A Galeria Vermelho apresenta, de 26 de fevereiro a 20 de março, de 2008, a exposição Mônica Nador e brodagem de Mônica Nador em parceria com o núcleo de pintura do JAMAC.
A exposição Mônica Nador e brodagem marca o retorno de Nador à pintura sobre tela após ter se dedicado por mais de uma década apenas a projetos nas ruas, escolas e praças na periferia de grandes centros ou em pequenas cidades, trabalhando em bairros de baixa renda em parceria com os habitantes dessas localidades.
Mônica Nador nasceu em Ribeirão Preto (SP), em 1955, e cursou Artes Plásticas na Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo, e, em 1984, participou da emblemática exposição “Como vai você geração 80?”. A leitura do texto O fim da Pintura, do crítico norte-americano Douglas Crimp, reafirmou a sensação de esgotamento da artista em relação à experiência formal da pintura, fato que provocou uma mudança radical em sua obra e deu origem ao projeto Paredes Pinturas.
Nas primeiras montagens de Paredes pinturas, Nador se apropriou de imagens baseadas em padronagens islâmicas, utilizando estênceis repetidos de forma seriada. Para a artista, esses motivos representam uma resistência relativa ao espanto do belo, algo que se contrapõe às práticas empregadas na arte contemporânea, mas que está ligado a uma atitude de saúde, e de cuidado visual.
Com o tempo, as Paredes pinturas passaram a adquirir leituras singulares, ao serem adaptadas aos padrões culturais das populações locais onde foram montadas. Essa experiência culminou com a constituição, em 2004, do JAMAC (Jardim Miriam Arte Clube).
Associação Civil sem fins lucrativos, o JAMAC é formado por artistas, intelectuais e moradores do Jardim Miriam (SP), e constitui um núcleo gerador de ações artísticas que gera benefícios concretos para os moradores do bairro, desde a melhoria das habitações até o ensino de ofícios.
Utilizando o potencial transformador da arte, o JAMAC promove a ampliação da visão de mundo dos participantes, desenvolvendo a consciência crítica e trabalhando a noção de cidadania dos mesmos.
Para a atual exposição na Vermelho, Nador preparou nove telas em grandes formatos, uma série de gravuras inéditas, além de pinturas em stencil sobre papel, criados em parceria com o núcleo de pintura do JAMAC.
Segundo o crítico de arte e dramaturgo Rafael Vogt Maia Rosa, que assina o texto da exposição, em trabalhos como, Que cem flores desabrochem ou Que cem flores desabrochem 2 (el sub), que integram a atual mostra, “os temas políticos agregados se dissolvem em uma trama cuja função parece mais a de preencher, com base em componentes seriais, do que reforçar um discurso que se condensa em um conteúdo dominante, a própria diluição.” Os procedimentos e experiências de Mônica Nador junto com o JAMAC, aparecem no documentário “Paredes Pinturas” de Ludmila Ferolla, que será apresentado durante a exposição.
A Galeria Vermelho apresenta, de 26 de fevereiro a 20 de março, de 2008, a exposição Mônica Nador e brodagem de Mônica Nador em parceria com o núcleo de pintura do JAMAC.
A exposição Mônica Nador e brodagem marca o retorno de Nador à pintura sobre tela após ter se dedicado por mais de uma década apenas a projetos nas ruas, escolas e praças na periferia de grandes centros ou em pequenas cidades, trabalhando em bairros de baixa renda em parceria com os habitantes dessas localidades.
Mônica Nador nasceu em Ribeirão Preto (SP), em 1955, e cursou Artes Plásticas na Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo, e, em 1984, participou da emblemática exposição “Como vai você geração 80?”. A leitura do texto O fim da Pintura, do crítico norte-americano Douglas Crimp, reafirmou a sensação de esgotamento da artista em relação à experiência formal da pintura, fato que provocou uma mudança radical em sua obra e deu origem ao projeto Paredes Pinturas.
Nas primeiras montagens de Paredes pinturas, Nador se apropriou de imagens baseadas em padronagens islâmicas, utilizando estênceis repetidos de forma seriada. Para a artista, esses motivos representam uma resistência relativa ao espanto do belo, algo que se contrapõe às práticas empregadas na arte contemporânea, mas que está ligado a uma atitude de saúde, e de cuidado visual.
Com o tempo, as Paredes pinturas passaram a adquirir leituras singulares, ao serem adaptadas aos padrões culturais das populações locais onde foram montadas. Essa experiência culminou com a constituição, em 2004, do JAMAC (Jardim Miriam Arte Clube).
Associação Civil sem fins lucrativos, o JAMAC é formado por artistas, intelectuais e moradores do Jardim Miriam (SP), e constitui um núcleo gerador de ações artísticas que gera benefícios concretos para os moradores do bairro, desde a melhoria das habitações até o ensino de ofícios.
Utilizando o potencial transformador da arte, o JAMAC promove a ampliação da visão de mundo dos participantes, desenvolvendo a consciência crítica e trabalhando a noção de cidadania dos mesmos.
Para a atual exposição na Vermelho, Nador preparou nove telas em grandes formatos, uma série de gravuras inéditas, além de pinturas em stencil sobre papel, criados em parceria com o núcleo de pintura do JAMAC.
Segundo o crítico de arte e dramaturgo Rafael Vogt Maia Rosa, que assina o texto da exposição, em trabalhos como, Que cem flores desabrochem ou Que cem flores desabrochem 2 (el sub), que integram a atual mostra, “os temas políticos agregados se dissolvem em uma trama cuja função parece mais a de preencher, com base em componentes seriais, do que reforçar um discurso que se condensa em um conteúdo dominante, a própria diluição.” Os procedimentos e experiências de Mônica Nador junto com o JAMAC, aparecem no documentário “Paredes Pinturas” de Ludmila Ferolla, que será apresentado durante a exposição.