A Sala 3 será ocupada pela série Corpo da Alma de Rosângela Rennó. Trata-se de um conjunto de imagens originalmente publicadas em artigos de jornal, de pessoas que seguram fotografias de parentes ou amigos desaparecidos. Na série, que desde seu surgimento já apresentou desdobramentos sobre placas de alumínio, vinil adesivo ou em impressões jato de tinta, a fotografia assume o papel de instrumento de revolta e contra o esquecimento por parte daqueles que tiveram que conviver com a ausência súbita de parentes próximos, vítimas de desaparecimento ou morte (por atos de guerra, terrorismo ou violência urbana). As pessoas, cujos retratos são exibidos por parentes, aludem a um estado de impotência. Com esse procedimento, Rennó desestabiliza uma das principais características da fotografia que é a de congelar o acontecimento, “desimobilizando”, segundo as palavras do crítico Paulo Herkenhoff, o sono arquivístico da fotografia, tornando visíveis fatos extra-imagéticos
A Sala 3 será ocupada pela série Corpo da Alma de Rosângela Rennó. Trata-se de um conjunto de imagens originalmente publicadas em artigos de jornal, de pessoas que seguram fotografias de parentes ou amigos desaparecidos. Na série, que desde seu surgimento já apresentou desdobramentos sobre placas de alumínio, vinil adesivo ou em impressões jato de tinta, a fotografia assume o papel de instrumento de revolta e contra o esquecimento por parte daqueles que tiveram que conviver com a ausência súbita de parentes próximos, vítimas de desaparecimento ou morte (por atos de guerra, terrorismo ou violência urbana). As pessoas, cujos retratos são exibidos por parentes, aludem a um estado de impotência. Com esse procedimento, Rennó desestabiliza uma das principais características da fotografia que é a de congelar o acontecimento, “desimobilizando”, segundo as palavras do crítico Paulo Herkenhoff, o sono arquivístico da fotografia, tornando visíveis fatos extra-imagéticos