Expondo regularmente na Vermelho desde 2005, Nicolás volta a ocupar as salas da galeria com três novas instalações, sendo que uma delas faz referência direta à seta apresentada em “Maio”, sua primeira individual na galeria, há sete anos.
O universo simbólico criado por Robbio em “Maio”, já apontava para o que, atualmente, constitui seu vocabulário de imagens, composto por diagramas, desenhos técnicos e elementos arquitetônicos. Isolados, justapostos ou recombinados esses elementos têm o objetivo de sugerir diferentes formas de percepção e leitura de sistemas representacionais altamente difundidos no mundo atual. O maior trabalho daquela mostra foi uma pintura, uma grande seta negra, que escapava do espaço físico destinado à sua exposição, e que invadia a sala inferior, ocupado na época pela individual de Rogerio Canella, sugerindo com a obra dois polos opostos: um deles repleto de luz, representado pela superfície branca das paredes onde Canella instalou suas fotografias, e outro desprovido de luz e de objetos representado nas paredes pretas.
Ideia semelhante surge na obra “Pelo princípio de erguer”. Nela, Robbio divide o cubo branco da Vermelho em duas partes, por meio de uma estrutura de madeira, e cria, literalmente, um novo espaço: a parte inferior, acessível pelo piso térreo da galeria, é totalmente desprovida de luz; a superior, essa sim iluminada e não acessível, é ocupada apenas pela escultura de um lobo. A partir da experiência da gravidade, Robbio cria um universo que vai além da física, ou seja, muito além daquilo que mantem o homem em pé.
Para o artista, a força que nos mantem aterrados sobre a terra é a mesma que nos eleva – seu campo de ação está localizado no espaço intermediário entre esses dois extremos.
A materialização dessas ideias aparece também na instalação “A 90°”, que ocupa a sala 2 da Vermelho. Nela, o artista continua a abordar a questão da gravidade, a partir de dois extremos que na verdade parecem negar esse conceito. Instalada sobre uma das paredes da sala, a obra cria um mapa composto por linhas retas que, sob o efeito de pesos posicionados nos extremos de uma imbricada engrenagem feita com cordas, parece sustentar a cosmologia, ou melhor, o imaginário do artista.
Completa a individual a instalação “1+2+3+4” onde mais uma vez Robbio busca questionar as leis da física. Feita em madeira, a obra foi posicionada em um canto do hall de entrada da Vermelho e tem como objetivo anular o imperativo da arquitetura que exige que para que algo permaneça em pé, um outro elemento funcione como estrutura.
Os questionamentos propostos na individual parecem bastante oportunos no mundo atual. Eles sugerem a superação de modelos anteriores de relação entre cultura e sociedade, baseados na aceitação de ideias opostas e frequentemente antagônicas. Usando referências da arquitetura, da estética, da física, da história e da literatura, Robbio defende a tese de um mundo cheio de nuances, decorrência do confronto entre racional e subjetivo, entre presente e passado, entre apropriado e original, entre individuo e coletivo.
Expondo regularmente na Vermelho desde 2005, Nicolás volta a ocupar as salas da galeria com três novas instalações, sendo que uma delas faz referência direta à seta apresentada em “Maio”, sua primeira individual na galeria, há sete anos.
O universo simbólico criado por Robbio em “Maio”, já apontava para o que, atualmente, constitui seu vocabulário de imagens, composto por diagramas, desenhos técnicos e elementos arquitetônicos. Isolados, justapostos ou recombinados esses elementos têm o objetivo de sugerir diferentes formas de percepção e leitura de sistemas representacionais altamente difundidos no mundo atual. O maior trabalho daquela mostra foi uma pintura, uma grande seta negra, que escapava do espaço físico destinado à sua exposição, e que invadia a sala inferior, ocupado na época pela individual de Rogerio Canella, sugerindo com a obra dois polos opostos: um deles repleto de luz, representado pela superfície branca das paredes onde Canella instalou suas fotografias, e outro desprovido de luz e de objetos representado nas paredes pretas.
Ideia semelhante surge na obra “Pelo princípio de erguer”. Nela, Robbio divide o cubo branco da Vermelho em duas partes, por meio de uma estrutura de madeira, e cria, literalmente, um novo espaço: a parte inferior, acessível pelo piso térreo da galeria, é totalmente desprovida de luz; a superior, essa sim iluminada e não acessível, é ocupada apenas pela escultura de um lobo. A partir da experiência da gravidade, Robbio cria um universo que vai além da física, ou seja, muito além daquilo que mantem o homem em pé.
Para o artista, a força que nos mantem aterrados sobre a terra é a mesma que nos eleva – seu campo de ação está localizado no espaço intermediário entre esses dois extremos.
A materialização dessas ideias aparece também na instalação “A 90°”, que ocupa a sala 2 da Vermelho. Nela, o artista continua a abordar a questão da gravidade, a partir de dois extremos que na verdade parecem negar esse conceito. Instalada sobre uma das paredes da sala, a obra cria um mapa composto por linhas retas que, sob o efeito de pesos posicionados nos extremos de uma imbricada engrenagem feita com cordas, parece sustentar a cosmologia, ou melhor, o imaginário do artista.
Completa a individual a instalação “1+2+3+4” onde mais uma vez Robbio busca questionar as leis da física. Feita em madeira, a obra foi posicionada em um canto do hall de entrada da Vermelho e tem como objetivo anular o imperativo da arquitetura que exige que para que algo permaneça em pé, um outro elemento funcione como estrutura.
Os questionamentos propostos na individual parecem bastante oportunos no mundo atual. Eles sugerem a superação de modelos anteriores de relação entre cultura e sociedade, baseados na aceitação de ideias opostas e frequentemente antagônicas. Usando referências da arquitetura, da estética, da física, da história e da literatura, Robbio defende a tese de um mundo cheio de nuances, decorrência do confronto entre racional e subjetivo, entre presente e passado, entre apropriado e original, entre individuo e coletivo.
![](https://galeriavermelho.com.br/wp-content/uploads/2022/08/1_nicolas_robbio_a_forca_e_limitada_2012_foto_rafael_canas.jpg)
![](https://galeriavermelho.com.br/wp-content/uploads/2022/08/2_nicolas_robbio_a_forca_e_limitada_2012_foto_rafael_canas.jpg)
![](https://galeriavermelho.com.br/wp-content/uploads/2022/08/3_nicolas_robbio_a_forca_e_limitada_2012_foto_rafael_canas.jpg)
![](https://galeriavermelho.com.br/wp-content/uploads/2022/08/4_nicolas_robbio_a_forca_e_limitada_2012_foto_rafael_canas.jpg)
![](https://galeriavermelho.com.br/wp-content/uploads/2022/08/5_nicolas_robbio_a_forca_e_limitada_2012_foto_rafael_canas.jpg)
![](https://galeriavermelho.com.br/wp-content/uploads/2022/08/6_nicolas_robbio_a_forca_e_limitada_2012_foto_rafael_canas.jpg)
![](https://galeriavermelho.com.br/wp-content/uploads/2022/08/7_nicolas_robbio_a_forca_e_limitada_2012_foto_rafael_canas.jpg)
![](https://galeriavermelho.com.br/wp-content/uploads/2022/08/8_nicolas_robbio_a_forca_e_limitada_2012_foto_rafael_canas.jpg)
![](https://galeriavermelho.com.br/wp-content/uploads/2022/08/9_nicolas_robbio_a_forca_e_limitada_2012_foto_rafael_canas.jpg)
![](https://galeriavermelho.com.br/wp-content/uploads/2022/08/10_nicolas_robbio_a_forca_e_limitada_2012_foto_rafael_canas.jpg)
![](https://galeriavermelho.com.br/wp-content/uploads/2022/08/11_nicolas_robbio_a_forca_e_limitada_2012_foto_rafael_canas.jpg)
![](https://galeriavermelho.com.br/wp-content/uploads/2022/08/12_nicolas_robbio_a_forca_e_limitada_2012_foto_rafael_canas.jpg)
![](https://galeriavermelho.com.br/wp-content/uploads/2022/08/13_nicolas_robbio_a_forca_e_limitada_2012_foto_rafael_canas.jpg)