“Zero Substantivo” conjuga trabalhos novos e inéditos a outros já conhecidos, apresentados na 30a Bienal de São Paulo, no ano passado, ou mesmo na exposição que Mlászho apresenta atualmente no Pavilhão do Brasil da 55a Bienal de Arte de Veneza, em cartaz até novembro próximo, ambas com curadoria do venezuelano Luis Pérez-Oramas.
A exposição “Zero Substantivo” representa o desenvolvimento natural da pesquisa de Odires Mlászho [1960], iniciada em sua última individual na Vermelho, em 2010, “Sopa Nômade”. Na exposição, a palavra escrita, que representa um dos principais focos de interesse do artista, foi totalmente desarticulada e reorganizada em grupos de letras, com o objetivo de desestabilizar a compreensão e leitura lógica linear de cada frase. Esse procedimento, materializado por meio de técnicas como colagem, escarificação e camuflagem, representou em “Sopa Nômade”, o grau zero da linguagem, “um balbuciar” desprovido de “sentido semântico claro”, nas palavras de Mlászho.
“Zero Substantivo”, que emprega as mesmas técnicas, vai um passo além da utilização da linguagem no sentido matricial empregada em “Sopa Nômade”. Na nova individual, o uso da tipografia carrega significados semânticos desprovidos, entretanto, de substantivos próprios, como o título já revela.
Em “Riverrun” [2013], obra composta por 14 partes que em conjunto constituem uma longa frase, emprega dois alfabetos distintos. À tipologia reta e legível empregada em um deles, Mlászho sobrepõe um segundo alfabeto criado com tipos arcaicos e “torturantes”, de difícil compreensão e leitura.
Em “Técnicas Avançadas para Travessias de Espelhos” [2013], o artista volta a utilizar letraset, técnica usada anteriormente, para criar desenhos sobre fundos camuflados de imagens apropriadas de revistas. Já em “Plast White” [2013], Mlászho escaneou logomarcas e criou com elas poemas visuais.
“Pontos Cegos Móveis” [2013], obra criada originariamente para a exposição “Dentro/ Fora”, no Pavilhão do Brasil da 55ª Bienal de Arte de Veneza, utiliza capas de proteção de filmes fotográficos de 120mm, para representar de 16 formas diferentes a letra Y. O uso de capas de proteção de filmes não foi escolhido aleatoriamente, mas por conta da complexidade de informações que aparece impressa sobre sua superfície, e por fim, pela função desse material dentro do processo fotográfico.
“Zero Substantivo” conta ainda com as obras “Ploter Palavra”, com um conjunto de obras da série “Livros-Moles”, “Livros-Mochilas” e “Partituras para Instrumentos Quebrados”.
“Zero Substantivo” conjuga trabalhos novos e inéditos a outros já conhecidos, apresentados na 30a Bienal de São Paulo, no ano passado, ou mesmo na exposição que Mlászho apresenta atualmente no Pavilhão do Brasil da 55a Bienal de Arte de Veneza, em cartaz até novembro próximo, ambas com curadoria do venezuelano Luis Pérez-Oramas.
A exposição “Zero Substantivo” representa o desenvolvimento natural da pesquisa de Odires Mlászho [1960], iniciada em sua última individual na Vermelho, em 2010, “Sopa Nômade”. Na exposição, a palavra escrita, que representa um dos principais focos de interesse do artista, foi totalmente desarticulada e reorganizada em grupos de letras, com o objetivo de desestabilizar a compreensão e leitura lógica linear de cada frase. Esse procedimento, materializado por meio de técnicas como colagem, escarificação e camuflagem, representou em “Sopa Nômade”, o grau zero da linguagem, “um balbuciar” desprovido de “sentido semântico claro”, nas palavras de Mlászho.
“Zero Substantivo”, que emprega as mesmas técnicas, vai um passo além da utilização da linguagem no sentido matricial empregada em “Sopa Nômade”. Na nova individual, o uso da tipografia carrega significados semânticos desprovidos, entretanto, de substantivos próprios, como o título já revela.
Em “Riverrun” [2013], obra composta por 14 partes que em conjunto constituem uma longa frase, emprega dois alfabetos distintos. À tipologia reta e legível empregada em um deles, Mlászho sobrepõe um segundo alfabeto criado com tipos arcaicos e “torturantes”, de difícil compreensão e leitura.
Em “Técnicas Avançadas para Travessias de Espelhos” [2013], o artista volta a utilizar letraset, técnica usada anteriormente, para criar desenhos sobre fundos camuflados de imagens apropriadas de revistas. Já em “Plast White” [2013], Mlászho escaneou logomarcas e criou com elas poemas visuais.
“Pontos Cegos Móveis” [2013], obra criada originariamente para a exposição “Dentro/ Fora”, no Pavilhão do Brasil da 55ª Bienal de Arte de Veneza, utiliza capas de proteção de filmes fotográficos de 120mm, para representar de 16 formas diferentes a letra Y. O uso de capas de proteção de filmes não foi escolhido aleatoriamente, mas por conta da complexidade de informações que aparece impressa sobre sua superfície, e por fim, pela função desse material dentro do processo fotográfico.
“Zero Substantivo” conta ainda com as obras “Ploter Palavra”, com um conjunto de obras da série “Livros-Moles”, “Livros-Mochilas” e “Partituras para Instrumentos Quebrados”.