O SUPERFLEX foi criado em 1993 pelos artistas Bjørnstjerne Reuter Christiansen (1969), Jakob Fenger (1968), e Rasmus Nielsen (1969), e é um dos mais representativos coletivos surgidos nos anos 1990, que estabeleceu seu posicionamento crítico nas frestas da economia globalizada. Apropriando-se de produtos altamente difundidos, o SUPERFLEX contribui, como afirma o crítico francês Nicolas Bourriaud, “para abolir a distinção tradicional entre produção e consumo, criação e cópia, ready-made e obra original”. Com esse tipo de procedimento, o grupo rompe com as noções modernistas de inovação e originalidade, desestabilizando as práticas artísticas tradicionais baseadas na idéia do novo, estabelecendo formas de produção em que a obra representa ao mesmo tempo um suporte, uma ferramenta e um produto.
Albergaria desenvolve uma pesquisa que tem a história dos jardins como ponto de partida para intervenções que se desdobram em fotografias, desenhos, esculturas e instalações. Nesse sentido, a colonização das plantas em território adverso, como metáfora de uma idéia de desenvolvimento social e de evolução, norteou as investigações da artista na criação das obras que compõem sua primeira exposição individual no Brasil.
”Fábio em sua instalação Camuflagem se utiliza de elementos urgentes da comunicação das ruas para compor o seu disfarce, porque também tem urgência. Urgência em inventar um gesto sublime no espaço e no tempo. Urgência em poetizar a nossa percepção.”
– Texto de Marcelo Maluf