Casa no céu parte de uma fotografia de Rochelle Costi, de mesmo nome. Na imagem, uma pequena casa laranja se eleva dos prédios da cidade e encontra um céu limpo e azul. A partir disso, a Vermelho olhou para o céu, para as nuvens, e para as estrelas, para reunir 64 artistas e 130 obras.
A exposição reúne criadores de várias gerações, e se torna uma constelação de afetos com artistas que passaram de alguma forma pela Vermelho, ou cujas ideias ecoaram pela galeria em seus 21 anos de atuação.
Da Casa no céu podemos ver uma série de constelações. Do firmamento iluminado de azul, não são as estrelas que surgem, mas as histórias e afetos que compõe um enredo construído a muitas mãos. Do alto da casa laranja, se vê a explosão criadora, uma galáxia de cores prontas para serem espaço e para hospedar possibilidades.
Com: Albano Afonso, Amilcar Packer, Ana Dias Batista, André Komatsu, Angelo Venosa, assume vivid astro focus, Caetano de Almeida, Carolina Cordeiro, Claudia Andujar, Cadu, Carla Chaim, Carla Zaccagnini, Carmela Gross, Cássio Vasconcellos, Chelpa Ferro, Chiara Banfi, Cinthia Marcelle, Daniel Senise, Detanico Lain, Dora Longo Bahia, Edgard de Souza, Eustáquio Neves, Fabio Morais, Felippe Moraes, Flávia Ribeiro, Giselle Beiguelman, Gustavo Rezende, Henrique Cesar, João Loureiro, Laís Myhrra, Laura Lima, Leandro da Costa, Leda Catunda, Lenora de Barros, Leonilson, Leya Mira Brander, Lia Chaia, Lucas Bambozzi, Lucia Koch, Marcelo Cidade, Marcelo Zocchio, Márcia Xavier, Marcius Galan, Marco Paulo Rolla, Marilá Dardot, Marina Sheetikoff, Mario Ramiro, Maurício Ianês, Mônica Nador + JAMAC, Motta & Lima, Nicolás Bacal, Nicolás Robbio, Odires Mlászho, Regina Vater, Rochelle Costi, Rodrigo Braga, Ros4 Luz, Rosana Monnerat, Rosângela Rennó, Rosario López, Sandra Cinto, Sergio Augusto Porto, Tiago Sant’Ana, Valdirlei Dias Nunes, Vânia Mignone, ,Ovo_Luciana Martins + Gerson de Oliveira.
Agradecimentos: A Gentil Carioca, Carbono Galeria, Casa Triangulo, Central Galeria, Fortes D’Aloia & Gabriel, Galatea, Galeria Jaqueline Martins, Galeria Leme, Galeria Luisa Strina, Galeria Marilia Razuk, Galeria Millan, Galeria Raquel Arnaud, GDA, Gomide & Co, Luciana Brito Galeria, Marli Matsumoto Arte Contemporânea, Nara Roesler, Sé, VERVE, Zipper Galeria.
Agradecimento especial a Coleção Maria Celeste e Pedro Siqueira
Para Rochelle.
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Casa no céu parte de uma fotografia de Rochelle Costi, de mesmo nome. Na imagem, uma pequena casa laranja se eleva dos prédios da cidade e encontra um céu limpo e azul. A partir disso, a Vermelho olhou para o céu, para as nuvens, e para as estrelas, para reunir 64 artistas e 130 obras.
A exposição reúne criadores de várias gerações, e se torna uma constelação de afetos com artistas que passaram de alguma forma pela Vermelho, ou cujas ideias ecoaram pela galeria em seus 21 anos de atuação.
Da Casa no céu podemos ver uma série de constelações. Do firmamento iluminado de azul, não são as estrelas que surgem, mas as histórias e afetos que compõe um enredo construído a muitas mãos. Do alto da casa laranja, se vê a explosão criadora, uma galáxia de cores prontas para serem espaço e para hospedar possibilidades.
Com: Albano Afonso, Amilcar Packer, Ana Dias Batista, André Komatsu, Angelo Venosa, assume vivid astro focus, Caetano de Almeida, Carolina Cordeiro, Claudia Andujar, Cadu, Carla Chaim, Carla Zaccagnini, Carmela Gross, Cássio Vasconcellos, Chelpa Ferro, Chiara Banfi, Cinthia Marcelle, Daniel Senise, Detanico Lain, Dora Longo Bahia, Edgard de Souza, Eustáquio Neves, Fabio Morais, Felippe Moraes, Flávia Ribeiro, Giselle Beiguelman, Gustavo Rezende, Henrique Cesar, João Loureiro, Laís Myhrra, Laura Lima, Leandro da Costa, Leda Catunda, Lenora de Barros, Leonilson, Leya Mira Brander, Lia Chaia, Lucas Bambozzi, Lucia Koch, Marcelo Cidade, Marcelo Zocchio, Márcia Xavier, Marcius Galan, Marco Paulo Rolla, Marilá Dardot, Marina Sheetikoff, Mario Ramiro, Maurício Ianês, Mônica Nador + JAMAC, Motta & Lima, Nicolás Bacal, Nicolás Robbio, Odires Mlászho, Regina Vater, Rochelle Costi, Rodrigo Braga, Ros4 Luz, Rosana Monnerat, Rosângela Rennó, Rosario López, Sandra Cinto, Sergio Augusto Porto, Tiago Sant’Ana, Valdirlei Dias Nunes, Vânia Mignone, ,Ovo_Luciana Martins + Gerson de Oliveira.
Agradecimentos: A Gentil Carioca, Carbono Galeria, Casa Triangulo, Central Galeria, Fortes D’Aloia & Gabriel, Galatea, Galeria Jaqueline Martins, Galeria Leme, Galeria Luisa Strina, Galeria Marilia Razuk, Galeria Millan, Galeria Raquel Arnaud, GDA, Gomide & Co, Luciana Brito Galeria, Marli Matsumoto Arte Contemporânea, Nara Roesler, Sé, VERVE, Zipper Galeria.
Agradecimento especial a Coleção Maria Celeste e Pedro Siqueira
Para Rochelle.
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300 x 8 x 1,5 cm
Madeira, fita adesiva em decalque
Foto Filipe Berndt71 x 55 cm cada
Serigrafia em papel de seda, vareta de bambu e linha
Foto VermelhoPraticamente todos os meus projetos nascem de inquietações ligadas a questões que dizem respeito ‘a memória, identidade, minhas origens e o racismo estrutural e sistémico . Com o projeto em questão, Retrato Falado, premiado pela Bolsa ZUM de Fotografia, eu continuo insistindo nas questões acima citadas.Por acaso, sem nunca ter dado conta, vasculhando meus arquivos pessoais e familiar, na elaboração de um outro projeto onde a questão central era discutir as minhas origens e a imigração forçada e violenta de meus ancestrais, que foi a escravização dos povos africanos, me deparei com a total ausência de registro fotográfico do meu avô materno. Ja que esse lado da família foi o mais presente e próximo para mim, tentei entender tal ausência desse avô nos registro da família. Havia e há, registros fotográficos da minha avó, tias avós, retratos da minha mãe e irmãs feitos no famoso e popular Cine Retex de Belo Horizonte.
Por falta de recursos financeiros isso eu já pude descartar porque o avô tinha um certo recurso financeiro.
Nas minhas investigações junto a família, entre as principais caraterísticas dele, tinha a de ele ser uma pessoa sistemática e reservada, isso pode ser levado em consideração. Mas eu prefiro ir mais além e trazer a discusão do racismo estrutural que pode levar uma pessoa preta a se sentir excluída por nunca se ter visto representada, inclusive na fotografia.
E com intuito de resgatar a memória, do Sr. João Catarino Ribeiro, meu avô e, simbolicamente fazer justiça a ele, fiz o Retrato Falado que tive a felicidade de ser contemplado pela Bolsa Zum de Fotografia e poder compartilhar com mais pessoas questões que não são só minhas.
Eustáquio Neves, 2019
63 x 82 cm
Impressão digital em Hahnemühle Photo Rag Baryta 315g
Praticamente todos os meus projetos nascem de inquietações ligadas a questões que dizem respeito ‘a memória, identidade, minhas origens e o racismo estrutural e sistémico . Com o projeto em questão, Retrato Falado, premiado pela Bolsa ZUM de Fotografia, eu continuo insistindo nas questões acima citadas.Por acaso, sem nunca ter dado conta, vasculhando meus arquivos pessoais e familiar, na elaboração de um outro projeto onde a questão central era discutir as minhas origens e a imigração forçada e violenta de meus ancestrais, que foi a escravização dos povos africanos, me deparei com a total ausência de registro fotográfico do meu avô materno. Ja que esse lado da família foi o mais presente e próximo para mim, tentei entender tal ausência desse avô nos registro da família. Havia e há, registros fotográficos da minha avó, tias avós, retratos da minha mãe e irmãs feitos no famoso e popular Cine Retex de Belo Horizonte.
Por falta de recursos financeiros isso eu já pude descartar porque o avô tinha um certo recurso financeiro.
Nas minhas investigações junto a família, entre as principais caraterísticas dele, tinha a de ele ser uma pessoa sistemática e reservada, isso pode ser levado em consideração. Mas eu prefiro ir mais além e trazer a discusão do racismo estrutural que pode levar uma pessoa preta a se sentir excluída por nunca se ter visto representada, inclusive na fotografia.
E com intuito de resgatar a memória, do Sr. João Catarino Ribeiro, meu avô e, simbolicamente fazer justiça a ele, fiz o Retrato Falado que tive a felicidade de ser contemplado pela Bolsa Zum de Fotografia e poder compartilhar com mais pessoas questões que não são só minhas.
Eustáquio Neves, 2019
27 x 39,5 cm
Eucatex branco, barra de ferro e arame
Foto VermelhoAs obras da série Fantasma (2015-2018) dão continuidade a pesquisa de Komatsu que resultou em sua instalação no Pavilhão Brasileiro da Bienal de Veneza de 2015. O artista trabalha com o conforto sentido pelo individuo moderno em situações de autoaprisionamento doméstico, como na segurança sentida quando nos fazemos reféns em nossas moradas, cercadas de proteção e de artifícios elaborados para preservar nossas privacidades. Aqui, o que vemos é a celebração desses procedimentos, transformados em objetos de contemplação.
402 x 179 x 34 cm
Ferro, verniz, grade de aço galvanizado, lona de plástico, cola, fio elétrico, lâmpada incandescente, lâmpada fluorescente e borracha
Foto Edouard FraipontAs obras da série Fantasma (2015-2018) dão continuidade a pesquisa de Komatsu que resultou em sua instalação no Pavilhão Brasileiro da Bienal de Veneza de 2015. O artista trabalha com o conforto sentido pelo individuo moderno em situações de autoaprisionamento doméstico, como na segurança sentida quando nos fazemos reféns em nossas moradas, cercadas de proteção e de artifícios elaborados para preservar nossas privacidades. Aqui, o que vemos é a celebração desses procedimentos, transformados em objetos de contemplação.
Na série Rio há uma deslocamento, tiramos as pedras do seu ambiente natural e as colocamos sobre bases moldados especialmente para cada pedra. Elas não se conformam, são as bases que se conformam a elas, assim como os corpos.*
*texto do catálogo ,ovo, 2023
Dimensões variáveis
Seixos de rio e aço carbono
Foto ,ovoNa série Rio há uma deslocamento, tiramos as pedras do seu ambiente natural e as colocamos sobre bases moldados especialmente para cada pedra. Elas não se conformam, são as bases que se conformam a elas, assim como os corpos.*
*texto do catálogo ,ovo, 2023
103 x 206 x 8 cm
MDF, madeira, pintura automotiva, tecido reflexivo
Foto Vermelho80 x 85 x 3,8 cm
Bordado industrial sobre tecido emborrachado e moldura de alumínio anodizado
Relações de poder permeiam os materiais escolhidos por Komatsu. São essas relações que, frequentemente, constituem a verdadeira matéria-prima utilizada em sua obra. Lusco-Fusco promove o encontro das precariedade do Drywall, com o efêmero das notícias provenientes de recortes de jornais. Com cortes e golpes, Komatsu irrompe as superfícies de seus quadros em abstrações geométricas ou gestuais, enquanto fragmentos das notícias sugerem representações do que poderia surgir ali. Ao mesmo tempo que seus títulos sugerem um lugar entre o dia e a noite, suas formas sugerem algo entre a figuração e a abstração.
40 x 56 x 4 cm
Corte e pintura acrílica sobre jornal e drywall e estrutura metálica
Foto VermelhoRelações de poder permeiam os materiais escolhidos por Komatsu. São essas relações que, frequentemente, constituem a verdadeira matéria-prima utilizada em sua obra. Lusco-Fusco promove o encontro das precariedade do Drywall, com o efêmero das notícias provenientes de recortes de jornais. Com cortes e golpes, Komatsu irrompe as superfícies de seus quadros em abstrações geométricas ou gestuais, enquanto fragmentos das notícias sugerem representações do que poderia surgir ali. Ao mesmo tempo que seus títulos sugerem um lugar entre o dia e a noite, suas formas sugerem algo entre a figuração e a abstração.
60 x 60 x 4,7 cm
Alumínio e acrílico
52 x 40 cm
Mola de metal e moedas sobre vidro e placa de Eucatex branco
Foto Filipe Berndt29 x 33 cm
Borracha antiderrapante
Foto Vermelho295 x 20 x 3 cm
Corda, roldanas de vinil, metal e plástico
Foto Vermelho310 x 195 cm
Tinta acrílica sobre tela
7,5 x 10 x 10 cm
Resina jateada, madeira e tinta acrílica
42,5 x 42,5 x 4 cm
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnemüehle Photo Rag 308gr e acrílico gravado a laser
104 x 76,5 cm
Caneta esferográfica sobre papel algodão
Foto Edouard Fraipont150 x 280 cm
monotipia de parede em tecido e médio acrílico
Foto Cortesia Daniel SeniseSérie de fotografias realizadas a partir de reproduções de negativos fotográficos do Museu Penitenciário Paulista.
112 x 152 cm
Impressão em tinta pigmentada sobre papel de algodão
Foto Filipe BerndtSérie de fotografias realizadas a partir de reproduções de negativos fotográficos do Museu Penitenciário Paulista.
100 x 75 cm
Tinta acrílica sobre papel Fabriano
Foto Ana Pigosso230 x 160 cm
Manta asfáltica líquida sobre tela
Foto VermelhoDe repente. Na série, a pauta que sustenta a escrita, estruturando-a na grade tipográfica, não é um suporte seguro. A linha de sustentação do texto se rompe, fazendo a frase despencar e se decompor em letras em queda. Sem a segurança da pauta, o mundo escrito desabaria? Na política das mediações verbais, além da atual disputa de significados e narrativas, a quebra da palavra – que é a metáfora dos textos de De repente – alude à fragilidade dos pactos feitos via texto: a Constituição, a lei, os contratos. É o caso do frágil pacto republicano brasileiro, sempre redefinido por e conforme quem detém os reais poderes da República.
145 x 21 x 1 cm
Serigrafia em placa de acrílico de 10mm
Foto Filipe BerndtDe repente. Na série, a pauta que sustenta a escrita, estruturando-a na grade tipográfica, não é um suporte seguro. A linha de sustentação do texto se rompe, fazendo a frase despencar e se decompor em letras em queda. Sem a segurança da pauta, o mundo escrito desabaria? Na política das mediações verbais, além da atual disputa de significados e narrativas, a quebra da palavra – que é a metáfora dos textos de De repente – alude à fragilidade dos pactos feitos via texto: a Constituição, a lei, os contratos. É o caso do frágil pacto republicano brasileiro, sempre redefinido por e conforme quem detém os reais poderes da República.
100 x 100 cm
Serigrafia e réguas de aço sobre alumínio
Foto Vermelho75 x 147 x 5 cm
Impressão a jato de tinta sobre papel de algodão
Foto Cortesia Gomide&Co80 x 240 cm
Impressão fotográfica sobre papel
1'38''
vídeo
Foto still do vídeo78 x 119,5 cm
Acrílica e texturas sobre chapa duplex de papelão corrugado
Foto Filipe Berndt160 x 54 cm
Impressão jato de tinta pigmentada sobre papel Hahnemuhle
60 x 46 x 46 cm
Acrílica sobre caixa de madeira, gesso e lâmpada
Foto Vermelho108 x 214 cm
Tinta acrílica e pastel oleoso sobre lona
Foto VermelhoNa série Nuvens (2022), Detanico Lain criam um conjunto de 15 imagens de nuvens brancas sobre fundo azul. À distância, o observador pode, como em um jogo, procurar formas nas nuvens, mas, ao se aproximar, vê que, na verdade, as nuvens são feitas de letras que formam palavras. As letras espalhadas pelas manchas, também exigem alguma investigação para desvelar a palavra que lá está.
105 x 190 cm
Impressão pigmentada sobre papel kozo awagami 110g
Foto Filipe BerndtNa série Nuvens (2022), Detanico Lain criam um conjunto de 15 imagens de nuvens brancas sobre fundo azul. À distância, o observador pode, como em um jogo, procurar formas nas nuvens, mas, ao se aproximar, vê que, na verdade, as nuvens são feitas de letras que formam palavras. As letras espalhadas pelas manchas, também exigem alguma investigação para desvelar a palavra que lá está.
24 x 19 cm
Lasergrama – fotogramas produzidos pelo efeito da luz do laser
em papel fotográfico
Baldes, mesas, alto-falantes, amplificadores, cabos e água
60 x 80 x 12 cm
Pelucia, mdf, isopor, tecido regall
Foto Filipe BerndtØ 93 cm
Acrílica e tecido
Foto Cortesia Galeria Fortes D'Aloia & Gabriel42 x 104 x 15 cm
Acrílico, placa ecológica Tetra Pak e madeira
Foto Edouard FraipontRochelle Costi trabalha a memória afetiva: aquele que normalmente levanta poeira em nosso subconsciente, acionado por um dispositivo: a imagem. Sua pesquisa parte de seu próprio repertório imaginário,…
115 x 80 cm
Jato de tinta sobre papel de algodão adesivado sobre ACM
Edição de 8
Foto Galeria Luciana BritoRochelle Costi trabalha a memória afetiva: aquele que normalmente levanta poeira em nosso subconsciente, acionado por um dispositivo: a imagem. Sua pesquisa parte de seu próprio repertório imaginário,…
200 x 140 x 15 cm
Ripas de cedrinho, tinta látex e tinta fosforescente
Foto Filipe Berndt140 x 200 cm
tinta acrílica sobre tela
Foto Galeria Leme60 x 60 cm
Acrílica sobre tela
Foto Filipe Berndt67 x 49 cm
Feltro e carrapichos
Foto Vermelho25 x 25 x 25 cm
Cera de abelha, fios de cobre e gesso
Foto Vermelho20 x 14,5 x 5,5 cm
Gravura em metal sobre papel Hahnemühle, papel Crescent e folhas de ouro
Foto VermelhoNuma viagem à Itália, reuni pedras de lava dos três vulcões ativos no país, o Etna, o Stromboli e o Vesúvio, no porta-malas de um carro alugado.
Elas foram obtidas por meios pouco convencionais. Ao tempo geológico e aos relatos históricos das erupções, que eu pretendia convocar quando planejei o trabalho, somou-se outra dimensão. Os três vulcões estão em áreas de proteção ambiental.
No trabalho, a verdade idosa, trágica e solene daquele material foi desafiada por notícias atualíssimas e quase-cômicas de mineração ilegal, prisão de turistas e falsificação de procedência.
Numa marmoraria em Catânia comprei paralelepípedos de pietra lavica etnea certificada, que depois abandonei à beira da estrada, guardando a nota fiscal para as outras pedras que eu trazia.
Numa segunda marmoraria, em Napoli, comprei, sem nota nem certificação, uma suposta pedra vesuviana. Em 2008 uma pedreira ilegal havia sido encontrada dentro do Parque do Vesúvio. Os infratores extraíam o basalto vesuviano, de exploração proibida, comercializando-o como pedra do Etna.
Na terceira marmoraria, em Piedimone Matese, cortei duas facetas adjacentes em cada uma das três pedras do porta-malas, com inclinação de 120 graus. As três passaram a encaixar-se, mas foram mantidas separadas.
O trabalho foi intitulado Cão de Três Cabeças, em referência à fera que guardava as portas do inferno na mitologia antiga. Para que Enéas entrasse no Hades, a Sibila teve que enganar o Cérbero, oferecendo-lhe comida envenenada.
O material remanescente dos cortes foi trazido para o Brasil. Mandei lapidá-lo, transformando-o nos três jogos de bolas de gude que agora se confrontam neste tabuleiro.
-Ignição, por Ana Dias Batista
80 x 60 x 60 cm
Concreto, madeira e bolinhas de gude de pedra dos vulcões Etna, Vesuvio e Stromboli
Foto Filipe BerndtNuma viagem à Itália, reuni pedras de lava dos três vulcões ativos no país, o Etna, o Stromboli e o Vesúvio, no porta-malas de um carro alugado.
Elas foram obtidas por meios pouco convencionais. Ao tempo geológico e aos relatos históricos das erupções, que eu pretendia convocar quando planejei o trabalho, somou-se outra dimensão. Os três vulcões estão em áreas de proteção ambiental.
No trabalho, a verdade idosa, trágica e solene daquele material foi desafiada por notícias atualíssimas e quase-cômicas de mineração ilegal, prisão de turistas e falsificação de procedência.
Numa marmoraria em Catânia comprei paralelepípedos de pietra lavica etnea certificada, que depois abandonei à beira da estrada, guardando a nota fiscal para as outras pedras que eu trazia.
Numa segunda marmoraria, em Napoli, comprei, sem nota nem certificação, uma suposta pedra vesuviana. Em 2008 uma pedreira ilegal havia sido encontrada dentro do Parque do Vesúvio. Os infratores extraíam o basalto vesuviano, de exploração proibida, comercializando-o como pedra do Etna.
Na terceira marmoraria, em Piedimone Matese, cortei duas facetas adjacentes em cada uma das três pedras do porta-malas, com inclinação de 120 graus. As três passaram a encaixar-se, mas foram mantidas separadas.
O trabalho foi intitulado Cão de Três Cabeças, em referência à fera que guardava as portas do inferno na mitologia antiga. Para que Enéas entrasse no Hades, a Sibila teve que enganar o Cérbero, oferecendo-lhe comida envenenada.
O material remanescente dos cortes foi trazido para o Brasil. Mandei lapidá-lo, transformando-o nos três jogos de bolas de gude que agora se confrontam neste tabuleiro.
-Ignição, por Ana Dias Batista