A Galeria Vermelho apresenta, de 25 de novembro de 2008 a 17 de janeiro de 2009, a exposição SILÊNCIO!.
Com curadoria da francesa Audrey Illouz, responsável pela produção executiva do Centre Photographique d’Ile-de-France (Pontault-Combault, França), a exposição apresenta trabalhos de Nathalie Brevet & Hughes Rochette, Manon de Boer, Joseph Dadoune, Marilá Dardot, Angela Detanico & Rafael Lain, Anne Durez, Laurent Fievet, Mauricio Ianês e Manuela Marques.
A exposição SILÊNCIO! teve como ponto de partida o interesse da curadora Audrey Illouz pelo movimento Tropicalista e, mais especificamente, pela música De Palavra em Palavra, do disco Araçá Azul (1972), de Caetano Veloso, dedicada originalmente ao poeta Augusto de Campos.
SILÊNCIO! utiliza a noção do grito expressado no contexto da ditadura militar, para abordar o paradoxo entre discurso (a palavra) e a ação (gritar), mas, sobretudo, no grito como fundamento na elaboração do discurso (um som que não é ainda uma palavra articulada).
Embora a mais conhecida representação pictórica do grito apareça na obra de Eduard Munch, trabalhos mais recentes sobre o tema mergulham o observador em um estado de mudez e torpor. Utilizando a noção do grito, o projeto SILÊNCIO! pretende questionar as formas de resistência no âmbito da arte atual, relacionando contextos políticos, sociais, culturais, psicológicos e lingüísticos. .
Parte dos artistas selecionados para a exposição já possuem pesquisas acerca do tema e produzirão novos trabalhos que utilizarão suas obras anteriores como ponto de partida. É o caso da artista Anne Durez que, com o apoio da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), realiza atualmente uma residência de dois meses em São Paulo, no Edifício Lutétia. A partir de suas experiências no país, a artista apresentará duas novas obras adequadas à noção do grito, a instalação Jangada de Pedra e a performance Se eles se calam…, além do vídeo Donnant (2006).
Além de Durez, a dupla Nathalie Brevet e Hughes Rochette, também em residência na cidade, prepara um projeto exclusivo para a fachada da galeria. A dupla apresentará também Is it me? Can it be? (2008), criada a partir de um grafite que reproduz a imagem de O Grito de Munch, encontrado em uma parede de Veneza (Itália).
Já o artista israelense Joseph Dadoune apresentará a instalação sonora Score n°1 for three moments of Origin (FIrst Cycle), composta por registros sonoros de gritos. Nesse caso, o grito se relaciona com a idéia de origem. Em parceria com Maurício Ianês, artista que causou polêmica na 28ª Bienal de São Paulo, ao se instalar nu no pavilhão da Bienal na performance “A Bondade de Estranhos”, Dadoune prepara também, uma nova performance que será apresentada no dia 29 de novembro, às 16h. Além da parceria com Dadoune, Ianês apresentará uma nova instalação MND que, como em obras anteriores, aborda a falência da representação artística apontando para novas formas de relação e de contato com o observador através da linguagemAs obras de Marilá Dardot estão associadas à palavra e à sua materialidade. Em Sob Neblina (2004), por exemplo, Dardot se apropriou de sentenças que utilizam a palavra silêncio e as aplicou sobre páginas de um livro de vidro jateado composto por dez dessas frases com a palavra silêncio. Procedimento similar compõe Paisagem sob Neblina, nova obra que Dardot apresentará na exposição. Para criá-la, Dardot partiu do mesmo arquivo de frases, mas que, nesse caso, sugerem ao observador uma paisagem mental. As frases foram bordadas sobre superfícies de feltro pela ACTC, associação beneficente que cuida de crianças cardíacas.
Angela Detanico e Rafael Lain apresentam a animação White Noise (2006), trabalho inédito no Brasil.
Simultaneamente a abertura da exposição, será lançada também a edição de 2008 do projeto ANIMA. Organizado anualmente pela Galeria Luisa Strina, o objetivo do evento é captar fundos para a ANIMA associação beneficente que cuida de crianças portadoras do vírus do HIV. A atual edição apresentará uma série de 13 camisetas com desenhos exclusivos criados por artistas como, Nelson Leirner, Marepe, Chiara Banfi, Marcius Galan, Leda Catuda, Cildo Meirelles, entre outros.
A Galeria Vermelho apresenta, de 25 de novembro de 2008 a 17 de janeiro de 2009, a exposição SILÊNCIO!.
Com curadoria da francesa Audrey Illouz, responsável pela produção executiva do Centre Photographique d’Ile-de-France (Pontault-Combault, França), a exposição apresenta trabalhos de Nathalie Brevet & Hughes Rochette, Manon de Boer, Joseph Dadoune, Marilá Dardot, Angela Detanico & Rafael Lain, Anne Durez, Laurent Fievet, Mauricio Ianês e Manuela Marques.
A exposição SILÊNCIO! teve como ponto de partida o interesse da curadora Audrey Illouz pelo movimento Tropicalista e, mais especificamente, pela música De Palavra em Palavra, do disco Araçá Azul (1972), de Caetano Veloso, dedicada originalmente ao poeta Augusto de Campos.
SILÊNCIO! utiliza a noção do grito expressado no contexto da ditadura militar, para abordar o paradoxo entre discurso (a palavra) e a ação (gritar), mas, sobretudo, no grito como fundamento na elaboração do discurso (um som que não é ainda uma palavra articulada).
Embora a mais conhecida representação pictórica do grito apareça na obra de Eduard Munch, trabalhos mais recentes sobre o tema mergulham o observador em um estado de mudez e torpor. Utilizando a noção do grito, o projeto SILÊNCIO! pretende questionar as formas de resistência no âmbito da arte atual, relacionando contextos políticos, sociais, culturais, psicológicos e lingüísticos. .
Parte dos artistas selecionados para a exposição já possuem pesquisas acerca do tema e produzirão novos trabalhos que utilizarão suas obras anteriores como ponto de partida. É o caso da artista Anne Durez que, com o apoio da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), realiza atualmente uma residência de dois meses em São Paulo, no Edifício Lutétia. A partir de suas experiências no país, a artista apresentará duas novas obras adequadas à noção do grito, a instalação Jangada de Pedra e a performance Se eles se calam…, além do vídeo Donnant (2006).
Além de Durez, a dupla Nathalie Brevet e Hughes Rochette, também em residência na cidade, prepara um projeto exclusivo para a fachada da galeria. A dupla apresentará também Is it me? Can it be? (2008), criada a partir de um grafite que reproduz a imagem de O Grito de Munch, encontrado em uma parede de Veneza (Itália).
Já o artista israelense Joseph Dadoune apresentará a instalação sonora Score n°1 for three moments of Origin (FIrst Cycle), composta por registros sonoros de gritos. Nesse caso, o grito se relaciona com a idéia de origem. Em parceria com Maurício Ianês, artista que causou polêmica na 28ª Bienal de São Paulo, ao se instalar nu no pavilhão da Bienal na performance “A Bondade de Estranhos”, Dadoune prepara também, uma nova performance que será apresentada no dia 29 de novembro, às 16h. Além da parceria com Dadoune, Ianês apresentará uma nova instalação MND que, como em obras anteriores, aborda a falência da representação artística apontando para novas formas de relação e de contato com o observador através da linguagemAs obras de Marilá Dardot estão associadas à palavra e à sua materialidade. Em Sob Neblina (2004), por exemplo, Dardot se apropriou de sentenças que utilizam a palavra silêncio e as aplicou sobre páginas de um livro de vidro jateado composto por dez dessas frases com a palavra silêncio. Procedimento similar compõe Paisagem sob Neblina, nova obra que Dardot apresentará na exposição. Para criá-la, Dardot partiu do mesmo arquivo de frases, mas que, nesse caso, sugerem ao observador uma paisagem mental. As frases foram bordadas sobre superfícies de feltro pela ACTC, associação beneficente que cuida de crianças cardíacas.
Angela Detanico e Rafael Lain apresentam a animação White Noise (2006), trabalho inédito no Brasil.
Simultaneamente a abertura da exposição, será lançada também a edição de 2008 do projeto ANIMA. Organizado anualmente pela Galeria Luisa Strina, o objetivo do evento é captar fundos para a ANIMA associação beneficente que cuida de crianças portadoras do vírus do HIV. A atual edição apresentará uma série de 13 camisetas com desenhos exclusivos criados por artistas como, Nelson Leirner, Marepe, Chiara Banfi, Marcius Galan, Leda Catuda, Cildo Meirelles, entre outros.