Em sua quinta individual na Galeria Vermelho, Nulo ou em Branco, Marcelo Cidade apresenta trabalhos que dão continuidade a sua pesquisa entorno da tensão entre o público e o privado e a observação do comportamento humano dentro dessa bifurcação. Os trabalhos reunidos propõem intersecções espaciais e temporais que se relacionam com politicas sociais e, assim, com o lugar do corpo, sendo ativados pela presença ou pela ausência de pessoas em relação às obras.
Em sua quinta individual na Galeria Vermelho, Nulo ou em Branco, Marcelo Cidade apresenta trabalhos que dão continuidade a sua pesquisa entorno da tensão entre o público e o privado e a observação do comportamento humano dentro dessa bifurcação. Os trabalhos reunidos propõem intersecções espaciais e temporais que se relacionam com politicas sociais e, assim, com o lugar do corpo, sendo ativados pela presença ou pela ausência de pessoas em relação às obras.
Na fachada da Vermelho está a instalação Ocitarcomed, 2016, que soletra de maneira invertida e espelhada a palavra democrático, utilizando garras de proteção de muros para construir cada letra. A tipografia faz alusão às letras utilizadas por pichadores nas ruas e funcionam, assim, como códigos cifrados, de leitura desafiadora. Marcelo Cidade tece um comentário sobre o atual status da democracia brasileira como algo deformado e impreciso.
Variáveis
Garras de proteção de muro
Foto Edouard FraipontNa fachada da Vermelho está a instalação Ocitarcomed, 2016, que soletra de maneira invertida e espelhada a palavra democrático, utilizando garras de proteção de muros para construir cada letra. A tipografia faz alusão às letras utilizadas por pichadores nas ruas e funcionam, assim, como códigos cifrados, de leitura desafiadora. Marcelo Cidade tece um comentário sobre o atual status da democracia brasileira como algo deformado e impreciso.
Em Confortável Conformismo, Cidade trabalha com instruções que devem ser seguidas pelo organizador, pelo curador, pelo produtor, ou por qualquer outra pessoa relacionada à exposição da qual a obra fará parte. Em sete passos, o artista descreve como um colchão de molas deve ser encontrado abandonado pelas ruas da cidade em que o trabalho será mostrado, para que em seguida seja queimado e relocado ao espaço expositivo em um ângulo de 90 graus com a parede. A apresentação faz menção a obra Sem título (Double Amber Bed), de 1991, de Rachel Whiteread, aonde a artista pretendia comentar a vida dos moradores de rua de Londres no inicio da década de 1990, trazendo para o interior da galeria um objeto de uso cotidiano das ruas.
Ao se desvincular dos processos de produção da obra (para além da concepção), Cidade abre espaço para que o acaso prevaleça.
112 x 136 x 86,5 cm
Estrutura de colchão de mola queimada
Foto Edouard FraipontEm Confortável Conformismo, Cidade trabalha com instruções que devem ser seguidas pelo organizador, pelo curador, pelo produtor, ou por qualquer outra pessoa relacionada à exposição da qual a obra fará parte. Em sete passos, o artista descreve como um colchão de molas deve ser encontrado abandonado pelas ruas da cidade em que o trabalho será mostrado, para que em seguida seja queimado e relocado ao espaço expositivo em um ângulo de 90 graus com a parede. A apresentação faz menção a obra Sem título (Double Amber Bed), de 1991, de Rachel Whiteread, aonde a artista pretendia comentar a vida dos moradores de rua de Londres no inicio da década de 1990, trazendo para o interior da galeria um objeto de uso cotidiano das ruas.
Ao se desvincular dos processos de produção da obra (para além da concepção), Cidade abre espaço para que o acaso prevaleça.
As instruções são:
1) a produção desta obra não depende do artista, podendo ser executada tanto pelo curador, pelo produtor, ou por qualquer pessoa que faça parte ou não da organização da exposição em que a peça será mostrada.
2) o colchão que compõe a obra deve ser de molas, com estrutura em ferro.
3) o colchão deve ser encontrado nas ruas da cidade aonde a peça será mostrada, não podendo, assim, ser comprado novo ou usado.
4) como este objeto será encontrado, a obra final não tem uma forma fixa.
5) a queima pode ser feita da maneira mais segura possível. Sugiro, assim, que a mesma seja feita ao ar livre, utilizando álcool ou gasolina.
6) depois da queima, a estrutura física de ferro e molas deve ficar aparente.
7) depois de fria, a estrutura deve ser deslocada para o espaço expositivo e instalada dobrada em um angulo de 45 graus entre chão e parede.
As instruções são:
1) a produção desta obra não depende do artista, podendo ser executada tanto pelo curador, pelo produtor, ou por qualquer pessoa que faça parte ou não da organização da exposição em que a peça será mostrada.
2) o colchão que compõe a obra deve ser de molas, com estrutura em ferro.
3) o colchão deve ser encontrado nas ruas da cidade aonde a peça será mostrada, não podendo, assim, ser comprado novo ou usado.
4) como este objeto será encontrado, a obra final não tem uma forma fixa.
5) a queima pode ser feita da maneira mais segura possível. Sugiro, assim, que a mesma seja feita ao ar livre, utilizando álcool ou gasolina.
6) depois da queima, a estrutura física de ferro e molas deve ficar aparente.
7) depois de fria, a estrutura deve ser deslocada para o espaço expositivo e instalada dobrada em um angulo de 45 graus entre chão e parede.
As instruções são:
1) a produção desta obra não depende do artista, podendo ser executada tanto pelo curador, pelo produtor, ou por qualquer pessoa que faça parte ou não da organização da exposição em que a peça será mostrada.
2) o colchão que compõe a obra deve ser de molas, com estrutura em ferro.
3) o colchão deve ser encontrado nas ruas da cidade aonde a peça será mostrada, não podendo, assim, ser comprado novo ou usado.
4) como este objeto será encontrado, a obra final não tem uma forma fixa.
5) a queima pode ser feita da maneira mais segura possível. Sugiro, assim, que a mesma seja feita ao ar livre, utilizando álcool ou gasolina.
6) depois da queima, a estrutura física de ferro e molas deve ficar aparente.
7) depois de fria, a estrutura deve ser deslocada para o espaço expositivo e instalada dobrada em um angulo de 45 graus entre chão e parede.
As instruções são:
1) a produção desta obra não depende do artista, podendo ser executada tanto pelo curador, pelo produtor, ou por qualquer pessoa que faça parte ou não da organização da exposição em que a peça será mostrada.
2) o colchão que compõe a obra deve ser de molas, com estrutura em ferro.
3) o colchão deve ser encontrado nas ruas da cidade aonde a peça será mostrada, não podendo, assim, ser comprado novo ou usado.
4) como este objeto será encontrado, a obra final não tem uma forma fixa.
5) a queima pode ser feita da maneira mais segura possível. Sugiro, assim, que a mesma seja feita ao ar livre, utilizando álcool ou gasolina.
6) depois da queima, a estrutura física de ferro e molas deve ficar aparente.
7) depois de fria, a estrutura deve ser deslocada para o espaço expositivo e instalada dobrada em um angulo de 45 graus entre chão e parede.
179 x 403 x 205 cm
Caibro, cabo de aço revestido e jornal (The New York Times, 18/06/2015)
Foto Edouard Fraipont65,3 x 38 x 11 cm
Caixa de ferro, usada para misturar cimento por trabalhadores da construção civil
Foto Edouard Fraipont325 x 68,5 x 9 cm
Suportes para lâmpadas fluorescentes
Foto Edouard Fraipontdigital print pasted on the wall and hand-painted fabric banner
impressão digital colada em parede e faixa de tecido pintada à mão
digital print pasted on the wall and hand-painted fabric banner
Cidade utilizou as tradicionais cabines de votação brasileiras para elaborar a obra que da titulo a exposição. Construída a partir de cortes e dobras em folhas de papelão, tal e qual as cabines oficiais, a cabine de Cidade foi revestida em cimento, formando uma espécie de “bunker” para o eleitor realizar sua escolha em segredo. No trabalho, o gesto democrático de escolha de um candidato que melhor represente os valores de cada um se torna uma experiência que carece de proteção e segurança.
166 x 120 x 79 cm
Mesa escolar, papelão e cimento
Foto Edouard FraipontCidade utilizou as tradicionais cabines de votação brasileiras para elaborar a obra que da titulo a exposição. Construída a partir de cortes e dobras em folhas de papelão, tal e qual as cabines oficiais, a cabine de Cidade foi revestida em cimento, formando uma espécie de “bunker” para o eleitor realizar sua escolha em segredo. No trabalho, o gesto democrático de escolha de um candidato que melhor represente os valores de cada um se torna uma experiência que carece de proteção e segurança.
101 x 370 x 10 cm
Suportes para lâmpadas fluorescentes
Foto Edouard Fraipont119,5 x 160 x 25,5 cm
Compensado naval, prego, parafuso e cimento
Foto Edouard FraipontNa série Corpo mole, Cidade envolve caixas de papelão com a materialidade típica das edificações – o cimento – e destaca, assim, a permanência do aparato como algo intangível pelo poder publico e profícuo para aqueles que deste dependem. O papelão esteve muito presente em recentes noticias sobre a cidade de São Paulo e o processo de higienização social conduzido pelos poderes estadual e municipal que a cidade vem observando. Em uma série de ações conduzidas recentemente pela polícia, sob o comando dos poderes acima citados, os moradores de rua foram proibidos de acumular papelões e tiveram esses materiais confiscados.
39 x 53,5 cm
Papelão e cimento
Foto Edouard FraipontNa série Corpo mole, Cidade envolve caixas de papelão com a materialidade típica das edificações – o cimento – e destaca, assim, a permanência do aparato como algo intangível pelo poder publico e profícuo para aqueles que deste dependem. O papelão esteve muito presente em recentes noticias sobre a cidade de São Paulo e o processo de higienização social conduzido pelos poderes estadual e municipal que a cidade vem observando. Em uma série de ações conduzidas recentemente pela polícia, sob o comando dos poderes acima citados, os moradores de rua foram proibidos de acumular papelões e tiveram esses materiais confiscados.
Na série A___________ social, de 2015, Marcelo Cidade apresenta imagens colecionadas a partir da internet em que figuram tentativas de invasão a domicílios. Nas imagens, salteadores inábeis aparecem presos em elementos arquitetônicos como janelas, chaminés e grades. Junto a cada imagem reproduzida em serigrafia, Cidade acrescenta aforismos retirados do texto Arquitectura social, três olhares críticos, de Luís Santiago Baptista, Joaquim Moreno e
Fredy Massad, aonde os autores articulam aspectos essenciais das relações e implicações da arquitetura social num mundo em crise e conflito. Cidade, finalmente, retira o termo “Arquitetura Social” de cada axioma, deixando em seu lugar uma linha, como que a ser preenchida pelo observador.
75 x 60 cm
Serigrafia sobre compensado de madeira
Foto Edouard FraipontNa série A___________ social, de 2015, Marcelo Cidade apresenta imagens colecionadas a partir da internet em que figuram tentativas de invasão a domicílios. Nas imagens, salteadores inábeis aparecem presos em elementos arquitetônicos como janelas, chaminés e grades. Junto a cada imagem reproduzida em serigrafia, Cidade acrescenta aforismos retirados do texto Arquitectura social, três olhares críticos, de Luís Santiago Baptista, Joaquim Moreno e
Fredy Massad, aonde os autores articulam aspectos essenciais das relações e implicações da arquitetura social num mundo em crise e conflito. Cidade, finalmente, retira o termo “Arquitetura Social” de cada axioma, deixando em seu lugar uma linha, como que a ser preenchida pelo observador.
Na série Corpo mole, Cidade envolve caixas de papelão com a materialidade típica das edificações – o cimento – e destaca, assim, a permanência do aparato como algo intangível pelo poder publico e profícuo para aqueles que deste dependem. O papelão esteve muito presente em recentes noticias sobre a cidade de São Paulo e o processo de higienização social conduzido pelos poderes estadual e municipal que a cidade vem observando. Em uma série de ações conduzidas recentemente pela polícia, sob o comando dos poderes acima citados, os moradores de rua foram proibidos de acumular papelões e tiveram esses materiais confiscados.
73 x 206 x 1 cm
Papelão e cimento
Foto Edouard FraipontNa série Corpo mole, Cidade envolve caixas de papelão com a materialidade típica das edificações – o cimento – e destaca, assim, a permanência do aparato como algo intangível pelo poder publico e profícuo para aqueles que deste dependem. O papelão esteve muito presente em recentes noticias sobre a cidade de São Paulo e o processo de higienização social conduzido pelos poderes estadual e municipal que a cidade vem observando. Em uma série de ações conduzidas recentemente pela polícia, sob o comando dos poderes acima citados, os moradores de rua foram proibidos de acumular papelões e tiveram esses materiais confiscados.
Na série Corpo mole, Cidade envolve caixas de papelão com a materialidade típica das edificações – o cimento – e destaca, assim, a permanência do aparato como algo intangível pelo poder publico e profícuo para aqueles que deste dependem. O papelão esteve muito presente em recentes noticias sobre a cidade de São Paulo e o processo de higienização social conduzido pelos poderes estadual e municipal que a cidade vem observando. Em uma série de ações conduzidas recentemente pela polícia, sob o comando dos poderes acima citados, os moradores de rua foram proibidos de acumular papelões e tiveram esses materiais confiscados.
87 x 62 x 92 cm
Papelão e cimento
Foto Edouard FraipontNa série Corpo mole, Cidade envolve caixas de papelão com a materialidade típica das edificações – o cimento – e destaca, assim, a permanência do aparato como algo intangível pelo poder publico e profícuo para aqueles que deste dependem. O papelão esteve muito presente em recentes noticias sobre a cidade de São Paulo e o processo de higienização social conduzido pelos poderes estadual e municipal que a cidade vem observando. Em uma série de ações conduzidas recentemente pela polícia, sob o comando dos poderes acima citados, os moradores de rua foram proibidos de acumular papelões e tiveram esses materiais confiscados.
Na série A___________ social, de 2015, Marcelo Cidade apresenta imagens colecionadas a partir da internet em que figuram tentativas de invasão a domicílios. Nas imagens, salteadores inábeis aparecem presos em elementos arquitetônicos como janelas, chaminés e grades. Junto a cada imagem reproduzida em serigrafia, Cidade acrescenta aforismos retirados do texto Arquitectura social, três olhares críticos, de Luís Santiago Baptista, Joaquim Moreno e
Fredy Massad, aonde os autores articulam aspectos essenciais das relações e implicações da arquitetura social num mundo em crise e conflito. Cidade, finalmente, retira o termo “Arquitetura Social” de cada axioma, deixando em seu lugar uma linha, como que a ser preenchida pelo observador.
75 x 60 cm
Serigrafia sobre compensado de madeira
Foto Edouard FraipontNa série A___________ social, de 2015, Marcelo Cidade apresenta imagens colecionadas a partir da internet em que figuram tentativas de invasão a domicílios. Nas imagens, salteadores inábeis aparecem presos em elementos arquitetônicos como janelas, chaminés e grades. Junto a cada imagem reproduzida em serigrafia, Cidade acrescenta aforismos retirados do texto Arquitectura social, três olhares críticos, de Luís Santiago Baptista, Joaquim Moreno e
Fredy Massad, aonde os autores articulam aspectos essenciais das relações e implicações da arquitetura social num mundo em crise e conflito. Cidade, finalmente, retira o termo “Arquitetura Social” de cada axioma, deixando em seu lugar uma linha, como que a ser preenchida pelo observador.
Na série Corpo mole, Cidade envolve caixas de papelão com a materialidade típica das edificações – o cimento – e destaca, assim, a permanência do aparato como algo intangível pelo poder publico e profícuo para aqueles que deste dependem. O papelão esteve muito presente em recentes noticias sobre a cidade de São Paulo e o processo de higienização social conduzido pelos poderes estadual e municipal que a cidade vem observando. Em uma série de ações conduzidas recentemente pela polícia, sob o comando dos poderes acima citados, os moradores de rua foram proibidos de acumular papelões e tiveram esses materiais confiscados.
101 x 143 x 5 cm
Papelão e cimento
Foto Edouard FraipontNa série Corpo mole, Cidade envolve caixas de papelão com a materialidade típica das edificações – o cimento – e destaca, assim, a permanência do aparato como algo intangível pelo poder publico e profícuo para aqueles que deste dependem. O papelão esteve muito presente em recentes noticias sobre a cidade de São Paulo e o processo de higienização social conduzido pelos poderes estadual e municipal que a cidade vem observando. Em uma série de ações conduzidas recentemente pela polícia, sob o comando dos poderes acima citados, os moradores de rua foram proibidos de acumular papelões e tiveram esses materiais confiscados.
75 x 60 cm
Serigrafia sobre compensado de madeira Foto Edouard Fraipont [:pt]Na série A___________ social, de 2015, Marcelo Cidade apresenta imagens colecionadas a partir da internet em que figuram tentativas de invasão a domicílios. Nas imagens, salteadores inábeis aparecem presos em elementos arquitetônicos como janelas, chaminés e grades. Junto a cada imagem reproduzida em serigrafia, Cidade acrescenta aforismos retirados do texto Arquitectura social, três olhares críticos, de Luís Santiago Baptista, Joaquim Moreno e Fredy Massad, aonde os autores articulam aspectos essenciais das relações e implicações da arquitetura social num mundo em crise e conflito. Cidade, finalmente, retira o termo “Arquitetura Social” de cada axioma, deixando em seu lugar uma linha, como que a ser preenchida pelo observador.[:en]In the A___________ social series, from 2015, Marcelo Cidade presents images gathered from the Internet showing household break-in attempts. In the images, haphazard burglars are seen stuck in bits of architecture such as windows, chimneys and fences. Along every serigraphed image, Cidade adds aphorisms from the Arquitectura social, três olhares críticos [Social architecture: three critical perspectives] paper, by Luís Santiago Baptista, Joaquim Moreno and Fredy Massad, in which the authors relate essential aspects of relationships and the implications of social architecture in a world fraught with crisis and conflict. Finally, Cidade removes the term “Arquitetura Social” from each axiom, replacing it with a continuous underline, as if waiting for the observer to fill in the gap.[:]