Embora pertença à mesma geração de Henrique Cesar e Guilherme Peters, Nicolás Bacal nasceu, vive e trabalha em Buenos Aires. “Arquitetura da solidão”, sua primeira individual na Vermelho, parece ter sido elaborada em perfeita sintonia com a ideia de acerto e de fracasso que permeia U=RI, exposição de Cesar e Peters com que dividiu o espaço da galeria.
A série de xilogravuras “Arquitetura da Solidão”, que dá título a exposição, é uma intervenção sobre as páginas do atlas “The Cambridge Star”, composta por comentários e anotações como um bloco de notas sobre as imagens da Via Láctea. O resultado dessa combinação é esculpido sobre placas de compensado e estampadas em papel offset com tinta na cor cyan manualmente. Nesse caso, os veios da madeira e a dimensão original da placa de compensado constituem uma terceira interferência sobre a imagem original. O resultado são impressões de 180 x 250 cm, de todo o céu possível de ser visto a partir da Terra, onde o artista agrega o erro, a falha e a imprecisão.
Citado e recitado em contextos e circunstância distintas, no âmbito das artes visuais, da arquitetura, da astronomia, da ética, da política e da economia, a herança do Modernismo continua a representar um dos temas principais na pauta da arte atual. A confirmação do seu fracasso é evidente, mas, como sugerido por Bacal, César e Peters, é na aceitação do fracasso dos ideais modernistas que reside o espaço para a ressignificação e subversão do terreno para o futuro.
Embora pertença à mesma geração de Henrique Cesar e Guilherme Peters, Nicolás Bacal nasceu, vive e trabalha em Buenos Aires. “Arquitetura da solidão”, sua primeira individual na Vermelho, parece ter sido elaborada em perfeita sintonia com a ideia de acerto e de fracasso que permeia U=RI, exposição de Cesar e Peters com que dividiu o espaço da galeria.
A série de xilogravuras “Arquitetura da Solidão”, que dá título a exposição, é uma intervenção sobre as páginas do atlas “The Cambridge Star”, composta por comentários e anotações como um bloco de notas sobre as imagens da Via Láctea. O resultado dessa combinação é esculpido sobre placas de compensado e estampadas em papel offset com tinta na cor cyan manualmente. Nesse caso, os veios da madeira e a dimensão original da placa de compensado constituem uma terceira interferência sobre a imagem original. O resultado são impressões de 180 x 250 cm, de todo o céu possível de ser visto a partir da Terra, onde o artista agrega o erro, a falha e a imprecisão.
Citado e recitado em contextos e circunstância distintas, no âmbito das artes visuais, da arquitetura, da astronomia, da ética, da política e da economia, a herança do Modernismo continua a representar um dos temas principais na pauta da arte atual. A confirmação do seu fracasso é evidente, mas, como sugerido por Bacal, César e Peters, é na aceitação do fracasso dos ideais modernistas que reside o espaço para a ressignificação e subversão do terreno para o futuro.