A última foto, primeira exposição individual de Rosângela Rennó, na Galeria Vermelho, aborda o processo de desaparecimento da fotografia analógica e sua consequente substituição pela imagem digital, o que representa a mudança de um importante paradigma na criação fotográfica ao longo dos últimos 160 anos. A tecnologia digital parece abalar definitivamente a suposta credibilidade da imagem fotográfica como documento e gerou tanto uma nova gama de soluções, quanto de problemas, como a transmissão e o armazenamento de imagens, hoje produzidas de forma exponencial.
Para tratar desse tema, Rennó convidou 42 fotógrafos (relação completa abaixo), para participarem da criação da exposição. Cada um escolheu uma das câmeras fotográficas do acervo pessoal da artista, composto dos mais variados formatos e marcas de câmeras, adquiridas em mercados de pulga ou doadas por amigos. Com a câmera em mãos e um rolo de filme, cada um dos fotógrafos produziu imagens P&B ou em cores do Cristo Redentor, no Corcovado, Rio de Janeiro. Após a realização das fotos e a escolha da melhor imagem de cada fotógrafo, Rennó lacrou a lente das câmeras com tinta. A câmera lacrada e sua “última” imagem compõem a série de 43 dípticos, incluindo o do artista, expostos em A última foto.
A escolha do Cristo Redentor como objeto das fotografias surgiu a partir da polêmica que envolve a questão dos direitos sobre imagens de obras realizadas por outros artistas, públicas ou privadas, outro tema abordado por Rennó na exposição. Os herdeiros do escultor Paul Landowski, artista que modelou o rosto e os braços do Cristo Redentor, têm procurado cobrar direitos autorais pela reprodução de caráter comercial da obra, quando esses direitos pertencem à Arquidiocese do Rio de Janeiro, proprietária do monumento. Uma das questões levantadas pela mostra é justamente o debate entre os aspectos público e privado envolvidos em obras que ocupam o espaço urbano, principalmente em se tratando de monumentos do porte do Cristo Redentor. Na mostra será exibido também o documentário “Christo Redemptor”, de Bel Noronha, lançado em 2005, que conta a história da concepção do projeto e da construção do monumento — hoje praticamente esquecidas — e revela a sua tripla autoria, sob a batuta do engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa.
Os fotógrafos que participam do projeto são: Antonio Augusto Fontes, Cláudia Tavares, Cris Bierrenbach, Cristiana Miranda, Caroline Valansi, Dani Soter, Daniel Martins, Deborah Engel, Debora 70, Denise Cathilina, Deise Lane, Ding Musa, Eder Chiodetto, Edouard Fraipont, Eduardo Brandão, Iuri Frigoletto, João Castilho, José Roberto Lobato, Luiz Garrido, Milan, Marcelo Tabach, Matheus Rocha Pitta, Milton Guran, Nino Andrés, Odires Mlászho, Otávio Schipper, Patricia Gouvêa, Paula Trope, Pedro Vasquez, Pedro David, Pedro Motta, Rafael Assef, Rochelle Costi, Ruth Lifschits, Rogério Reis, Thiago Barros, Vicente de Mello, Walter Mesquita, Wilton Montenegro, Ynaiê Dawson, Walter Carvalho e Zeca Linhares.
A última foto, primeira exposição individual de Rosângela Rennó, na Galeria Vermelho, aborda o processo de desaparecimento da fotografia analógica e sua consequente substituição pela imagem digital, o que representa a mudança de um importante paradigma na criação fotográfica ao longo dos últimos 160 anos. A tecnologia digital parece abalar definitivamente a suposta credibilidade da imagem fotográfica como documento e gerou tanto uma nova gama de soluções, quanto de problemas, como a transmissão e o armazenamento de imagens, hoje produzidas de forma exponencial.
Para tratar desse tema, Rennó convidou 42 fotógrafos (relação completa abaixo), para participarem da criação da exposição. Cada um escolheu uma das câmeras fotográficas do acervo pessoal da artista, composto dos mais variados formatos e marcas de câmeras, adquiridas em mercados de pulga ou doadas por amigos. Com a câmera em mãos e um rolo de filme, cada um dos fotógrafos produziu imagens P&B ou em cores do Cristo Redentor, no Corcovado, Rio de Janeiro. Após a realização das fotos e a escolha da melhor imagem de cada fotógrafo, Rennó lacrou a lente das câmeras com tinta. A câmera lacrada e sua “última” imagem compõem a série de 43 dípticos, incluindo o do artista, expostos em A última foto.
A escolha do Cristo Redentor como objeto das fotografias surgiu a partir da polêmica que envolve a questão dos direitos sobre imagens de obras realizadas por outros artistas, públicas ou privadas, outro tema abordado por Rennó na exposição. Os herdeiros do escultor Paul Landowski, artista que modelou o rosto e os braços do Cristo Redentor, têm procurado cobrar direitos autorais pela reprodução de caráter comercial da obra, quando esses direitos pertencem à Arquidiocese do Rio de Janeiro, proprietária do monumento. Uma das questões levantadas pela mostra é justamente o debate entre os aspectos público e privado envolvidos em obras que ocupam o espaço urbano, principalmente em se tratando de monumentos do porte do Cristo Redentor. Na mostra será exibido também o documentário “Christo Redemptor”, de Bel Noronha, lançado em 2005, que conta a história da concepção do projeto e da construção do monumento — hoje praticamente esquecidas — e revela a sua tripla autoria, sob a batuta do engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa.
Os fotógrafos que participam do projeto são: Antonio Augusto Fontes, Cláudia Tavares, Cris Bierrenbach, Cristiana Miranda, Caroline Valansi, Dani Soter, Daniel Martins, Deborah Engel, Debora 70, Denise Cathilina, Deise Lane, Ding Musa, Eder Chiodetto, Edouard Fraipont, Eduardo Brandão, Iuri Frigoletto, João Castilho, José Roberto Lobato, Luiz Garrido, Milan, Marcelo Tabach, Matheus Rocha Pitta, Milton Guran, Nino Andrés, Odires Mlászho, Otávio Schipper, Patricia Gouvêa, Paula Trope, Pedro Vasquez, Pedro David, Pedro Motta, Rafael Assef, Rochelle Costi, Ruth Lifschits, Rogério Reis, Thiago Barros, Vicente de Mello, Walter Mesquita, Wilton Montenegro, Ynaiê Dawson, Walter Carvalho e Zeca Linhares.