O mundo é constituído por imagens que afetam e que são afetadas por seu entorno. Tal visão é definida pelo movimento de ação e reação. Por exemplo, considere a água da chuva sobre uma parede branca. A umidade da água amolece as camadas de tinta e cimento da parede enquanto a parede interrompe o fluxo da água. Os materiais que compõem a parede e sua ação e reação à água da chuva tornam-se (parede e água) sedimento e erosão: uma pedra atirada sobre a superfície de um lago.
Em 2014, Henrique Cesar apresentou na sala 2 da Vermelho a ação “O Informante”. Durante 26 dias consecutivos, o artista utilizou um termohigrógrafo para registrar simultaneamente a temperatura e a umidade relativa do ar no ambiente. O termohigrógrafo é um instrumento usado para medir a umidade do ar, como forma de controlar o desgaste natural decorrente das variações climáticas.
Imprimindo as informações fornecidas pelo instrumento sobre folhas de papel quadriculado e as apresentando lado a lado sobre as paredes do espaço expositivo, o termohigrógrafo funcionou, em “O Informante”, como uma ferramenta de materialização do invisível e do impalpável.
A materialização física dessas informações parece finalmente ter rompido a película asséptica do cubo branco e ganhado visualidade na pintura mural “Infiltração” (2020). A pintura imita marcas de umidade decorrentes de vazamentos que se tornam visíveis quando a camada interna da parede já está corrompida.
Em sua pesquisa, Henrique Cesar (1987) busca entender como o corpo se relaciona com a ausência de materialidade, dando forma a forças aparentemente invisíveis que se desdobram em desenhos, pinturas, vídeos e objetos, empregando elementos das ciências exatas e bioquímicas. Seu interesse não se concentra apenas na potência do desconhecido ou em seus efeitos, mas também em forças ocultas que “cercam, atravessam e invadem os corpos.”
De que maneira essas forças e o que fornece resistência a elas revelam características do contexto social e político atual, cabe ao espectador elaborar.
O mundo é constituído por imagens que afetam e que são afetadas por seu entorno. Tal visão é definida pelo movimento de ação e reação. Por exemplo, considere a água da chuva sobre uma parede branca. A umidade da água amolece as camadas de tinta e cimento da parede enquanto a parede interrompe o fluxo da água. Os materiais que compõem a parede e sua ação e reação à água da chuva tornam-se (parede e água) sedimento e erosão: uma pedra atirada sobre a superfície de um lago.
Em 2014, Henrique Cesar apresentou na sala 2 da Vermelho a ação “O Informante”. Durante 26 dias consecutivos, o artista utilizou um termohigrógrafo para registrar simultaneamente a temperatura e a umidade relativa do ar no ambiente. O termohigrógrafo é um instrumento usado para medir a umidade do ar, como forma de controlar o desgaste natural decorrente das variações climáticas.
Imprimindo as informações fornecidas pelo instrumento sobre folhas de papel quadriculado e as apresentando lado a lado sobre as paredes do espaço expositivo, o termohigrógrafo funcionou, em “O Informante”, como uma ferramenta de materialização do invisível e do impalpável.
A materialização física dessas informações parece finalmente ter rompido a película asséptica do cubo branco e ganhado visualidade na pintura mural “Infiltração” (2020). A pintura imita marcas de umidade decorrentes de vazamentos que se tornam visíveis quando a camada interna da parede já está corrompida.
Em sua pesquisa, Henrique Cesar (1987) busca entender como o corpo se relaciona com a ausência de materialidade, dando forma a forças aparentemente invisíveis que se desdobram em desenhos, pinturas, vídeos e objetos, empregando elementos das ciências exatas e bioquímicas. Seu interesse não se concentra apenas na potência do desconhecido ou em seus efeitos, mas também em forças ocultas que “cercam, atravessam e invadem os corpos.”
De que maneira essas forças e o que fornece resistência a elas revelam características do contexto social e político atual, cabe ao espectador elaborar.