

























































Dimensões variáveis
Tinta acrílica e banco de madeira Foto Edouard Fraipont Na fachada da galeria, Lia Chaia propõe uma instalação performática com um banco instalado sob a palavra que dá nome ao trabalho. Com códigos próprios da circulação de automóveis, como a cor amarela que divide as faixas de trânsito e o título, que junta os termos estacionamento e mente, o trabalho é um convite à pausa. Segundo Chaia, “Estacionamente presta-se à desaceleração do ritmo urbano e a um interregno”.

Variable dimensions
Cordão colado sobre parede Foto Edouard Fraipont Em Desenho coreográfico, um percurso feito com uma linha colada na parede convida o espectador a percorrer, com as mãos e de olhos fechados, seu trajeto, deixando o corpo de quem participa trabalhar junto com o desenho, ativando a obra e colocando seu corpo em movimento. Apoie uma mão em cada linha Feche os olhos Percorra o desenho Confie no seu tato

DImensões variáveis
Foto Edouard FraipontNa ação, um grupo de pessoas distribuirá máscaras de sorriso e o manifesto do sorriso. Considerando o momento social e político atual, fica clara a urgência em estabelecermos relações baseadas no afeto e na troca de conhecimento que proporcionem novos encontros e novas formas de habitar o espaço público.

performance com julia rocha
Foto Edouard Fraipont



70 x 300 x 80 cm
Fios de plásticos vermelhos e tubo de PVC Foto Filipe Berndt
270 x 115 cm
Fios de plásticos vermelhos e tubo de PVC Foto Filipe Berndt
50 x 90 cm
Impressão em papel Hahnemühle Photo Rag® 308g e alfinetes sem cabeça. Foto Ana Pigosso
50 x 90 cm
Impressão em papel Hahnemühle Photo Rag® 308g e alfinetes sem cabeça. Foto Ana Pigosso
50 x 90 cm
Impressão em papel Hahnemühle Photo Rag® 308g e alfinetes sem cabeça Foto Ana Pigosso
50 x 90 cm
Impressão em papel Hahnemühle Photo Rag® 308g e alfinetes sem cabeça Foto Ana Pigosso
05'35''
Vídeo - cor, som Colaborador e edição: João Marcos de Almeida Fotografia: Flora Dias Som direto: Juliana R. Foto Still do vídeo
66 X 80,6 cm
Printing on Hahnemühle Cézanne Canvas 430g and Hahnemühle Varnish Matt varnish Foto Ana Pigosso
66 X 80,6 cm
Impressão em Hahnemühle Cézanne Canvas 430g e verniz Hahnemühle Varnish Matt Foto Ana Pigosso
62 X 79,6 cm
Impressão em Hahnemühle Cézanne Canvas 430g e verniz Hahnemühle Varnish Matt Foto Ana Pigosso
62 X 79,6 cm
Impressão em Hahnemühle Cézanne Canvas 430g e verniz Hahnemühle Varnish Matt Foto Ana Pigosso
42cm x 50cm; 40,5cm x 50cm; 50cm x 40,5cm; 50cm x 25,5cm; 41,2cm x 50cm; 34cm x 50cm; 44,5cm x 50,2
Impressão em papel Hahnemühle Photo Rag® 308g Foto Ana Pigosso

76 x 100 cm (cada) - políptico composto por 6 peças
Carimbo com naquim sobre papel Tiziano 160 gr Foto Edouard Fraipont
49 x 33,5 cm
Colagem laminada de etiquetas adesivas de preço, fio de nylon e suporte de acrílico Foto Ana Pigosso
69 x 31,5 cm
Colagem laminada de etiquetas adesivas de preço, fio de nylon e suporte de acrílico Foto Ana Pigosso
79 x 36 cm
Colagem laminada de etiquetas adesivas de preço, fio de nylon e suporte de acrílico Foto Ana Pigosso
41 x 41 cm
Tela fachadeira e pregos Foto Galeria Vermelho
41 x 41 cm
Tela fachadeira e pregos Foto Galeria Vermelho



50 x 80 cm
Marcador permanente sobre papel ondulado Foto Edouard Fraipont
50 x 80 cm
Marcador permanente sobre papel ondulado Foto Edouard Fraipont
54 x 43 cm
Impressão sobre papel fotográfico, foamboard e telas Foto Edouard Fraipont
54 x 32 cm
Impressão sobre papel fotográfico, foamboard e telas
Foto Edouard Fraipont
60 x 60 cm
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnemühle Lumijet Classic Velour 290 gr. Foto Reprodução
124 x 86 cm - políptico composto por 5 peças
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Awagami Kozo Thick White 110 gr. Foto Edouard Fraipont
30 x 43 cm (fechado) ou 30 x 85 cm (aberto)
Adesivo sobre papel algodão Foto Edouard Fraipont
30 x 43 cm (fechado) ou 30 x 85 cm (aberto)
Adesivo sobre papel algodão Foto Edouard Fraipont


60 x 60 cm
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnemühle Lumijet Classic Velour 290 gr. Foto Reprodução
60 x 60 cm
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnemühle Lumijet Classic Velour 290 gr. Foto Reprodução
124 x 86 cm - políptico composto por 5 peças
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Awagami Kozo Thick White 110 gr. Foto Edouard Fraipont
67 x 90 cm
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Epson Premium Luster 260 gr, raspagem com ponta seca e cabos Foto Edouard Fraipont
67 x 90 cm
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Epson Premium Luster 260 gr, raspagem com ponta seca e cabos Foto Edouard Fraipont
67 x 90 cm
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Epson Premium Luster 260 gr, raspagem com ponta seca e cabos Foto Edouard Fraipont

225 x 215 cm
Carpete e cabos Foto Edouard Fraipont
225 x 215 cm
Carpete e cabos Foto Edouard Fraipont
60 x 60 cm
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnemühle Lumijet Classic Velour 290 gr. Foto Reprodução



Políptico composto por 23 peças
Desenho e nanquim sobre papel, cabos e caixas de som Foto Edouard Fraipont
62,5 x 88 cm
Fotografia analógica sobre papel fotográfico fosco Foto Pinacoteca do Estado

88 x 62,5 cm
Fotografia analógica sobre papel fotográfico fosco Foto Pinacoteca do Estado
Lia Chaia trabalha as percepções e vivências do cotidiano, como a permanente tensão entre espaço urbano, corpo e natureza. Faz parte de seu interesse a discussão do modo como a natureza vem sendo apropriada pelos padrões da cultura urbana. Também se dedica a pensar e perceber como o corpo reage aos estímulos e rupturas do mundo contemporâneo. Um corpo que se adapta às paisagens, que cria relações com outros espaços, objetos e pessoas, tornando-se um território de investigação. Assim, para dar conta dessa complexa trama de questões, a artista procura refletir em seu trabalho sobre a dissolução das fronteiras entre suportes e linguagens.
Entre as exposições individuais recentes que realizou Percurso, Galeria Aymoré, Rio de Janeiro (2019); Febril, Vermelho, São Paulo (2018); Estacionamente, Galeria do Senac Rua Scipião, São Paulo (2018); Pulso, Vermelho, São Paulo (2017); É como dançar sobre a arquitetura, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (2017); [Co]Habitar, Casa da América Latina, Lisboa (2016); Entre outras, as exposições coletivas Tales from na old world, LOOP Salon, Museu d’ Historia de Catalunya, Barcelona (2020); Clube de colecionadores de fotografia do MAM – 20 anos, Museu de Arte Moderna de São Paulo [MAM SP] (2020); Life, Still Life, Galeria Presença, Porto (2019); Paisajes entre paisajes, BIENALSUR, Museo de Arte Fueguino (MFA), Rio Grande (2019); Que Barra!, Ateliê 397, São Paulo (2018); How to Remain Silent?, A4 Arts Foundation, Cape Town (2018); Past/Future/Present: Contemporary Brazilian Art from the Museum of Modern Art, Phoenix Art Museum Phoenix (2017); Metrópole: experiência Paulistana, Estação Pinacoteca, São Paulo (2016).
Lia Chaia é formada em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado, FAAP, em paralelo estudou dança e clown. Ocasionalmente ministra aulas e workshops. Sua obra transita por diferentes suportes e linguagens, como fotografia, vídeo, performance, desenho e instalação.
Lia Chaia trabalha as percepções e vivências do cotidiano, como a permanente tensão entre espaço urbano, corpo e natureza. Faz parte de seu interesse a discussão do modo como a natureza vem sendo apropriada pelos padrões da cultura urbana. Também se dedica a pensar e perceber como o corpo reage aos estímulos e rupturas do mundo contemporâneo. Um corpo que se adapta às paisagens, que cria relações com outros espaços, objetos e pessoas, tornando-se um território de investigação. Assim, para dar conta dessa complexa trama de questões, a artista procura refletir em seu trabalho sobre a dissolução das fronteiras entre suportes e linguagens.
Entre as exposições individuais recentes que realizou Percurso, Galeria Aymoré, Rio de Janeiro (2019); Febril, Vermelho, São Paulo (2018); Estacionamente, Galeria do Senac Rua Scipião, São Paulo (2018); Pulso, Vermelho, São Paulo (2017); É como dançar sobre a arquitetura, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (2017); [Co]Habitar, Casa da América Latina, Lisboa (2016); Entre outras, as exposições coletivas Tales from na old world, LOOP Salon, Museu d’ Historia de Catalunya, Barcelona (2020); Clube de colecionadores de fotografia do MAM – 20 anos, Museu de Arte Moderna de São Paulo [MAM SP] (2020); Life, Still Life, Galeria Presença, Porto (2019); Paisajes entre paisajes, BIENALSUR, Museo de Arte Fueguino (MFA), Rio Grande (2019); Que Barra!, Ateliê 397, São Paulo (2018); How to Remain Silent?, A4 Arts Foundation, Cape Town (2018); Past/Future/Present: Contemporary Brazilian Art from the Museum of Modern Art, Phoenix Art Museum Phoenix (2017); Metrópole: experiência Paulistana, Estação Pinacoteca, São Paulo (2016).
Lia Chaia é formada em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado, FAAP, em paralelo estudou dança e clown. Ocasionalmente ministra aulas e workshops. Sua obra transita por diferentes suportes e linguagens, como fotografia, vídeo, performance, desenho e instalação.
Lia Chaia
1978. São Paulo, Brasil
Vive e trabalha em São Paulo
liachaia.com
Exposições Individuais
2019
– Lia Chaia. Percurso – Galeria Aymoré – Rio de Janeiro – Brasil
– Lia Chaia. Febril – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2018
– Lia Chaia. Estacionamente – Senac Lapa Scipião – São Paulo – Brasil
2017
– Lia Chaia: Pulso – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Como dançar sobre a arquitetura – Instituto Tomie Ohtake (ITO) – São Paulo – Brasil
2016
– (CO)HABITAR – Casa da América Latina – Lisboa – Portugal
2015
– Corpo Mitológico – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2013
– Contrapasso – Galeria de Arte da Fundação Ecarta – Porto Alegre – Brasil
– Contratempo – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2012
– Esqueleto Aéreo – Galeria Vermelho – São Paulo – SP – Brasil
– Solo Project – ARCO 2012 – Madri – Espanha
2010
– Anônimo- Galeria Vermelho- São Paulo- Brasil
2009
– Rodopio – Centro Cultural Mariantonia – São Paulo – Brasil
2008
– Baralhada – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2007
– Pelos Tubos – Ateliê Aberto – Campinas – Brasil
– Mostravídeo – Instituto Itaú Cultural – Belo Horizonte – Brasil
2006
– Fauna – Paço das Artes – São Paulo – Brasil
– Entre Vias – Museo Laboratorio di Arte Contemporanea dell’Università di Roma – Roma – Itália
– Via Invertida – Galeria Vermelho –São Paulo – Brasil
2005
– Lia Chaia – Centre de Creation Bazouges la Perouse – França
2004
– Vereda – Programa Sítio – Base 7 – São Paulo – Brasil
2003
– A Sala de Lia – Ateliê Aberto – Campinas – São Paulo – Brasil
2002
– Experiências com o Corpo – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo – Brasil
Exposições Coletivas
2022
– Breaking Up – Phoenix Art Museum – Phoenix – EUA
– Coleção Sartori — A arte contemporânea habita Antônio Prado – Museu de Arte do Rio Grande do Sul [MARGS] – Porto Alegre – Brasil
2021
– Filmes e vídeos de artistas [Mostra Virtual] – Itaú Cultural – São Paulo – Brasil
– Somos Aunque Nos Olviden- El Parque De Las Americas- Mérida/ Yucatan- México
– Dizer Não – Rua Cruzeiro, 802 – Barra Funda – São Paulo – Brasil
– Cobra Norato – Biblioteca Raul Bopp – Parque da Aclimação – São Paulo – Brasil
– Língua Solta – Museu da Língua Portuguesa – São Paulo – Brasil
– Matéria-linha – Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia [MUBE] – São Paulo – Brasil
2020
– Tá me vendo? Tá me ouvindo? Narrativas do digital – Casa Niemeyer, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de Brasília [UnB] – Brasília – Brasil
– Sandra Cinto: das ideias na cabeça aos olhos no céu – ItaúCultural – São Paulo – Brasil
– Tales from an old world. LOOP Salon – Museu d’ Historia de Catalunya – Barcelona- Espanha
– Clube de colecionadores de fotografia do MAM – 20 anos – Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM SP) – São Paulo – Brasil
2019
– Mulheres em Cena – Museu de Arte de Ribeirão Preto [MARP] – Ribeirão Preto – Brasil
– Verbo 2019. 15ª edição da Mostra de Performance Arte – Galeria Vermelho – São Paulo e Chão SLZ – São Luis – Brasil
– Ambages – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Mulheres em Cena – Pinacoteca Fórum das Artes de Botucatu –Botucatu – Brasil
– Arte y Territorio – Instituto Cultural Peruano Norteamericano (ICPNA) – Lima – Peru
– SEGUNDA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2019 – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Paisajes entre paisajes – BIENALSUR 2019 – Museo de Arte Fueguino (MFA) – Rio Grande – Argentina
– Life, Still Life – GaleriaPresença – Porto – Portugal
– Passado/Futuro/Presente: Arte contemporânea brasileira no acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo – Museu de Arte Moderna de São Paulo [MAM SP] – São Paulo – Brasil
2018
– YOYO. Tudo que vai volta – Sesc Taubaté – Taubaté – Brasil
– Mulheres na coleção do MAR – Museu de Arte do Rio [MAR] – Rio de Janeiro – Brasil
– Verbo 2018: 14ª edição da Mostra de Performance Arte – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Vigilância Líquida – Galeria Luisa Strina – São Paulo – Brasil
– Que Barra – Atelier 397 – São Paulo – Brasil
- Yoyo, tudo que vai volta – Sesc Belenzinho – São Paulo – Brasil
– Ação e Reação – Casa do Brasil: Colegio Mayor Universitario – Madri – Espanha
2017
– How to Remain Silent? – A4 Arts Foundation – Cidade do Cabo – África do Sul
– Past/Future/Present: Contemporary Brazilian Art from the Museum of Modern Art, São Paulo – Phoenix Art Museum – Phoenix – EUA
– Prólogo contemporáneo para una colección moderna [Bienalsur] – Montevideo – Uruguai
– Yes, nós temos biquíni – Centro Cultural Banco do Brasil RJ (CCBB RJ) – Rio de Janeiro – Brasil
– Metrópole: experiência Paulistana – Estação Pinacoteca – São Paulo – Brasil
– Coletiva Artistas Contemporâneos / Acervo – Galeria Berenice Arvani – São Paulo – Brasil
2016
– OVNI – Objectif Vidéo Nice – Hotel Windsor e Grand Hotel Le Florence – Nice – França
– Coletiva – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– O Útero do Mundo – Museu de Arte Moderna (MAM) – São Paulo – Brasil
– Os muitos e o um: a arte contemporânea brasileira na coleção de José Olympio e Andrea Pereira – Instituto Tomie Ohtake (ITO) – São Paulo – Brasil
– Silêncio(s) do Feminino – Caixa Cultural RJ – Rio de Janeiro – Brasil
– VERBO 2016 – Mostra de Performance Arte (12ª ed.) – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Coletiva – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– FLAM VI – Forum for Live Art – Amsterdam – Holanda
– O Estado da Arte – Instituto Figueiredo Ferraz (IFF) – Ribeirão Preto – Brasil
– Silêncio(s) do Feminino – Caixa Cultural São Paulo – São Paulo – Brasil
2015
– Ficções – Caixa Cultural RJ – Rio de Janeiro – Brasil
– Sur Global: horizontes para uma nueva Bienal de Artes – Buenos Aires – Argentina
– Metadados – Ateliê Aberto – Campinas – São Paulo – Brasil
– Publishing in the Frontier – Edição Tijuana – MDM Gallery – Paris – Fança
– Fotos contam Fatos – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Parati em Foco – Casa da Cultura de Parati – Parati – Brasil
- Paisagem Opaca – MAM SP – São Paulo – Brasil
– Aprendendo a Viver com a Sujeira – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– 30 Artistas Selecionados da 5ª Edição do Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça – MAC Ibirapuera – São Paulo – Brasil
– O que não é performance? – Centro Universitário Maria Antonia – São Paulo – Brasil
– Frestas – Trienal de Arte Contemporânea – SESC Sorocaba – Sorocaba – Brasil
2014
– Pinacoteca do Estado de São Paulo visita o MAC Sorocaba – MAC Sorocaba – Sorocaba – Brasil
– Made by… Feito por Brasileiros – Hospital Matarazzo – São Paulo – Brasil
– Verbo 2014. Mostra de Performance Arte (10ª ed.) – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Entre Tiempos… Presencias de la Colección Jozami en el Museo Lázaro Galdiano- Museo Lázaro Galdiano – Madri – Espanha
– Cool Stories IV – ARTPORT_making waves [online platform]
– 140 Caracteres – Museu de Arte Moderna [MAM SP] – São Paulo – Brasil
2013
– Tomie Correspondências – Centro Cultural dos Correios – Rio de Janeiro – Brasil
– ExpoProjeção 1973-2013 – SESC Pinheiros – São Paulo – Brasil
– Proyechos Ultra Violeta – Museu de Arte Contemporáneo y Diseño de Costa Rica – San Jose – Costa Rica
– O Corpo é o meu – Laboratório Curatorial [SPArte 2013] – Pavilhão da Bienal de São Paulo – São Paulo – Brasil
– Cleaning Up – Johannes Vogt Gallery – Nova Iorque – EUA
– Tomie Correspondências – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo – Brasil
– Circuitos Cruzados: o Centre Pompidou encontra o MAM – Museu de Arte Moderna [MAM SP] – São Paulo – Brasil
– Walking – 1ª Temporada de projeto 2013 – Paço das Artes – São Paulo – Brasil
2012
– Aver – Mostra de video-arte – Atelier Aberto – Campinas – Brasil
– 11ª Bienal de la Habana: Praticas Artisticas e Imaginários Sociales – Havana – Cuba
– Expansivo – Galeria Vermelho – São Paulo – SP – Brasil
– Daquilo que me habita – Centro Cultural Banco do Brasil [CCBB DF] – Brasília – Brasil
– Olhares Oblicuos – Galeria Deco – São Paulo – Brasil- Otra Generacion – Galeria Blanca Soto – Madri – Espanha
2011
– Contra a Parede – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Os Primeiros Dez Anos – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo – Brasil
– Geração 00 – A nova fotografia Brasileira – SESC Belenzinho – São Paulo – Brasil
– Virada Cultural “dos Reis e Rainhas” – SESC Pompéia – São Paulo – Brasil
– Ordem e Progresso – Museu de Arte Moderna [MAM SP] – São Paulo – Brasil
2010
– En Conversacion – Galeria Nueve Ochenta – Bogotá – Colômbia
– Vidéo et Après – Centre Pompidou – Paris -França
– Convivências – Fundação Iberê Camargo-Porto Alegre – Brasil
– Ponto de Equilibrio- Instituto Tomie Ohtake – São Paulo- Brasil
– Verbo 2010 – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Film and Video from Brazil – New Museum – Nova Iorque – EUA
– Gradiado – Atêlie Aberto – Campinas- São Paulo
– Quem tem medo? – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Rhodislândia – Hélio Oiticica – Museu é o Mundo – Itaú Cultural – São Paulo – Brasil
– Focus Brasil – Galeria Moro – Santiago – Chile
– Projection – Paris 8e. Station Europe – Paris – França
2009
– Narracje – Gdansk’s Open Space – Gdansk – Polônia
– Por Aqui – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Setamanco – Jornada Internacional Na Cidade Sem Meu Carro – Campinas – São Paulo- Brasil
– Nuevas Miradas – Galeria Fernando Pradilla – Madri – Espanha
– Brazil Contemporary- Nederlands Fotomuseum – Rotterdam – Holanda
– Vértice – Galeria Millan – São Paulo – Brasil
– pH Neutro – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Nova Arte Nova – Centro Cultural Banco do Brasil [CCBB] – São Paulo – Brasil
2008
– Início Após 100 anos: Brasil-Japão – Galeria Deco – São Paulo – Brasil
– Container Art – mostra de videoarte – Parque Villa Lobos – São Paulo – Brasil
– GLOW – Fórum of Light in Art and Architecture – Eindhover – Holanda
– Preparações e Tarefas – Bienal Internacional de Dança do Ceará/De Par Em Par – Ceará – Brasil
– É claro que você sabe do que estou falando – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Creative Art Session 2008: Japan-Brazil Firendship Exhibition – Kawasaki City Museum – Kawasaki – Japão
– Provas de Contato – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Verbo 2008 – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Turistas, Volver – Galeria Carminha Macedo – Belo Horizonte – Brasil
– Mão Dupla – movimento/identidade – Sesc Pinheiros – São Paulo – Brasil
– Parangolé – Fragmentos desde los noventa en España, Portugal y Brasil – Museo Patio Herreriano – Valladolid – Espanha
– Merrill Lynch Arteamericas – The Latin American Art Fair – Miami Beach Convention Center – Miami – EUA
2007
– Arte Conceitual no MAM-SP – Museu de Arte Moderna [MAM SP] – São Paulo – Brasil
– Recortar e Colar – CRTL_C + CRTL_V – SESC Pompéia – São Paulo – Brasil
– Jardim do Poder –Centro Cultural Banco do Brasil [CCBB DF] – Brasília – Brasil
– 10° Istambul Biennial – Istambul – Turquia
– Futuro do Presente – Instituto Itaú Cultural – São Paulo – Brasil
2006
– Paralela – PRODAN – São Paulo – Brasil
– MAM [na] OCA – OCA – São Paulo – Brasil
– Geração da virada – 10 + 1: os anos recentes da arte brasileira – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo – Brasil
– This is not a love song – Galeria Vermelho – São Paulo – Bra
– Urban Scapes – Contemporary Brazilian Art – DNA Gallerie – Berlim – Alemanha
– Videometry – Loop/06 – Galeria Dels Àngels – Barcelona – Espanha
– Con los ojos del otro – Centro Cultural de España – Montevideo – Uruguai
– Observatori 2006 – Valencia – Espanha
– Paradoxos – Rumos Itaú Cultural 2005-2006 Artes Visuais – Instituto Itaú Cultural – São Paulo – Brasil
– 5° Bienal Internacional de Liége – Centro Cultural Lês Chiroux- Liége – Bélgica
– Doações/Aquisições 2005 –Museu de Arte Moderna [MAM SP] – São Paulo – Brasil
– ARTEBA06 – Pavilhão la Rural – Buenos Aires – Argentina
– Padronagens – Galeria Marília Razuk – São Paulo – Brasil
– Urbe – Casa Triângulo – São Paulo – Brasil
2005
– Galeria Garash – Cidade do México – México
– Espaço urbano x Natureza Intrínseca – Espace Topographie de l’ art – Paris – França
– Parrilla de Video Arte – Centro Cultural Matucana 100 – Santiago – Chile
– As aparências não enganam – FAV /Faculdade de Artes Visuais/ UFG – Goiânia – Brasil
– Rencontres Parallèles – Centre D ‘Art Contemporain De Basse-Normandie – Hérouville-Saint-Clair – França
– 15° Festival Internacional de Arte Eletrônica Vídeobrasil – São Paulo – Brasil
– 1° Mostra do Programa de Exposições 2005 –Centro Cultural São Paulo [CCSP] – São Paulo – Brasil
– Verbo – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Marking Time – LACE – Los Angeles – EUA
– Corpo Câmera Ação – Instituto Itaú Cultural – São Paulo – Brasil
– Coletiva do Programa de Exposições –Centro Cultural São Paulo [CCSP] – São Paulo – Brasil
– O Corpo na Arte Contemporânea Brasileira – Instituto Itaú Cultural – São Paulo – Brasil
– O Retrato como Imagem do Mundo –Museu de Arte Moderna [MAM SP] – São Paulo – Brasil
2004
– Mostra Made in Brazil – Ybakatu Espaço de Arte – Curitiba – Brasil
– Vol. – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Paralela – São Paulo – Brasil
– Entre Pindorama – Künstlerhaus Stuttgart – Stuttgart – Alemanha
– Artista Personagem – Centro Universitário Mariantonia – São Paulo – Brasil
– Artista Personagem – Museu de Arte de Ribeirão Preto [MARP] – Ribeirão Preto – Brasil
– Seja lá onde for –– Museu de Arte Contemporânea [MAC] – Americana – Brasil
– Caderno Especial – Folha de São Paulo – 31 Artistas, 1 Metrópole – São Paulo – Brasil
– Underground – Corpo de Baile – Sesc Consolação – São Paulo – Brasil
– O Corpo Entre o Público e o Privado – Paço das Artes – São Paulo – Brasil
– O Corpo Entre o Público e o Privado – Casa das Onze Janelas – Belém – Brasil
– Título de Pintura – Ateliê Aberto – Campinas – Brasil
– Corpo de Baile 2 – Galeria Vermelho (Bem-Vindo) – São Paulo e Lord Palace Hotel – São Paulo – Brasil
2003
– Young Brazilian Artists – Galeria André Viana – Porto – Portugal
– Imagética – Fundação Cultural de Curitiba – Curitiba – Brasil
– Metacorpos – Corpo De Baile – Paço Das Artes – São Paulo – Brasil
– 1 Lúcia 2 Lúcias – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Sábado de Performances – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Um Incômodo – Nu-Sol – PUC – São Paulo – Brasil
– Ordenação e Vertigem – CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo – Brasil
– Corpo de Baile- Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2002
– Matéria Prima – Novo Museu – Curitiba – Brasil
– 34ª Anual de Arte- FAAP – São Paulo – Brasil
– Genius Loci – O Espírito do Lugar – Vila Buarque – São Paulo – Brasil
– III Bienal de Artes Visuais de São João da Boa Vista – Centro Cultural Fernando Arrigucci Estação Ferroviária Fepasa – São João da Boa Vista – Brasil
– Faxinal das Artes – Viagem/Residência – Museu de Arte Contemporânea do Paraná [MAC PR] – Curitiba – Brasil
– Desdobramentos: Desenhos – Museu de Arte Contemporânea [MAC] – Americana – Brasil
– Marrom – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Com que Corpo Eu Vou? – Espaço de Artes Unicid – São Paulo – Brasil
– Fachada Brasileira – fachada – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2001
– 50 + 5 – São Paulo – Brasil
– São Paulo/Universidades – 1ª Mostra 2001 – Euroart Galeria – São Paulo – Brasil
– Políticas Pessoais – Museu de Arte Contemporânea – Americana – Brasil
– 33ª Anual de Arte – Fundação Armando Alvares Penteado [FAAP] – São Paulo – Brasil
– Bienal Extra – São Paulo – Brasil
2000
– Dadá é mais que Dadá – Paço das Artes – São Paulo – Brasil
- Fumaça – Fundação Armando Alvares Penteado [FAAP] – São Paulo – Brasil
– 32ª Anual de Arte – Fundação Armando Alvares Penteado [FAAP] – São Paulo – Brasil
1999
– 31ª Anual De Arte – Fundação Armando Alvares Penteado [FAAP] – São Paulo – Brasil
Bolsas e residências
2009
– CURRENTS – ART & MUSIC – Beijing – China
2005
– Bolsa Iberê Camargo /Bolsa para a Sala de Arte Publico Siqueiros e Galeria Garash – México
2003
– Programa de Residência/ Artist In Residence Programme- Cité des Arts- Paris – França
– Coleções Públicas / Public Collections:
- Casa Niemeyer – Museu de Arte Contemporânea da Universidade de Brasília [UnB] – Brasília – Brasil
– Coleção Pinacoteca do Estado de São Paulo – São Paulo – Brasil
Coleções Privadas abertas ao público
– Museu de Arte do Rio [MAR] – Rio de Janeiro – Brasil
– Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM SP) – São Paulo – Brasil
– Colección Jozami – Madri – Espanha
- Instituto Inhotim – Brumadinho – Brasil
– Comodato Gilberto Chateaubriand – Museu de Arte Moderna – Rio de Janeiro – Brasil
– Banco do Espirito Santo – Lisboa – Portugal
– Comodato Roger Wright – Coleção Pinacoteca do Estado de São Paulo.– São Paulo –Brasil
Em conversas sobre a sua exposição , quando Lia Chaia me contou que daria o título de “Contratempo” a ela, clarificou-me uma linha de pensamento para refletir sobre a mostra, uma linha que aproximasse trabalhos distintos: os contratempos são os resultados de uma 2ª natureza alcançada pela civilização na contemporaneidade.
1. Para realizar o vídeo “Aleph”, Lia Chaia procurou um pedaço árido da cidade de São Paulo que fosse muito parecido com outras metrópoles do mundo e um exemplo de um tipo insalubre de urbanização que extinguiu a vegetação. A vastidão urbana, que sobrepõe centro e periferia, foi sintetizada numa pequena esfera de vidro, produto da engenharia industrial.
2. Nessa atual exposição, “Contratempo”, a artista está às voltas com alguns temas que a perseguem continuamente: a natureza, o corpo, a cultura e a civilização urbana.
3. Para dar conta dessa complexa trama de questões, ela faz uso de múltiplas práticas das artes visuais baseadas no desenho, na fotografia, no tridimensional, no vídeo e na instalação. Dessa vez, deixa de lado a performance. Verifica-se, assim, que a obra de Lia Chaia vem se realizando por meio de inúmeros entrecruzamentos de linguagem, de suportes e de preocupações. Afinal, como indagar o mundo contemporâneo sem acionar múltiplas percepções e recursos?
4. Frente a essa heterogeneidade, algumas amarrações imprimem unidade à obra de Lia Chaia. O primeiro aspecto que se sobressai de imediato, a uma primeira mirada, é a presença de uma identificável poética que perpassa todos os seus trabalhos. Pode-se dizer que a artista elabora uma poética que articula formas, ressalta a expressividade das matérias e destaca a representação de imagens.
5. Num segundo momento, para além da visualidade, Lia Chaia levanta questões que se escondem recatadamente por baixo de cada trabalho e imprimem aproximações entre suas obras. A artista defronta-se com as contingências da vida e preocupa-se com a natureza e a cultura não a partir de uma ótica interna a cada uma delas, mas sim tomando como perspectiva o impacto da civilização urbana sobre elas.
6. Essas preocupações estão quase sempre permeadas pelo humor, num tom baixo, exposto seja na forma, seja no assunto. Desde “Madrugada”, 2002, passando por “Da sorte dos que gozam”, 2002, “Folíngua”, 2003, até “Setamancos”, 2009, percebe-se um ar bem-humorado que imprime aos trabalhos um certo estranhamento, apontando para algo fora do lugar.
7. Lia Chaia indaga sobre os danos causados por um determinado tipo de sociedade, aquela que abandonou gradativamente a natureza original e criou uma outra natureza. Daí a centralidade do assunto corpo humano para a artista que, acompanhando Michel Foucault, entende o corpo como local de inscrição dos acontecimentos. Assim, nos seus trabalhos, homem, natureza, cultura e cidade se complementam, mas também entram em situações de tensões: o corpo destituído em “Madrugada”, 2002; o mar em desequilíbrio no vídeo “Desorientação”, 2001; o horizonte urbano cimentado em “Horizonte”, 2003; o hibrido vegetal-humano em “Folíngua”, 2003; a vegetação destruída pela urbanização em “Árvores carecas”, 2006; a metamorfose do corpo em “Escápula pena pelo”, 2011.
8. Diante dessas questões, a obra de Lia Chaia tem por base a ideia de processo, tornando relevante a consideração do fluxo do tempo. Uma de suas primeiras performances, “Rede”, 2003, já antecipava tal preocupação, pois ela tinha como referência Santo Agostinho, o filósofo do tempo. Nessa tendência, cabe lembrar também “Trepadeira”, 2003, com uma série de imagens fotográficas e desenhos que captam a natureza se alterando no transcorrer das quatro estações do ano. Outro trabalho paradigmático é o vídeo “Desenho corpo”, 2001, no qual risca seu corpo, durante 51 minutos, até acabar a carga da caneta.
9. A artista retém a passagem do tempo para retirar desse processo o significado inevitável das transformações das coisas e captar as marcas do domínio do homem sobre a natureza: veja-se a série “Fóssil”, fotografias de 2003, realizadas no México.
10. Nessa atual exposição, “Contratempo”, Lia Chaia reafirma sua preocupação com os sentidos adquiridos pelas transformações a que estão submetidas as vidas humana, animal e vegetal, frente aos contratempos suscitados no ambiente.
11. Os seus trabalhos fornecem pistas de que foi ultrapassado o estágio da natureza original e, agora, experimenta-se uma 2ª natureza. O ser humano e a civilização distanciaram-se gradativamente da natureza, processo este de afastamento, que gera contratempos.
12. Nessa exposição, a instalação “A queda“ recupera a imagem poética das folhas caídas e esparramadas pelo chão, mas efetivamente Lia Chaia nos faz defrontar com a mudança de situação e do estado da matéria. A representação se dá pela passagem das folhas verdes para folhas secas, desfalecidas, recortadas e costuradas umas às outras pelo ato civilizatório do tecer. A matéria orgânica da vegetação é substituída pela inerte materialidade do carpete cinza sintético. A instalação refere-se ao tombamento da árvore, considerada como símbolo do ser vivente que foi abatida, para tratar de uma 2ª natureza, isto é, de uma mutação da matéria, da substituição do natural pelo artificial.
13. Na série fotográfica “Quadrada“, as imagens das folhas perderam seus contornos naturais e orgânicos e ganharam formas retangulares, com predomínio de ângulos e linhas retas. A natureza continua viva, mas sob nova formatação, indicando o distanciamento da natureza original e a presença de uma outra natureza, bem mais próxima da forma gerada pela crescente racionalização. A lógica técnica se esparrama, torna-se planetária, sem limites – estamos frente a um novo princípio de criação da vida.
14. O vídeo “Aleph” retoma Jorge Luis Borges e faz a civilização urbana convergir para um único ponto, uma pequena e transparente esfera de vidro que passa a conter toda a Cosmópolis. Nesse trabalho, a cidade é colocada de cabeça para baixo. O som do vídeo remete para a alta tecnologia, como se fosse um mantra estranho à voz humana. Agora, o grande cenário da história é a urbis. Entretanto a esfera desliza em um braço de uma entidade feminina, recuperando aspectos mitológicos muitas vezes presentes na sua obra, como no vídeo “Minhocão”, 2006, e também na fotomontagem ”Presa predador”, 2008.
15. A obra “Cabos”, feita com desenho e fios sobre fotografia, apresenta um céu agora cinza, rasurado e cortado por fiações elétricas. Essa série possui uma luz soturna e enfatiza o vazio e a fragilidade do cenário urbano. Os condutores que seriam as veias para manter pulsante a cidade foram apagados, estão desativados e soltos no ar. Estamos frente a uma situação que indica estar ocorrendo danificações no ambiente urbano. Trabalhos anteriores da artista, como “Ruínas”, 2008, e “Fóssil”, 2005, já apontavam para os ciclos de decadência das civilizações. Por sua vez, as fiações de “Cabos“ deverão desaparecer para dar lugar a novas tecnologias. O tempo corre veloz, acelerando a realização da 2ª natureza.
16. Como consequência dessa condição urbana de frágil estruturação, a fiação elétrica se solta em pedaços ou sobras. Lia Chaia apropria-se desse material descartado e constrói o trabalho “Escrita“. Ele é composto por vários pedaços de cabos elétricos, grossos e resistentes, que sofreram torções e se encaixam em conjuntos que lembram garatujas ou pichações urbanas. Pequenos e complexos poemas visuais negros, criados pela articulação de diferentes unidades circulares. Esse trabalho se apresenta como desenhos tridimensionais, grafismos que cortam o ar. Ele também goza da mutabilidade, podendo ser manipulado, adquirindo novas formas à medida do seu manuseio. “Escrita“ lembra, de certa maneira, a série “Caixas de força”, 2009, na qual a artista também se utiliza de pedaços de fios dobrados para ocupar o espaço e compor uma caligrafia visual com ênfase no ritmo e na cor.
17. A série fotográfica de “Folha-leito” marca a passagem do tempo, simbolizada na sequência começo-meio-fim. A vida é um ciclo que se desenvolve persistentemente, como a chama de uma vela que se apaga, no dizer de William Shakespeare, em Macbeth. Esse trabalho trata da vitalidade que desaparece, da inevitável impermanência. O humano e o orgânico são transitórios. “Folha-leito” traz imagens de dezenas de folhas que sofreram a ação do tempo, colocadas lado a lado até tomar a forma de uma grande folha. A forma de cada unidade é reproduzida na forma maior, ou seja, cada unidade se vê repetida no geral. Assim, cada folha aparece como metáfora do indivíduo e o conjunto geral como metáfora da sociedade. Nesse trabalho, tanto pessoas quanto o coletivo cumprem um ciclo de vida e morte, de auge e decadência. Entretanto, ao final de um período de tempo, algumas folhas teimam em viver, insistem na persistência da vida.
18. Como se proteger frente às contingências e circunstâncias? Como assegurar a vida e o corpo? A civilização e a cultura engendram estratégias e equipamentos para promover a segurança das pessoas. Tais questões estão colocadas na instalação “Alambrado”, nos tridimensionais “Curvas de jardim“, no mural “Lanças” e no trabalho da fachada da Galeria Vermelho.
19. No caso de “Alambrado”, a origem da instalação encontra-se na tela de proteção utilizada largamente na cidade para proteger propriedades. A trama de arame e a dureza do metal transformam-se em uma rede maleável que agarra-se à parede ou se esparrama pelo chão. Um emaranhado de tela protetora, cuja função era excluir, impedir, separar. Entretanto, o poder de cerceamento é colocado em questão, pois a tela é frágil e possui partes rasgadas e rupturas, indicando tentativas para romper o cerco.
20. Os tridimensionais “Curvas de jardim” e a fachada são construídos por módulos de vergalhões de ferro dobrados, conhecidos como ‘Curvas de jardins’. Essas peças são colocadas lado a lado até formarem uma cerca baixa que restringe a mobilidade das pessoas. Paradoxalmente, a lógica técnica cria belas formas, abauladas, harmoniosas, que parecem ir contra o sentido de sua funcionalidade original. No mesmo sentido, situa-se “Lanças”, colagem sobre parede. A agressiva grade de ferro na forma de lanças pontiagudas utilizada como proteção de espaços agora se apresenta na sua virtualidade sem a eficiência proveniente da sua dura matéria. Além do mais, as lanças estão quebradas ou torcidas, indícios de que os espaços por elas protegidos já foram invadidos. O alerta é simbólico, o controle também passa pela mente, não apenas pela carne.
21. Com “Contratempo”, Lia Chaia continua a desenvolver sua reflexão sobre o urbano, assumindo uma estética de cunho político-existencial. Essa ótica já se deixa perceber claramente em trabalhos anteriores como a fotografia “Dissonâncias”, 2001/2005, a instalação “Setamancos”, 2009 e o vídeo ”Piscina – díptico”, 2013, que abordam respectivamente o confronto do corpo com as sinalizações e obrigatoriedades; a instabilidade da vida e as múltiplas indicações de direção; e, no terceiro trabalho, as persistentes buscas de saídas por parte da pessoa acuada nos labirintos existenciais ou sociais.
22. Nesse sentido, a artista se preocupa com uma forma difusa de biopolítica, instalada na contemporaneidade, quando o foco do poder se direciona para a população, o corpo e a saúde.
23. Em “Mulher Seiva” confluem as formas e imagens da folha, da cadeia de moléculas de DNA e do arabesco do símbolo do ‘Infinito’. Aí está resumido o corpo humano no seu elemento primordial e na (im)possibilidade de futura permanência. Essas fitas desenhadas e recortadas pela artista tanto podem se aglutinar, configurando a silhueta humana, quanto podem se esparramar em pequenos nichos pelo espaço, como se fossem nascedouros de corpos.
24. Anteriormente, com “Escápula pena pelo”, 2011, a artista tratou da mutação genética, por meio de imagens de partes do corpo humano que parecem ser de outro animal, com camadas de penas/penugens substituindo a pele humana.
25. Em 2008, Lia Chaia realizou uma série de fotos, “Amigos animais”, na qual se retrata tocando estátuas de animais construídas para decoração, entretenimentos ou publicidade. Nessas fotografias, a artista busca um relacionamento afetivo com as criaturas esculpidas, mas elas não respondem ao convite, não rompem com os limites da sua natureza artificial. Trata-se de uma 2ª espécie animal, criada pelo homem e não pela natureza, que produz estranhamentos na rede de sociabilidade. Lia Chaia não julga, apenas constata os indícios de uma 2ª natureza na humanidade.
26. A obra da artista é uma forma de pensamento sobre o homem que se afastou da natureza, onde originariamente buscava-se abrigo e, com o andamento do tempo e conquistas tecnológicas, passou a se proteger em suas invenções, principalmente na maior delas, a cidade.
27. No seu fazer artístico, Lia Chaia opera com paradoxos, sendo relevante aquele que reúne potência poética e visão trágica do mundo, no sentido nietzschiano. Assim é a instalação “Alambrado”: para além da visualidade do trabalho, com algumas partes cortadas, para reafirmar fragilidades do sistema, ela avisa: ninguém garante qualquer segurança na vida, nem mesmo após se conquistar uma 2ª natureza.
28. Rearticulando constantemente seus temas e priorizando novas pesquisas de linguagem, Lia Chaia, mesmo lançando um olhar crítico sobre as circunstâncias atuais, encontra poesia numa 2ª natureza.
In the dizzying indecision making up what we call the contemporary, one thing, at least, has been seen with reasonable unanimity: the centrality of the body – our body, the body of each person – as a target of every interest.
The ensuing question, which I do not wish to answer here, is whether the body is resurging because it is struggling in a war against a “virtualization” of its properties, if the enchanting aspect is its “constancy” or if, paradoxically, having served as a resource for confronting the commodification of works of art in the 1960s and ’70s, it has become an object-fetish itself.
In my opinion, what Lia Chaia is proposing lies quite outside this easy scheme of thought. Because it is not only recently that she began to focus her work on what the body – her own body – has the power to suggest. In 2001, with the use of her own breath in Big Bang, and the astounding 51 minutes of her desenho-corpo [body-drawing] – the documentation of a performance that established her as a new and singular name in the recent art scene – it was evident that her target was the flesh and skin, scribbled on with a Bic pen, out of focus, in dialogue with the human representation of the earth or with a cutout paper smile applied on the face. The following year, this became even clearer in the series Experiências com o corpo [Experiences with the body] and com a sorte dos que gozam [with the luck of those who cum]. In the latter, a skeleton – present once again (or perhaps never exiled) – masturbates itself, suggesting humor and irony as the other fundamental features of her work.
From then on, her initial investigations have been unfolded in interchanges of meaning of which a good example is Rodopio [Whirl] (the video), which documents processes that gave rise to the column of hula hoops in 2009. If everything is not necessarily a function of the body, it is all connected with it, whether for wearing (as in Setamanco [Arrowclogs]) or for encountering its “second nature,” by way of the plant-life bones that constitute the “pattern” of the Série Esqueleto [Skeleton Series] (of the same year). This vegetal world can likewise be swallowed/incorporated (Comendo paisagens [Eating Landscapes], 2005 Folíngua [Tongue-Leaf], 2003), or can even become its own annulling inverse, composing a spinal column (Coluna [Column], 2003 or Minhocão [Big Worm], 2006). Few artists have so effectively conveyed this dilemma of the metropolis in which we live (one, at least, comes to mind, León Ferrari, in his series made with Letraset patterns for architecture).
Observed in this way, the works by Lia Chaia moreover converse with themselves horizontally, breaking down the mere chronological succession and demonstrating a constant coming and going around the same themes (the landscape, the green plants, the human bodies, the animals, the geography, the places). This is what engenders her peculiar voice, as in the crooked and deformed sand castles (2002) that dialogue with the gardens that change places (Mudança de Jardim [Change of Garden], 2008) or the communicating vessels, the fluids, the saps and branchings that have proliferated along this first decade of the 21st century.
Imploded, the vegetal skeleton is opened onto the wall as a band of fragments (rain, another of her constant themes). The body that was earlier covered by ants (a reference to Zé do Caixão?) is today covered by eyes, girls with eyes to be seen, or with feather-muscles (supreme power and maximal lightness). In these ten years, Lia Chaia’s vocabulary has expanded and taken on the dimension of a spinal column, has gained body and stands on its own feet, under its enlargement (the figure of the most expressive language of the time). Now, as the most insignificant things, the results of the fluids and the cells gain proportion on her belly, the oversized works are simultaneously expanded in her oeuvre. The gigantesque takes the form of the sign of life.
We are therefore facing questions inherent to the century that is beginning and to the life which is renewed. We are hearing the strong voice of an artist who is constantly asking the same things: what are we to be, in the midst of this that we have inherited? It is not a new question; it is perhaps the overriding question of all the artists. However, this is certainly what makes them the intercessors through which we understand the dilemma of each anonymous being that each of us is.
Lucio Agra
Poet, essayist, performer, professor with the undergraduate course in Communication of Body Arts at PUC/SP. He has just published MONSTRUTIVISMO – reta e curva das vanguardas [Monstructivism – The Straight and Curved of the Vanguards] (ed. Perspectiva)
The artist is grateful to Paulo Mendel, Leandro Costa, Pablo Vieira, Daniel Chaia and Carolina Ghidetti
“Castelo da Areia” consiste numa conseqüência de 103 fotografias em que cada imagem de 17 por 25 centímetros está fixada a exatos 3 centímetros da outra. O visitante demandará um certo tempo para percorrê-la, numa experiência semelhante a um filme cujas imagens se sucedem por justaposição. Como elas estão juntas, cada imagem será influenciada pela anterior e daquela que vem logo adiante. A seqüência de fotos apresenta uma jovem ( a artista) que se senta na praia bem junto ao mar, no ponto em que as ondas se desfazem em películas finas e em brilho suave, deixando-se rapidamente absorver pela areia escura dura e escurecida, em pequeniníssimos poros e estreitas aberturas, dessas que deitam bolhas para fora, indicando as pequenas cavernas existentes mais abaixo habitadas por criaturas miúdas. Vestida com uma roupa preta que contrasta com sua pele branca, e com tons de azul que vem do mar e do céu, ela começa a escavar com as mãos torrões de areia escura, para empilhá-los aos poucos, formando uma construção periclitante, um castelo que o mar não cessa de derreter desde a base, com a constância de suas ondas leves que o contornam com rapidez e que vão e que vem. Há algo de infantil nisso tudo e qualquer um reconhecerá nesse enlevo uma manhã distante, porém, como se houvesse chegado ao seu objetivo, a artista interrompe a construção, põe-se de pé para, em seguida, destruir tudo com chutes. Feito isso, ela se desloca para o lado, senta-se, e começa tudo de novo, realiza mais um castelo, mais uma construção arenosa e insegura que igualmente será destrída. A rotina – já se adivinha – irá prosseguir ininterruptamente.
Quer pela idade ou pelo fato de haver saído em dezembro último do Curso de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado, Lia Chaia é uma jovem artista. O que torna ainda mais surpreendente a clareza de suas proposições, que esta seqüência fotográfica é exemplar. O trabalho evoca desencanto, algo de insatisfação, de gestos cujos produtos são incessantemente negados, impressão reforçada pelo ritmo e indiferença da beira mar. Mas não é exatamente isso: a contemplação dos outros trabalhos leva à conclusão que o que há é o exame atento, crítico, das possibilidades do corpo. Considerando-se o valor que a sociedade dá ao gesto do artista, consagrando-o como reduto do virtuosismo, o autor de gestos capazes de fundar mundos, o conjunto de trabalhos apresentados – a seqüência fotográfica, mais 4 vídeos – desmonta criteriosamente essa noção. E o curioso é que, à exemplo daquela que já foi comentada, toma seu próprio corpo como território de investigação. O que faz com que os trabalhos sejam, a um só tempo, os registros de performances realizadas pela artista.
“Big Bang” é um vídeo de curta duração. Uma bexiga vai sendo paulatinamente enchida pela artista até o ponto em que se julga próxima a estourar, em que a película plástica distende-se e já quase não suporta o esforço do ar soprado para dentro dela. Aí então ela é totalmente esvaziada, e o processo, tal como em “Castelo de Areia”, recomeça. Do gesto de um ao sopro do outro, a artista varia de uma dimensão tangível para outra quase intangível. A respiração, convém lembrar, é motor de tudo. E o ar que se expulsou pela boca é o mesmo que entrou pelas narinas, apenas que alterado pela passagem e acomodação nos alvéolos pulmonares. E é esse dado, o ar que expelimos como substância modificada e a favor da vida, que a bexiga inflada tornou visível.
“Desenho-corpo” tem a duração exata da performance. Durante 51 minutos a artista desenha sobre seu próprio corpo com uma caneta esferográfica de cor vermelha, o tempo que a caneta pressionada sobre a textura da pele demora a acabar. Aqui o próprio corpo transforma-se em alvo da expressão, o suporte a ser obsessivamente velado, encoberto por uma rede capilar de linhas vermelhas, como o sangue que velozmente percorre as veias, linhas ocas por onde flui o impulso vital. Voltando-se sobre si, num movimento de introjeção, a expressão da artista reflui para dentro, da ponta dos dedos para a superfície do corpo.
Durante longos 60 minutos, “Desorientações” vai minando a estabilidade do corpo do espectador. O filme consiste na simples projeção da imagem de uma linha de horizonte marítimo; uma linha oscilante cuja contemplação continuada termina por colocar em risco a verticalidade do corpo de quem assiste. A artista sabe da reciprocidade entre aquele que vê e aquilo que é visto. A contemplação do mundo oferece-nos escoras, balizas que nos amparam em nossa circulação. A estabilidade física não está em nós mas nas coisas à nossa volta, razão pela qual é freqüente sertirmo-nos em movimento quando é o carro que está ao lado, e não o nosso, que arranca para frente.
Depois de proceder a uma análise da relação do corpo com o entorno, colocando-o em relação com uma linha horizontal distante e instável, “Um.bigo” brinca com a noção do umbigo como centro do mundo, trazendo o próprio mundo para junto do centro do corpo. É de fato uma versão miniaturizada do globo terrestre que está preso num colar batendo no umbigo da artista enquanto ela dança. Dotada de um agudo senso crítico sobre o ego geral dos artistas, durante uma hora a dança prosseguirá juntando sensual e divertidamente o artista do mundo. Uma receita irônica para todos aqueles, artistas ou não, que narcisicamente querem saciar sua ânsia de reconhecimento pelo mundo.