230 x 160 cm
manta asfáltica líquida sobre tela Foto Filipe Berndt O trabalho é composto por dois momentos complementares. A parte inferior apresenta o universo da mosca branca, uma praga de lavoura. A parte de cima traça um paralelo entre a maneira cósmica como elas se organizam para devorar o alimento, e, por consequência, a possibilidade se vislumbrar uma constelação através da organização sistemática desta praga em ação.<p><p>A mosca branca é um inseto fitófago e costuma se alimentar da parte inferior das folhas das plantas. Praga que atinge drasticamente a agricultura, essa mosca é combatida de duas maneiras: com o uso de poderosos pesticidas ou através de controle biológico pela presença de predadores naturais.<p><p>O trabalho tenta dar conta de um certo equilíbrio natural, resultante de forças que convergem para que se evidencie o caos da simbiose. <p><p>A planta que não deveria ser cultivada como monocultura extrativista, precisa acontecer para que o motor agropecuário continue a semear o solo nacional. Para isso, a mosca que não deveria ser uma praga, precisa ser aniquilada de modo que o agricultor consiga distribuir a produção. <p><p><em>O Homem Velho</em> projeta de maneira amoral o ser humano em função de um sistema complexo criado por ele mesmo. Do outro lado, surge um inseto transformado em praga que tem o poder de interromper a lavoura transformando a natureza no principal obstáculo a ser vencido pela civilização. <p><p>Alimento e safra. Homem e praga. Mitologia e ciência. As ambivalências propostas nesse trabalho são ferramentas para discussão sobre a maneira como a história vem sendo contada há séculos. Ver o inseto como peste, ter uma praga no lugar de uma situação simbiótica, enxergar o lucro ao invés do motivo de subsistência, criar o mito para isolar a ciência. Estes são alguns dos modos como vem operando uma civilização programada a sobreviver em função de superar a própria saga. <p><p>A Constelação do Homem Velho <p><p>Em 1612 o missionário francês Claude d’Abbeville registrou 30 constelações enquanto acompanhava os Tupinambás da região do estado do Maranhão. Aprendeu e registrou minuciosamente os detalhes astronômicos e mitológicos dessas constelações na sua obra <em>Histoire de la Mission de Pères Capicins en l’isle de Maragnan et terres circonvoisins</em>, impressa e lançada em 1614 na capital francesa. <p><p>Dentre as constelações enumeradas pelo missionário, sabe-se que a Constelação do Homem Velho é uma das mais importantes para os povos nativos brasileiros, pois ela tinha o papel de indicar tanto o início do verão para os índios do sul, quanto o início do período de chuvas para os índios da região norte do país. <p><p>Conta a mitologia dos índios da etnia tupi-guarani uma outra história sobre o que a cultura grega identificou no céu como Orion e Touro. Nessa mesma região do espaço os tupinambás enxergavam a figura de um homem idoso cuja estória fora homenageada pelos deuses na forma de uma constelação. <p><p>Tal mitologia conta que homem velho se casou com uma índia muito bela, muito mais jovem do que ele. E que com o passar do tempo a jovem se apaixonou pelo irmão mais novo desse homem, não podendo mais se comprometer com o que um dia jurara à sua tribo. <p><p>Ela tinha a idade do irmão caçula do velho índio. Apaixonada pelo cunhado, a índia percebe que tudo isso jamais poderia ser consumado enquanto casada. Com o tempo, ela não consegue mais ver qualquer solução senão matá-lo, de sorte que assim pudesse seguir a vida ao lado do amante. <p><p>Decidida, ela aborda o ancião distraído e lhe aplica uma facada certeira na parte inferior de uma das pernas, para que sangrasse até a morte. O índio termina por perder a perna numa tentativa frustrada do Pajé de tentar estancar o sangramento. O velho morre e sua morte provoca a compaixão imediata dos deuses. <p><p>Comovidos com essa história, os deuses projetam no firmamento a imagem mutilada do homem velho de modo que – na região onde se vê a constelação de Orion e de Touro – seja possível enxergar sua silhueta com um cajado na mão. <p><p>A estrela Betelgeuse (Alpha Orionis), cujo brilho é notável nessa região do céu, delimita o lugar onde a perna fora amputada. Essa estrela maciça é considerada pelos astrônomos uma Estrela super gigante vermelha que remete ao sangue derramado pelo homem velho. A cabeça do homem velho é formada pelo aglomerado das Híades, o mesmo aglomerado que compõe a cabeça da constelação de Touro. O penacho do índio visto de frente é representado na forma do Aglomerado das Plêiades. As famosas Três Marias compõem o joelho, e a Estrela Saiph delimita o seu único pé. Um dos braços é representado pelas estrelas que compõe o escudo de Orion. Por fim, o outro braço é representado por estrelas da constelação de Touro que também compõe o seu cajado. <p><p>Na pintura, as estrelas estão representadas pelo que seria o agrupamento disciplinado das moscas. E através dessa organização se pode avistar a Constelação do Homem Velho, que aparece pelos golpes de ponta seca sobre a matéria da superfície. <p><p>Henrique Cesar, 2019151cm ø
manta asfáltica líquida sobre tela Foto Filipe Berndt151cm ø
manta asfáltica líquida sobre tela Foto Filipe Berndt155 x 194 cm
manta asfáltica líquida sobre tela Foto Filipe Berndt Paisagem feita com tinta asfáltica que explora os recursos da perspectiva para transmitir estranheza e imensidão. <p><p>Nesse caso, entretanto, a matemática dos pontos de fuga se dilui dando lugar a uma certa confusão espacial que provoca não só a sensação de distancia objetiva, mas também de deslocamento.<p><p><em>O Mirante</em> emprega uma variedade de perspectivas diferentes para promover perturbação e desconforto do olho. A linha do horizonte está acima do ponto de interseção das diagonais do plano. <p><p>Nesse lugar da paisagem onde o horizonte encontra o céu, há uma interrupção da pintura pela presença do algodão cru da tela. Essa ausência de matéria no plano pictórico cria um vácuo até que uma tarja de puro betume surge para abrigar um astro.<p><p>Por meio desta perspectiva, é possível observar em primeiro plano uma antena de transmissão. À esquerda do eixo de embate entre a antena e o astro, vê-se quatro planos sem cor, e à direita uma estrada. Trata-se da representação de uma área de lavoura, um cinturão agrícula. O fato é que nessa mesma paisagem existem dois céus, um claro e outro escuro. Existem também dois satélites, um natural e outro artificial. E tudo isso está resolvido no cruzamento dos eixos vertical e horizontal. <p><p><em>O Mirante</em> não existe, mas cria condições para que se possa admirar um lugar onde tudo faria sentido se a lógica não pretender desafiar o caos.<p><p>A cena distópica não aponta para uma tragédia anunciada, mas para a representação de um lugar comum, ora real, ora imaginário.155 x 194 cm
manta asfáltica líquida sobre tela Foto Filipe Berndt200 x 160 cm
manta asfáltica líquida sobre tela Foto Filipe Berndt90 x 120 cm
manta asfáltica líquida sobre tela Foto Filipe Berndt “A <em>série Claustro</em> apela ao temor reverencial diante de uma natureza claustrofóbica. Ao mesmo tempo em que evocam o caos, as paisagens representadas têm matriz pitoresca. O termo pitoresco surge no século XVIII para propor uma nova categoria estética voltada para paisagem natural. Segundo Argan (1909 – 1992), o pitoresco se expressa na jardinagem como ato de educar a paisagem natural - diferente do sublime, que traz sensação de pavor através da indomabilidade da mesma natureza. Tanto um termo quanto outro não somente estão contidos na raiz do Romantismo como movimento estético, senão também nessa série.<p><p><em>Claustro</em> faz referência à pintura missionária da paisagem brasileira, mas usa o piche tóxico para retratar o verde orgânico. O uso do derivado de petróleo se comporta como um artificio para que se evidencie muito mais o peso de uma condição do que o caos retratado em cena.”<p><p>Henrique Cesar9 peças, 41,5 cm x 37,5 cm cada
Manta asfáltica líquida sobre tela Foto Filipe Berndt19 peças, 40 x 35 cm cada
Manta asfáltica líquida sobre tela Foto Filipe Berndt Essa série – pintada com tinta asfáltica – designa a catalogação das espécies de palmeiras encontradas no Brasil, como estratégia para traçar um paralelo entre botânica e linhas de força eletromagnética.<p><p>Qualquer planta, seja árvore ou não, facilita a penetração da água e da umidade no solo para a alimentação dos lençóis freáticos. Em outras palavras, qualquer planta permite a comunicação otimizada entre a atmosfera e as abafadas profundezas do solo. <p><p>Quando chove, a planta incorpora água através de seus tecidos externos. Quando há sol suas folhas tratam de devolver a umidade ao espaço, além de absorver os raios ultravioletas para o início da fotossíntese, gerando assim gases e açúcares. Pelas raízes, a planta suga da terra os compostos nitrogenados, além de fósforo e potássio. Por fim, o tronco forma um cilindro vascular vertical que permite basicamente a comunicação entre o sol e a sombra através da sua estrutura arborescente. <p><p>O céu e a terra se conectam mediante várias possibilidades. No entanto há duas maneiras diretas de se conectar uma dimensão à outra: através do sistema de absorção vegetal, ou sob o efeito explosivo de uma descarga atmosférica. <p><p>Assim sendo, as plantas pouco tem de diferente se comparadas a satélites, sejam eles naturais ou artificiais. <p><p>Isso evidencia a possibilidade de se vislumbrar através de uma planta, uma complexa estrutura eletromagnética. Sais, açúcares, água, gases, tudo isso está em plena função de transporte ativo e passivo dentro do corpo da planta. Desse modo, permite-se um mapeamento das linhas de força de campos eletromagnéticos ocorrentes no interior de cada espécie de palmeira. <p><p>A palmeira como qualquer planta absorve, reflete e emana as funções vitais da terra. Uma antena? Um para-raios? Apenas um vegetal? Penso ser mais pertinente descrevê-la como uma profecia da física, disfarçada de exuberante resolução estética. Um conjunto de enigmáticos acontecimentos da natureza, resumidos num só corpo verde. E representadas nesses desenhos, com o uso de um material negro, betuminoso, também oriundo das profundezas do solo. <p><p>Faraday (1791 – 1867) propôs que as linhas de força partem do lado mais fraco do campo eletromagnético e convergem para onde o campo é mais forte. Essas linhas são invisíveis a olho nu, e geralmente curvas. Suas tangentes dão a direção do campo elétrico e por consequência dão sentido e força ao campo magnético. <p><p><em>Profecia Tropical</em> defende que através de tais linhas de força, é possível questionar a intensidade dos campos eletromagnéticos de um determinado ponto no espaço interno e externo das palmeiras. Desse modo, será possível demonstrar por meio de enigmas desvendados por Faraday, o formato que terá cada espécie da planta que é símbolo nacional.34,5 x 105 x 33 cm
Botijões de gás de cozinha, plástico e fita de LED Foto Galeria Vermelho Dois bujões de gás estão conectados por uma lâmpada tubular de LED acesa.<p><p>A energia está presente em todos os materiais que compõem o trabalho. Cada elemento possui finalidades distintas - cada elemento serve para diferentes tipos de geração de energia. O conjunto de elementos aponta para uma transmissão de carga entre dois polos com direções opostas.<p><p><em>Linha de fluxo</em> vem do conceito da imagem fotográfica de longa exposição tirada de um fluido de energia que vai de um determinado ponto a outro.<p><p>Dimensões variáveis
guache, gesso e verniz fixador fosco sobre parede Foto Edouard Fraipont A primeira intervenção foi <em>Infiltração</em>, pintura mural de Henrique César. A pintura imitava marcas de umidade decorrentes de vazamentos que se tornam visíveis quando a camada interna da parede já está corrompida. Cesar refletia sobre o esvaziamento ou abandono do Cubo Branco que é, normalmente, cheio de pessoas, ações e proposições.Dimensões variáveis
guache, gesso e verniz fixador fosco sobre parede Foto Edouard Fraipont A primeira intervenção foi <em>Infiltração</em>, pintura mural de Henrique César. A pintura imitava marcas de umidade decorrentes de vazamentos que se tornam visíveis quando a camada interna da parede já está corrompida. Cesar refletia sobre o esvaziamento ou abandono do Cubo Branco que é, normalmente, cheio de pessoas, ações e proposições.Dimensões variáveis
guache, gesso e verniz fixador fosco sobre parede Foto Edouard Fraipont A primeira intervenção foi <em>Infiltração</em>, pintura mural de Henrique César. A pintura imitava marcas de umidade decorrentes de vazamentos que se tornam visíveis quando a camada interna da parede já está corrompida. Cesar refletia sobre o esvaziamento ou abandono do Cubo Branco que é, normalmente, cheio de pessoas, ações e proposições.Dimensões variáveis
guache, gesso e verniz fixador fosco sobre parede Foto Edouard Fraipont A primeira intervenção foi <em>Infiltração</em>, pintura mural de Henrique César. A pintura imitava marcas de umidade decorrentes de vazamentos que se tornam visíveis quando a camada interna da parede já está corrompida. Cesar refletia sobre o esvaziamento ou abandono do Cubo Branco que é, normalmente, cheio de pessoas, ações e proposições.27 x 21,9 cm
Tinta guache e caneta hidrográfica sobre papel Foto Galeria Vermelho24,9 x 21 cm
Tinta guache e caneta hidrográfica sobre papel Fabriano 200 gr Foto Galeria Vermelho26 x 15,5 cm
Tinta guache e caneta hidrográfica sobre papel Fabriano 200 gr Foto Galeria Vermelho7 x 6 x 4 cm
Entalhe em pedra de calçada portuguesa Foto Galeria Vermelho70 x 50 cm
Guache e lápis conté sobre papel Foto Galeria Vermelho70 x 50 cm cada
Guache e lápis conté sobre papel Foto Vermelho70 x 50 cm
Guache e lápis conté sobre papel Foto Galeria Vermelho8 x 12 x 6,5 cm
Gesso sobre parede Foto Galeria Vermelho37,1 x 32,2 cm
Tinta guache sobre papel Canson 200 gr Foto Galeria Vermelho45,5 x 25,5 cm
Tinta guache sobre papel Canson 200 gr Foto Galeria Vermelho104,5 x 76 cm
Tinta a óleo sobre papel algodão 640 gr Foto Edouard Fraipont104,5 x 76 cm
Tinta a óleo sobre papel algodão 640 gr Foto Edouard Fraipont104,5 x 76 cm
Tinta a óleo sobre papel algodão 640 gr Foto Edouard Fraipont8,5 x 6,2 x 4 cm
Estanho, cobre e gesso Foto Galeria VermelhoDimensões variáveis [variable dimensions]
Lâmpada leitosa acesa encrustada em parede, soquete e fio Foto Edouard FraipontDimensões variáveis [variable dimensions]
Lâmpada leitosa acesa encrustada em parede, soquete e fio Foto Edouard Fraipont104,5 x 76 cm cada [each]
Tinta a óleo sobre papel algodão 640 gr Foto Edouard Fraipont123 x 96 x 97 cm
Objeto feito com seis microondas, 6 lâmpadas incandescentes e um subwoofer com modulador Foto Edouard Fraipont320 x 140 X 270 mm (aparelho) e 18 x 32 cm (cada desenho)
Foto Edouard FraipontInstrumento utilizado para registrar simultaneamente a temperatura e a umidade relativa do ar, o termohigrógrafo é comumente usado em museus e espaços expositivos para medir a umidade do ar, como forma de controlar o desgaste natural decorrente das variações climáticas sobre pinturas, papéis ou esculturas. Por meio de um sistema que conta com um relógio, sensores mecânicos e canetas, a máquina gera um gráfico, em papel, para cada ciclo de vinte quatro horas. Temperatura e umidade são propriedades de um fenômeno e podem ser expressas quantitativamente. Em “O Informante”, Henrique Cesar emprega o termohigrógrafo como ferramenta de materialização do invisível e do impalpável. Durante os 26 dias de apresentação da instalação, na sala 2 da Vermelho, as informações transcritas pelo termohigrógrafo sobre folhas de papel quadriculado, serão apresentadas lado a lado sobre as paredes do espaço expositivo, criando um grande gráfico. A cada troca de tabela gráfica, o artista intervém no relatório da máquina com desenhos e anotações, apontando condições que possam ter contribuído para o resultado da leitura. Tornando as condições e circunstâncias atmosféricas do ambiente visíveis, “O informante” pretende revelar a massa invisível do espaço expositivo, transformando-a em trabalho.
320 x 140 X 270 mm (aparelho) e 18 x 32 cm (cada desenho)
Foto Edouard Fraipont214 x 158 cm
Carvão sobre papel Foto Edouard Fraipont354 x 258 cm
Acrílica sobre tela Foto Galeria Vermelho Chuviscos e chiados são indícios de confusão eletromagnética em exercício no ar. Não são meramente a falta de sinal de determinado canal, são massas desordenadas de campos magnéticos. A pintura de H. cesar no contexto da exposição, comenta o embate atual nas comunicações brasileiras e tece uma crítica à mídia televisiva do país.354 x 258 cm
Acrílica sobre tela Foto Edouard Fraipont120 x 61 cm
Revelador e fixador sobre 280 filmes oclusais montados em vidro. Foto Edouard Fraipont120 x 61 cm
Revelador e fixador sobre 280 filmes oclusais montados em vidro. Foto Edouard Fraipont“Meu trabalho está ligado a duas questões bastante específicas: a de trazer visibilidade ao que não é visível, e de como nosso corpo se relaciona com o que aparentemente não tem fisicalidade.
Durante a minha trajetória, tenho experimentado maneiras de dar forma às forças, aos espaços e às estruturas aparentemente invisíveis. A busca do universo daquilo que está encoberto ou ignorado impulsiona o meu trabalho a flertar com diversos meios de construções plásticas. Dessa maneira, desenho, pintura, produção de vídeos e objetos às vezes se conectam tanto com a estética de projeto da arquitetura e engenharia, assim como se aproximam das representações visuais de campos como os das ciências exatas e bioquímicas.
Meu interesse não é só pela potência do desconhecido – ou conhecido somente por seus efeitos –, mas também por imagens que materializam essas estruturas ocultas, como endoscopias, radiografias ou até mesmo o ruído branco. Assim como por forças que nos cercam, atravessam e invadem nossos corpos. Poeira, som, ondas eletromagnéticas, aquilo sobre o que se especula, e também o sobrenatural: esses são alguns dos motivos que movem meu trabalho.
A relação entre tais forças e o que fornece resistência a elas tem sido assunto de trabalhos mais recentes. Como essas relações geram espaços de tensão? De que maneira representam contextos sociais e políticos dentro do meu cotidiano?
Busco, pela arte, o avesso incerto daquilo que está claro. Ali posso trabalhar com uma realidade inaudita, às vezes mais “real” do que aquela que estamos acostumados a ver.” Henrique Cesar, 2021
Henrique Cesar [1987, São Paulo] vive e trabalha em São Paulo. Cesar completou um Master of Fine Arts in Creación Artística Contemporânea de Universitat de Barcelona [UB Barcelona] in 2017 e é formado em Educação Artística pela Fundação Armando Álvares Penteado [FAAP], participou de exposições coletivas como Arte Atual Festival 2017 – QAP: tá na escuta?, Instituto Tomie Ohtake [ITO], São Paulo; Synthesis, Museu Nacional d’Art de Catalunya [MNAC], Barcelona; Cidade Inquieta, Sesc de São José do Rio Preto, 2015; Arte Pará 2014, além de integrar a edição de 2012 do Prêmio EDP nas Artes, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; foi selecionado para o Programa de Exposições de 2012 no Museu de Arte de Ribeirão Preto [MARP]; participou em 2011 da exposição coletiva Wabi-Sabi, Galeria Mendes Wood, São Paulo. Em 2010, foi um dos integrantes da Segunda Edição do Red Bull House of Art, sob a curadoria de Luisa Duarte. Entre suas exposições individuais U=RI, [2013]; O Informante, [2014], e Cosmologia Composta, [2015], Galeria Vermelho, além de O vácuo e o nada, Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo [CCSP], em 2014.
Participou de residências artísticas como a Cité Internacionale des Arts em Paris, EspIRA La Espora em Granada [Nicarágua], e URRA em Buenos Aires [Argentina].
“Meu trabalho está ligado a duas questões bastante específicas: a de trazer visibilidade ao que não é visível, e de como nosso corpo se relaciona com o que aparentemente não tem fisicalidade.
Durante a minha trajetória, tenho experimentado maneiras de dar forma às forças, aos espaços e às estruturas aparentemente invisíveis. A busca do universo daquilo que está encoberto ou ignorado impulsiona o meu trabalho a flertar com diversos meios de construções plásticas. Dessa maneira, desenho, pintura, produção de vídeos e objetos às vezes se conectam tanto com a estética de projeto da arquitetura e engenharia, assim como se aproximam das representações visuais de campos como os das ciências exatas e bioquímicas.
Meu interesse não é só pela potência do desconhecido – ou conhecido somente por seus efeitos –, mas também por imagens que materializam essas estruturas ocultas, como endoscopias, radiografias ou até mesmo o ruído branco. Assim como por forças que nos cercam, atravessam e invadem nossos corpos. Poeira, som, ondas eletromagnéticas, aquilo sobre o que se especula, e também o sobrenatural: esses são alguns dos motivos que movem meu trabalho.
A relação entre tais forças e o que fornece resistência a elas tem sido assunto de trabalhos mais recentes. Como essas relações geram espaços de tensão? De que maneira representam contextos sociais e políticos dentro do meu cotidiano?
Busco, pela arte, o avesso incerto daquilo que está claro. Ali posso trabalhar com uma realidade inaudita, às vezes mais “real” do que aquela que estamos acostumados a ver.” Henrique Cesar, 2021
Henrique Cesar [1987, São Paulo] vive e trabalha em São Paulo. Cesar completou um Master of Fine Arts in Creación Artística Contemporânea de Universitat de Barcelona [UB Barcelona] in 2017 e é formado em Educação Artística pela Fundação Armando Álvares Penteado [FAAP], participou de exposições coletivas como Arte Atual Festival 2017 – QAP: tá na escuta?, Instituto Tomie Ohtake [ITO], São Paulo; Synthesis, Museu Nacional d’Art de Catalunya [MNAC], Barcelona; Cidade Inquieta, Sesc de São José do Rio Preto, 2015; Arte Pará 2014, além de integrar a edição de 2012 do Prêmio EDP nas Artes, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; foi selecionado para o Programa de Exposições de 2012 no Museu de Arte de Ribeirão Preto [MARP]; participou em 2011 da exposição coletiva Wabi-Sabi, Galeria Mendes Wood, São Paulo. Em 2010, foi um dos integrantes da Segunda Edição do Red Bull House of Art, sob a curadoria de Luisa Duarte. Entre suas exposições individuais U=RI, [2013]; O Informante, [2014], e Cosmologia Composta, [2015], Galeria Vermelho, além de O vácuo e o nada, Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo [CCSP], em 2014.
Participou de residências artísticas como a Cité Internacionale des Arts em Paris, EspIRA La Espora em Granada [Nicarágua], e URRA em Buenos Aires [Argentina].
Henrique Cesar
1987. São Paulo, Brasil
Vive e trabalha entre São Paulo e Búzius
Exposições Individuais/
2021
– Henrique Cesar. Mosca Branca – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2015
– Cosmologia Composta – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2014
– III Mostra do Programa de Exposições 2014 – Centro Cultural São Paulo (CCSP) – São Paulo – Brasil
– O Informante – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2013
– U=RI – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
Exposições Coletivas
2023
– Casa no céu – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2019
– Ambages – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2018
– P/B Acervo MAB – Museu de Arte Brasileira (MAB/FAAP) – São Paulo – Brasil
2017
– Synthesis – Museu Nacional d’Art de Catalunya – Barcelona – Espanha
– Arte Atual Festival. QAP: tá na escuta? – Instituto Tomie Ohtake (ITO) – São Paulo – Brasil
2016
– Coletiva – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Focus – Ch.ACO 2016 (Projeto Especial) – Edificio Las Condes Design – Santiago – Chile
– Coletiva – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2015
– Cidade Inquieta – SESC Rio Preto – São José do Rio Preto – Brasil
2014
– Verbo 2014. Mostra de Performance Arte (10ª ed.) – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2013
– Red Bull House of Art – Red Bull Station – São Paulo – Brasil
– Oásis – Casa do Povo/Teto Projects – São Paulo – Brasil
– 44a Anual de Artes – Fundação Armando Alvares Penteado [FAAP] – São Paulo – Brasil
2012
– É preciso confrontar as imagens vagas com gestos claros – Oficina Cultural Oswald de Andrade – São Paulo – Brasil
– Prêmio EDP nas Artes – Instituto Tomie Ohtake (ITO) – São Paulo – Brasil
– Programa de Exposições – Museu de Arte de Ribeirão Preto (MARP) – Ribeirão Preto – Brasil
2011
– O Desvio é o Alvo – Entretanto (1ª Edição) – São Paulo – Brasil
– Wabi-Sabi – Galeria Mendes Wood – São Paulo – Brasil
2010
– Trial run for a thriller – TeTo Projects – Amsterdam – Holanda
– Red Bull House of Art [2ª Edição] – São Paulo – Brasil
– EX-IT (Exposição Itinerante) – Espira La Espora – Museo de Arte de El Salvador [MARTE] – San Salvador – El Salvador; Alianza Francesa, Managua – Nicaragua; Centro Cultural de España, Guatemala City – Guatemala; Centro Cultural de España, Tegucigalpa – Honduras; Institute of Mexico in San Jose, Costa Rica.
2009
– Ateliê Aberto #1 – Espaço para investigação artística Casa Tomada – São Paulo – Brasil
2008
– Grupo Anarcademia – 28a Bienal de São Paulo, Pavilhão da Bienal – São Paulo – Brasil
2007
– Espaços Plurais – Casa do Lago [UNICAMP] – Campinas – Brasil
Residências
2014 – URRA – Residencia de Arte de Buenos Aires – Buenos Aires – Argentina
2012 – Anarcademia. TeTo Projects, W139 & De Kunstvlaai – Amsterdam – Holanda
2011 – Cité Internationale des Arts – Paris – França
2009 – RAPACES – EspIRA La Espora – Granada – Nicarágua
Prêmio / Prizes
2012– 44o Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba [Prêmio aquisitivo Câmara dos Vereadores de Piracicaba 2012] – Piracicaba – Brasil
2007– 38a Anual de Artes [Prêmio de 2° lugar] – Fundação Armando Alvares Penteado [FAAP] – São Paulo – Brasil
Coleções
– Museu de Arte Brasileira (MAB) – São Paulo – Brasil