Em Pulso, sua sétima individual na Vermelho, Lia Chaia reflete sobre o corpo humano sob duas óticas: a situação do corpo frente às pressões originadas pela sociedade e o afastamento gradativo da relação homem- natureza. Embora tais tensões perpassem toda sua obra, a artista detém-se agora nas especificidades que compõem o organismo humano como sinal da vitalidade, enfatizando o aspecto pulsante do corpo.
Assim, em Pôster (2017), Lia Chaia parte de mapas de anatomia humana típicos de livros de medicina, nos quais o corpo é padronizado e estruturado dentro de uma fisiologia esquemática, e interfere sobre eles com elementos que lembram células sanguíneas ou órgãos humanos. As “células” escapam o traçado dos mapas, refletindo o imponderável da compreensão da morfologia humana.
Em Articulações (2017), as mesmas partículas sanguíneas surgem por cima de telas de nylon cinza, delimitando perímetros que evocam corpos humanos. Há aí um jogo de inversões; os glóbulos e plaquetas que se mantém no interior do corpo, percorrendo seu perímetro e estrutura, se tornam superfície, e as telas de nylon (conhecidas como fachadeiras), comumente usadas para proteger edificações em construção – como peles – se tornam estrutura. A série faz referência ao corpo humano fragilizado e mutável da contemporaneidade.
Cabeças (2017) são cubos sobrepostos a bases que simulam o porte de Chaia. Os cubos, com seus emaranhados de cabos e fios elétricos, rompem com a perfeição esperada da forma geométrica. Os cabos pendentes sugerem veias expostas que escorrem até o chão.
O vídeo Faces (2016) enquadra um humano multifacetado. O recurso das máscaras que se sucedem aponta para o estado que é ao mesmo tempo alheado e atento na sociedade atual. Com Faces, Lia Chaia volta a colocar o próprio corpo em performance para a câmera de vídeo.
No embate entre o urbano e o natural, a sobrevivência depende da permanência e proteção da pele feita do natural, como se vê em Tiras (2017). Ou da capacidade e insistência em trocar a própria pele para suportar tal embate.
Em Camuflagem (2017), duas fotografias apresentam corpos fundidos com a paisagem natural. As imagens combinam o humano com o ambiente natural em uma unidade orgânica.
Ainda compõem a exposição, obras que tratam da circulação em um ambiente hibrido, natural e urbano ao mesmo tempo, como na instalação sonora Assobio (2017). No áudio, um som corriqueiro de rua marca um caminhar despretensioso. Trata- se de instalação que se esparrama pelo espaço da galeria.
Em Pulso, sua sétima individual na Vermelho, Lia Chaia reflete sobre o corpo humano sob duas óticas: a situação do corpo frente às pressões originadas pela sociedade e o afastamento gradativo da relação homem- natureza. Embora tais tensões perpassem toda sua obra, a artista detém-se agora nas especificidades que compõem o organismo humano como sinal da vitalidade, enfatizando o aspecto pulsante do corpo.
Assim, em Pôster (2017), Lia Chaia parte de mapas de anatomia humana típicos de livros de medicina, nos quais o corpo é padronizado e estruturado dentro de uma fisiologia esquemática, e interfere sobre eles com elementos que lembram células sanguíneas ou órgãos humanos. As “células” escapam o traçado dos mapas, refletindo o imponderável da compreensão da morfologia humana.
Em Articulações (2017), as mesmas partículas sanguíneas surgem por cima de telas de nylon cinza, delimitando perímetros que evocam corpos humanos. Há aí um jogo de inversões; os glóbulos e plaquetas que se mantém no interior do corpo, percorrendo seu perímetro e estrutura, se tornam superfície, e as telas de nylon (conhecidas como fachadeiras), comumente usadas para proteger edificações em construção – como peles – se tornam estrutura. A série faz referência ao corpo humano fragilizado e mutável da contemporaneidade.
Cabeças (2017) são cubos sobrepostos a bases que simulam o porte de Chaia. Os cubos, com seus emaranhados de cabos e fios elétricos, rompem com a perfeição esperada da forma geométrica. Os cabos pendentes sugerem veias expostas que escorrem até o chão.
O vídeo Faces (2016) enquadra um humano multifacetado. O recurso das máscaras que se sucedem aponta para o estado que é ao mesmo tempo alheado e atento na sociedade atual. Com Faces, Lia Chaia volta a colocar o próprio corpo em performance para a câmera de vídeo.
No embate entre o urbano e o natural, a sobrevivência depende da permanência e proteção da pele feita do natural, como se vê em Tiras (2017). Ou da capacidade e insistência em trocar a própria pele para suportar tal embate.
Em Camuflagem (2017), duas fotografias apresentam corpos fundidos com a paisagem natural. As imagens combinam o humano com o ambiente natural em uma unidade orgânica.
Ainda compõem a exposição, obras que tratam da circulação em um ambiente hibrido, natural e urbano ao mesmo tempo, como na instalação sonora Assobio (2017). No áudio, um som corriqueiro de rua marca um caminhar despretensioso. Trata- se de instalação que se esparrama pelo espaço da galeria.