Leia o texto completo de Miguel Chaia aqui
Contratempo apresenta uma série de novos trabalhos criados a partir de 2012, que se desdobram em desenhos, fotografias, esculturas, vídeo e instalações. A princípio distintas, essas obras tecem entre si um único discurso que reafirma a questão do conflito entre natureza e civilização, tema recorrente na obra da artista. O corpo surge mais uma vez como elemento questionador das obrigatoriedades do cotidiano.
Vulnerável às múltiplas indicações de direção, Contratempo revela o individuo acuado em busca de saídas. Essa ideia aparece na instalação Curva de Jardim, 2013, criada por Chaia para a fachada da Vermelho, e que reaparece miniaturizada na sala 2 da galeria. Criada com módulos de ferro dobrado, montados lado a lado formando uma cerca, Curva de Jardim restringe a mobilidade dos visitantes, determinando, portanto, seu deslocamento e apreensão da exposição como um todo.
Conteúdo semelhante aparece em Lança, 2013. Instalada no hall de entrada da galeria, a colagem reproduz grades de ferro na forma de lanças pontiagudas. Chaia emprega o desenho original desses objetos, normalmente utilizadas em casas e edifícios como forma de proteção contra presenças nem sempre bem vindas, com o objetivo de questionar sua eficiência.
No caso de Alambrado, 2011-2013, que emprega telas de proteção também utilizadas para proteger propriedades, a trama de arame e a dureza do metal transformam-se em uma rede maleável. Assim, a função da tela protetora, cuja função é excluir é colocada em questão.
A percepção aguçada de Chaia do caótico cenário urbano ressurge em Escrita, 2013. A instalação, composta por fios elétricos manipulados pela artista, lembra pichações típicas da cidade de São Paulo. Fios elétricos reaparecem na série de fotografias Fiação, 2012-2013. Sobre essas imagens fotográficas que lembram os “gatos” de qualquer poste da cidade de São Paulo, Chaia apresenta imagens de um céu cinza, rasuradas com ponta seca e cortadas por fiações elétricas. Essa série possui uma luz soturna e enfatiza o vazio e a fragilidade do cenário urbano.
Na obra Folha-leito, 2013, a fotografia é utilizada como instrumento documental, criando um comentário sobre a passagem do tempo que aponta para a transitoriedade do humano e do orgânico. Já em Quadrada, 2013, folhas verdes perdem seus contornos orgânicos, adquirindo ângulos retos, indicando a versatilidade inata de todo organismo em se adequar a lógica da convivência.
A queda, 2013, recupera a imagem das folhas caídas e esparramadas pelo chão. Para cria-la, Chaia fotografou o processo de deterioração das folhas, ou seja, a passagem das folhas verdes para folhas secas.
Completa a individual o vídeo Aleph, 2013. Captado numa das várias regiões áridas da cidade de São Paulo, o vídeo sobrepõe centro e periferia, e aparece numa pequena esfera de vidro que desliza no braço de uma mulher.
No seu fazer artístico, Lia Chaia opera com paradoxos, sendo relevante aquele que reúne potência poética e visão trágica do mundo. Rearticulando constantemente seus temas e priorizando novas pesquisas de linguagem, Lia Chaia, lança um olhar crítico e ao mesmo tempo poético sobre as circunstâncias atuais.
Leia o texto completo de Miguel Chaia aqui
Contratempo apresenta uma série de novos trabalhos criados a partir de 2012, que se desdobram em desenhos, fotografias, esculturas, vídeo e instalações. A princípio distintas, essas obras tecem entre si um único discurso que reafirma a questão do conflito entre natureza e civilização, tema recorrente na obra da artista. O corpo surge mais uma vez como elemento questionador das obrigatoriedades do cotidiano.
Vulnerável às múltiplas indicações de direção, Contratempo revela o individuo acuado em busca de saídas. Essa ideia aparece na instalação Curva de Jardim, 2013, criada por Chaia para a fachada da Vermelho, e que reaparece miniaturizada na sala 2 da galeria. Criada com módulos de ferro dobrado, montados lado a lado formando uma cerca, Curva de Jardim restringe a mobilidade dos visitantes, determinando, portanto, seu deslocamento e apreensão da exposição como um todo.
Conteúdo semelhante aparece em Lança, 2013. Instalada no hall de entrada da galeria, a colagem reproduz grades de ferro na forma de lanças pontiagudas. Chaia emprega o desenho original desses objetos, normalmente utilizadas em casas e edifícios como forma de proteção contra presenças nem sempre bem vindas, com o objetivo de questionar sua eficiência.
No caso de Alambrado, 2011-2013, que emprega telas de proteção também utilizadas para proteger propriedades, a trama de arame e a dureza do metal transformam-se em uma rede maleável. Assim, a função da tela protetora, cuja função é excluir é colocada em questão.
A percepção aguçada de Chaia do caótico cenário urbano ressurge em Escrita, 2013. A instalação, composta por fios elétricos manipulados pela artista, lembra pichações típicas da cidade de São Paulo. Fios elétricos reaparecem na série de fotografias Fiação, 2012-2013. Sobre essas imagens fotográficas que lembram os “gatos” de qualquer poste da cidade de São Paulo, Chaia apresenta imagens de um céu cinza, rasuradas com ponta seca e cortadas por fiações elétricas. Essa série possui uma luz soturna e enfatiza o vazio e a fragilidade do cenário urbano.
Na obra Folha-leito, 2013, a fotografia é utilizada como instrumento documental, criando um comentário sobre a passagem do tempo que aponta para a transitoriedade do humano e do orgânico. Já em Quadrada, 2013, folhas verdes perdem seus contornos orgânicos, adquirindo ângulos retos, indicando a versatilidade inata de todo organismo em se adequar a lógica da convivência.
A queda, 2013, recupera a imagem das folhas caídas e esparramadas pelo chão. Para cria-la, Chaia fotografou o processo de deterioração das folhas, ou seja, a passagem das folhas verdes para folhas secas.
Completa a individual o vídeo Aleph, 2013. Captado numa das várias regiões áridas da cidade de São Paulo, o vídeo sobrepõe centro e periferia, e aparece numa pequena esfera de vidro que desliza no braço de uma mulher.
No seu fazer artístico, Lia Chaia opera com paradoxos, sendo relevante aquele que reúne potência poética e visão trágica do mundo. Rearticulando constantemente seus temas e priorizando novas pesquisas de linguagem, Lia Chaia, lança um olhar crítico e ao mesmo tempo poético sobre as circunstâncias atuais.
Dimensões variáveis
aço
Foto Edouard FraipontEm Lança, a agressiva grade de ferro na forma de lanças pontiagudas utilizada como proteção de espaços agora se apresenta na sua virtualidade sem a eficiência proveniente da sua dura matéria. Além do mais, as lanças estão quebradas ou torcidas, indícios de que os espaços por elas protegidos já foram invadidos. O alerta é simbólico, o controle também passa pela mente, não apenas pela carne.
Dimensões variáveis
Papel contact sobre parede
Foto Edouard FraipontEm Lança, a agressiva grade de ferro na forma de lanças pontiagudas utilizada como proteção de espaços agora se apresenta na sua virtualidade sem a eficiência proveniente da sua dura matéria. Além do mais, as lanças estão quebradas ou torcidas, indícios de que os espaços por elas protegidos já foram invadidos. O alerta é simbólico, o controle também passa pela mente, não apenas pela carne.
Em Lança, a agressiva grade de ferro na forma de lanças pontiagudas utilizada como proteção de espaços agora se apresenta na sua virtualidade sem a eficiência proveniente da sua dura matéria. Além do mais, as lanças estão quebradas ou torcidas, indícios de que os espaços por elas protegidos já foram invadidos. O alerta é simbólico, o controle também passa pela mente, não apenas pela carne.
dimensões variáveis
Papel contact sobre parede
Foto Edouard FraipontEm Lança, a agressiva grade de ferro na forma de lanças pontiagudas utilizada como proteção de espaços agora se apresenta na sua virtualidade sem a eficiência proveniente da sua dura matéria. Além do mais, as lanças estão quebradas ou torcidas, indícios de que os espaços por elas protegidos já foram invadidos. O alerta é simbólico, o controle também passa pela mente, não apenas pela carne.
Na série fotográfica Quadrada, as imagens das folhas perderam seus contornos naturais e orgânicos e ganharam formas retangulares, com predomínio de ângulos e linhas retas. A natureza continua viva, mas sob nova formatação, indicando o distanciamento da natureza original e a presença de uma outra natureza, bem mais próxima da forma gerada pela crescente racionalização. A lógica técnica se esparrama, torna-se planetária, sem limites – estamos frente a um novo princípio de criação da vida.
60 x 60 cm
Impressão com tinta pigmentada sobre papel
Foto ReproduçãoNa série fotográfica Quadrada, as imagens das folhas perderam seus contornos naturais e orgânicos e ganharam formas retangulares, com predomínio de ângulos e linhas retas. A natureza continua viva, mas sob nova formatação, indicando o distanciamento da natureza original e a presença de uma outra natureza, bem mais próxima da forma gerada pela crescente racionalização. A lógica técnica se esparrama, torna-se planetária, sem limites – estamos frente a um novo princípio de criação da vida.
Na série fotográfica Quadrada, as imagens das folhas perderam seus contornos naturais e orgânicos e ganharam formas retangulares, com predomínio de ângulos e linhas retas. A natureza continua viva, mas sob nova formatação, indicando o distanciamento da natureza original e a presença de uma outra natureza, bem mais próxima da forma gerada pela crescente racionalização. A lógica técnica se esparrama, torna-se planetária, sem limites – estamos frente a um novo princípio de criação da vida.
60 x 60 cm
Impressão com tinta pigmentada sobre papel
Foto ReproduçãoNa série fotográfica Quadrada, as imagens das folhas perderam seus contornos naturais e orgânicos e ganharam formas retangulares, com predomínio de ângulos e linhas retas. A natureza continua viva, mas sob nova formatação, indicando o distanciamento da natureza original e a presença de uma outra natureza, bem mais próxima da forma gerada pela crescente racionalização. A lógica técnica se esparrama, torna-se planetária, sem limites – estamos frente a um novo princípio de criação da vida.
Como consequência de uma condição urbana de frágil estruturação, a fiação elétrica se solta em pedaços ou sobras. Lia Chaia apropria-se desse material descartado e constrói o trabalho Escrita. Ele é composto por vários pedaços de cabos elétricos, grossos e resistentes, que sofreram torções e se encaixam em conjuntos que lembram garatujas ou pichações urbanas. Pequenos e complexos poemas visuais negros, criados pela articulação de diferentes unidades circulares. Esse trabalho se apresenta como desenhos tridimensionais, grafismos que cortam o ar. Ele também goza da mutabilidade, podendo ser manipulado, adquirindo novas formas à medida do seu manuseio.
Dimensões variáveis
Cabos de força dobrados e torcidos
Foto Edouard FraipontComo consequência de uma condição urbana de frágil estruturação, a fiação elétrica se solta em pedaços ou sobras. Lia Chaia apropria-se desse material descartado e constrói o trabalho Escrita. Ele é composto por vários pedaços de cabos elétricos, grossos e resistentes, que sofreram torções e se encaixam em conjuntos que lembram garatujas ou pichações urbanas. Pequenos e complexos poemas visuais negros, criados pela articulação de diferentes unidades circulares. Esse trabalho se apresenta como desenhos tridimensionais, grafismos que cortam o ar. Ele também goza da mutabilidade, podendo ser manipulado, adquirindo novas formas à medida do seu manuseio.
Como consequência de uma condição urbana de frágil estruturação, a fiação elétrica se solta em pedaços ou sobras. Lia Chaia apropria-se desse material descartado e constrói o trabalho Escrita. Ele é composto por vários pedaços de cabos elétricos, grossos e resistentes, que sofreram torções e se encaixam em conjuntos que lembram garatujas ou pichações urbanas. Pequenos e complexos poemas visuais negros, criados pela articulação de diferentes unidades circulares. Esse trabalho se apresenta como desenhos tridimensionais, grafismos que cortam o ar. Ele também goza da mutabilidade, podendo ser manipulado, adquirindo novas formas à medida do seu manuseio.
dimensões variáveis
Cabos de força dobrados e torcidos
Foto Edouard FraipontComo consequência de uma condição urbana de frágil estruturação, a fiação elétrica se solta em pedaços ou sobras. Lia Chaia apropria-se desse material descartado e constrói o trabalho Escrita. Ele é composto por vários pedaços de cabos elétricos, grossos e resistentes, que sofreram torções e se encaixam em conjuntos que lembram garatujas ou pichações urbanas. Pequenos e complexos poemas visuais negros, criados pela articulação de diferentes unidades circulares. Esse trabalho se apresenta como desenhos tridimensionais, grafismos que cortam o ar. Ele também goza da mutabilidade, podendo ser manipulado, adquirindo novas formas à medida do seu manuseio.
A instalação A Queda recupera a imagem poética das folhas caídas e esparramadas pelo chão, mas efetivamente Lia Chaia nos faz defrontar com a mudança de situação e do estado da matéria. A representação se dá pela passagem das folhas verdes para folhas secas, desfalecidas, recortadas e costuradas umas às outras pelo ato civilizatório do tecer. A matéria orgânica da vegetação é substituída pela inerte materialidade do carpete cinza sintético. A instalação refere-se ao tombamento da árvore, considerada como símbolo do ser vivente que foi abatida, para tratar de uma 2ª natureza, isto é, de uma mutação da matéria, da substituição do natural pelo artificial.
Dimensões variáveis
Carpete e costura
Foto Edouard FraipontA instalação A Queda recupera a imagem poética das folhas caídas e esparramadas pelo chão, mas efetivamente Lia Chaia nos faz defrontar com a mudança de situação e do estado da matéria. A representação se dá pela passagem das folhas verdes para folhas secas, desfalecidas, recortadas e costuradas umas às outras pelo ato civilizatório do tecer. A matéria orgânica da vegetação é substituída pela inerte materialidade do carpete cinza sintético. A instalação refere-se ao tombamento da árvore, considerada como símbolo do ser vivente que foi abatida, para tratar de uma 2ª natureza, isto é, de uma mutação da matéria, da substituição do natural pelo artificial.
Para realizar o vídeo Aleph, Lia Chaia procurou um pedaço árido da cidade de São Paulo que fosse muito parecido com outras metrópoles do mundo e um exemplo de um tipo insalubre de urbanização que extinguiu a vegetação. A vastidão urbana, que sobrepõe centro e periferia, foi sintetizada numa pequena esfera de vidro, produto da engenharia industrial. O vídeo retoma Jorge Luis Borges e faz a civilização urbana convergir para um único ponto, uma pequena e transparente esfera de vidro que passa a conter toda a Cosmópolis. Nesse trabalho, a cidade é colocada de cabeça para baixo. O som do vídeo remete para a alta tecnologia, como se fosse um mantra estranho à voz humana. Agora, o grande cenário da história é a urbes. Entretanto a esfera desliza em um braço de uma entidade feminina, recuperando aspectos mitológicos muitas vezes presentes na sua obra.
2’50”
Vídeo – cor e som
Foto Edouard FraipontPara realizar o vídeo Aleph, Lia Chaia procurou um pedaço árido da cidade de São Paulo que fosse muito parecido com outras metrópoles do mundo e um exemplo de um tipo insalubre de urbanização que extinguiu a vegetação. A vastidão urbana, que sobrepõe centro e periferia, foi sintetizada numa pequena esfera de vidro, produto da engenharia industrial. O vídeo retoma Jorge Luis Borges e faz a civilização urbana convergir para um único ponto, uma pequena e transparente esfera de vidro que passa a conter toda a Cosmópolis. Nesse trabalho, a cidade é colocada de cabeça para baixo. O som do vídeo remete para a alta tecnologia, como se fosse um mantra estranho à voz humana. Agora, o grande cenário da história é a urbes. Entretanto a esfera desliza em um braço de uma entidade feminina, recuperando aspectos mitológicos muitas vezes presentes na sua obra.
“1. Para realizar o vídeo “Aleph”, Lia Chaia procurou um pedaço árido da cidade de São Paulo que fosse muito parecido com outras metrópoles do mundo e um exemplo de um tipo insalubre de urbanização que extinguiu a vegetação. A vastidão urbana, que sobrepõe centro e periferia, foi sintetizada numa pequena esfera de vidro, produto da engenharia industrial.
[…]
14. O vídeo “Aleph” retoma Jorge Luis Borges e faz a civilização urbana convergir para um único ponto, uma pequena e transparente esfera de vidro que passa a conter toda a Cosmópolis. Nesse trabalho, a cidade é colocada de cabeça para baixo. O som do vídeo remete para a alta tecnologia, como se fosse um mantra estranho à voz humana. Agora, o grande cenário da história é a urbis. Entretanto a esfera desliza em um braço de uma entidade feminina, recuperando aspectos mitológicos muitas vezes presentes na sua obra, como no vídeo “Minhocão”, 2006, e também na fotomontagem ”Presa predador”, 2008.”
Trecho de “O social liricamente colocado” – Miguel Chaia, 2013, para a exposição “Contratempo” na Galeria Vermelho, São Paulo, Brasil, 2013.
2'50''
video 16:9 – cor e som
Foto Video still“1. Para realizar o vídeo “Aleph”, Lia Chaia procurou um pedaço árido da cidade de São Paulo que fosse muito parecido com outras metrópoles do mundo e um exemplo de um tipo insalubre de urbanização que extinguiu a vegetação. A vastidão urbana, que sobrepõe centro e periferia, foi sintetizada numa pequena esfera de vidro, produto da engenharia industrial.
[…]
14. O vídeo “Aleph” retoma Jorge Luis Borges e faz a civilização urbana convergir para um único ponto, uma pequena e transparente esfera de vidro que passa a conter toda a Cosmópolis. Nesse trabalho, a cidade é colocada de cabeça para baixo. O som do vídeo remete para a alta tecnologia, como se fosse um mantra estranho à voz humana. Agora, o grande cenário da história é a urbis. Entretanto a esfera desliza em um braço de uma entidade feminina, recuperando aspectos mitológicos muitas vezes presentes na sua obra, como no vídeo “Minhocão”, 2006, e também na fotomontagem ”Presa predador”, 2008.”
Trecho de “O social liricamente colocado” – Miguel Chaia, 2013, para a exposição “Contratempo” na Galeria Vermelho, São Paulo, Brasil, 2013.
Em Mulher Seiva confluem as formas e imagens da folha, da cadeia de moléculas de DNA e do arabesco do símbolo do ‘Infinito’. Aí está resumido o corpo humano no seu elemento primordial e na (im)possibilidade de futura permanência. Essas fitas desenhadas e recortadas pela artista tanto podem se aglutinar, configurando a silhueta humana, quanto podem se esparramar em pequenos nichos pelo espaço, como se fossem nascedouros de corpos.
107 x 197 cm
Papel vegetal sobre foamboard
Foto Edouard FraipontEm Mulher Seiva confluem as formas e imagens da folha, da cadeia de moléculas de DNA e do arabesco do símbolo do ‘Infinito’. Aí está resumido o corpo humano no seu elemento primordial e na (im)possibilidade de futura permanência. Essas fitas desenhadas e recortadas pela artista tanto podem se aglutinar, configurando a silhueta humana, quanto podem se esparramar em pequenos nichos pelo espaço, como se fossem nascedouros de corpos.
Os tridimensionais “Curvas de Jardim” e a fachada são construídos por módulos de vergalhões de ferro dobrados, conhecidos como ‘Curvas de jardins’. Essas peças são colocadas lado a lado até formarem uma cerca baixa que restringe a mobilidade das pessoas. Paradoxalmente, a lógica técnica cria belas formas, abauladas, harmoniosas, que parecem ir contra o sentido de sua funcionalidade original
200 x 200 x 38 cm
Escultura em ferro fundido
Foto Edouard FraipontOs tridimensionais “Curvas de Jardim” e a fachada são construídos por módulos de vergalhões de ferro dobrados, conhecidos como ‘Curvas de jardins’. Essas peças são colocadas lado a lado até formarem uma cerca baixa que restringe a mobilidade das pessoas. Paradoxalmente, a lógica técnica cria belas formas, abauladas, harmoniosas, que parecem ir contra o sentido de sua funcionalidade original
A série fotográfica de “Folha-Leito” marca a passagem do tempo, simbolizada na sequência começo-meio-fim. A vida é um ciclo que se desenvolve persistentemente, como a chama de uma vela que se apaga, no dizer de William Shakespeare, em Macbeth. Esse trabalho trata da vitalidade que desaparece, da inevitável impermanência. O humano e o orgânico são transitórios. “Folha-Leito” traz imagens de dezenas de folhas que sofreram a ação do tempo, colocadas lado a lado até tomar a forma de uma grande folha. A forma de cada unidade é reproduzida na forma maior, ou seja, cada unidade se vê repetida no geral. Assim, cada folha aparece como metáfora do indivíduo e o conjunto geral como metáfora da sociedade. Nesse trabalho, tanto pessoas quanto o coletivo cumprem um ciclo de vida e morte, de auge e decadência. Entretanto, ao final de um período de tempo, algumas folhas teimam em viver, insistem na persistência da vida.
124 x 86 cm - políptico composto por 5 peças
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Awagami Kozo Thick White 110 gr
Foto Edouard FraipontA série fotográfica de “Folha-Leito” marca a passagem do tempo, simbolizada na sequência começo-meio-fim. A vida é um ciclo que se desenvolve persistentemente, como a chama de uma vela que se apaga, no dizer de William Shakespeare, em Macbeth. Esse trabalho trata da vitalidade que desaparece, da inevitável impermanência. O humano e o orgânico são transitórios. “Folha-Leito” traz imagens de dezenas de folhas que sofreram a ação do tempo, colocadas lado a lado até tomar a forma de uma grande folha. A forma de cada unidade é reproduzida na forma maior, ou seja, cada unidade se vê repetida no geral. Assim, cada folha aparece como metáfora do indivíduo e o conjunto geral como metáfora da sociedade. Nesse trabalho, tanto pessoas quanto o coletivo cumprem um ciclo de vida e morte, de auge e decadência. Entretanto, ao final de um período de tempo, algumas folhas teimam em viver, insistem na persistência da vida.
A série fotográfica de “Folha-Leito” marca a passagem do tempo, simbolizada na sequência começo-meio-fim. A vida é um ciclo que se desenvolve persistentemente, como a chama de uma vela que se apaga, no dizer de William Shakespeare, em Macbeth. Esse trabalho trata da vitalidade que desaparece, da inevitável impermanência. O humano e o orgânico são transitórios. “Folha-Leito” traz imagens de dezenas de folhas que sofreram a ação do tempo, colocadas lado a lado até tomar a forma de uma grande folha. A forma de cada unidade é reproduzida na forma maior, ou seja, cada unidade se vê repetida no geral. Assim, cada folha aparece como metáfora do indivíduo e o conjunto geral como metáfora da sociedade. Nesse trabalho, tanto pessoas quanto o coletivo cumprem um ciclo de vida e morte, de auge e decadência. Entretanto, ao final de um período de tempo, algumas folhas teimam em viver, insistem na persistência da vida.
124 x 86 cm - políptico composto por 5 peças
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Awagami Kozo Thick White 110 gr
Foto Edouard FraipontA série fotográfica de “Folha-Leito” marca a passagem do tempo, simbolizada na sequência começo-meio-fim. A vida é um ciclo que se desenvolve persistentemente, como a chama de uma vela que se apaga, no dizer de William Shakespeare, em Macbeth. Esse trabalho trata da vitalidade que desaparece, da inevitável impermanência. O humano e o orgânico são transitórios. “Folha-Leito” traz imagens de dezenas de folhas que sofreram a ação do tempo, colocadas lado a lado até tomar a forma de uma grande folha. A forma de cada unidade é reproduzida na forma maior, ou seja, cada unidade se vê repetida no geral. Assim, cada folha aparece como metáfora do indivíduo e o conjunto geral como metáfora da sociedade. Nesse trabalho, tanto pessoas quanto o coletivo cumprem um ciclo de vida e morte, de auge e decadência. Entretanto, ao final de um período de tempo, algumas folhas teimam em viver, insistem na persistência da vida.
Em Alambrado, a origem da instalação encontra-se na tela de proteção utilizada largamente na cidade para proteger propriedades. A trama de arame e a dureza do metal transformam-se em uma rede maleável que se agarra à parede ou se esparrama pelo chão. Um emaranhado de tela protetora, cuja função era excluir, impedir, separar. Entretanto, o poder de cerceamento é colocado em questão, pois a tela é frágil e possui partes rasgadas e rupturas, indicando tentativas para romper o cerco.
225 x 215 cm
Carpete e cabos
Foto Edouard FraipontEm Alambrado, a origem da instalação encontra-se na tela de proteção utilizada largamente na cidade para proteger propriedades. A trama de arame e a dureza do metal transformam-se em uma rede maleável que se agarra à parede ou se esparrama pelo chão. Um emaranhado de tela protetora, cuja função era excluir, impedir, separar. Entretanto, o poder de cerceamento é colocado em questão, pois a tela é frágil e possui partes rasgadas e rupturas, indicando tentativas para romper o cerco.
Em Alambrado, a origem da instalação encontra-se na tela de proteção utilizada largamente na cidade para proteger propriedades. A trama de arame e a dureza do metal transformam-se em uma rede maleável que se agarra à parede ou se esparrama pelo chão. Um emaranhado de tela protetora, cuja função era excluir, impedir, separar. Entretanto, o poder de cerceamento é colocado em questão, pois a tela é frágil e possui partes rasgadas e rupturas, indicando tentativas para romper o cerco.
225 x 215 cm
Carpete e cabos
Foto Edouard FraipontEm Alambrado, a origem da instalação encontra-se na tela de proteção utilizada largamente na cidade para proteger propriedades. A trama de arame e a dureza do metal transformam-se em uma rede maleável que se agarra à parede ou se esparrama pelo chão. Um emaranhado de tela protetora, cuja função era excluir, impedir, separar. Entretanto, o poder de cerceamento é colocado em questão, pois a tela é frágil e possui partes rasgadas e rupturas, indicando tentativas para romper o cerco.
Feita com desenho e fios sobre fotografia, a série apresenta um céu agora cinza, rasurado e cortado por fiações elétricas. Essa série possui uma luz soturna e enfatiza o vazio e a fragilidade do cenário urbano. Os condutores que seriam as veias para manter pulsante a cidade foram apagados, estão desativados e soltos no ar. Estamos frente a uma situação que indica estar ocorrendo danificações no ambiente urbano.
67 x 90 cm
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Epson Premium Luster 260 gr, raspagem com ponta seca e cabos
Foto Edouard FraipontFeita com desenho e fios sobre fotografia, a série apresenta um céu agora cinza, rasurado e cortado por fiações elétricas. Essa série possui uma luz soturna e enfatiza o vazio e a fragilidade do cenário urbano. Os condutores que seriam as veias para manter pulsante a cidade foram apagados, estão desativados e soltos no ar. Estamos frente a uma situação que indica estar ocorrendo danificações no ambiente urbano.
Feita com desenho e fios sobre fotografia, a série apresenta um céu agora cinza, rasurado e cortado por fiações elétricas. Essa série possui uma luz soturna e enfatiza o vazio e a fragilidade do cenário urbano. Os condutores que seriam as veias para manter pulsante a cidade foram apagados, estão desativados e soltos no ar. Estamos frente a uma situação que indica estar ocorrendo danificações no ambiente urbano.
67 x 90 cm
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Epson Premium Luster 260 gr, raspagem com ponta seca e cabos
Foto Edouard FraipontFeita com desenho e fios sobre fotografia, a série apresenta um céu agora cinza, rasurado e cortado por fiações elétricas. Essa série possui uma luz soturna e enfatiza o vazio e a fragilidade do cenário urbano. Os condutores que seriam as veias para manter pulsante a cidade foram apagados, estão desativados e soltos no ar. Estamos frente a uma situação que indica estar ocorrendo danificações no ambiente urbano.
Feita com desenho e fios sobre fotografia, a série apresenta um céu agora cinza, rasurado e cortado por fiações elétricas. Essa série possui uma luz soturna e enfatiza o vazio e a fragilidade do cenário urbano. Os condutores que seriam as veias para manter pulsante a cidade foram apagados, estão desativados e soltos no ar. Estamos frente a uma situação que indica estar ocorrendo danificações no ambiente urbano.
67 x 90 cm
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Epson Premium Luster 260 gr, raspagem com ponta seca e cabos
Foto Edouard FraipontFeita com desenho e fios sobre fotografia, a série apresenta um céu agora cinza, rasurado e cortado por fiações elétricas. Essa série possui uma luz soturna e enfatiza o vazio e a fragilidade do cenário urbano. Os condutores que seriam as veias para manter pulsante a cidade foram apagados, estão desativados e soltos no ar. Estamos frente a uma situação que indica estar ocorrendo danificações no ambiente urbano.