Em sua 15ª edição, a Verbo, que em 2019 acontece de 9 a 13 de julho, na Vermelho, no Centro Cultural São Paulo (CCSP) e no Contemporão SP, e de 16 a 18 de julho, no Chão SLZ e no Coletivo Coletivo Re(o)cupa (São Luís, MA), conta com 41 projetos, entre ações ao vivo, filmes e vídeos, conversas abertas ao público, oficinas de criação, além de uma residência artística em parceria com a Casa do Sereio, na cidade da Alcântara (MA). A curadoria dessa edição ficou a cargo da artista, curadora e gestora cultural, Samantha Moreira, e do diretor artístico da Verbo, Marcos Gallon. A Verbo SLZ surgiu em 2018 no Chão SLZ. Localizado em um galpão no centro histórico de São Luís, o Chão SLZ é um espaço intencional que busca, por meio de parcerias com artistas, instituições e projetos independentes, criar um ambiente propício para a troca de conhecimentos de forma horizontal.
Em 2019, a Verbo dá continuidade às parcerias com a Temporada de Dança Videobrasil e o Estudio Baile e o Centro Cultural São Paulo (CCSP), e inicia novas aproximações, desta vez com o Contemporão SP, espaço dedicado a performance, participação e performatividade, em São Paulo, com o Coletivo Re(o)cupa que é um espaço plural localizado em São Luís (MA), e com o projeto de residência artística Casa do Sereio.
A efervescência que caracteriza a cena da arte atual em São Luís revela um novo período dessa cidade que sempre esteve em evidência na história da nação. O sangue novo dá as caras de forma espontânea e potente, especialmente em espaços alternativos e contra-hegemônicos. Ele surge de dentro da rua encabeçado por iniciativas autogeridas, como o Chão SLZ que imantam a cidade com energia jovem e vibrante, emancipada dos vícios do sistema.
Em São Luís, a performance arte ocorre nas ruas quando seus habitantes ocupam o espaço público com seus corpos diversos. Os artistas ligados a essa linguagem buscam desvendar o oculto por meio da emoção e do afeto, e para isso se ocupam das mais variadas formas de interpretar as religiosidades que convivem na cidade. O afeto que, aliás, permeia grande parte dos projetos da Verbo 2019, parece funcionar como elemento detonador dessas práticas que apontam para uma vontade de transformação em si, fugindo assim à reverência ao conceito, mas valorizando a reapropriação do sensível como fator detonador essencial na construção do indivíduo.
Com esse novo vinculo entre São Paulo e o Maranhão, a Verbo pretende continuar ampliando seu campo de atuação, buscando referências e vivências onde a institucionalização pode ser frágil, mas a potência é vital, o que, afinal, é a essência de todo movimento que tem o corpo como ponto de partida.
Marcos Gallon
Diretor Artistico
2019
16’13’’
Performance Alexandre Silveira
Direção e produção executiva Alexandre Silveira
Direção de fotografia, montagem, cor e finalização de imagem Ticiano Monteiro
Direção de arte e produção Camillat (Camilla Torres)
Figurino Warner Junior
Edição de som e mixagem Anderson Kaltner e Frederico Cruz
Captação de foley Maurício Cajueiro
Finalização de som em dolbydigital Guilherme Lima
Guia Lençóis Maranhenses Paulo Cesar de Menezes Santos (GPS)
Apoio: Chão SLZ
Um apóstata decide se desligar de tudo e vagar o deserto em busca de novas paragens. Durante o começo dessa peregrinação, o andarilho é atormentado por vozes que o perseguem e que emanam dos livros que ele insiste em arrastar. Sua busca incessante pela vacância que liberta é a mesma que o faz pesado, impedindo-o de caminhar. A deriva de seus pés sobre este mar seco amarelado é casco roto de navio atracado.
2019
45’
Obra comissionada pela Associação Cultural Videobrasil, 2ª Temporada de Dança Videobrasil
Criação Ana Pi
Com Ana Pi, Mylia Mary
Música de & com Aishá Lourenço
Figurinos Remexe – Centro Cultural Lá da Favelinha
Conselhos filosóficos Profa. Dra. Maria Fernanda Novo
Produção Brasil Ubuntu Produções
Produção França Météores / Plateforme Chorégraphique
Em “O BANQUETE” (380 a.C.), durante uma festa, Sócrates trava um diálogo, somente entre homens, sobre “O Amor”. Ana Pi, em 2019, convida Mylia Mary, sua tia paterna, para juntas cozinharem uma receita icônica da culinária brasileira e discutirem sobre “O Amor”. Comida e da dança servem de pretexto para que essas mulheres negras possam dialogar sobre o Brasil de hoje. “O BANQUETE” aqui proposto, convida à reflexão sobre as noções de herança, afeto e resistência. Trazer à memória elementos imprescindíveis à vida, tais como o alimento, o ritmo e o amor.
Esta obra foi concebida a partir do contato e pesquisa da artista Ana Pi com o Acervo Histórico Videobrasil, no âmbito da 2ª edição do programa Temporada de Dança Videobrasil, realizada em colaboração com o Institut Français du Brésil e do Consulado Geral da França em São Paulo.
A Temporada de Dança Videobrasil é um programa de residência e comissionamento para jovens coreógrafos em diálogo com o acervo de vídeos da Associação Cultural Videobrasil. Artista da primeira edição e curadora convidada da segunda temporada, a coreógrafa Clarissa Sacchelli convidou Ana Pi, pesquisadora das danças urbanas e periféricas, pedagoga, coreógrafa e dançarina radicada em Paris há 8 anos, para a residência de três meses.
Vermelho, 9/7, 21h. CCSP (Sala Adoniran Barbosa), 12/07, 20h, seguida de fala com Ana Pi, a curadora Clarissa Sachelli, e Ruy Luduvice, coordenador de Pesquisa do Videobrasil, com mediação da filósofa Maria Fernando Novo.
2018
40’
Projeto de Célia Gondol
Assistência (Brasil): Ligiana Costa
Com a participação de Célia Gondol, Sebastião Marinho, Lauckson José Santos Melo, Mareu Nitchke, Ligiana Costa, Ana Carolina Sant’anna, Adriana Magalhaes, Andrea Santos, Zeh ed, Lau, Marcos Matarazzo.
Ação criada a partir do poema “O Lunático” de Sebastião Marinho.
O Universo nu é uma composição sonora abstrata desprovida de narrativa que reproduz os atributos físicos e ondulatórios do universo. Inspirada em sonoridades apropriadas do banco de dados sonoros da NASA, O Universo Nu nos faz ouvir os sons e as vibrações do universo próximo e inobservável em um entrelaçamento entre vozes polifônicas. A ação emprega o poema de cordel “O Lunático”, do repentista Sebastião Marinho, que Gondol conheceu em sua última estadia em São Paulo, em 2017. O Universo Nu elimina toda palavra e narrativa buscando proporcionar uma experiência auditiva integral.
Apoio Institut français du Brésil, Consulado Geral da França em São Paulo e do Institut Français Recife. Colaboração Angelus Novus e CRD – Centro de Referência da Dança.
Vermelho, 12/07, 20 e 22h
CCSP, Sábado, 13/07, a partir das 16h
Chão SLZ, 17 e 18/07, a partir das 19h
2019
40’
Criação Coletivo DiBando
Com Juliana Rizzo, Ruan Francisco e Tieta Macau.
Quais são as estratégias de dominação atuantes em composições artísticas açucaradas e descontraídas? Como os estrangeirismos constroem simulacros que orientam sonhos e ideais vigentes? yeah yeah yeah! é um processo-partilha que agencia tais questões na composição de uma dança fácil e possível de reproduzir – dois pra lá, dois pra cá. Estruturada a partir de clichês dramatúrgicos que se propagam, a ação segue, no prólogo e em três atos, uma composição que encontra na descontração alienada uma diversão consciente que não se distancia do rigor que é dançar rumo a uma contracultura colonialista. Dança comercial de margarina, poética do deboche.
Chão SLZ, 18/07, a partir das 19h
2018
10’
Com D. C.
Colaboração: Casa Chama
Confessionário é o título da ação criada por D. C. que emprega depoimentos de 230 garotos brancos heterocis que mantiveram relações sexuais com Bianca Castro, uma personagem travesti. O texto que integra a ação foi elaborado a partir dos depoimentos e revelam os desejos e medos desses garotos. O texto foi analisado por um conjunto de psicólogos, educadores e por 50 dos 230 garotos que ainda mantêm relação sexual com Bianca.
Vermelho, 11/07, a partir das 20:30h
Chão SLZ, 17/07, a partir das 19h a ação será acompanhada por uma conversa com D. C.
2019
60’
Criação e interpretação: Davi Pontes e Wallace Ferreira
Assistência de dramaturgia: Bruno Reis
O trabalho investe na ideia de dança como treino de autodefesa, utilizando a mimese e a repetição ritualizada de gestos para produzir um estudo sobre imagens coreografadas por corpos dissidentes, em uma tentativa de arquivar ações para elaborar resistências, conjurar modos de permanecer no mundo e inventar o que há de sucedê-lo. Repertório N.1 nomeia um conjunto de práticas coreográficas frente a um mundo altamente dominado pela violência contra corpos negros. O movimento pode ativar a memória dos corpos subalternos que foram enterrados sob códigos hegemônico? Resistir em tempos brutos, se alimentar mutuamente pelo cansaço do outro e dançar em momentos difíceis.
Vermelho, 11/7, 21h
2016
Duração indefinida
Criado e interpretado por Efe Godoy
Apoio: Celma Albuquerque Galeria de Arte
Do objeto que já foi de seu afeto surge da necessidade de troca de histórias afetivas com o outro. O visitante é convidado a desapegar-se de algum objeto ou história pessoal. O objeto dado passa a integrar a coleção de histórias de Efe que mistura narrativas e embaralha objetos criando uma instalação viva.
Vermelho 9/07, das 20 às 23h; 10, 11 e 12/07, das 14 às 23h; 13/07, das 14 as 20h.
2016-2019
30’
Criado e performado por Elilson
Um balde de plástico vermelho made in Brazil com capacidade para 13,6 L e data de validade indeterminada é o objeto precário-relacional que norteia essa quase deriva. Na caminhada-busca, Elilson procura por pessoas que estejam bebendo água ou trabalhando com água. A caminhada só se completa quando o balde estiver cheio com a água doada pelxs transeuntes, gota a gota. Toda a água coletada é revertida em ações de lavagem, de escrita e de exposição oral. A primeira caminhada-busca surgiu em 2016. Desde lá, Elilson prossegue com o ato de expor oralmente a semelhante vitalidade linguística que constituem os ditados populares e os discursos de ódio.
2016-2019
30’
Criado e performado por Elilson
Um balde de plástico vermelho made in Brazil com capacidade para 13,6 L e data de validade indeterminada é o objeto precário-relacional que norteia essa quase deriva. Na caminhada-busca, Elilson procura por pessoas que estejam bebendo água ou trabalhando com água. A caminhada só se completa quando o balde estiver cheio com a água doada pelxs transeuntes, gota a gota. Toda a água coletada é revertida em ações de lavagem, de escrita e de exposição oral. A primeira caminhada-busca surgiu em 2016. Desde lá, Elilson prossegue com o ato de expor oralmente a semelhante vitalidade linguística que constituem os ditados populares e os discursos de ódio.
Vermelho, 10/7, 20:30h CCSP, 13/07, a partir das 15h
2016
2’
BICHO é um experimento composto por estratégias físicas que buscam atingir um estado de transmutação latente sem resultados ou objetivos aparentes a não ser o próprio desgaste físico do performer. Bittencourt cumpre o protocolo de adaptação e confinamento dentro de um espaço doméstico elegido por ele como cenário temporário para uma manifestação de estados físicos. A pesquisa de movimentos está baseada no comportamento de insetos noturnos, também tidos como lunares por buscarem a luz.
Para Kafka.
2017
14’25’’
O farol, a parede, o porto faz parte do projeto Zona de Remanso, que aborda os limites da resistência física através de exercícios de permanência em locais portuários do litoral cearense, como Serviluz, Poço da Draga e Pecém. A história dessas localidades revela a lógica de transformação fruto das políticas exploratórias nas regiões portuárias cearenses.
10’
Criação Gabriel Cândido
Interpretado por Gabriel Cândido e Luiz Antônio Cândido.
Apoio Bruna Cândido, Jerê Nunes e Léo de Sá.
Provocação Fábio Lopes
Realização Núcleo Negro de Pesquisa e Criação (NNPC)
Dois homens negros de diferentes gerações tencionam o espaço através do compartilhamento e troca de seu afeto mais íntimo e ancestral: o cuidado. Nesta ação, na qual pai e filho são os atuantes, as relações de masculinidade e negritude emergem no contra fluxo das estatísticas de violências e dos estereótipos que foram construídos ao longo da história do Brasil.
Vermelho, 9/7, 20:30h
2019
60’
Criação e performance Gê Viana e Layo Bulhão
A representação de uma nação parte de um símbolo em partes desiguais.
A bandeira que representa um desgaste político histórico colonialesco.
A construção feliz de um governo que na espreita destrói corpos negrxs, índixs, nordestinxs e sapatões.
Nossas salivas são mangue e lavam a poeira da fartura da destruição.
Vermelho, 9/7, 21:30h
2018
7’35”
Roteiro, direção, montagem e animação Guerreiro do Divino Amor
Design de som Arthur Ferreira e Guerreiro do Divino Amor
Superficções é um projeto de pesquisa que pretende constituir um atlas superficcional do mundo. Ele investiga como ficções de diferentes naturezas, sejam elas geográficas, sociais, midiáticas, políticas ou religiosas interferem na construção do território e do imaginário coletivo. Para cada cidade foi escolhido um ângulo específico de pesquisa e uma nova Superficção. As Superficções dialogam entre si e se incorporam umas às outras. A pesquisa se materializa no formato de vídeos, publicações e painéis de backlight animados, criando um universo de ficção científica a partir de elementos da realidade social contemporânea. O terceiro capítulo do atlas, o Supercomplexo Metropolitano Expandido é uma máquina superficcional de poder, sucesso e expansão – uma alegoria de São Paulo.
2018
4’44’’
Direção Javier Velazquez Cabrero
Ator Xolisile Bongwana
Camera Noah Cohen
Som LeRoy Croft
Apoio Nirox Foundation, The Centre for the Less Good Idea, eAC/E Accion Cultural Española.
Em The Loop, Velazquez e Bongwana investem em uma negociação entre os processos criativos de ambos os artistas. No início do vídeo, assistimos uma pequena entrevista com Bongwana, na qual podemos entender o processo de interação entre os artistas. Bongwana deixa claro que não pretende negociar verbalmente seus interesses e propõe um diálogo corporal baseado em ações físicas. Quando interrogado sobre como funcionaria tal ideia, Bongwana deixa o espaço abruptamente de forma enigmática e poderosa que funciona tanto como voo, quanto como resposta para a pergunta de Velazquez.
2018
4’56’’
Em Camaro, Ávila substitui a vaselina usada para pentear o cabelo por graxa automotiva numa espécie de transfiguração teatral da beleza em um híbrido entre gênero e máquina. No vídeo, o esforço obsessivo empregado no ato de se pentear dentro uma oficina mecânica, revela uma espécie de neurose disseminada no chamado mundo moderno. Camaro nos apresenta um reflexo da estética globalizante e agressiva difundida em diferentes partes do chamado “desenvolvimento”. Utilizando registros de vídeo de baixa qualidade, Ávila nos convida a olhar para nós mesmos a partir de estereótipos implantados pela televisão e pelo cinema.
111’
Baile pros 111 é uma instalação sonora com participação do público que homenageia os 111 detentos assassinados pela PM do Estado de São Paulo, em 1992, na chacina que ficou conhecida como Massacre do Carandiru. Como decorrência dessa ação violenta, surge em 1993 o PCC (Primeiro Comando da Capital), que na época buscava “combater a opressão dentro do sistema prisional paulista”, e “vingar os 111 presos”. Alguns anos depois, aparece em São Paulo o fenômeno cultural do funk “proibidão” com letras que denunciam injustiças sofridas nas periferias e nas penitenciárias. Baile pros 111 é um memorial sonoro de resistência que recorre a esses “proibidões” para construir um set que é interrompido abruptamente aos 111 minutos de duração, e que é seguido pela reprodução sonora do estampido de 111 tiros para que esses 111 homens não sejam esquecidos.
Vermelho, 13/07, 18-20h
2019
18’19’’
Ao que precisamos nos sujeitar para nos tornar sujeitos? Quais são os processos de humanização impostos na formação social e de identidade? Quantos Trumps temos marcados em nosso corpo? Em Match um Trump, captado dentro de um banheiro, uma travesti cria marcações com pincéis e facas em seu corpo, utilizando uma máscara de Donald Trump como régua.
2002
Criado e interpretado por Lia Chaia
Duração variável
Na ação, um grupo de pessoas distribuirá máscaras de sorriso e o manifesto do sorriso. Considerando o momento social e político atual, fica clara a urgência em estabelecermos relações baseadas no afeto e na troca de conhecimento que proporcionem novos encontros e novas formas de habitar o espaço público. Ação criada em 2002 para o projeto “O espirito do lugar/Circuito Cultural”, na Vila Buarque, com curadoria de Lorenzo Mammi e Marcos Morais.
Vermelho, 09/07, a partir das 20h
Chão SLZ, 16/07, a partir das 19h
Foto Edouard Fraipont
Na ação, um grupo de pessoas distribuirá máscaras de sorriso e o manifesto do sorriso. Considerando o momento social e político atual, fica clara a urgência em estabelecermos relações baseadas no afeto e na troca de conhecimento que proporcionem novos encontros e novas formas de habitar o espaço público.
DImensões variáveis
Foto Edouard FraipontNa ação, um grupo de pessoas distribuirá máscaras de sorriso e o manifesto do sorriso. Considerando o momento social e político atual, fica clara a urgência em estabelecermos relações baseadas no afeto e na troca de conhecimento que proporcionem novos encontros e novas formas de habitar o espaço público.
2015
Criado e interpretado por Lia Chaia
Duração variável
Na ação, Chaia propõe uma discussão acerca do corpo humano, a partir da sua representação nas artes plásticas. A palestra-performance foi baseada em experimentações que pensam o corpo na interseção entre diferentes linguagens artísticas.
Chão SLZ, 18/07, a partir das 19h
2010
10’14
O corpo feminino carrega o potencial afetivo e a capacidade de gerar e conviver com o outro. Glam revela o corpo nu da mulher expondo seu potencial radical de transformação.
2018
13’42’’
Figurinos sur le chemin
Música Pete Drungle and Steve Heather
Foto Jacob Østergaard Johansson
Adição
Nikolaj Holst Kristensen
Instrutor e produção Mads Heibing
Obra comissionada por ART 2030
Tow with the Flow é uma performance de grande escala que envolve atores, dança, roupas, texto, música e inclui uniformes personalizados criados pelo estúdio escandinavo de design sustentável sur le chemin. Ao incorporar pilhas de roupas recicladas, a obra lança luz crítica sobre a indústria têxtil global e sugere uma solução “tudo em um só guarda-roupa” para um futuro mais sustentável. Apresentado em várias partes do mundo, Tow with the Flow é uma obra em andamento que continuamente inclui novos grupos de pessoas, estudantes, dançarinos e músicos, transcendendo, por meio dessa prática, fronteiras e origens sociais em prol de uma causa comum: chamar a atenção para a indústria da moda e para o consumo em massa derivado dela.
2018
38’35’’
Carmen é uma adaptação da ópera cômica criada por Prosper Mérimée e musicada por Georges Bizet. Gravada na Cidade do Panamá, a obra conta com a participação de drag queens e mulheres trans que interpretam diferentes versões da personagem de Mérimée.
2017
5’50’’
Kalunga, Kalunga explora os conflitos entre subjetividades que o “corpo territorializado” vivencia diante dos estágios do sujeito. Esse corpo, que é passível de obter direitos que são revistos e eventualmente revogados de acordo com a política econômica do território onde se encontra, torna-se ameaça constante para a segurança nacional. Como explica Fanon, “trata-se do que se apazigua odiando”, mantendo o terror e constituindo o outro não como semelhante, mas como objeto intrinsecamente ameaçador do qual é preciso proteger-se, desfazer-se.
2019
30’
Criação Lucimélia Romão
Intérpretes Josefa Ambrósio de Souza, Lucimélia Romão e Maria Lúcia de Souza
Audio Matheus Correa e Lucimélia Romão
Projeto expográfico Lucimélia Romão
Equipe Liliane Crislaine, Ivani Melo e Tainã Moreno
A cada 25 segundos um alarme toca. Sete litros de líquido vermelho são despejados pela performer em uma piscina. Isso ocorre até os 57 baldes que integram a instalação sejam esvaziados. Em aproximadamente 30 minutos a piscina se completa com 400 litros de líquido vermelho – sangue de jovens negros. Mil litros é uma ação que transborda. O primeiro tiro fere, o segundo tiro causa dificuldade de respirar e o terceiro mata! Então para que serve o quarto, o quinto, o sexto, o sétimo, o oitavo, o nono, e o décimo tiro? Corpos pretos atravessados por balas; transbordam mortes; transbordam lágrimas dos olhos das mães, mães que sabem que pariram seus filhos para serem alvejados pela polícia.
Vermelho, 09/07, a partir das 21:30h
2019
7’
Corpografias do pixo sugere um lugar de encontro com a cidade e suas inscrições urbanas. No experimento, as artistas se colocam diante de superfícies pichadas lançando mão de seus corpos como dispositivos para mapear as inscrições urbanas presentes na cidade, buscando registrar, por meio de suas subjetividades, os modos urbanos de resistência, seus desvios, mapas e códigos pixados sobre os muros da cidade.
2018
60’
Criado e interpretado por Marco Paulo Rolla
Um homem, uma cadeira, uma caixa de som e sua voz são projetados no espaço criando vibrações. Essas vibrações tocam o ser e o espaço como um todo e não são localizáveis a não ser em sua totalidade. O artista se coloca como mediador deste organismo vivo e delicado onde todos serão convidados a sentir e a reagir com vibrações. Esta ação é parte dos experimentos sonoros e improvisos acerca do espaço iniciados com a performance “Preenchendo o Espaço”, criada para a exposição Terra Comunal, no Sesc Pompeia, em 2015. Desta vez, entretanto, Rolla utiliza outro instrumento – o Shruti Box. De origem indiana, o instrumento se completa com o uso da voz.
Chão SLZ, 17/07, a partir das 19h
Foto Marcos Gallon
Um homem, uma cadeira, uma caixa de som e sua voz são projetados no espaço criando vibrações. Essas vibrações tocam o ser e o espaço como um todo e não são localizáveis a não ser em sua totalidade. O artista se coloca como mediador deste organismo vivo e delicado onde todos serão convidados a sentir e a reagir com vibrações. Esta ação é parte dos experimentos sonoros e improvisos acerca do espaço iniciados com a performance Preenchendo o Espaço, criada para a exposição Terra Comunal, no Sesc Pompeia, em 2015. Desta vez, entretanto, Rolla utiliza outro instrumento – o Shruti Box. De origem indiana, o instrumento se completa. com o uso da voz.
Um homem, uma cadeira, uma caixa de som e sua voz são projetados no espaço criando vibrações. Essas vibrações tocam o ser e o espaço como um todo e não são localizáveis a não ser em sua totalidade. O artista se coloca como mediador deste organismo vivo e delicado onde todos serão convidados a sentir e a reagir com vibrações. Esta ação é parte dos experimentos sonoros e improvisos acerca do espaço iniciados com a performance Preenchendo o Espaço, criada para a exposição Terra Comunal, no Sesc Pompeia, em 2015. Desta vez, entretanto, Rolla utiliza outro instrumento – o Shruti Box. De origem indiana, o instrumento se completa. com o uso da voz.
Foto Marcos Gallon
Um homem, uma cadeira, uma caixa de som e sua voz são projetados no espaço criando vibrações. Essas vibrações tocam o ser e o espaço como um todo e não são localizáveis a não ser em sua totalidade. O artista se coloca como mediador deste organismo vivo e delicado onde todos serão convidados a sentir e a reagir com vibrações. Esta ação é parte dos experimentos sonoros e improvisos acerca do espaço iniciados com a performance Preenchendo o Espaço, criada para a exposição Terra Comunal, no Sesc Pompeia, em 2015. Desta vez, entretanto, Rolla utiliza outro instrumento – o Shruti Box. De origem indiana, o instrumento se completa. com o uso da voz.
Um homem, uma cadeira, uma caixa de som e sua voz são projetados no espaço criando vibrações. Essas vibrações tocam o ser e o espaço como um todo e não são localizáveis a não ser em sua totalidade. O artista se coloca como mediador deste organismo vivo e delicado onde todos serão convidados a sentir e a reagir com vibrações. Esta ação é parte dos experimentos sonoros e improvisos acerca do espaço iniciados com a performance Preenchendo o Espaço, criada para a exposição Terra Comunal, no Sesc Pompeia, em 2015. Desta vez, entretanto, Rolla utiliza outro instrumento – o Shruti Box. De origem indiana, o instrumento se completa. com o uso da voz.
Foto Marcos Gallon
Um homem, uma cadeira, uma caixa de som e sua voz são projetados no espaço criando vibrações. Essas vibrações tocam o ser e o espaço como um todo e não são localizáveis a não ser em sua totalidade. O artista se coloca como mediador deste organismo vivo e delicado onde todos serão convidados a sentir e a reagir com vibrações. Esta ação é parte dos experimentos sonoros e improvisos acerca do espaço iniciados com a performance “Preenchendo o Espaço”, criada para a exposição Terra Comunal, no Sesc Pompeia, em 2015. Desta vez, entretanto, Rolla utiliza outro instrumento – o Shruti Box. De origem indiana, o instrumento se completa com o uso da voz.
Um homem, uma cadeira, uma caixa de som e sua voz são projetados no espaço criando vibrações. Essas vibrações tocam o ser e o espaço como um todo e não são localizáveis a não ser em sua totalidade. O artista se coloca como mediador deste organismo vivo e delicado onde todos serão convidados a sentir e a reagir com vibrações. Esta ação é parte dos experimentos sonoros e improvisos acerca do espaço iniciados com a performance “Preenchendo o Espaço”, criada para a exposição Terra Comunal, no Sesc Pompeia, em 2015. Desta vez, entretanto, Rolla utiliza outro instrumento – o Shruti Box. De origem indiana, o instrumento se completa com o uso da voz.
2019
17’
Direção Melania Olcina Yuguero
Intérprete Alejandro Moya
Edição e montagem Juan Carlos Toledo
Desenho de som Idan Shimoni
Etalonaje Frodo García Conde
Agradecimentos Ainara Nieves
Colaboração Pueblos en arte
Difusão e distribuição MILK&HONEY|Plat
Plataforma de investigación especializada
(Screendance_Procesos coreográficos_Formatos expandidos)
+info: platmilkandhoney@yahoo.es
Homo torna visível a experiência íntima de um ser humano que habita um espaço interior, privado e reservado à solidão. A sala, como metáfora da casa, é a imagem de intimidades perdidas. O homo privatus procura através de um ato de introspecção um encontro consigo mesmo, a consciência de sua corporalidade, isto é, de certa identidade em relação ao outro, através da experiência multissensorial e especialmente tátil com o sujeito que o rodeia. Homo revela a camada epidérmica e visível do ser humano. Seu corpo expressa a memória de uma história pessoal diante da representação visual de uma história coletiva de corpos estereotipados, icônicos, mitificados e idealizados.
1990-2002
Michel Groisman foi um dos primeiros artistas da dança ter acesso a exposições de arte criadas por grandes museus. Sua contribuição para inserção da performance nesse eixo é inestimável.
cobre, alumínio, plástico, vidro e aço.
“faço uma refeição naturalmente, utilizando os talheres duplicados, enquanto me alimento, consequentemente alimento o deficiente.”
cobre, alumínio, plástico, vidro e aço.
“faço uma refeição naturalmente, utilizando os talheres duplicados, enquanto me alimento, consequentemente alimento o deficiente.”
couro, metal, mangueira e cera
“em um movimento contínuo passo o fogo de uma vela para a outra. soprando por um sistema de tubos, posso escolher a vela que quero apagar.”
couro, metal, mangueira e cera
“em um movimento contínuo passo o fogo de uma vela para a outra. soprando por um sistema de tubos, posso escolher a vela que quero apagar.”
copo de 6 alças em policarbonato injetado, produção industrial.
Sirva-se propõe jogos em grupo utilizando a água como veículo de comunicação entre as pessoas. Para conduzir e ser conduzido pela água utilizamos os copos especiais, que são adaptados às diferentes partes do corpo.
copo de 6 alças em policarbonato injetado, produção industrial.
Sirva-se propõe jogos em grupo utilizando a água como veículo de comunicação entre as pessoas. Para conduzir e ser conduzido pela água utilizamos os copos especiais, que são adaptados às diferentes partes do corpo.
Porta das Mãos é um trabalho sobre a perfeita continuidade que une todas as formas. “Conecto dois dedos de uma mão com dois dedos da outra. Desta forma, realizo o encontro das polaridades do corpo: mão direita e esquerda, feminino e masculino, dentro e fora, etc… Basta apenas a intenção de unir, representada pela simples e mínima conexão entre dois dedos de cada mão”
Porta das Mãos é um trabalho sobre a perfeita continuidade que une todas as formas. “Conecto dois dedos de uma mão com dois dedos da outra. Desta forma, realizo o encontro das polaridades do corpo: mão direita e esquerda, feminino e masculino, dentro e fora, etc… Basta apenas a intenção de unir, representada pela simples e mínima conexão entre dois dedos de cada mão”
2019
8’
Edição, cinematografia e edição Nurit Sharett
Trilha sonora Shalom Weinstein
Who is the Bedouin surgiu quando a artista vasculhava uma coleção de slides do acervo de um museu criado na década de 1970, no deserto Negev, na Jordânia e no Sinai. Segundo Sharett, os slides retratam os beduínos como uma figura tradicional cuja vida no deserto gira em torno de tendas, camelos, tapetes e chá. Enquanto trabalhava no projeto, Sharett encontrou no site do Ministério da Educação de Israel um texto educacional sobre os beduínos que os apresenta como figuras genéricas, ou seja, “O beduíno é …”. – sem levar em conta o papel das mulheres ou a vida beduína contemporânea. Sharett encontrou-se com beduínos e pediu que lessem o texto “Quem é o beduíno?” em voz baixa. Sua intenção foi registrar a autenticidade do primeiro contato com o texto, que, por conta dessa estratégia, está presente e ao mesmo tempo ausente no vídeo. O espectador percebe as reações dos beduínos apenas a partir de suas expressões faciais, como uma sobrancelha franzida, um pequeno sorriso, ou um aceno de afirmação ou negação da cabeça.
Apoio: Mifal Hapais
2019
Duração indeterminanda
Criado e interpretado por Rafa Esparza
Agradecimento Rodrigo Campuzano
Em no vine a morir, Esparza busca criar uma presença que possa expandir a relação de um corpo queer com o chão e com o céu. Como artista negro e queer nos EUA, e em qualquer parte do mundo, a vida adquire características precárias tornando-se alvo da violência sancionada pelo Estado homofóbico, transfóbico e racista. Para essas pessoas, a morte eminente é impactada por forças que vão muito além das naturais. Quando um corpo é enterrado ou cremado, sua essência persiste no olhar do observador, enquanto ambos os lugares (chão e céu) mantêm futuros especulativos para uma vida que experimenta a morte. Essas temporalidades são bastante desconhecidas, altamente debatidas e profundamente ponderadas. Coberto por espelhos da cabeça aos pés, Esparza iniciará na manhã do dia 11 de junho, data da apresentação da ação na Vermelho, uma caminhada pela cidade de São Paulo até o espaço onde a ação acontecerá na galeria. Essa caminhada será pontuada por uma série de quedas que rementem às tantas quedas sofridas por corpos queer mortos em decorrência da violência e da doença. Uma vez na galeria, o corpo de Esparza será apresentado de forma a estabelecer uma relação entre terra e céu.
Vermelho, 11/07, 20h
2014
60’
Realização NUPPI – Núcleo de Pesquisa e Produção de Imagem, e Mídia 2 – Produções Audiovisuais
Ideia Original, Direção, Roteiro, Produção Executiva Ramusyo Brasil
Montagem Nayra Albuquerque
Atorxs Lauande Aires, Áurea Maranhão, SaraElton Panamby, Yuri Brito, Bruno Barata Ferreira, Filipe Espíndola, Bruno Azevêdo, Cris Campos, Tieta Macau, Irlane Rocha, Guilherme Frederico, Batman Pobre, Ramusyo Brasil e Crystal.
Fotografia Ramusyo Brasil, Carolina Libério, Jane Maciel, Beto Pio, Matheus Santos
Som Bruno Barata Ferreira, Ramusyo Brasil, Nayra Albuquerque, Matheus Santos, Carolina Libério, Jane Maciel, Reuben da Cunha
Trilha Original Bruno Barata Ferreira
Trilha Adaptada Ramusyo Brasil, Luciano Linhares, Yuri Brito
Trilha Sonora Bezerro de Ouro (Sérgio Ricardo)
Figurino Áurea Maranhão, Sara Panamby, Ellen Correia, Filipe Espíndola
Direção de Arte Ramusyo Brasil, Áurea Maranhão, Sara Panamby, Carolina Libério, Jane Maciel, Filipe Espíndola
Poesias Celso Borges, Reuben da Cunha, Walter Benjamin, Glauber Rocha, Nauro Machado
Fotos Carolina Libério, Jane Maciel, Adson Carvalho, Eduardo Cordeiro
Catering Ellen Correia
Finalização de Imagem e Som Beto Pio
Arte Gráfica Carlos D e Maca.
A partir do documentário Maranhão 66, filme pouco conhecido da cinematografia de Glauber Rocha, Maranhão 669 – Jogos de Phoder atualiza a potência estética do cinema glauberiano articulando-o com o pensamento histórico de Walter Benjamin. O filme traça pontes entre poéticas corporais performáticas e o inconsciente político brasileiro, numa trama onírica que investe nos processos ritualísticos de produção audiovisual. Com acento nitidamente ensaístico, Maranhão 669 – Jogos de Phoder recolhe fragmentos de raiva poética que cintilam entre o erótico e o infernal, a psique e a política, o real e o imaginário, o documental e o ficcional. O filme desvela os devaneios do deputado Lauande que comemora em um quarto de hotel a vitória de seu correligionário, o então jovem político José Sarney (ex-presidente do Brasil / 1985-1989) ao governo do estado do Maranhão, enquanto ouve seu discurso de posse, no dia 31 de janeiro de 1966. Entre um trago e um teco, Lauande é visitado por um anjo (o anjo da história de Benjamin) que o leva para uma viagem ritual que atravessa o tempo. Primeiro, um baile com Dionísio. Em seguida, uma orgia para a vinda do Messias. Ele virá?! No Cine Ebó evoca-se um Cabôco, uma Pomba Gira e Shiva pra jogar capoeira ao som do berimbau…
2019
60’ cada ciclo – 120′ total
Criação: Regina Parra, Clarissa Sacchelli, Maitê Lacerda, Lucia Bronstein, Juliana R., Bruno Levorin e Haroldo Saboia.
Coreografia: Clarissa Sacchelli, Maitê Lacerda e Bruno Levorin.
Performance: Clarissa Sacchelli e Maitê Lacerda.
Dramaturgia: Bruno Levorin.
Música: Juliana R.
Objetos: Ludmila Porto e Bruno Levorin.
Direção: Regina Parra e Bruno Levorin.
Produção: Raio
Partindo da série fotográfica de mulheres histéricas do Hospital da Salpêtrière (Paris), realizadas pelo cientista Jean-Martin Charcot no século XIX, lasciva é uma performance que tenta impulsionar essas mulheres e imagens a vibrarem sobre outras políticas do desejo. Abordando o erotismo, cuidado e sensação, e convocando gestos, imagens e palavras produzidas na relação entre mulheres, Clarissa Sacchelli, Maitê Lacerda, Regina Parra e Bruno Levorin perguntam: como agir sobre o tempo, imaginando outra sensibilidade para resistir à violência sofrida pelos corpos que amam?
Agradecimentos: Casa do Povo, Casa Liquida, Haroldo Saboia, Júlia Feldens, Laura Salerno e Lucia Bronstein.
Vermelho, Sábado, 13/07, 16h