Primeira exposição individual de João Loureiro na Vermelho, Zootécnico aborda as relações entre forma e função da arquitetura de espaços públicos e privados. Para Zootécnico, Loureiro criou uma única instalação composta por um conjunto de cinco animais confeccionados com fatias de espuma cinza: um rato, um lobo, um burro, um rinoceronte e um elefante. Em escala 1:1, os animais foram distribuídos pela galeria seguindo uma relação de proporcionalidade visual com o espaço, preservando como procedimento interno, a variedade sugerida pela arquitetura.
Procedimentos como esse norteiam as pesquisas mais recentes de Loureiro que buscam investigar o legado da arquitetura modernista brasileira e a lógica construtiva de edifícios e áreas urbanas. Se, por um lado, há em Zootécnico uma aproximação quase tátil sugerida pelos materiais, por outro, a lembrança que trazem não é de caráter subjetivo. O que está em jogo em Zootécnico não é a elaboração e implantação de um projeto viável e funcional para a vida e para o trabalho, mas trata-se de uma especulação acerca dos valores modernos e do fracasso de sua implementação.
A solução formal e a repetição de um único tema, empregada por Loureiro, em Zootécnico, comenta os modelos expositivos recorrentes nos espaços determinados para a arte. A cor cinza, por sua vez, remete ao mesmo tempo às representações “naturalistas” de animais e à intenção de neutralidade do cubo branco. Ao percorrer a exposição, o visitante apreenderá os animais um a um, sem jamais ter a visão do conjunto integralmente. O rato, o lobo, o burro, o rinoceronte e o elefante, enfileirados gradualmente na memória do visitante, acabam por constituir uma escala de cinza.
Primeira exposição individual de João Loureiro na Vermelho, Zootécnico aborda as relações entre forma e função da arquitetura de espaços públicos e privados. Para Zootécnico, Loureiro criou uma única instalação composta por um conjunto de cinco animais confeccionados com fatias de espuma cinza: um rato, um lobo, um burro, um rinoceronte e um elefante. Em escala 1:1, os animais foram distribuídos pela galeria seguindo uma relação de proporcionalidade visual com o espaço, preservando como procedimento interno, a variedade sugerida pela arquitetura.
Procedimentos como esse norteiam as pesquisas mais recentes de Loureiro que buscam investigar o legado da arquitetura modernista brasileira e a lógica construtiva de edifícios e áreas urbanas. Se, por um lado, há em Zootécnico uma aproximação quase tátil sugerida pelos materiais, por outro, a lembrança que trazem não é de caráter subjetivo. O que está em jogo em Zootécnico não é a elaboração e implantação de um projeto viável e funcional para a vida e para o trabalho, mas trata-se de uma especulação acerca dos valores modernos e do fracasso de sua implementação.
A solução formal e a repetição de um único tema, empregada por Loureiro, em Zootécnico, comenta os modelos expositivos recorrentes nos espaços determinados para a arte. A cor cinza, por sua vez, remete ao mesmo tempo às representações “naturalistas” de animais e à intenção de neutralidade do cubo branco. Ao percorrer a exposição, o visitante apreenderá os animais um a um, sem jamais ter a visão do conjunto integralmente. O rato, o lobo, o burro, o rinoceronte e o elefante, enfileirados gradualmente na memória do visitante, acabam por constituir uma escala de cinza.