Marcelo Zocchio (45) volta a expor na Vermelho após 4 anos de sua última individual “Utilidades Domésticas”. A primeira vista, as duas novas séries que compõem Lançamentos + Planetas lembram pouco a série apresentada em 2005, composta por imagens de espaços, móveis e objetos que na época compunham o entorno do artista. Um olhar mais atento, entretanto, perceberá proposições similares que aproximam a produção de 2005 da atual. Essas semelhanças podem ser percebidas não apenas na forma como o artista enquadra o objeto a ser fotografado, isolando-o de seu entorno como se figura e fundo não pertencessem ao mesmo universo, mas também na trama narrativa que permeia as imagens e na relação que ela estabelece com o observador.
É o caso de Planetas (2009) em que um homem alto, vestindo roupas semelhantes a de personagens de um filme de ficção científica, permanece em pé, imóvel, mirando com o olhar distante o observador. O cenário é árido, desolado e o homem está só. Planetas se assemelha a um diário de bordo de uma viagem no espaço composto por registros fotográficos da passagem do personagem por vários planetas. Nas nove imagens impressas em metacrilato, o próprio artista se deixa fotografar frontalmente estabelecendo com o observador uma relação de confronto e também de distanciamento, sensação que parece ampliada por conta do grande espaço que separa o corpo retratado do tripé onde a câmera foi fixada.
Em Lançamentos, título da série de imagens criadas em computador e também do vídeo que ocupa o piso térreo da galeria, a visão positivista da ciência que aparece em Planetas, é totalmente desestabilizada. Em Lançamentos (vídeo), vê-se uma linha de produção inusitada. Na projeção, Zocchio retorna como personagem solitário, ele aparece ensacando dezenas de dejetos obsoletos, restos; lixo abandonado pela sociedade de consumo. São monitores de computador, CD e DVD players, cabos e HDs em um procedimento infindável que remete a um personagem fritzlanguiano de Metrópolis. Na sala 1, Lançamentos (objetos em acrílico com imagens em jato de tinta) revela a individualidade ultrapassada desses objetos. Essa característica pode ser notada no procedimento de sobreposição de camadas que compõem os doze objetos.
Marcelo Zocchio (45) volta a expor na Vermelho após 4 anos de sua última individual “Utilidades Domésticas”. A primeira vista, as duas novas séries que compõem Lançamentos + Planetas lembram pouco a série apresentada em 2005, composta por imagens de espaços, móveis e objetos que na época compunham o entorno do artista. Um olhar mais atento, entretanto, perceberá proposições similares que aproximam a produção de 2005 da atual. Essas semelhanças podem ser percebidas não apenas na forma como o artista enquadra o objeto a ser fotografado, isolando-o de seu entorno como se figura e fundo não pertencessem ao mesmo universo, mas também na trama narrativa que permeia as imagens e na relação que ela estabelece com o observador.
É o caso de Planetas (2009) em que um homem alto, vestindo roupas semelhantes a de personagens de um filme de ficção científica, permanece em pé, imóvel, mirando com o olhar distante o observador. O cenário é árido, desolado e o homem está só. Planetas se assemelha a um diário de bordo de uma viagem no espaço composto por registros fotográficos da passagem do personagem por vários planetas. Nas nove imagens impressas em metacrilato, o próprio artista se deixa fotografar frontalmente estabelecendo com o observador uma relação de confronto e também de distanciamento, sensação que parece ampliada por conta do grande espaço que separa o corpo retratado do tripé onde a câmera foi fixada.
Em Lançamentos, título da série de imagens criadas em computador e também do vídeo que ocupa o piso térreo da galeria, a visão positivista da ciência que aparece em Planetas, é totalmente desestabilizada. Em Lançamentos (vídeo), vê-se uma linha de produção inusitada. Na projeção, Zocchio retorna como personagem solitário, ele aparece ensacando dezenas de dejetos obsoletos, restos; lixo abandonado pela sociedade de consumo. São monitores de computador, CD e DVD players, cabos e HDs em um procedimento infindável que remete a um personagem fritzlanguiano de Metrópolis. Na sala 1, Lançamentos (objetos em acrílico com imagens em jato de tinta) revela a individualidade ultrapassada desses objetos. Essa característica pode ser notada no procedimento de sobreposição de camadas que compõem os doze objetos.