e o desenho é definido pelo movimento da água ao escorrer por uma superfície absorvente.
As pinturas referem-se às regiões da América do Sul vistas por satélites. As peças foram construídas com base em um quebra-cabeça tangram. Este ponto reforça a ideia de camuflagem como desenvolvimento do raciocínio lógico na análise e distinção de suas formas. Ao referir-se a este tipo de modelo, o artista aponta também para as regiões representadas como zonas de conflito ou como zonas de conflito iminente.
Em “Os dois lados do São Francisco“, Robbio parte de um formato proposto pelo pintor argentino Cándido López (1840-1902), que, para retratar as batalhas da Guerra da Tríplice Aliança, desenvolveu um campo de horizontalidade alongada para suas pinturas, a fim de poder abarcar a extensão das batalhas. Robbio apropria-se desse recurso para reforçar a ideia de paisagem e utiliza a areia e o perímetro cartográfico no papel de fundo para sugerir uma paisagem a ser constituída pela memória ou pela imaginação.
40 x 250 cm
moldura de madeira, vidro, impressão e areia
Foto VermelhoEm “Os dois lados do São Francisco“, Robbio parte de um formato proposto pelo pintor argentino Cándido López (1840-1902), que, para retratar as batalhas da Guerra da Tríplice Aliança, desenvolveu um campo de horizontalidade alongada para suas pinturas, a fim de poder abarcar a extensão das batalhas. Robbio apropria-se desse recurso para reforçar a ideia de paisagem e utiliza a areia e o perímetro cartográfico no papel de fundo para sugerir uma paisagem a ser constituída pela memória ou pela imaginação.
As fotos da série “Sem Título [Patagônia]” foram captadas numa viagem de carro realizada pela artista a Patagônia, em 2007. A série é composta por vistas de montanhas, geleiras, praias e florestas, desertos e rios. Desprovidas da presença humana, essas imagens foram criadas com câmeras Pinhole e Holga, as famosas máquinas chinesas de baixo custo cujo corpo e lentes são feitos de plástico. O resultado é de imagens que, devido ao aparato técnico escolhido pela artista para o registro, deformam a paisagem, no caso das feitas com as câmeras Holga, e, no caso das Pinholes, permitem a entrada de luz, produzindo sobre o campo da imagem grandes manchas avermelhadas.
102 x 103 cm
Impressão com tinta sobre papel
Foto ReproduçãoAs fotos da série “Sem Título [Patagônia]” foram captadas numa viagem de carro realizada pela artista a Patagônia, em 2007. A série é composta por vistas de montanhas, geleiras, praias e florestas, desertos e rios. Desprovidas da presença humana, essas imagens foram criadas com câmeras Pinhole e Holga, as famosas máquinas chinesas de baixo custo cujo corpo e lentes são feitos de plástico. O resultado é de imagens que, devido ao aparato técnico escolhido pela artista para o registro, deformam a paisagem, no caso das feitas com as câmeras Holga, e, no caso das Pinholes, permitem a entrada de luz, produzindo sobre o campo da imagem grandes manchas avermelhadas.
Desde o início da sua carreira Moscheta tem realizado obras que nascem de seus deslocamentos por lugares remotos, onde coleta objetos, imagens e dados científicos. “Minha relação com a paisagem repousa numa tentativa primeira de construir um lugar ideal, uma imitação da natureza como retrato fiel das relações de perfeição e equilíbrio. Quero assim, abarcar todas as possibilidades de entender um local, não somente por meios sensíveis como o desenho ou a fotografia, mas através de formas racionais de se entender lugar: latitude, longitude, altitude, cálculos matemáticos e referências técnico/científicas”.
Atacama: 28.04-06.05/2012 registra, sobre um desenho a lápis que reproduz uma imagem de satélite do Deserto do Atacama, o percurso do artista em deslocamento pelo território durante 7 dias entre abril e maio de 2012. A linha marcada sobre o desenho hiper-realista tensiona a presença do homem que entra no ambiente indomável do deserto.
183 x 125 cm
grafite sobre PVC expandido montado em estrutura de ferro metalon
Desde o início da sua carreira Moscheta tem realizado obras que nascem de seus deslocamentos por lugares remotos, onde coleta objetos, imagens e dados científicos. “Minha relação com a paisagem repousa numa tentativa primeira de construir um lugar ideal, uma imitação da natureza como retrato fiel das relações de perfeição e equilíbrio. Quero assim, abarcar todas as possibilidades de entender um local, não somente por meios sensíveis como o desenho ou a fotografia, mas através de formas racionais de se entender lugar: latitude, longitude, altitude, cálculos matemáticos e referências técnico/científicas”.
Atacama: 28.04-06.05/2012 registra, sobre um desenho a lápis que reproduz uma imagem de satélite do Deserto do Atacama, o percurso do artista em deslocamento pelo território durante 7 dias entre abril e maio de 2012. A linha marcada sobre o desenho hiper-realista tensiona a presença do homem que entra no ambiente indomável do deserto.
Partido de la Costa é um dos 135 partidos (distritos) que compõe a Província de Buenos Aires. É uma região costeira, cujo recorte geográfico propicia a vida no litoral. As praias mais cheias são tomadas pelo popular mobiliário de plástico moldado, que divide espaço com a areia. Ao deslocar e justapor os dois elementos, Robbio configura uma nova paisagem. “É como um acidente geográfico provocado por dois elementos que pertencem ao mesmo lugar”, diz o artista. A prática de Robbio muitas vezes se baseia em sobreposições que trazem novos significados para a estrutura de objetos comuns.
70 x 70 x 70 cm
Mesa de plástico branco e areia
Foto Filipe BerndtPartido de la Costa é um dos 135 partidos (distritos) que compõe a Província de Buenos Aires. É uma região costeira, cujo recorte geográfico propicia a vida no litoral. As praias mais cheias são tomadas pelo popular mobiliário de plástico moldado, que divide espaço com a areia. Ao deslocar e justapor os dois elementos, Robbio configura uma nova paisagem. “É como um acidente geográfico provocado por dois elementos que pertencem ao mesmo lugar”, diz o artista. A prática de Robbio muitas vezes se baseia em sobreposições que trazem novos significados para a estrutura de objetos comuns.
Lagos endorréicos extraídos de imagens de satélite provenientes de diferentes regiões são apresentados pelas suas formas em curvas de níveis através do corte digital em papéis museológicos de passe-partout. O vidro, que representa a dimensão da água em cada lago, está deslocado para dentro da moldura indicando a situação atual do nível dos reservatórios. Percebe-se o quanto os lagos diminuíram de tamanho e secaram ao longo dos últimos anos devido a ação humana.
72 x 72 x 4 cm
08 camadas de passe partout e vidro anti-reflexo de 2 mm
Foto VermelhoLagos endorréicos extraídos de imagens de satélite provenientes de diferentes regiões são apresentados pelas suas formas em curvas de níveis através do corte digital em papéis museológicos de passe-partout. O vidro, que representa a dimensão da água em cada lago, está deslocado para dentro da moldura indicando a situação atual do nível dos reservatórios. Percebe-se o quanto os lagos diminuíram de tamanho e secaram ao longo dos últimos anos devido a ação humana.
André Komatsu tem uma relação intrínseca com a rua em suas obras, que podem reagir aos desdobramentos políticos ou aos usos sociais do espaço público. Em sua nova série ‘Noturnos’, placas de cimento são emolduradas por pedaços rudimentares de madeira – como se fossem coletados nas próprias ruas. Incrustadas no cimento estão imagens de jornais retratando confrontos entre manifestantes e policiais ou entre manifestantes de diferentes lados do espectro polarizado da sociedade brasileira. Ao lado das fotografias estão marcações geométricas ou desenhos que enquadram essas imagens nos problemas estruturais que dividem a sociedade brasileira.
55 x 65,5 x 6 cm
Fotocópia sobre concreto, verniz acrílico, cola branca e MDF.
André Komatsu tem uma relação intrínseca com a rua em suas obras, que podem reagir aos desdobramentos políticos ou aos usos sociais do espaço público. Em sua nova série ‘Noturnos’, placas de cimento são emolduradas por pedaços rudimentares de madeira – como se fossem coletados nas próprias ruas. Incrustadas no cimento estão imagens de jornais retratando confrontos entre manifestantes e policiais ou entre manifestantes de diferentes lados do espectro polarizado da sociedade brasileira. Ao lado das fotografias estão marcações geométricas ou desenhos que enquadram essas imagens nos problemas estruturais que dividem a sociedade brasileira.