Leia o texto completo de Edson Passetti aqui
A Galeria Vermelho apresenta, de 20 de julho a 19 de agosto de 2006, a exposição Via invertida de Lia Chaia.
As relações entre o homem, a natureza e a cidade, tema sempre presente na obra de Lia Chaia, reaparecem em instalações, fotografias, colagens sobre parede e vídeo, na exposição individual Via invertida, apontando para a versatilidade da artista em utilizar mídias distintas focando a domesticação da natureza e as particularidades poéticas da cultura urbana.
Na nova série composta por seis fotografias (2006), Chaia apresenta imagens da transformação da vegetação, de acordo com a variação das estações do ano, em um muro ocupado por trepadeiras, fotografadas durante seis meses. Sobre as imagens, a artista desenhou com ponta seca, trepadeiras no sentido inverso das imagens fotografadas, estabelecendo um diálogo com a obra “Verdera”, que ocupa um dos muros da área externa da galeria, pintado cerca de um ano atrás, época em que foram plantadas “unhas de gato”, um tipo de trepadeira que vem crescendo sobre a pintura mural.
A partir de uma pesquisa fotográfica de desenhos das calçadas da Cidade do México, intervenções anônimas, a artista desenvolveu o projeto de um piso de concreto todo desenhado, que ocupará o chão do cubo branco da galeria. Outro tema que aparece em Via invertida, refere-se ao tempo. Neste sentido, Chaia apresenta uma série de 72 fotografias, realizadas durante um ano, com imagens de uma piscina e o pátio circundante em reforma. Esta série foi registrada do alto de um edifício, valorizando detalhes e áreas de cores e texturas. As tensões urbanas podem ser vistas no trabalho “Choque”, de 2006, onde dezenas de carrinhos à pilha circulam caoticamente na geometria de um labirinto. Em “Verticidade”, de 2006, a artista aborda a sensação da vertigem causada pelo caos urbano, por meio de um plano inclinado feito com colagens de fachadas de edifícios. Na mesma direção, também pode ser localizado o vídeo “Minhocão”, de 2006, onde a artista retira de sua boca inúmeras imagens de fachadas registradas em uma caminhada pelo Elevado Costa e Silva, na cidade de São Paulo. Além disso, a fachada da galeria será ocupada pela obra “Heliponto”.
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A Galeria Vermelho apresenta, de 20 de julho a 19 de agosto de 2006, a exposição Via invertida de Lia Chaia.
As relações entre o homem, a natureza e a cidade, tema sempre presente na obra de Lia Chaia, reaparecem em instalações, fotografias, colagens sobre parede e vídeo, na exposição individual Via invertida, apontando para a versatilidade da artista em utilizar mídias distintas focando a domesticação da natureza e as particularidades poéticas da cultura urbana.
Na nova série composta por seis fotografias (2006), Chaia apresenta imagens da transformação da vegetação, de acordo com a variação das estações do ano, em um muro ocupado por trepadeiras, fotografadas durante seis meses. Sobre as imagens, a artista desenhou com ponta seca, trepadeiras no sentido inverso das imagens fotografadas, estabelecendo um diálogo com a obra “Verdera”, que ocupa um dos muros da área externa da galeria, pintado cerca de um ano atrás, época em que foram plantadas “unhas de gato”, um tipo de trepadeira que vem crescendo sobre a pintura mural.
A partir de uma pesquisa fotográfica de desenhos das calçadas da Cidade do México, intervenções anônimas, a artista desenvolveu o projeto de um piso de concreto todo desenhado, que ocupará o chão do cubo branco da galeria. Outro tema que aparece em Via invertida, refere-se ao tempo. Neste sentido, Chaia apresenta uma série de 72 fotografias, realizadas durante um ano, com imagens de uma piscina e o pátio circundante em reforma. Esta série foi registrada do alto de um edifício, valorizando detalhes e áreas de cores e texturas. As tensões urbanas podem ser vistas no trabalho “Choque”, de 2006, onde dezenas de carrinhos à pilha circulam caoticamente na geometria de um labirinto. Em “Verticidade”, de 2006, a artista aborda a sensação da vertigem causada pelo caos urbano, por meio de um plano inclinado feito com colagens de fachadas de edifícios. Na mesma direção, também pode ser localizado o vídeo “Minhocão”, de 2006, onde a artista retira de sua boca inúmeras imagens de fachadas registradas em uma caminhada pelo Elevado Costa e Silva, na cidade de São Paulo. Além disso, a fachada da galeria será ocupada pela obra “Heliponto”.