O projeto para a fachada da galeria é da dupla Angela Detanico e Rafael Lain, artistas que participaram na 26°Bienal de São Paulo durante o tempo da instalação na fachada. 5 vezes 10 degraus é uma instalação que explora proporções e escalas.
No pátio de entrada da galeria foi instalada uma fonte de fibra de vidro e cimento pintada de branco. A fonte foi quebrada na noite posterior à abertura e assim permaneceu durante todo o período da exposição.
Marco Paulo Rolla, mais conhecido por suas pinturas e cerâmicas, apresentou na Vermelho uma exposição caracterizada pelo trânsito por diversos meios: pintura, desenho, cerâmica, vídeo, imagem digital, performance e instalação. Na fachada, a instalação Derramamento conta com diversos objetos achados na rua, comprados em bazar ou ganhos de amigos.
Na instalação, moveis transbordam de dentro da edificação como se fosse uma erupção do cotidiano. É o homem deteriorando com o acumulo de sua necessidade de construir, destruir e transformar. Na sociedade de consumo isto se torna espaços entulhadas de memórias perdidas. Assim, o entulho simboliza as nossas ideias que tornarmos parte de um lixo transbordante.
Apresentada no contexto da exposição coletiva “1 Lúcia 2 Lúcias”, onde também foram apresentadas obras de Lia Chaia, Leandro da Costa e Fabiano Marques, Nicolás Robbio propôs para a fachada da Vermelho uma intervenção baseada na bandeira da Argentina. Segundo o texto do curador Cauê Alves: “(…) O sol, que deveria estar no centro do símbolo da pátria, foi deslocado e as faixas azuis, devido à escala, acabaram se assemelhando ao céu e ao horizonte de uma paisagem. Aludindo à falta de eixo que atualmente o país se encontra o artista auto-exilado, nascido em Mar del Plata, não pretendeu qualquer afirmação de sua identidade nacional. A interferência na bandeira pode ser comparada a desarticulação social e econômica que a Argentina hoje se encontra. Deslocada para o espaço da Vermelho, a bandeira adquire diversas significações, podendo ser compreendida como um esforço de fortalecimento do Mercosul ou até mesmo, caso fosse época de Copa do Mundo, como uma referência a rivalidade entre os melhores times de futebol da América”.
Na parte inferior da fachada foram presos espelhos e na parte superior direita um texto pintado por letristas profissionais.
A exposição trazia trabalhos individuais das três artistas, que apresentaram ainda, no dia da abertura, um trabalho coletivo que dava título à exposição: “Solto, cruzado e junto” são as três maneiras de se dançar bolero. A proposta se utilizava da fachada para criar na exposição um ambiente de dança de salão, incluindo mesas, luzinhas e um bar. As artistas experimentavam e propunham a experiência desta dança, uma linguagem em que estão em jogo a relação entre pares, a ocupação do espaço e a habilidade em lidar com tempos e contratempos, questões que permeavam outros trabalhos da exposição.
Na fachada que acompanhava a exposição “O Mundo Não Precisa de Você”, Rosana Monnerat instalou degraus de escalada que indicavam um caminho que se iniciava no chão e dava a volta por cima da galeria. Pintados em cor branca, os degraus normalmente utilizados em parede de alpinismo, se integravam à cor branca da fachada.
Para este projeto, os artistas propuseram retirar as diversas camadas de tinta e argamassa que compõe a fachada da galeria, deixando à mostra apenas sua alvenaria crua. No pátio em frente à galeria, tinta branca foi utilizada para desenhar a forma espelhada da fachada da galeria.