A Sala Antonio exibe o novo filme da dupla Dias & Riedweg “O Avesso do Céu”, que teve pré-estreia durante o IX DOBRA – Festival Internacional de Cinema Experimental, em 2023.
“O Avesso do Céu” foi filmado na Reserva do Javarí, região amazônica situada na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. O trabalho tem como tema a reversão da fé individual em religião, documentando os métodos de conversão praticados por algumas igrejas neopentecostais, cuja ação busca atingir até os últimos povos tradicionais que habitam a região, e que não tiveram contato com o homem branco. O vídeo documenta o processo, que se repete por séculos, sempre financiado pelo extrativismo.
Segundo Dias & Riedweg, “a fé é um poder de cada indivíduo para relacionar-se com sua existência, mas a religião pode surgir como um elemento colonizador dessa fé”.
Esse processo de colonização pela fé estabelece uma nova identidade coletiva. A chegada desses missionários é o início da perda de identidade e da transformação da cultura indígena em um novo contexto cristão, sem lastro de melhorias na qualidade de vida desse povo – ao contrário, permitindo que doenças invadam as aldeias. A ação das igrejas é como um dispositivo que desvia a atenção e justifica a exploração de territórios tradicionais fundamentais para a sobrevivência desses povos e de toda a vida no globo.
A Sala Antonio exibe o novo filme da dupla Dias & Riedweg “O Avesso do Céu”, que teve pré-estreia durante o IX DOBRA – Festival Internacional de Cinema Experimental, em 2023.
“O Avesso do Céu” foi filmado na Reserva do Javarí, região amazônica situada na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. O trabalho tem como tema a reversão da fé individual em religião, documentando os métodos de conversão praticados por algumas igrejas neopentecostais, cuja ação busca atingir até os últimos povos tradicionais que habitam a região, e que não tiveram contato com o homem branco. O vídeo documenta o processo, que se repete por séculos, sempre financiado pelo extrativismo.
Segundo Dias & Riedweg, “a fé é um poder de cada indivíduo para relacionar-se com sua existência, mas a religião pode surgir como um elemento colonizador dessa fé”.
Esse processo de colonização pela fé estabelece uma nova identidade coletiva. A chegada desses missionários é o início da perda de identidade e da transformação da cultura indígena em um novo contexto cristão, sem lastro de melhorias na qualidade de vida desse povo – ao contrário, permitindo que doenças invadam as aldeias. A ação das igrejas é como um dispositivo que desvia a atenção e justifica a exploração de territórios tradicionais fundamentais para a sobrevivência desses povos e de toda a vida no globo.
Inteiramente filmado na Reserva Javarí, no extremo oeste da floresta amazônica, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, O Avesso do Céu foca na conversão massivamente praticada pelos neopentecostais entre os últimos povos indígenas recém-contatados no continente, presentes nessa região e as graves consequências para o meio ambiente.
O processo é antigo e vem se repetindo há séculos: igrejas recebem recursos de interesses privados e predatórios para lançar missões de evangelização entre os indígenas e, assim, iniciar a exploração comercial do território, por meio da extração ilegal de madeira, minérios, fauna, pesca e flora de regiões oficialmente demarcadas como reserva indígena preservada. Essas missões desestabilizam o equilíbrio natural de regiões inteiras e alteram ou exterminam o modus vivendi dos habitantes originais dessas terras.
A câmera navega pelo remoto rio Javari, partindo de um tradicional ritual de iniciação entre uma família Ticuna no Alto Solimões, documenta uma fábrica de madeira consideravelmente grande, mas ilegal, em suas margens e chega à surpreendente comunidade cristã recém-criada de Nova Jerusalém.
O cataclismo que vemos com a chegada dos missionários é apenas o início de uma perda total de identidade e da transformação da cultura indígena em um contexto cristão doentio e miserável que, de fato, beira a loucura.
“A “Palavra de Deus”, espalhada como uma praga pelos neopentecostais de hoje em dia, não apenas “abre caminhos e move montanhas”, mas também erradica formas originais de vida e cultura. Se a fé é um poder de cada indivíduo para se relacionar com sua existência, a religião surge como um elemento colonizador dessa fé, manifestando-se como um novo território de identidade alterada.”
– Dias & Riedweg
38'14''
Vídeo 4K – cor e som
Foto still do vídeoInteiramente filmado na Reserva Javarí, no extremo oeste da floresta amazônica, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, O Avesso do Céu foca na conversão massivamente praticada pelos neopentecostais entre os últimos povos indígenas recém-contatados no continente, presentes nessa região e as graves consequências para o meio ambiente.
O processo é antigo e vem se repetindo há séculos: igrejas recebem recursos de interesses privados e predatórios para lançar missões de evangelização entre os indígenas e, assim, iniciar a exploração comercial do território, por meio da extração ilegal de madeira, minérios, fauna, pesca e flora de regiões oficialmente demarcadas como reserva indígena preservada. Essas missões desestabilizam o equilíbrio natural de regiões inteiras e alteram ou exterminam o modus vivendi dos habitantes originais dessas terras.
A câmera navega pelo remoto rio Javari, partindo de um tradicional ritual de iniciação entre uma família Ticuna no Alto Solimões, documenta uma fábrica de madeira consideravelmente grande, mas ilegal, em suas margens e chega à surpreendente comunidade cristã recém-criada de Nova Jerusalém.
O cataclismo que vemos com a chegada dos missionários é apenas o início de uma perda total de identidade e da transformação da cultura indígena em um contexto cristão doentio e miserável que, de fato, beira a loucura.
“A “Palavra de Deus”, espalhada como uma praga pelos neopentecostais de hoje em dia, não apenas “abre caminhos e move montanhas”, mas também erradica formas originais de vida e cultura. Se a fé é um poder de cada indivíduo para se relacionar com sua existência, a religião surge como um elemento colonizador dessa fé, manifestando-se como um novo território de identidade alterada.”
– Dias & Riedweg
Inteiramente filmado na Reserva Javarí, no extremo oeste da floresta amazônica, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, O Avesso do Céu foca na conversão massivamente praticada pelos neopentecostais entre os últimos povos indígenas recém-contatados no continente, presentes nessa região e as graves consequências para o meio ambiente.
O processo é antigo e vem se repetindo há séculos: igrejas recebem recursos de interesses privados e predatórios para lançar missões de evangelização entre os indígenas e, assim, iniciar a exploração comercial do território, por meio da extração ilegal de madeira, minérios, fauna, pesca e flora de regiões oficialmente demarcadas como reserva indígena preservada. Essas missões desestabilizam o equilíbrio natural de regiões inteiras e alteram ou exterminam o modus vivendi dos habitantes originais dessas terras.
A câmera navega pelo remoto rio Javari, partindo de um tradicional ritual de iniciação entre uma família Ticuna no Alto Solimões, documenta uma fábrica de madeira consideravelmente grande, mas ilegal, em suas margens e chega à surpreendente comunidade cristã recém-criada de Nova Jerusalém.
O cataclismo que vemos com a chegada dos missionários é apenas o início de uma perda total de identidade e da transformação da cultura indígena em um contexto cristão doentio e miserável que, de fato, beira a loucura.
“A “Palavra de Deus”, espalhada como uma praga pelos neopentecostais de hoje em dia, não apenas “abre caminhos e move montanhas”, mas também erradica formas originais de vida e cultura. Se a fé é um poder de cada indivíduo para se relacionar com sua existência, a religião surge como um elemento colonizador dessa fé, manifestando-se como um novo território de identidade alterada.”
– Dias & Riedweg
38'14''
Vídeo 4K – cor e som
Foto still do vídeoInteiramente filmado na Reserva Javarí, no extremo oeste da floresta amazônica, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, O Avesso do Céu foca na conversão massivamente praticada pelos neopentecostais entre os últimos povos indígenas recém-contatados no continente, presentes nessa região e as graves consequências para o meio ambiente.
O processo é antigo e vem se repetindo há séculos: igrejas recebem recursos de interesses privados e predatórios para lançar missões de evangelização entre os indígenas e, assim, iniciar a exploração comercial do território, por meio da extração ilegal de madeira, minérios, fauna, pesca e flora de regiões oficialmente demarcadas como reserva indígena preservada. Essas missões desestabilizam o equilíbrio natural de regiões inteiras e alteram ou exterminam o modus vivendi dos habitantes originais dessas terras.
A câmera navega pelo remoto rio Javari, partindo de um tradicional ritual de iniciação entre uma família Ticuna no Alto Solimões, documenta uma fábrica de madeira consideravelmente grande, mas ilegal, em suas margens e chega à surpreendente comunidade cristã recém-criada de Nova Jerusalém.
O cataclismo que vemos com a chegada dos missionários é apenas o início de uma perda total de identidade e da transformação da cultura indígena em um contexto cristão doentio e miserável que, de fato, beira a loucura.
“A “Palavra de Deus”, espalhada como uma praga pelos neopentecostais de hoje em dia, não apenas “abre caminhos e move montanhas”, mas também erradica formas originais de vida e cultura. Se a fé é um poder de cada indivíduo para se relacionar com sua existência, a religião surge como um elemento colonizador dessa fé, manifestando-se como um novo território de identidade alterada.”
– Dias & Riedweg
Inteiramente filmado na Reserva Javarí, no extremo oeste da floresta amazônica, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, O Avesso do Céu foca na conversão massivamente praticada pelos neopentecostais entre os últimos povos indígenas recém-contatados no continente, presentes nessa região e as graves consequências para o meio ambiente.
O processo é antigo e vem se repetindo há séculos: igrejas recebem recursos de interesses privados e predatórios para lançar missões de evangelização entre os indígenas e, assim, iniciar a exploração comercial do território, por meio da extração ilegal de madeira, minérios, fauna, pesca e flora de regiões oficialmente demarcadas como reserva indígena preservada. Essas missões desestabilizam o equilíbrio natural de regiões inteiras e alteram ou exterminam o modus vivendi dos habitantes originais dessas terras.
A câmera navega pelo remoto rio Javari, partindo de um tradicional ritual de iniciação entre uma família Ticuna no Alto Solimões, documenta uma fábrica de madeira consideravelmente grande, mas ilegal, em suas margens e chega à surpreendente comunidade cristã recém-criada de Nova Jerusalém.
O cataclismo que vemos com a chegada dos missionários é apenas o início de uma perda total de identidade e da transformação da cultura indígena em um contexto cristão doentio e miserável que, de fato, beira a loucura.
“A “Palavra de Deus”, espalhada como uma praga pelos neopentecostais de hoje em dia, não apenas “abre caminhos e move montanhas”, mas também erradica formas originais de vida e cultura. Se a fé é um poder de cada indivíduo para se relacionar com sua existência, a religião surge como um elemento colonizador dessa fé, manifestando-se como um novo território de identidade alterada.”
– Dias & Riedweg
38'14''
Vídeo 4K – cor e som
Foto still do vídeoInteiramente filmado na Reserva Javarí, no extremo oeste da floresta amazônica, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, O Avesso do Céu foca na conversão massivamente praticada pelos neopentecostais entre os últimos povos indígenas recém-contatados no continente, presentes nessa região e as graves consequências para o meio ambiente.
O processo é antigo e vem se repetindo há séculos: igrejas recebem recursos de interesses privados e predatórios para lançar missões de evangelização entre os indígenas e, assim, iniciar a exploração comercial do território, por meio da extração ilegal de madeira, minérios, fauna, pesca e flora de regiões oficialmente demarcadas como reserva indígena preservada. Essas missões desestabilizam o equilíbrio natural de regiões inteiras e alteram ou exterminam o modus vivendi dos habitantes originais dessas terras.
A câmera navega pelo remoto rio Javari, partindo de um tradicional ritual de iniciação entre uma família Ticuna no Alto Solimões, documenta uma fábrica de madeira consideravelmente grande, mas ilegal, em suas margens e chega à surpreendente comunidade cristã recém-criada de Nova Jerusalém.
O cataclismo que vemos com a chegada dos missionários é apenas o início de uma perda total de identidade e da transformação da cultura indígena em um contexto cristão doentio e miserável que, de fato, beira a loucura.
“A “Palavra de Deus”, espalhada como uma praga pelos neopentecostais de hoje em dia, não apenas “abre caminhos e move montanhas”, mas também erradica formas originais de vida e cultura. Se a fé é um poder de cada indivíduo para se relacionar com sua existência, a religião surge como um elemento colonizador dessa fé, manifestando-se como um novo território de identidade alterada.”
– Dias & Riedweg
Inteiramente filmado na Reserva Javarí, no extremo oeste da floresta amazônica, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, O Avesso do Céu foca na conversão massivamente praticada pelos neopentecostais entre os últimos povos indígenas recém-contatados no continente, presentes nessa região e as graves consequências para o meio ambiente.
O processo é antigo e vem se repetindo há séculos: igrejas recebem recursos de interesses privados e predatórios para lançar missões de evangelização entre os indígenas e, assim, iniciar a exploração comercial do território, por meio da extração ilegal de madeira, minérios, fauna, pesca e flora de regiões oficialmente demarcadas como reserva indígena preservada. Essas missões desestabilizam o equilíbrio natural de regiões inteiras e alteram ou exterminam o modus vivendi dos habitantes originais dessas terras.
A câmera navega pelo remoto rio Javari, partindo de um tradicional ritual de iniciação entre uma família Ticuna no Alto Solimões, documenta uma fábrica de madeira consideravelmente grande, mas ilegal, em suas margens e chega à surpreendente comunidade cristã recém-criada de Nova Jerusalém.
O cataclismo que vemos com a chegada dos missionários é apenas o início de uma perda total de identidade e da transformação da cultura indígena em um contexto cristão doentio e miserável que, de fato, beira a loucura.
“A “Palavra de Deus”, espalhada como uma praga pelos neopentecostais de hoje em dia, não apenas “abre caminhos e move montanhas”, mas também erradica formas originais de vida e cultura. Se a fé é um poder de cada indivíduo para se relacionar com sua existência, a religião surge como um elemento colonizador dessa fé, manifestando-se como um novo território de identidade alterada.”
– Dias & Riedweg
38'14''
Vídeo 4K – cor e som
Foto still do vídeoInteiramente filmado na Reserva Javarí, no extremo oeste da floresta amazônica, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, O Avesso do Céu foca na conversão massivamente praticada pelos neopentecostais entre os últimos povos indígenas recém-contatados no continente, presentes nessa região e as graves consequências para o meio ambiente.
O processo é antigo e vem se repetindo há séculos: igrejas recebem recursos de interesses privados e predatórios para lançar missões de evangelização entre os indígenas e, assim, iniciar a exploração comercial do território, por meio da extração ilegal de madeira, minérios, fauna, pesca e flora de regiões oficialmente demarcadas como reserva indígena preservada. Essas missões desestabilizam o equilíbrio natural de regiões inteiras e alteram ou exterminam o modus vivendi dos habitantes originais dessas terras.
A câmera navega pelo remoto rio Javari, partindo de um tradicional ritual de iniciação entre uma família Ticuna no Alto Solimões, documenta uma fábrica de madeira consideravelmente grande, mas ilegal, em suas margens e chega à surpreendente comunidade cristã recém-criada de Nova Jerusalém.
O cataclismo que vemos com a chegada dos missionários é apenas o início de uma perda total de identidade e da transformação da cultura indígena em um contexto cristão doentio e miserável que, de fato, beira a loucura.
“A “Palavra de Deus”, espalhada como uma praga pelos neopentecostais de hoje em dia, não apenas “abre caminhos e move montanhas”, mas também erradica formas originais de vida e cultura. Se a fé é um poder de cada indivíduo para se relacionar com sua existência, a religião surge como um elemento colonizador dessa fé, manifestando-se como um novo território de identidade alterada.”
– Dias & Riedweg
Hans Staden nasceu na região de Kassel, na Alemanha, no século XVI. Um naufrágio o levou à costa do território que se tornaria o Brasil, onde foi capturado e mantido preso por índios tupinambás durante dois anos. Mais tarde, Staden publicaria o livro Warhaftige Historia (história verdadeira, em tradução livre), um relato ilustrado de suas aventuras que se tornou largamente responsável por infundir no imaginário europeu a imagem dos trópicos como um lugar infestado de canibais selvagens, alimentando um clichê que seria usado para legitimar a violência durante a colonização.
A partir de um comissionamento para a Documenta 12, em 2007, Dias & Riedweg reencenam o universo descrito no livro de Staden, infundindo-o com a estética do funk carioca, uma genuína expressão cultural das favelas do Rio. Na Documenta, o trabalho foi exibido como uma videoinstalação de três canais alternados com três superfícies espelhadas, criando, assim, uma arena que envolvia os visitantes num tipo de ritual antropofágico.
Na série Xilogravura, Dias & Riedweg reencenam as xilogravuras do capítulo XXIX do livro de Staden, que narram com detalhes a preparação de um banquete antropofágico. As imagens foram alegoricamente reconstruídas com funkeiros e fotografadas num churrasco de laje no alto do morro Santa Marta, no Rio de Janeiro.
160 x 135 x 10 cm
fotografia analógica impressa sobre papel Kodak Endura
Foto reproduçãoHans Staden nasceu na região de Kassel, na Alemanha, no século XVI. Um naufrágio o levou à costa do território que se tornaria o Brasil, onde foi capturado e mantido preso por índios tupinambás durante dois anos. Mais tarde, Staden publicaria o livro Warhaftige Historia (história verdadeira, em tradução livre), um relato ilustrado de suas aventuras que se tornou largamente responsável por infundir no imaginário europeu a imagem dos trópicos como um lugar infestado de canibais selvagens, alimentando um clichê que seria usado para legitimar a violência durante a colonização.
A partir de um comissionamento para a Documenta 12, em 2007, Dias & Riedweg reencenam o universo descrito no livro de Staden, infundindo-o com a estética do funk carioca, uma genuína expressão cultural das favelas do Rio. Na Documenta, o trabalho foi exibido como uma videoinstalação de três canais alternados com três superfícies espelhadas, criando, assim, uma arena que envolvia os visitantes num tipo de ritual antropofágico.
Na série Xilogravura, Dias & Riedweg reencenam as xilogravuras do capítulo XXIX do livro de Staden, que narram com detalhes a preparação de um banquete antropofágico. As imagens foram alegoricamente reconstruídas com funkeiros e fotografadas num churrasco de laje no alto do morro Santa Marta, no Rio de Janeiro.
Hans Staden nasceu na região de Kassel, na Alemanha, no século XVI. Um naufrágio o levou à costa do território que se tornaria o Brasil, onde foi capturado e mantido preso por índios tupinambás durante dois anos. Mais tarde, Staden publicaria o livro Warhaftige Historia (história verdadeira, em tradução livre), um relato ilustrado de suas aventuras que se tornou largamente responsável por infundir no imaginário europeu a imagem dos trópicos como um lugar infestado de canibais selvagens, alimentando um clichê que seria usado para legitimar a violência durante a colonização.
A partir de um comissionamento para a Documenta 12, em 2007, Dias & Riedweg reencenam o universo descrito no livro de Staden, infundindo-o com a estética do funk carioca, uma genuína expressão cultural das favelas do Rio. Na Documenta, o trabalho foi exibido como uma videoinstalação de três canais alternados com três superfícies espelhadas, criando, assim, uma arena que envolvia os visitantes num tipo de ritual antropofágico.
Na série Xilogravura, Dias & Riedweg reencenam as xilogravuras do capítulo XXIX do livro de Staden, que narram com detalhes a preparação de um banquete antropofágico. As imagens foram alegoricamente reconstruídas com funkeiros e fotografadas num churrasco de laje no alto do morro Santa Marta, no Rio de Janeiro.
160 x 135 x 10 cm
fotografia analógica impressa sobre papel Kodak Endura
Foto reproduçãoHans Staden nasceu na região de Kassel, na Alemanha, no século XVI. Um naufrágio o levou à costa do território que se tornaria o Brasil, onde foi capturado e mantido preso por índios tupinambás durante dois anos. Mais tarde, Staden publicaria o livro Warhaftige Historia (história verdadeira, em tradução livre), um relato ilustrado de suas aventuras que se tornou largamente responsável por infundir no imaginário europeu a imagem dos trópicos como um lugar infestado de canibais selvagens, alimentando um clichê que seria usado para legitimar a violência durante a colonização.
A partir de um comissionamento para a Documenta 12, em 2007, Dias & Riedweg reencenam o universo descrito no livro de Staden, infundindo-o com a estética do funk carioca, uma genuína expressão cultural das favelas do Rio. Na Documenta, o trabalho foi exibido como uma videoinstalação de três canais alternados com três superfícies espelhadas, criando, assim, uma arena que envolvia os visitantes num tipo de ritual antropofágico.
Na série Xilogravura, Dias & Riedweg reencenam as xilogravuras do capítulo XXIX do livro de Staden, que narram com detalhes a preparação de um banquete antropofágico. As imagens foram alegoricamente reconstruídas com funkeiros e fotografadas num churrasco de laje no alto do morro Santa Marta, no Rio de Janeiro.
O vídeo de 2008 mostra Maurício Dias e Walter Riedweg folheando o livro original do século XVI de Hans Staden, no qual o explorador narra suas aventuras e percalços em terras tropicais. O livro faz parte da biblioteca de Kassel, que emprestou o volume para a gravação do vídeo. Quando surgem as xilogravuras que ilustram a narrativa, trechos de vídeos de Dias & Riedweg se sobrepõem às imagens, criando uma interação entre a narrativa do invasor e a estética do funk carioca.
5'30" (loop)
vídeo monocanal – cor e som
Foto still do vídeoO vídeo de 2008 mostra Maurício Dias e Walter Riedweg folheando o livro original do século XVI de Hans Staden, no qual o explorador narra suas aventuras e percalços em terras tropicais. O livro faz parte da biblioteca de Kassel, que emprestou o volume para a gravação do vídeo. Quando surgem as xilogravuras que ilustram a narrativa, trechos de vídeos de Dias & Riedweg se sobrepõem às imagens, criando uma interação entre a narrativa do invasor e a estética do funk carioca.
O vídeo de 2008 mostra Maurício Dias e Walter Riedweg folheando o livro original do século XVI de Hans Staden, no qual o explorador narra suas aventuras e percalços em terras tropicais. O livro faz parte da biblioteca de Kassel, que emprestou o volume para a gravação do vídeo. Quando surgem as xilogravuras que ilustram a narrativa, trechos de vídeos de Dias & Riedweg se sobrepõem às imagens, criando uma interação entre a narrativa do invasor e a estética do funk carioca.
5'30" (loop)
vídeo monocanal – cor e som
Foto still do vídeoO vídeo de 2008 mostra Maurício Dias e Walter Riedweg folheando o livro original do século XVI de Hans Staden, no qual o explorador narra suas aventuras e percalços em terras tropicais. O livro faz parte da biblioteca de Kassel, que emprestou o volume para a gravação do vídeo. Quando surgem as xilogravuras que ilustram a narrativa, trechos de vídeos de Dias & Riedweg se sobrepõem às imagens, criando uma interação entre a narrativa do invasor e a estética do funk carioca.