A exposição coletiva A Deusa Linguagem reúne obras de 14 artistas que integram o grupo de estudos do Ateliê Fotô, coordenado pelo curador Eder Chiodetto e pela pesquisadora Fabiana Bruno.
No segundo semestre de 2022 o grupo foi instado a ver o filme Adeus à Linguagem (2014), do cineasta francês Jean-Luc Godard, para discutir em seus projetos artísticos questões que tangenciam a obra, tais como: o colapso da comunicação, a exaustão das imagens no mundo contemporâneo, o desmonte da lógica racional e a possibilidade de restaurar a poética por meio da montagem e de narrativas não-lineares.
Cada artista a partir dessa proposição criou novas imagens ou reviu seu acervo e séries fotográficas com base nesses preceitos para gerar instâncias que problematizassem a linguagem. As reflexões findaram numa miríade surpreendente de trabalhos com multiplicidade considerável de abordagens.
A fotografia, linguagem predominante do grupo, foi investigada à exaustão e levada ao seu limite. Dessa forma, o coletivo aferiu status e possibilidades semânticas da linguagem nesse momento distópico do mundo, em que o trato político e a comunicação produzem mais ruídos dissonantes que harmonias e acordos.
Nos trabalhos que integram a exposição, evoca-se desde os primórdios da fotografia no século XIX, com o uso do cianótipo, até recursos de inteligência artificial. As investigações artísticas empreendidas experimentam ainda a justaposição e a colagem, imagens animadas em vídeo, textos que reorientam o sentido das fotografias, além de paisagem sonora. Algumas artistas fraturam o plano bidimensional e outras fazem da ruína da imagem o lugar para erigir uma nova potência poética.
O resultado dessas tantas ações que visam esmiuçar e rever sem dogmas as possibilidades do gesto fotográfico, na busca obsessiva por novos parâmetros de expressão, expande o universo da linguagem. Assim, deduzimos que a imagem é infinita quando manejada pelas mentes e corações ávidos por refletir sobre a natureza da linguagem como trocas sensíveis.
As muitas provocações que Godard nos fez com Adeus à Linguagem são aqui antropofagicamente devolvidas por 14 artistas do coletivo do Ateliê Fotô. Após elaborarem de muitas formas a expressão fotográfica, essas obras nos dizem sobre a crise e o colapso comunicacional, colocando em debate a reconstrução da linguagem como estados de reinvenção. Adeus a Linguagem. A Deus a Linguagem. A Deusa Linguagem.
A exposição coletiva A Deusa Linguagem reúne obras de 14 artistas que integram o grupo de estudos do Ateliê Fotô, coordenado pelo curador Eder Chiodetto e pela pesquisadora Fabiana Bruno.
No segundo semestre de 2022 o grupo foi instado a ver o filme Adeus à Linguagem (2014), do cineasta francês Jean-Luc Godard, para discutir em seus projetos artísticos questões que tangenciam a obra, tais como: o colapso da comunicação, a exaustão das imagens no mundo contemporâneo, o desmonte da lógica racional e a possibilidade de restaurar a poética por meio da montagem e de narrativas não-lineares.
Cada artista a partir dessa proposição criou novas imagens ou reviu seu acervo e séries fotográficas com base nesses preceitos para gerar instâncias que problematizassem a linguagem. As reflexões findaram numa miríade surpreendente de trabalhos com multiplicidade considerável de abordagens.
A fotografia, linguagem predominante do grupo, foi investigada à exaustão e levada ao seu limite. Dessa forma, o coletivo aferiu status e possibilidades semânticas da linguagem nesse momento distópico do mundo, em que o trato político e a comunicação produzem mais ruídos dissonantes que harmonias e acordos.
Nos trabalhos que integram a exposição, evoca-se desde os primórdios da fotografia no século XIX, com o uso do cianótipo, até recursos de inteligência artificial. As investigações artísticas empreendidas experimentam ainda a justaposição e a colagem, imagens animadas em vídeo, textos que reorientam o sentido das fotografias, além de paisagem sonora. Algumas artistas fraturam o plano bidimensional e outras fazem da ruína da imagem o lugar para erigir uma nova potência poética.
O resultado dessas tantas ações que visam esmiuçar e rever sem dogmas as possibilidades do gesto fotográfico, na busca obsessiva por novos parâmetros de expressão, expande o universo da linguagem. Assim, deduzimos que a imagem é infinita quando manejada pelas mentes e corações ávidos por refletir sobre a natureza da linguagem como trocas sensíveis.
As muitas provocações que Godard nos fez com Adeus à Linguagem são aqui antropofagicamente devolvidas por 14 artistas do coletivo do Ateliê Fotô. Após elaborarem de muitas formas a expressão fotográfica, essas obras nos dizem sobre a crise e o colapso comunicacional, colocando em debate a reconstrução da linguagem como estados de reinvenção. Adeus a Linguagem. A Deus a Linguagem. A Deusa Linguagem.