227 x 309 cm
Placas de alumínio e adesivos em papel
Foto Filipe BerndtComposta por painéis de alumínio em diferentes tamanhos, as peças das obras da série Ato falho organizam em grade uma coleção de adesivos que oferecem serviços de reparo para portas metálicas.
Segundo Cidade, “Esses adesivos têm uma história particular, pois eu os colecionava. Eu passava pelas portas de aço da cidade, arrancava esses adesivos e depois fazia graffiti sobre as superfícies. Aí, eu me perguntei, por que não fazer um trabalho de composição que sugira uma decomposição? O que eu faço é decompor o trabalho da rua, o trabalho de alguém que foi lá e colou. Eu reorganizo os adesivos de maneira que eles se tornem visíveis, respeitando um formato de grade. Nesse caso, não uso réguas, mas componho o grid com o olho, um grid humano, um grid antropométrico em que há erro, há sujeira, há marca de dedos. As medidas não são exatamente perfeitas e iguais. Os próprios adesivos, por terem sido retirados do espaço público, são velhos, rasgados e sobrepostos. Nenhum deles é novo.”
Esse procedimento de colar adesivos nas portas oferecendo reparos, constitui um trabalho informal. Normalmente, o serviço é feito por crianças que saem de manhã pelas ruas do centro da São Paulo colando adesivos, numa ideia que repete a prática do graffiti. Quem anda pela cidade não percebe essa ação pois ela é engolida pela arquitetura. Na obra, não. Nela, os adesivos aparecem em primeiro plano.
113 x 154,5 cm
Placas de alumínio e adesivos em papel
Foto Filipe BerndtComposta por painéis de alumínio em diferentes tamanhos, as peças das obras da série Ato falho organizam em grade uma coleção de adesivos que oferecem serviços de reparo para portas metálicas.
Segundo Cidade, “Esses adesivos têm uma história particular, pois eu os colecionava. Eu passava pelas portas de aço da cidade, arrancava esses adesivos e depois fazia graffiti sobre as superfícies. Aí, eu me perguntei, por que não fazer um trabalho de composição que sugira uma decomposição? O que eu faço é decompor o trabalho da rua, o trabalho de alguém que foi lá e colou. Eu reorganizo os adesivos de maneira que eles se tornem visíveis, respeitando um formato de grade. Nesse caso, não uso réguas, mas componho o grid com o olho, um grid humano, um grid antropométrico em que há erro, há sujeira, há marca de dedos. As medidas não são exatamente perfeitas e iguais. Os próprios adesivos, por terem sido retirados do espaço público, são velhos, rasgados e sobrepostos. Nenhum deles é novo.”
Esse procedimento de colar adesivos nas portas oferecendo reparos, constitui um trabalho informal. Normalmente, o serviço é feito por crianças que saem de manhã pelas ruas do centro da São Paulo colando adesivos, numa ideia que repete a prática do graffiti. Quem anda pela cidade não percebe essa ação pois ela é engolida pela arquitetura. Na obra, não. Nela, os adesivos aparecem em primeiro plano.
133 x 155,5 x 9,5 cm
Fotografias, alfinetes, painel informativo feito em madeira, feltro, vidro e ferro
Foto Filipe BerndtEm Higienópolis (2022), Cidade colecionou imagens das lixeiras de prédios que ocupam as calçadas de Higienópolis, bairro de classe alta de São Paulo. As imagens foram captadas durante a pandemia, em caminhadas matinais, momento do dia em que essas lixeiras ainda estão vazias. As imagens foram feitas de costas para os edifícios. Então, o que se vê é a rua organizada pela grade da lixeira.
As imagens foram montadas em conjuntos de 30 fotos em quadros de aviso similares aos usados em condomínios para divulgação de informativos.
A série Higienópolis foi construída a partir de deslocamentos do artista pela cidade, um procedimento recorrente e importante na obra de Cidade.
220 x 105 x 8 cm
Chapa de aço galvanizado, tijolo, cimento, areia e lajota
Foto Filipe BerndtO eterno jogo dos opostos foi elaborada a partir da circulação de Cidade por São Paulo.
Nessas caminhadas, o artista recolheu pedaços de edificações tipicamente paulistanas, que sobram de processos de demolição. Os pedaços de entulho foram montados sobre tapumes de alumínio – que se relacionam com a divisória da imagem na fachada da galeria.
“Para mim interessa fazer o trajeto oposto, ou seja, trazer para a frente da obra o objeto ruína: o que foi destruído vale mais do que aquilo que é novo”, diz Cidade.
205 x 100 x 60 cm
Estrutura pré moldada em concreto
Foto Filipe BerndtAs esculturas da série Uma churrasqueira muito triste se apropriam de estruturas pré – moldadas para a construção de churrasqueiras. Cidade as reorganizou em formas que aludem a esculturas e monumentos públicos formalistas.
197,5 x 283,5 cm
Estante de ferro usada rearticulada
Foto Filipe BerndtEm Instante estante, Cidade planifica duas estantes de metal com muitos anos de uso, congelando o tempo e solenizando as marcas acumuladas sobre o objeto. Aqui, a deterioração se torna a imagem a ser preservada.
100 x 75 cm
Tinta acrílica sobre papel Fabriano Foto Ana Pigosso231,5 x 200 x 51 cm
Painel canaletado, suporte metálico, escapamento de carro
Foto Filipe BerndtParte da série ‘A retórica do poder’, em que Cidade se apropria das emblemáticas Black Paintings de Frank Stella como base formal para uma critica ao emprego da arte como estratégia de dominação. “Essas formas minimalistas já estão implícitas no nosso cotidiano, desde a arquitetura hostil, a bolsa de valores e as formas dos prédios espelhados. […]
As “Black Paintings’ poderiam ser feitas por um robô: todos pretos e repetitivos com formas geométricas totalitárias que te levam a perceber símbolos velados através do jogo geométrico”, diz Marcelo Cidade
Dimensões variáveis
15 módulos – blocos de concreto, canos de PVC, canos de ferro de viga metálica (originária de prédio modernista de 1950) e pintura com tinta látex cinza sobre parede
Foto Edouard FraipontMarcelo Cidade apropriou-se dos pedaços de canos ferrosos da substituição da prumada do prédio onde mora e os apresenta agora em Refluxo estrutural, 2019, em um exercício comparativo com os teoricamente mais avançados canos de pvc.
Sobre uma estrutura de blocos de concreto, Cidade contrapõe os dois materiais. Um olhar atento, no entanto, percebe os trincos feitos pelas marretas nos canos de ferro cuidadosamente reproduzidos nos canos de pvc. É esse gesto, que recorre a uma série de procedimentos tradicionais das artes, como a frottage (usada para transferir as marcas do ferro ao pvc) e ao entalhe (utilizado na reprodução em si), que chama a atenção ao paralelismo proposto pela obra.
A round around a round around a round around a round around a roundaround
Existe algo como uma barreira libertadora?
A obra de Marcelo Cidade para osloBIENNALEN é um portão giratório de grade de aço instalado sob a ponte Nylandsbrua. O portão gira em seu eixo, uma barra no centro, e se assemelha a uma porta giratória operada manualmente. A área abaixo da ponte Nylandsbrua – um local notório de atividades obscuras – separa a área de Grønland do resto da cidade.
Grønland sempre foi um distrito com identidade própria. Agora é famosa por sua população imigrante de origem principalmente muçulmana. Na década de 1840, Grønland estava situada fora dos limites da cidade, caracterizada pela prostituição, alcoolismo e pequenos crimes, de modo que as autoridades da cidade propuseram tornar a área uma “cidade livre”. Foi aqui que surgiram as primeiras epidemias de cólera e onde o Exército de Salvação foi estabelecido pela primeira vez na Noruega. Desta forma, a fronteira entre Grønland e o resto da cidade tem uma longa história e é fortemente sentida pelos cidadãos.
A obra de Cidade nos lembra que os políticos têm o poder de erguer barreiras e portões entre áreas desejáveis e indesejáveis, portões que podem fechar as pessoas para fora – ou para dentro. , brinque com ele. Aqui, é a população que tem o poder.
(texto do website de osloBIENNALEN, 2019)
188 x 114,5 x 5,4 cm
Escultura em ferro pintada com esmalte sintético à base de água
Foto Edouard FraipontNa obra ‘Escala disciplinar’, 2019, Marcelo Cidade utiliza os espetos anti-moradores de rua como parte de uma pesquisa tipológica sobre os métodos da ‘Arquitetura hostil’. Partindo da estatura média do brasileiro, Cidade organiza uma coleção desses dispositivos com referência aos tradicionais cortes (ou vistas) apresentados em projetos arquitetônicos: vista frontal, vista lateral e detalhe. Ao unir a linguagem de projeto à escala humana, Cidade devolve ao humano a disfunção ocasionada por dispositivos da ‘Arquitetura hostil’.
“Tenho percebido o uso desses elementos em diversas cidades, e me intriga cada vez mais essa dualidade entre função e disfunção no proposito principal da arquitetura, gerando a exclusão do corpo humano em relação ao espaço dito público,” afirma o artista sobre a série.
260 x 300 x 300 cm
Estrutura metálica, painel canaletado, vidro Blindex temperado, tabuleiro de madeira, estrutura metálica de barraca para venda de alimentos, estrutura metálica para mesa portátil, estrutura metálica para camelô, espelho, base giratória de mesa e casca de ovo Foto Eduardo Ortega93 x 223 x 95 cm
Cimento, cola branca, poliestireno, Vedacit, vedante de silicone e base acrílica sobre papelão Foto Edouard Fraipont Na série “Corpo mole”, Cidade envolve caixas de papelão com a materialidade típica das edificações – o cimento – e destaca, assim, a permanência do aparato como algo intangível pelo poder público e profícuo para aqueles que deste dependem. O papelão esteve muito presente em recentes notícias sobre a cidade de São Paulo e o processo de higienização social conduzido pelos poderes estadual e municipal que a cidade vem observando. Em uma série de ações conduzidas recentemente pela polícia, sob o comando dos poderes acima citados, os moradores de rua foram proibidos de acumular papelões e tiveram esses materiais confiscados134 x 74,9 x 40,5 cm
Estrutura de ferro, pintura eletrostática e placa matriz industrial Foto Galeria Vermelho Para o conjunto de peças intitulado “Defeito de fábrica”, Marcelo Cidade trabalhou com antigos moldes fabris aplicados na produção de vasilhames e utensílios domésticos de plástico. O artista os recolheu em uma antiga fábrica da periferia do Rio de Janeiro e os instalou em dispositivos que lembram artifícios utilizados para expor vestígios de escavações em museus de história natural. O tratamento arqueológico empregado parece se referir à sociedade industrial como um modelo em colapso. Trata-se de uma dupla ruína: a da fábrica carioca, de onde vêm os moldes, e a do modelo de produção que rege a sociedade brasileira desde meados do séc. XIX. Soma-se a esse aspecto a presença de peças com referências tropicais: os moldes da série muitas vezes apresentam formatos de frutas tropicais, como cajus e abacaxis, o que pode levar o espectador a fazer uma ligação com a abordagem nacionalista dos movimentos modernos e pós-modernos. Primeiro, pela questão da deglutição do modelo exterior (antropofagia), já que vemos uma adaptação da lógica Fordista ao território nacional e sua cultura tropical, e, segundo, por conta de sua articulação modular sistemática, que pode ser associada a características da arte concreta dos anos 1950. No entanto, a associação mais contundente talvez seja com o pós-Tropicalismo, que, ao contrário do movimento predecessor, era caracterizado por um tom sombrio e por temáticas ligadas à derrota e à melancolia, já que operava sob um contexto de exílio dos maiores símbolos de resistência ao sistema opressor que imperava na terceira parte do séc. XX no Brasil.75 x 60 cm
Serigrafia sobre compensado de madeira, tinta acrílica, imagens extraídas da ferramenta de procura do Google, texto apropriado e modificado de Luís Santiago Baptista, Joaquim Moreno e Fredy Massad [“Arquitectura social, três olhares críticos”] Foto Edouard Fraipont Na série “A___________ social”, de 2015, Marcelo Cidade apresenta imagens colecionadas a partir da internet em que figuram tentativas de invasão a domicílios. nas imagens, salteadores inábeis aparecem presos em elementos arquitetônicos como janelas, chaminés e grades. junto a cada imagem serigrafada, Cidade acrescenta aforismos retirados do texto “Arquitectura social, três olhares críticos”, de Luís Santiago Baptista, Joaquim Moreno e Fredy Massad, aonde os autores articulam aspetos essenciais das relações e implicações da arquitetura social num mundo em crise e conflito. Cidade, finalmente, retira o termo “arquitetura social” de cada axioma, deixando em seu lugar uma linha, como que a ser preenchida pelo observador.325 x 68,5 x 9 cm
Suportes para lâmpadas fluorescentes tomadas de edifícios antigos de São Paulo Foto Edouard Fraipont Na série “(Un)Monuments for V.Tatlin”, Marcelo Cidade recria os monumentos que Dan Flavin fez em homenagem a Vladimir Tatlin, utilizando estruturas de luminárias de sobreposição para lâmpadas fluorescentes. Enquanto Flavin utiliza as lâmpadas a fim de arguir a impermanência dos materiais e, assim, dos sistemas, Cidade trabalha em torno da ruina. Nas recriações de Marcelo Cidade, já não há mais espaço para a impermanência, há apenas o resíduo inútil de um plano utópico.96 x 97 x 32 cm
Intervenção em luvas de livro em papelão Foto Edouard Fraipont290 x 100 x 50 cm
Jaqueta camuflada, cobertor com resíduos têxteis, pé de cabra e um martelo Foto Ela Bialkowska30,5 x 38,5 x 2,5 cm
Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Matt Fine Art 120g em colagem sobre foamboard Foto Edouard FraipontDimensões variáveis
Asfalto transplantado de estacionamento para dentro da galeria Foto Jeff Warrin O projeto consiste na remoção do chão asfaltado de um estacionamento na cidade de São Francisco (EUA) e seu deslocamento para dentro do espaço expositivo da Kadist Foundation. O corte no chão do estacionamento espelha a planta exata da instituição em que acontece a exposição.Dimensões variáveis
Asfalto transplantado de estacionamento para dentro da galeria Foto Jeff Warrin O projeto consiste na remoção do chão asfaltado de um estacionamento na cidade de São Francisco (EUA) e seu deslocamento para dentro do espaço expositivo da Kadist Foundation. O corte no chão do estacionamento espelha a planta exata da instituição em que acontece a exposição.Dimensões variáveis
Asfalto transplantado de estacionamento para dentro da galeria Foto Jeff Warrin O projeto consiste na remoção do chão asfaltado de um estacionamento na cidade de São Francisco (EUA) e seu deslocamento para dentro do espaço expositivo da Kadist Foundation. O corte no chão do estacionamento espelha a planta exata da instituição em que acontece a exposição.25 x 19 x 1 cm (cada)
Cimento sobre 4 cadernos Foto Edouard Fraipont350 x 500 x 200 cm
Tinta acrílica, MDF e estrutura de madeira Foto Edouard Fraipont150 x 300 x 12 cm
Cacos de vidro verde de 4mm fixados na parede Foto Edouard Fraipont150 x 300 x 12 cm
Cacos de vidro verde de 4mm fixados na parede Foto Edouard Fraipont56 x 64 cm
Tinta acrílica sobre jornal e papel Fabriano, montado sobre alumínio Foto Edouard Fraipont Exercício diário de prática de pintura sobre jornal local. Cidade apaga as notícias escritas e as imagens do periódico, deixando em evidência os padrões gráficos.190 x 80 x 38 cm
Vidro de segurança blindado e base de concreto e madeira Foto Galeria Vermelho Reprodução em escala dos cavaletes de vidro de Lina Bo Bardi concebidos para a pinacoteca do MASP (1968) são alvejadas com tiros de diferentes armas de fogo.130 x 30 x 30 cm (cada)
Manilhas de concreto e samambaias120 x 57 cm
Madeirite rosa, grampos de metal e parafusos sobre base de blocos de cimento Foto Ding Musa Na escultura, Cidade faz menção à cadeira Frei Egídio, criada por Lina Bo Bardi em parceria com Marcelo Ferraz e Marcelo Suzuki, e a reconstrói utilizando madeirite rosa típico dos tapumes de grandes construções.600 x 200 x 200 cm
Aço galvanizado Foto Ding Musa100 x 60 x 60 cm
Cola de sapateiro, lata e madeira Foto Galeria Vermelho244 x 244 x 61 cm
Madeira, tinta acrílica e espetos anti-pombos Foto Galeria Vermelho114 x 255 x 177 cm
Blocos de concreto sobre bandeira do Brasil Foto Galeria Vermelho320 x 320 x 320 cm
Estrutura metálica, portas de aço e pintura em spray Foto Galeria Vermelho101 x 326 x 60 cm
Carrinhos de supermercado adulterados com estrutura expansível Foto Edouard FraipontA fonte Transestatal é uma obra construída a partir de diversos entulhos (plástico, tijolos, madeira, cimento) colhidos nos arredores da galeria, e com uma bomba que jorra cachaça, um típico destilado brasileiro, feito de cana de açúcar e com alto teor alcoólico.
Segundo o artista, a ideia da obra é repensar a fonte – um objeto que domestica a natureza -como um elemento que traz respiro à urbe.
A fonte Transestatal pertence à coleção do MAM-SP aonde já participou de várias exposições. A obra já foi apresentada em Brasília-DF e em Paris, na Galerie Motte et Rouart (2008), quando o artista utilizou champagne no lugar da cachaça, reforçando a subversão do elemento de embriaguez que a natureza ofereceria as aglomerações urbanas.
14,5 x 13 x 0,5 cm
Objeto em bronze Foto Ding Musa40 x 60 cm
Ampliação fotográfica
12 x 9 x 28 cm (cada)
60 blocos de concreto sobre rodinhas Foto Edouard Fraipont27 x 27 x 23 cm
Papel roler, cola e velcro Foto Ding Musa27 x 27 x 23 cm
Papel roler, cola e velcro Foto Ding Musa70 x 100 cm
Fotografia – Intervenção urbana no Rio de Janeiro Foto Reprodução O artista furta uma placa de sinalização da Avenida Radial Leste, que fica em uma região carente da Zona Leste de São Paulo, e leva para o Rio de Janeiro, fixando-a sobre uma placa do Aterro do Flamengo, em frente à idílica paisagem do beira-mar carioca, com o mar a leste. A obra é acompanhada por duas passagens de ônibus para o trecho São Paulo – Rio de Janeiro e Rio de Janeiro – São Paulo.3 x 100 x 100 cm / 15’17”
Ladrilhos hidráulicos apropriados de calçada pública e registro de ação em vídeo Foto Henrique LópezA obra de Marcelo Cidade explora questões urbanas, arquitetônicas e sociais, trazendo sinais e situações da rua para espaços dedicados à arte. O artista também realiza intervenções artísticas em espaços públicos. Suas instalações e esculturas abordam temas como violência, desigualdade social e a dicotomia entre as esferas públicas e privadas.
Outra estratégia recorrente no trabalho de Cidade é o questionamento dos ideais modernistas – tendo a arquitetura como alvo particular – por meio de diversas operações estéticas, muitas vezes subversivas e informais, para criar uma linguagem própria. Seu trabalho muitas vezes parte de uma apropriação que é usada para avançar a discussão em torno da essência da arte – a linguagem em si – e sua conexão com o mundo material.
Abordando questões como segregação, controle, resistência e tópicos relacionados aos poderes estabelecidos, outra característica distintiva no trabalho de Cidade é sua habilidade em transformar objetos cotidianos, como barricadas de concreto, cercas, correntes e outros elementos encontrados nas ruas, em obras de arte impactantes.
Cidade foi destaque em inúmeras exposições individuais e coletivas ao redor do mundo: Concretos. Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y Léon [MUSAC], 2023; Elementar: fazer junto. Museu de Arte de São Paulo (São Paulo), 2023; Brutalism, Concrete, Art and Architecture. Tenerife Espacio de las Artes. (Santa Cruz de Tenerife), 2022; Marcelo Cidade: Ministry of All. Storefront for Art and Architecture (New York), 2019; Oslo Biennale, 2019; Do Disturb. Palais de Tokyo (Paris) 2018; x Marcelo Cidade: Subtotal – Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia [MUBE] (São Paulo), 2017; Monumento, anti-monumentos. Museu Universitário el Chopo (Mexico City) 2017; Das Loch. Künstlerhaus Bremen (Bremen) 2016; Avenida Paulista. MASP (São Paulo) 2017; Biennial of the Americas. Museum of Contemporary Art (Denver); Fire and Forget. Kunst-Werke (Berlin)2015; Marcelo Cidade: Somewhere, Elsewhere, Anywhere, Nowhere. Kadist SF (San Francisco), 2014; Marcelo Cidade: Quase Nada. Casa França-Brasil (Rio de Janeiro), 2013; When Attitudes Became Form Become Attitudes. CCA Wattis Institute for Contemporary Art (San Francisco) 2012; 8ª Bienal do Mercosul (Porto Alegre) 2011; DLA Piper Series. Tate Liverpool. 2011; Marcelo Cidade: Vamos falar senhor fantasma. Fundação Serralves (Porto), 2009; After Utopia. Museo Centro Pecci (Prato) 2009; An Unruly History of the Readymade. Fundación Jumex (Ecatepec) 2008; 27° Bienal de São Paulo, 2006. Art Museum (MAR), Rio de Janeiro (2014); Museum of Modern Art of São Paulo – MAM SP (2014, 2012, 2011, and 2010); Yerba Buena Center for the Arts, San Francisco (2014); Broad Art Museum, East Lansing (2013); Zacheta National Gallery, Warsaw (2013) The Krannert Art Museum, Champaign, Illinois (2103); CCA Wattis Institute for Contemporary Arts (2012); Tate Liverpool, Liverpool (2011); MUSAC – Castile and Leon (2010); 27th Bienal de São Paulo: Como viver juntos [How to live together], São Paulo (2006).
A obra de Cidade está presente em importantes coleções:Phoenix Art Museum – Phoenix – USA; Fundação Serralves – Porto – Portugal; Museu de Arte Moderna de São Paulo – São Paulo – Brasil; Tate Modern – London – England; Kadist Art Foundation; Museo Tamayo Arte Contemporaneo – Mexico City – Mexico; Museu de Arte de São Paulo – MASP – São Paulo – Brasil; Bronx Museum – New York – USA; Itaú Cultural – São Paulo – Brasil; Sayago & Pardon Collection – Tustin – CA – EUA.
A obra de Marcelo Cidade explora questões urbanas, arquitetônicas e sociais, trazendo sinais e situações da rua para espaços dedicados à arte. O artista também realiza intervenções artísticas em espaços públicos. Suas instalações e esculturas abordam temas como violência, desigualdade social e a dicotomia entre as esferas públicas e privadas.
Outra estratégia recorrente no trabalho de Cidade é o questionamento dos ideais modernistas – tendo a arquitetura como alvo particular – por meio de diversas operações estéticas, muitas vezes subversivas e informais, para criar uma linguagem própria. Seu trabalho muitas vezes parte de uma apropriação que é usada para avançar a discussão em torno da essência da arte – a linguagem em si – e sua conexão com o mundo material.
Abordando questões como segregação, controle, resistência e tópicos relacionados aos poderes estabelecidos, outra característica distintiva no trabalho de Cidade é sua habilidade em transformar objetos cotidianos, como barricadas de concreto, cercas, correntes e outros elementos encontrados nas ruas, em obras de arte impactantes.
Cidade foi destaque em inúmeras exposições individuais e coletivas ao redor do mundo: Concretos. Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y Léon [MUSAC], 2023; Elementar: fazer junto. Museu de Arte de São Paulo (São Paulo), 2023; Brutalism, Concrete, Art and Architecture. Tenerife Espacio de las Artes. (Santa Cruz de Tenerife), 2022; Marcelo Cidade: Ministry of All. Storefront for Art and Architecture (New York), 2019; Oslo Biennale, 2019; Do Disturb. Palais de Tokyo (Paris) 2018; x Marcelo Cidade: Subtotal – Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia [MUBE] (São Paulo), 2017; Monumento, anti-monumentos. Museu Universitário el Chopo (Mexico City) 2017; Das Loch. Künstlerhaus Bremen (Bremen) 2016; Avenida Paulista. MASP (São Paulo) 2017; Biennial of the Americas. Museum of Contemporary Art (Denver); Fire and Forget. Kunst-Werke (Berlin)2015; Marcelo Cidade: Somewhere, Elsewhere, Anywhere, Nowhere. Kadist SF (San Francisco), 2014; Marcelo Cidade: Quase Nada. Casa França-Brasil (Rio de Janeiro), 2013; When Attitudes Became Form Become Attitudes. CCA Wattis Institute for Contemporary Art (San Francisco) 2012; 8ª Bienal do Mercosul (Porto Alegre) 2011; DLA Piper Series. Tate Liverpool. 2011; Marcelo Cidade: Vamos falar senhor fantasma. Fundação Serralves (Porto), 2009; After Utopia. Museo Centro Pecci (Prato) 2009; An Unruly History of the Readymade. Fundación Jumex (Ecatepec) 2008; 27° Bienal de São Paulo, 2006. Art Museum (MAR), Rio de Janeiro (2014); Museum of Modern Art of São Paulo – MAM SP (2014, 2012, 2011, and 2010); Yerba Buena Center for the Arts, San Francisco (2014); Broad Art Museum, East Lansing (2013); Zacheta National Gallery, Warsaw (2013) The Krannert Art Museum, Champaign, Illinois (2103); CCA Wattis Institute for Contemporary Arts (2012); Tate Liverpool, Liverpool (2011); MUSAC – Castile and Leon (2010); 27th Bienal de São Paulo: Como viver juntos [How to live together], São Paulo (2006).
A obra de Cidade está presente em importantes coleções:Phoenix Art Museum – Phoenix – USA; Fundação Serralves – Porto – Portugal; Museu de Arte Moderna de São Paulo – São Paulo – Brasil; Tate Modern – London – England; Kadist Art Foundation; Museo Tamayo Arte Contemporaneo – Mexico City – Mexico; Museu de Arte de São Paulo – MASP – São Paulo – Brasil; Bronx Museum – New York – USA; Itaú Cultural – São Paulo – Brasil; Sayago & Pardon Collection – Tustin – CA – EUA.
Marcelo Cidade
1979. São Paulo
Vive e trabalha em São Paulo
Exposições Individuais
2024
– Marcelo Cidade: O vento experimenta o que irá fazer com sua liberdade – Galeria RGR – Cidade do México – México
2023
– Marcelo Cidade. Realismo do Sul – Galeria Bruno Múrias – Lisboa – Portugal
– Marcelo Cidade. O espaço entre eu e você – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2021
– Marcelo Cidade. A retórica do poder – Galeria Vermelho [sala 4] – São Paulo – Brasil
2020
– Marcelo Cidade. Equivalência e Desequilibrio – Galeria Bruno Murias – Lisboa – Portugal
2019
– Marcelo Cidade. Ministry of All – Storefront for Art and Architecture – Nova York – EUA
– Marcelo Cidade. Dívidas, divisores e dividendos – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2018
– Marcelo Cidade: A Falha da Farsa – Galeria Bruno Murias – Lisboa – Portugal
2017
– Marcelo Cidade: Subtotal – Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia [MUBE] – São Paulo – Brasil
2016
– Nulo ou em Branco – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Quando acidentes se tornam formas – Múrias Centeno – Lisboa – Portugal
2015
– (Un) Monument for V. Tatlin – Galleria Continua – San Gemigniano – Itália
2014
– Somewhere, Elsewhere, Anywhere, Nowhere – Kadist SF – San Francisco – EUA
– Marcelo Cidade – Galleria Continua – San Gimignano – Itália
2013
– Quase Nada – Casa França-Brasil – Rio de Janeiro – Brasil
2012
– Quase Nada – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2011
-3 morros blancos ou El mito Del progresso [projeto vitrina] – Lugar a Dudas – Cali – Colômbia
2010
-Roads not taken – Galleria Furini Arte Contemporanea – Roma – Itália
– Avant-garde is not dead – Galeria Vermelho- São Paulo- Brasil
2009
– Vamos falar senhor fantasma – Fundação Serralves – Porto – Portugal
– Norms Patterns Systems – Galerie Motte et Rouart – Paris – França
2008
– A Ordem dos tratores não altera o viaduto – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Demonstrador de segurança – Centro Cultural São Paulo [CCSP] – São Paulo – Brasil
– Brasileños: Intervenciones de Lucia Koch y Marcelo Cidade – La Casa Encendida – Madri – Espanha
2007
– Acidentes não acontecem – Fundação Ascensão – Vale do Anhangabaú – São Paulo – Brasil
2006
– Outro Lugar – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Marcelo Cidade – Escola da Cidade – São Paulo – Brasil
2005
– Ateu x Cidade – Grapixo Vandal Shop – São Paulo – Brasil
– Entre sem bater – Base 7 – São Paulo – Brasil
Exposições Coletivas
2024
– Prefiro não – Quase Espaço – São Paulo – Brasil
2023
– O que há de música em você – Galeria Athena – Rio de Janeiro – Brasil
– Casa no céu – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Elementar: fazer junto – Museu de Arte Moderna (MAM SP) – São Paulo – Brasil
– PROTO-TIPO – Galeria Idea!Zarvos – São Paulo – Brasil
– Concretos – Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y Léon [MUSAC] – Léon – Espanha
– Tridimensional: entre o estético e o sagrado [Um recorte da coleção Vera e Miguel Chaia] – Arte 132 Galeria – São Paulo – Brasil
2022
– Outras Lembranças, Outros Enredos – Cordoaria Nacional – Lisboa – Portugal
– Brutalism, Concrete, Art and Architecture – Tenerife Espacio de las Artes [TEA] – Santa Cruz de Tenerife – Tenerife
– Monumento inacabado – auroras – São Paulo – Brasil
– Condenado ao Moderno? – Instituto Figueiredo Ferraz [IFF] – Ribeirão Preto – Brasil
– Géométries Instables – Galleria Continua – Paris – França
– Janelas para dentro – Casa Míllan – São Paulo – Brasil
2021
– Janelas para dentro – Casa Míllan – São Paulo – Brasil
2020
– Pinacoteca: Acervo – Pina_Luz – Pinacoteca do Estado de São Paulo – São Paulo – Brasil
– Vaivém – Centro Cultural Banco do Brasil – Belo Horizonte – Brasil
– Samba in the dark – Anton Kern Gallery – Nova York – EUA
2019
– Ambages – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Vaivém – Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB Brasília) – Brasília – Brasil
– Marcelo Cidade: a round around a round around a round around a round around. Oslo Biennalen – Grønland – Oslo – Noruega
– Bienal do Barro – Agreste/Resgate – Sesc Caruaru – Caruaru – Brasil
– Mesa dos sonhos: duas coleções de Arte Contemporânea – Fundação Serralves – Porto – Portugal
– Vaivém – Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB Brasília) – Brasília – Brasil
– A Hora Instável- Bruno Múrias – Lisboa – Portugal
– No habrá nunca una puerta. Estás a dentro. Obras de la coleção Teixeria de Freitas – Santander Art Gallery – Madri – Espanha
– SEGUNDA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2019 – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Vaivém – Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB SP) – São Paulo – Brasil
2018
– Mostra de filmes e vídeos Verbo SLZ – Chão SLZ – São Luís – Brasil
– AlterEgo – Macau Biennale- Macau
– Mesa dos sonhos: Duas coleções de arte contemporânea – Fundação de Serralves – Porto – Portugal
– Do Disturb – Palais de Tokyo – Paris – França
– Latinoamérica: volver al futuro – Museo de Arte Contemporáneo de Buenos Aires (MACBA) – Buenos Aires – Argentina
– Distorção Inerente – Galeria Bruno Múrias – Lisboa – Portugal
2017
– Monumento, anti-monumentos y nueva escultura pública – Museu Universitário el Chopo (MUCH) – Cidade do México – México
– Here the border is you – proyectosLA – Los Angeles – EUA
– Sonic Rebellion: Music as Resistance – Museum of Contemporary Art Detroit [MOCAD] – Detroit – EUA
– Monumentos, anti-monumentos y nueva escultura pública – Museu de Arte Zapopan (MAS) – Zapopan – México
– Avenida Paulista – Museu de Arte de São Paulo (MASP) – São Paulo – Brasil
2016
– Unter Waffen. Fire & Forget 2 – Museum Angewandte Kunst – Frankfurt am Main – Alemanha
– Das Loch – Künstlerhaus Bremen – Bremem – Alemanha
– Coletiva – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Clube da Gravura: 30 anos – Museu de Arte Moderna (MAM) – São Paulo – Brasil
– Brasil, Beleza?! – Museum Beelden aan Zee – Den Haag – Holanda
– Concreto e Cristal: o acervo do MASP nos cavaletes de Lina Bo Bardi – Museu de Arte de São Paulo (MASP) – São Paulo – Brasil
– Continuum – VI Festival de Arte e Tecnologia do Recife – Espaço Cultural Torre Malakoff – Recife – Brasil
– Basta! – The Anya and Andrew Shiva Gallery at John Jay College of Criminal Justice (CUNY) – Nova York – EUA
– Open Plan (SP Arte/2016) – Pavilhão da Bienal – Parque do Ibirapuera – São Paulo – Brasil
– Acervo em Transformação – Museu de Arte de São Paulo (MASP) – São Paulo – Brasil
– Quando o tempo aperta – Museu Histórico Nacional – Rio de Janeiro – Brasil
– Notícias de um novo MUBE: arquitetura e paisagem urbana – MUBE – São Paulo – Brasil
– Provocar Urbanos: Inquietações Sobre a Cidade – SESC vila Mariana – São Paulo – Brasil
– Quando o tempo aperta – Palácio das Artes – Fundação Clóvis Salgado – Belo Horizonte – Brasil
2015
– (de) (re) construct: Artworks from the Permanent Collection – Bronx Museum – Nova York – EUA
– Cidade Inquieta – SESC Rio Preto – São José do Rio Preto – Brasil
– Acareação – Observatório – São Paulo – Brasil
– United States of Latin America – Museu de Arte Contemporânea de Detroit – Detroit – EUA
– Follia Continua! – Le CENTQUATRE-PARIS – Paris – França
– Cinéma de la Nouvelle Lune – Cite Internationale des Arts Montmartre – Paris – França
– Now? NOW! Biennial of the Americas – Museum of Contemporary Art Denver – Denver – EUA
– Fire and Forget. On Violence – Kunst-Werke – Berlim – Alemanha
– Aprendendo a Viver com a Sujeira – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– The Poetry In Between: South-South – Goodman Gallery – Cape Town – África do Sul
2014
– Landscape: the virtual, the actual, the possible? – Yerba Buena Center for the Arts – San Francisco – EUA
– Realidades em Conflito – Espacio ArtNexus – Bogotá – Colômbia
– Verbo 2014. Mostra de Performance Arte (10ª ed.) – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– The Theater of the World – Museu Tamayo de Arte Contemporáneo – Cidade do México – México
– Do Valongo à Favela – Museu de Arte do Rio (MAR) – Rio de Janeiro – Brasil
– Landscape: the Virtual, the Actual, the Possible? – Guangdong Times Museum – Guangzhou – China
– Do Valongo à Favela – Museu de Arte do Rio [MAR] – Rio de Janeiro – Brasil
– Donde Hay Protesta Hay Negocio – Galería Agustina Ferreyra – San Juan – Porto Rico
– Momento Contemporâneo – Instituto Figueiredo Ferraz – Ribeirão Preto – Brasil
– Cruzamentos: Contemporary Brazilian Art – Wexner Center for the Arts – Columbus – EUA
– 140 Caracteres – Museu de Arte Moderna [MAM SP] – São Paulo – Brasil
2013
– Amor e ódio a Lygia Clark – Zacheta National Gallery – Varsóvia – Polônia
– Suspicious Minds – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Avante Brasil – KIT [Kunst im Tunnel] – Dusseldorf – Alemanha
– Blind Field – Broad Art Museum – East Lansing – EUA
– Escadas – Casa França-Brasil – Rio de Janeiro – Brasil
– Coletiva – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Blind Field – Krannert Art Museum – Champaign – ILL – EUA
2012
– Colapso – A Gentil Carioca – Rio de Janeiro – Brasil
– When Attitudes Became Form Become Attitudes – CCA Wattis Institute for Contemporary Art – San Francisco – EUA
– Expansivo – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Além da Forma: Plano, matéria, espaço e tempo – Instituto Figueiredo Ferraz – Ribeirão Preto – SP – Brasil
– You and Eye: Cartografías existenciales e itinerarios urbanos – Centro Cultural Plaza – El Vedado – Havana – Cuba
– O retorno da coleção Tamagni: até as estrelas por caminhos difíceis – Museu de Arte Moderna [MAM SP] – São Paulo – Brasil
2011
– En Obras: Arte y arquitectura en la Coleção Teixeira de Freitas – Tenerife Espacio de las Artes [TEA] – Tenerife – Ilhas Canárias
– Contra a Parede – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– 748.600 – Santander Cultural – Recife – Brasil
– Ensaios de Geopoéticas – 8ª Bienal do Mercosul – Porto Alegre – Brasil
– DLA Piper Series: This is Sculpture – Tate Liverpool – Liverpool – Inglaterra
– Jogos de Guerra – Caixa Cultural RJ – Rio de Janeiro – Brasil
– Um Outro Lugar – Museu de Arte Moderna [MAM SP] – Sâo Paulo – Brasil
– Tempo suspenso de um estado provisório – SPArte Projeto –SPArte 2011 – São Paulo – Brasil
– Miradas sin coordenadas – Galería 80m2 arte & debates – Lima – Peru
– The natural order of things – Max Wigram Gallery – Londres – Inglaterra
– 748.600 – Programa Novos Curadores Renan Araujo – Paço das Artes – São Paulo – SP
2010
– En Obras: Arte y arquitectura en la Coleção Teixeira de Freitas – Tenerife Espacio de las Artes [TEA] – Tenerife – Ilhas Canárias
– Quando a arte fala Arquitectura -Trienal de Arquitectura de Lisboa- Museu do Chiado – Lisboa – Portugal
– Sempre à vista- Galeria Mendes Wood- São Paulo- Brasil
– XIV International Sculpture Biennale of Carrara – Itália
– Transfer Arte Urbana – Museu de Arte Contemporânea [MAC Ibirapuera] – São Paulo – Brasil
– Taster’s Choice- Stephen Friedman Gallery- Londres – Inglaterra
– Pan Americana- Galeria Kurimanzutto – México
– 2 de Copas – Vera Cortez e Tijuana/Vermelho – Lisboa – Portugal
– Quem tem medo? – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Jogos de Guerra – Memorial da América Latina – São Paulo – Brasil
– Para ser Construídos – Museu de Arte Contemporáneo de Castilla y Léon [MUSAC] – Castilla y Léon – Espanha
2009
– Por Aqui – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– After Utopia – Museo Centro Pecci – Prato – Itália
– Artérias e Capilares – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Brazil Contemporary- Nederlands Fotomuseum – Rotterdam – Holanda
– Desenhos [drawings] A – Z – Museu da Cidade – Lisboa – Portugal
– PH Neutro – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2008
– Urgente! – 41 Salón Nacional de Artistas de Colombia – Cali – Colombia
– De perto de Longe // Paralela08 – Liceu de Artes e Ofícios – São Paulo – Brasil
– I/legítimo – Museu da Imagem e do Som [MIS] – São Paulo – Brasil
– É claro que você sabe do que estou falando? – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Seja marginal, seja herói – Galerie GP & N Vallois & Galerie Natalie Seroussi – Paris – França
– An Unruly History of the Readymade – Fundación/Colección Jumex – Ecatepec – México
– Provas de Contato – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Verbo 2008 – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– TRANSFER_Cultura Urbana. Arte Contemporânea. Transferências.Transformações – Santander Cultural – Porto alegre – Brasil
– Looks Conceptual ou Como Confundi um Carl André com uma Pilha de Tijolos – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2007
– Futuro do Presente – Instituto Itaú Cultural – São Paulo – Brasil
– Desenhos: A-Z [Drawings: A-Z] – Funchal – Ilha da Madeira – Portugal
– Whenever it starts it is the right time. Strategies for a discontinuos future – Frankfurter Kunstverein – Frankfurt – Alemanha
– Jardim do poder –Centro Cultural Banco do Brasil [CCBB DF] – Brasília – Brasil
-Territories- Salle Michel Tourliere- Beaune – França
– Vi(e)s á vis – Semur-en Auxois – França
– Flux – Les Abattoirs – Avallon – França
– Transitivos – Sesc Pinheiros – São Paulo – Brasil
2006
– 27° Bienal de São Paulo: Como viver junto – Fundação Bienal de São Paulo – São Paulo – Brasil
– This is not a love song – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Urban scapes – DNA gallery – Berlim – Alemanha
– Observatori 2006 – Valência – Espanha
– Incorporés – FRAC Bourgogne – Chalon-sur-Saône – França
– Moderne Cite II – Lê Grand Café Saint Nazaire Centre d’art Contemporain – Saint Nazaire – França
– Moderne Cite II – Der Stroom – Den Haag- Holanda
– Urbe – Casa Triângulo – São Paulo – Brasil
2005
– Vorazes, Grotescos e Malvados – Paço das Artes – São Paulo – Brasil
– Farsite–in Insite –Tijuana – México e San Diego – EUA
– Verbo – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Projeto Perambulação – 2ª Bienal de arquitetura de Rotterdam – Rotterdam – Holanda
– Desenhos: A-Z – Colecção Madeira Corporate Services – Ilha da Madeira – Portugal
– O Corpo na Arte Contemporânea Brasileira – Instituto Itaú Cultural – São Paulo – Brasil
– Viés – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2004
– Tudo Aquilo que Escapa – 46° Salão Pernambucano de Artes Plásticas – Espaço Cícero Dias do Museu do Estado – Recife – Brasil
– Fragmentos e Souvenirs Paulistanos – Galeria Luisa Strina – São Paulo – Brasil
– Paralela – São Paulo – Brasil
– Grátis – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Derivas – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2003
– A Nova Geometria – Galeria Fortes Vilaça – São Paulo – Brasil
– Arte contemporânea e política no movimento dos sem tetos do Centro (MSTC) – Rua Prestes Maia – São Paulo – Brasil
– Imagética – Moinho Rebouças – Curitiba – Brasil
– Observações Sobre o Espaço e o Tempo – UNICSUL – Campus Anália Franco – São Paulo – Brasil
– Giroflexxxx – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Sábado de Performances – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Erva Azeda – Wilhelm Lehmbruck Museum – Duiburg – Alemanha
– Next 5 Minutes-Festival of Tactical Media – Amsterdam – Holanda
– Gear Inside – Galeria Mirta de Mare – Rotterdam – Holanda
– Território de Anti-Espetáculo – Sesc Pompéia – São Paulo – Brasil
– Manifestos Contemporâneos – Sesc Vila Mariana – São Paulo – Brasil
– Mídia Tática Brasil – Casa das Rosas – São Paulo – Brasil
– In-classificados – Espaço Bananeiras – Rio de Janeiro – Brasil
– Alfândega 0.0 – Cais do Porto nº5 – Rio de Janeiro – Brasil
2002
– Marrom – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Genius Loci – Circuito Vila Buarque de Educação e Cultura – São Paulo – Brasil
– Sobre(a)ssaltos – Galeria Itaú Cultural – Belo Horizonte – Brasil
– Rumos da Nova Arte Contemporânea Brasileira – Palácio das Artes – Belo Horizonte – Brasil
– Estranhamentos – Galeria Itaú Cultural – Campinas – Brasil
– Açúcar Invertido – Funarte – Rio de Janeiro – Brasil
2001
– Primeiro Circuito Noturno Das Artes – Galeria Luisa Strina – São Paulo – Brasil
2000
– XXXII Anual de Artes – Fundação Armando Alvares Penteado [FAAP] – São Paulo – Brasil
– Primeira Mostra de Cultura Independente – Funarte – Rio de Janeiro – Brasil
– Zana no Cio – Ateliê de Maurício Cardoso – São Paulo – Brasil
– Fumaça – Fundação Armando Alvares Penteado [FAAP] – São Paulo – Brasil
Prêmios
– Prêmio Extra 2007 – Escola São Paulo – Brasil
– Illy Sustain Art Prize – ARCOmadrid 2018 – Madri – Espanha
Projetos Especiais e Curadorias
– Balbúrdia – Underdogs – Lisboa – Portugal
– LAGNADO, Lisette, “31 Artistas + 1 Metrópole “, Caderno Especial
Folha de São Paulo, São Paulo, 2004
Bolsas e Residências
2014
– Artist in Residence – Kadist SF – San Francisco – EUA
2005
– Le Grand Café Saint Nazaire Centre d’art Contemporain – França
Coleções (seleção)
– Museu Brasileiro da Escultura (MUBE) – São Paulo – Brasil
– Phoenix Art Museum – Phoenix – EUA
– Fundação Serralves – Porto – Portugal
– Museu de Arte Moderna de São Paulo – São Paulo – Brasil
– Tate Modern – Londres – Inglaterra
– Kadist Art Foundation – França
– Museo Tamayo Arte Contemporaneo – Cidade do Mexico – Mexico
– Museu de Arte de São Paulo – MASP – São Paulo – Brasil
– Bronx Museum – New York – USA
– Itaú Cultural – São Paulo – Brasil
– Sayago & Pardon Collection – Tustin – CA – EUA
Leia aqui a entrevista de João Henrique Andrade com Marcelo Cidade para “Onde está a arte”
Leia aqui a entrevista de Cynthia Garcia com Marcelo Cidade para a reviste NewcityBrasil.
Segundo os relatos históricos, até o segundo século da colonização portuguesa, São Paulo era ainda uma vila pobre, “mera vilazinha alçada no planalto” . Praticamente isolada das outras vilas do litoral paulista pela vasta serra do mar, com sua mata cerrada e suas montanhas escarpadas que dificultavam enormemente seu acesso, ali não prosperariam os grandes engenhos de açúcar que eram então a base da economia colonial. São Paulo, diferentemente de outros assentamentos mais desenvolvidos, descobriria sua vocação na associação dos mamelucos com os índios livres ou cativos, com quem aprenderiam os modos de penetração e sobrevivência na selva em busca de uma outra mercadoria: os índios que haviam se embrenhado pelos sertões a fim de escapar às perseguições sofridas na faixa litorânea ou, o que era ainda mais atraente a seus olhos, aqueles que já haviam sido sedentarizados pelo trabalho agrícola nas missões jesuíticas. Os brasilíndios ou mamelucos, em sua maioria filhos de pais portugueses e mães índias, se lançariam, ao longo de um século, no empreendimento cruel e pouco nobre das bandeiras, cujo objetivo era a captura e escravização daqueles dos quais eram descendentes maternos diretos.
Como narra Darcy Ribeiro em O Povo Brasileiro, foram os jesuítas espanhóis, “horrorizados com a bruteza e desumanidade dessa gente castigadora de seu gentio materno”, que os designaram como mamelucos :
O termo originalmente se referia a uma casta de escravos que os árabes tomavam de seus pais para criar e adestrar em suas casas-criatórios, onde desenvolviam o talento que acaso tivessem. Seriam janízaros, se prometessem fazer-se ágeis cavaleiros de guerra, ou xipaios, se covardes e servissem melhor para policiais e espiões. Castrados, serviriam como eunucos nos haréns, se não tivessem outro mérito. Mas podiam alcançar a alta condição de mamelucos se revelassem talento para exercer o mando e a suserania islâmica sobre a gente de que foram tirados.
É certo que os bandeirantes, ao desempenharem seu ofício predatório, que às vezes se estendia ao longo de muitos anos, acabaram por contribuir para a expansão do domínio português para muito além da linha de Tordesilhas, na medida em que criavam novos assentamentos no interior do país. Ainda assim, seria preciso um pesado investimento na construção ideológica da imagem do bandeirante como herói nacional, particularmente no estado de São Paulo. Espantosamente, esta é uma imagem que persiste até hoje. Ao contrário de outras nações que buscaram corrigir distorções históricas semelhantes, especialmente no que toca as atrocidades cometidas contra outros povos, o Brasil parece ignorar completamente o assunto. São inúmeras as homenagens oficiais prestadas aos bandeirantes: dão nome ao nosso palácio do governo, à principal rodovia do estado, à primeira aeronave comercializada pela Embraer; figuram em dezenas de monumentos espalhados pela cidade de São Paulo e em pinturas pertencentes a importantes acervos públicos, invariavelmente retratados como valentes protagonistas da missão civilizatória e da expansão territorial.
O historiador Paulo Cesar Garcez Martins conta que a construção da imagem do bandeirante como herói nacional se deu através de uma campanha sistemática que compreendeu a encomenda e a exposição de pinturas pelo Museu Paulista, sobretudo durante a gestão de Affonso d’Escragnole Taunay (1917-1945), bisneto do pintor da missão francesa, como uma estratégia para comunicar ao público visitante a suposta veracidade de certos fatos históricos, contando com o respaldo de uma das mais prestigiosas instituições culturais da época.
“Iniciou-se em 1903 a introdução de obras de arte com representações de bandeirantes no acervo do Museu Paulista, mediante a aquisição de uma tela que homenageava o sertanista que comandara a destruição do quilombo de Palmares. Esta aquisição, viabilizada por verba estatal, foi simultânea à emergência de uma interpretação histórica que apontava o fenômeno do sertanismo paulista como elo decisivo entre a trajetória territorial do Brasil e de São Paulo, concepção esta que se consolidaria entre os historiadores ligados ao Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo ao longo das três primeiras décadas do século XX.”
De maneira análoga, a imagem da campanha presidencial de 1960, retrata o então presidente, Juscelino Kubitschek, ao lado do candidato da situação, o marechal Henrique Teixeira Lott, vestindo a indumentária com a qual os bandeirantes foram tipicamente representados nas pinturas históricas do início do século XX: o chapéu de abas largas na mão, camisa de algodão e botas de cano alto. Junto a seu ombro, para não deixar dúvidas, o slogan explicita: “Juscelino, o grande bandeirante do século”. A essa altura, podemos supor que a
imagem do bandeirante como herói e agente civilizador já estava bastante consolidada. Ao fundo, observamos a futurista paisagem da nova capital federal, finalmente despregada da faixa litorânea e erguida na região desbravada pelos novos sertanistas em sua busca pelo progresso.
Lott aparece do lado esquerdo da composição, com seu traje militar e sua figura um tanto tímida e minguada empalidecida pela presença preeminente de JK que, com seu largo sorriso e com seu ar afável e franco, encara o observador de frente. O candidato, não surpreendentemente, a julgar pela sua falta de carisma no retrato, perderia as eleições para Jânio Quadros. Sobre a faixa escurecida do céu, na parte superior central do painel, há ainda um terceiro personagem que paira como uma assombração. Ali vemos a etérea cabeça de Getúlio Vargas, como uma espécie de grande irmão que pretende garantir a continuidade de um projeto geopolítico de desenvolvimento dos sertões brasileiros. “Planejador do rumo ao oeste”, como lembra a inscrição no painel, foi ele quem lançou a “Marcha rumo ao oeste”, diretriz de integração
territorial lançada em 1940. Curiosamente, Lott, que em 1944 era comandante da infantaria em Santa Maria, aquiescera com o movimento militar que destituiu Vargas no dia 29 de outubro de 1945. Kubistchek, por sua vez, perdera seu primeiro mandato como parlamentar, em 1937, por conta do golpe de Vargas neste mesmo ano e a instituição do Estado Novo. No entanto, quase dez anos depois, em 1945, o mesmo JK participaria da criação do Partido Social Democrático (PSD), com o apoio de Vargas; partido que lançaria a candidatura de Lott.
A imagem apropriada por Marcelo Cidade na instalação …e agora, José? (2012), que ocupa um lugar central na exposição Quase nada, sumariza de certa forma a conturbada e contraditória história política do país no século passado. Temos ali, numa mesma campanha, JK, o presidente “bossa-nova” cuja imagem ficou estreitamente associada ao Brasil moderno, tipificado pela arquitetura de Niemeyer (comunista de carteirinha, diga-se de passagem); Vargas, um dos políticos mais controversos de nossa história, ditador e “pai dos pobres” e, finalmente, um militar que, embora fosse pessoalmente contrário à deposição de João Goulart, surge neste contexto como uma figura um tanto sinistra que antecipa os desastrosos trinta anos da ditadura militar que estava prestes a ser instaurada.
Marcelo Cidade vem, já há algum tempo, demonstrando um agudo interesse pela modernidade brasileira, particularmente pelo modo como os ideais mode