


















































Foto Filipe Berndt
2 conjuntos de 18 ampliações analógicas em papel de gelatina e prata, pintadas com pastel a óleo
Foto Filipe Berndt
Trata-se de uma série composta por 5 galerias de retratos de base fotográfica realizados por “fotopintores”, um deles residente em Fortaleza, Ceará, e quatro em Juazeiro do Norte, cidade da região do Cariri, localizada ao sul do mesmo estado. Os retratados nunca vieram ao Brasil e são habitantes de uma região remota de Portugal, o Pinhal do Douro, onde está localizado o vilarejo de Carrazeda de Ansiães.
A técnica da “fotopintura” é uma tradição de retrato pintado em vias de desaparecimento, em função da dificuldade de distribuição do material fotográfico nas regiões mais afastadas do Brasil. Não obstante a mudança do suporte deste retrato que passou a ser feito digitalmente, a clientela parece ainda preferir a “imagem derivada”, realizada nos mesmos moldes da fotopintura tradicional, ao retrato simples, direto, sem manipulações excessivas e colorização. O retrato pintado — manual ou digitalmente — parece ser, aos olhos do homem simples do Cariri, a representação ideal da figura humana, a cristalização de um momento preciso e precioso.
Os retratos pintados, na maioria das vezes, se prestam a imortalizar uma situação inusitada ou impossível, como a união entre familiares que nunca se conheceram, por meio da refotografia e do retoque. Mais do que simplesmente possibilitar esses encontros, os retratos vêm carregados com a aura de perenidade e da supremacia da pintura em relação à fotografia. A pintura é realizada de diversas maneiras, do simples retoque que imita a maquilagem das mulheres humildes à total repintura da superfície fotográfica. Entretanto, são sempre formas imortalizadoras, ícones populares presentes em todas as casas dos habitantes da região do Cariri, ao lado dos ícones religiosos muito cultuados no norte e nordeste do Brasil.
Os 18 retratos do projeto Carrazeda+Cariri, que aparecem em cada uma das 5 galerias de retratos pintados, foram gerados a partir de fotografias obtidas na internet, em blogs e sites da região de Carrazeda de Ansiães, em Portugal, local onde há carência de mulheres dispostas a casarem-se com os homens da região, em sua maioria, proprietários rurais, agricultores e pequenos operários. As mulheres da região parecem revoltar-se contra a vida simples e limitada à terra; saem em busca de uma nova perspectiva ou simplesmente partem por não encontrarem homens dispostos a se casar, possivelmente porque estes preferem o celibato até que atingem a idade madura.
Imortalizar os retratos isolados dos homens de Carrazeda funciona como cristalizar uma situação singular, terminal, uma disfunção social aparentemente sem saída, como parece ocorrer com a tradição do retrato pintado a mão, no Cariri.
Porém, no Cariri, cada artesão pinta seus retratos de uma forma diferente; cada um imprime seu traço específico sobre o retrato original, multiplicando as possibilidades estéticas de cada retrato e, por extensão, de cada retratado, tornando-o uma espécie de “singular plural”. É como se o Cariri desse a Carrazeda uma resposta provocativa ao celibato, às disfunções sociais e à situação limite do fim do retrato.
Rosângela Rennó, 2009
40 x 30 cm cada parte de 36
2 conjuntos de 18 ampliações analógicas em papel de gelatina e prata, pintadas com pastel a óleo
Foto Filipe BerndtTrata-se de uma série composta por 5 galerias de retratos de base fotográfica realizados por “fotopintores”, um deles residente em Fortaleza, Ceará, e quatro em Juazeiro do Norte, cidade da região do Cariri, localizada ao sul do mesmo estado. Os retratados nunca vieram ao Brasil e são habitantes de uma região remota de Portugal, o Pinhal do Douro, onde está localizado o vilarejo de Carrazeda de Ansiães.
A técnica da “fotopintura” é uma tradição de retrato pintado em vias de desaparecimento, em função da dificuldade de distribuição do material fotográfico nas regiões mais afastadas do Brasil. Não obstante a mudança do suporte deste retrato que passou a ser feito digitalmente, a clientela parece ainda preferir a “imagem derivada”, realizada nos mesmos moldes da fotopintura tradicional, ao retrato simples, direto, sem manipulações excessivas e colorização. O retrato pintado — manual ou digitalmente — parece ser, aos olhos do homem simples do Cariri, a representação ideal da figura humana, a cristalização de um momento preciso e precioso.
Os retratos pintados, na maioria das vezes, se prestam a imortalizar uma situação inusitada ou impossível, como a união entre familiares que nunca se conheceram, por meio da refotografia e do retoque. Mais do que simplesmente possibilitar esses encontros, os retratos vêm carregados com a aura de perenidade e da supremacia da pintura em relação à fotografia. A pintura é realizada de diversas maneiras, do simples retoque que imita a maquilagem das mulheres humildes à total repintura da superfície fotográfica. Entretanto, são sempre formas imortalizadoras, ícones populares presentes em todas as casas dos habitantes da região do Cariri, ao lado dos ícones religiosos muito cultuados no norte e nordeste do Brasil.
Os 18 retratos do projeto Carrazeda+Cariri, que aparecem em cada uma das 5 galerias de retratos pintados, foram gerados a partir de fotografias obtidas na internet, em blogs e sites da região de Carrazeda de Ansiães, em Portugal, local onde há carência de mulheres dispostas a casarem-se com os homens da região, em sua maioria, proprietários rurais, agricultores e pequenos operários. As mulheres da região parecem revoltar-se contra a vida simples e limitada à terra; saem em busca de uma nova perspectiva ou simplesmente partem por não encontrarem homens dispostos a se casar, possivelmente porque estes preferem o celibato até que atingem a idade madura.
Imortalizar os retratos isolados dos homens de Carrazeda funciona como cristalizar uma situação singular, terminal, uma disfunção social aparentemente sem saída, como parece ocorrer com a tradição do retrato pintado a mão, no Cariri.
Porém, no Cariri, cada artesão pinta seus retratos de uma forma diferente; cada um imprime seu traço específico sobre o retrato original, multiplicando as possibilidades estéticas de cada retrato e, por extensão, de cada retratado, tornando-o uma espécie de “singular plural”. É como se o Cariri desse a Carrazeda uma resposta provocativa ao celibato, às disfunções sociais e à situação limite do fim do retrato.
Rosângela Rennó, 2009
Aço inox 2mm espelhado, polido e cortado a laser
Foto Vermelho
Corpos celestes celebra os 20 anos do sistema Helvetica Concentrated (desenvolvido pela dupla em colaboração com Jiří Skála em 2004).
A série foi apresentada na individual da dupla no Centre Pompidou, em 2024, como parte das celebrações de sua indicação ao Prix Marcel Duchamp.
Cada peça da série escreve concentricamente o nome de uma estrela utilizando o sistema Helvetica Concentrated, aproximando texto e tridimensionalidade.
Ø 63,67 cm
Aço inox 2mm espelhado, polido e cortado a laser
Foto VermelhoCorpos celestes celebra os 20 anos do sistema Helvetica Concentrated (desenvolvido pela dupla em colaboração com Jiří Skála em 2004).
A série foi apresentada na individual da dupla no Centre Pompidou, em 2024, como parte das celebrações de sua indicação ao Prix Marcel Duchamp.
Cada peça da série escreve concentricamente o nome de uma estrela utilizando o sistema Helvetica Concentrated, aproximando texto e tridimensionalidade.
Pedras esculpidas, água, cortiça e ferro magnetizado
Foto Vermelho
Três pedras com receptáculos arredondados talhados, emulam espelhos usados para observações astrológicas nos tempos pré-hispânicos. As formas são preenchidas por água, onde repousam agulhas magnetizadas flutuantes, que funcionam como bússolas que apontam para o sul. Diz-se que os sábios pré-colombianos faziam as estrelas descer do céu refletindo-as em espelhos d’água.
A navegação, usa constelações e estrelas como referências há séculos. A invenção da bússola é um marco essencial na história da navegação e exploração. Inventada na China por volta do século II a.C., consistia em uma agulha magnetizada colocada em uma bandeja flutuante que permitia que ela girasse livremente, utilizando o magnetismo da Terra. Inicialmente, as bússolas apontavam para o sul, pois na tradição chinesa, o Norte era associado ao frio e à morte. Em oposição, o Sul era belo e abençoado, já que de lá vinham o calor e a vida. Quando foi introduzida na Europa no século XIII, a bússola passou a apontar para o norte.
Enquanto o céu era um lugar de contemplação filosófica nos tempos antigos, as mobilizações europeias iniciadas para a dominação de territórios usaram essa fonte de conhecimento como ferramentas para exercer poder político e conquista. A presença da bússola na instalação, apontando para o sul, torna-se um marcador de uma revalorização dos costumes e conhecimentos pré-coloniais e um sinal de resiliência em um mundo dominado pelo Ocidente.
27 x 48 x 49 cm
Pedras esculpidas, água, cortiça e ferro magnetizado
Foto VermelhoTrês pedras com receptáculos arredondados talhados, emulam espelhos usados para observações astrológicas nos tempos pré-hispânicos. As formas são preenchidas por água, onde repousam agulhas magnetizadas flutuantes, que funcionam como bússolas que apontam para o sul. Diz-se que os sábios pré-colombianos faziam as estrelas descer do céu refletindo-as em espelhos d’água.
A navegação, usa constelações e estrelas como referências há séculos. A invenção da bússola é um marco essencial na história da navegação e exploração. Inventada na China por volta do século II a.C., consistia em uma agulha magnetizada colocada em uma bandeja flutuante que permitia que ela girasse livremente, utilizando o magnetismo da Terra. Inicialmente, as bússolas apontavam para o sul, pois na tradição chinesa, o Norte era associado ao frio e à morte. Em oposição, o Sul era belo e abençoado, já que de lá vinham o calor e a vida. Quando foi introduzida na Europa no século XIII, a bússola passou a apontar para o norte.
Enquanto o céu era um lugar de contemplação filosófica nos tempos antigos, as mobilizações europeias iniciadas para a dominação de territórios usaram essa fonte de conhecimento como ferramentas para exercer poder político e conquista. A presença da bússola na instalação, apontando para o sul, torna-se um marcador de uma revalorização dos costumes e conhecimentos pré-coloniais e um sinal de resiliência em um mundo dominado pelo Ocidente.
Tinta óleo, tinta acrílica, bastão oleoso, pastel seco, encáustica, tela de algodão, voil, espuma de colchão, alumínio, papelão, ripa de madeira, ripa de ferro e isopor sobre tela e madeirite montado em chassi
Foto Samuel Esteves
Meia tem sua prática fundamentada em uma pesquisa em torno da pintura de paisagem, de suas formas, história e sentidos. As paisagens de Meia começam a ser elaboradas pelo trânsito do artista, seja por seus deslocamentos pelas ruas ou por seus ciclos de afetos. Ambos os circuitos equipam o artista com material para a elaboração de suas pinturas. Na rua, ele identifica, seleciona e recolhe elementos com potencial construtivo; dos afetos ele ganha elementos que carregam qualidades tônicas e simbólicas.
Suas composições, assim, baseiam-se em grades (grids) que se desprendem da racionalidade, da ordem e da neutralidade, para desenvolverse a partir de subjetividades contextuais, da fragmentação de histórias e pelo hibridismo. Embora suas construções se baseiem em colagens de matérias de diferentes valores intrínsecos, sua prática inclui técnicas e materiais clássicos e nobres da pintura, como a encáustica, a tinta a óleo, o bastão oleoso e o carvão.
198 x 153 x 9,5 cm
Tinta óleo, tinta acrílica, bastão oleoso, pastel seco, encáustica, tela de algodão, voil, espuma de colchão, alumínio, papelão, ripa de madeira, ripa de ferro e isopor sobre tela e madeirite montado em chassi
Foto Samuel EstevesMeia tem sua prática fundamentada em uma pesquisa em torno da pintura de paisagem, de suas formas, história e sentidos. As paisagens de Meia começam a ser elaboradas pelo trânsito do artista, seja por seus deslocamentos pelas ruas ou por seus ciclos de afetos. Ambos os circuitos equipam o artista com material para a elaboração de suas pinturas. Na rua, ele identifica, seleciona e recolhe elementos com potencial construtivo; dos afetos ele ganha elementos que carregam qualidades tônicas e simbólicas.
Suas composições, assim, baseiam-se em grades (grids) que se desprendem da racionalidade, da ordem e da neutralidade, para desenvolverse a partir de subjetividades contextuais, da fragmentação de histórias e pelo hibridismo. Embora suas construções se baseiem em colagens de matérias de diferentes valores intrínsecos, sua prática inclui técnicas e materiais clássicos e nobres da pintura, como a encáustica, a tinta a óleo, o bastão oleoso e o carvão.
Elástico e pinos de bronze
Foto Samuel Esteves
As Ilhas de Carmela Gross atuam no campo do desenho na produção da artista, onde dois conceitos são fundamentais:
1 – O desenho que delineia, esboça conceitos, pensa formas, anota, recorta e engendra territórios, formula hipóteses, questiona e vivência estratégias.
2- O desenho que projeta, constrói, define áreas, compõe, mapeia, mede distâncias e ordena operações de fabricação e/ou produção de peças, nas suas características formais e na sua interação com os lugares.
160 x 180 cm
Elástico e pinos de bronze
Foto Samuel EstevesAs Ilhas de Carmela Gross atuam no campo do desenho na produção da artista, onde dois conceitos são fundamentais:
1 – O desenho que delineia, esboça conceitos, pensa formas, anota, recorta e engendra territórios, formula hipóteses, questiona e vivência estratégias.
2- O desenho que projeta, constrói, define áreas, compõe, mapeia, mede distâncias e ordena operações de fabricação e/ou produção de peças, nas suas características formais e na sua interação com os lugares.
Bronze com banho de ouro
Foto Samuel Esteves
Ribeiro explorou, em sua obra, o contato entre materiais e suas transformações ao longo do processo de criação. A construção dos trabalhos envolviam diferentes etapas, onde corpos se estruturam e se articulam entre si.
Elementos produzidos em seu estudio, combinados a produções realizadas em ateliês especializados, criam um percurso entre conjunto e autonomia dos elementos. Em sua obra, cada material carrega sua condição original e os significados culturais que adquire.
206 x 4 x 2,8 cm
Bronze com banho de ouro
Foto Samuel EstevesRibeiro explorou, em sua obra, o contato entre materiais e suas transformações ao longo do processo de criação. A construção dos trabalhos envolviam diferentes etapas, onde corpos se estruturam e se articulam entre si.
Elementos produzidos em seu estudio, combinados a produções realizadas em ateliês especializados, criam um percurso entre conjunto e autonomia dos elementos. Em sua obra, cada material carrega sua condição original e os significados culturais que adquire.
Concreto oxidado e quartzo
Foto Vermelho
Em sua obra, Estevan Davi adota uma abordagem iconoclasta, reinterpretando símbolos e representações de civilizações antigas. Seus métodos condensam elementos atemporais ligados à história da arte, ressignificando mitos, lendas e crenças de diferentes culturas e períodos.
160 x 153 cm
Concreto oxidado e quartzo
Foto VermelhoEm sua obra, Estevan Davi adota uma abordagem iconoclasta, reinterpretando símbolos e representações de civilizações antigas. Seus métodos condensam elementos atemporais ligados à história da arte, ressignificando mitos, lendas e crenças de diferentes culturas e períodos.
Óleo sobre tecido
Foto Vermelho
“(…)Dora também mostra um conjunto de panos que usou por anos para limpar seus pincéis. Cada um deles, imbuído de qualidades pictóricas acidentais e muito tempo de trabalho, traz pintado o nome de um pigmento vermelho, cor fundamental na obra da artista.(…)”
– Trecho do texto “O labirinto de Dora”, por Gabriel Zimbardi
38,5 x 50 cm
Óleo sobre tecido
Foto Vermelho“(…)Dora também mostra um conjunto de panos que usou por anos para limpar seus pincéis. Cada um deles, imbuído de qualidades pictóricas acidentais e muito tempo de trabalho, traz pintado o nome de um pigmento vermelho, cor fundamental na obra da artista.(…)”
– Trecho do texto “O labirinto de Dora”, por Gabriel Zimbardi
Cobre, lã, algodão e fibra de palmeira
Foto cortesia artista
As obras desta série misturam cordas de lã, algodão e fibras de palmeira feitas à mão, entrelaçadas com tiras de cobre. As peças baseiam-se em sistemas de computadores primários, tecnologias que, em seus estágios iniciais, utilizavam técnicas artesanais e manuais em sua fabricação.
As práticas de tecelagem influenciaram significativamente as origens do armazenamento de informações em computadores, e as mulheres foram essenciais no desenvolvimento dessas tecnologias.
As obras têm a intenção de subverter as noções das origens patriarcais do conhecimento, bem como o viés universal em direção à supremacia do conhecimento ocidental, que rejeita outras formas de entendimento e de relação com o mundo, expondo a influência dos têxteis no desenvolvimento da ciência.
176 x 120 cm
Cobre, lã, algodão e fibra de palmeira
Foto cortesia artistaAs obras desta série misturam cordas de lã, algodão e fibras de palmeira feitas à mão, entrelaçadas com tiras de cobre. As peças baseiam-se em sistemas de computadores primários, tecnologias que, em seus estágios iniciais, utilizavam técnicas artesanais e manuais em sua fabricação.
As práticas de tecelagem influenciaram significativamente as origens do armazenamento de informações em computadores, e as mulheres foram essenciais no desenvolvimento dessas tecnologias.
As obras têm a intenção de subverter as noções das origens patriarcais do conhecimento, bem como o viés universal em direção à supremacia do conhecimento ocidental, que rejeita outras formas de entendimento e de relação com o mundo, expondo a influência dos têxteis no desenvolvimento da ciência.
bronze
Foto Vermelho
A escultura de Edgard de Souza faz parte de uma série em bronze fundido, desenvolvida pelo artista desde 2000. A silhueta faz referência a uma figura masculina espelhada, baseada no próprio corpo do artista, em uma escala reduzida. À primeira vista, suas esculturas sugerem movimentos contínuos. No entanto, ao observar mais de perto, elas revelam ações fragmentadas. As poses impossíveis evocam tanto o impulso e a introspecção, quanto o desmembramento e a fusão dos corpos.
49,9 x 20 x 17,5 cm
bronze
Foto VermelhoA escultura de Edgard de Souza faz parte de uma série em bronze fundido, desenvolvida pelo artista desde 2000. A silhueta faz referência a uma figura masculina espelhada, baseada no próprio corpo do artista, em uma escala reduzida. À primeira vista, suas esculturas sugerem movimentos contínuos. No entanto, ao observar mais de perto, elas revelam ações fragmentadas. As poses impossíveis evocam tanto o impulso e a introspecção, quanto o desmembramento e a fusão dos corpos.
Impressão fotográfica analógica e acrílico
Foto Filipe Berndt
Ao integrar filtros, refotografia, projeções e sequências narrativas, Claudia Andujar ampliou as possibilidades da fotografia nas artes visuais. Seu trabalho antecipou debates sobre imagem e subjetividade, a expansão da fotografia no espaço expositivo e a relação entre som e imagem. Mais do que uma fotógrafa documental, Andujar usou a fotografia para questionar e expandir os limites do próprio meio.
50 x 50 x 22 cm
Impressão fotográfica analógica e acrílico
Foto Filipe BerndtAo integrar filtros, refotografia, projeções e sequências narrativas, Claudia Andujar ampliou as possibilidades da fotografia nas artes visuais. Seu trabalho antecipou debates sobre imagem e subjetividade, a expansão da fotografia no espaço expositivo e a relação entre som e imagem. Mais do que uma fotógrafa documental, Andujar usou a fotografia para questionar e expandir os limites do próprio meio.
Tubo de cobre, moedas, arame farpado e arame de aço
Foto Samuel Esteves
In Plano Atrativo [Attractive Plan], Komatsu articulates relationships between control and force. Barbed wire, a symbol of restriction, and coins, an expression of value and power, form an interdependent structure.
Inspired by geometric tapestries, the artist creates a visually harmonious pattern that, up close, reveals its tension: the allure of money confronts the danger of wire.
250 x 188 cm
Tubo de cobre, moedas, arame farpado e arame de aço
Foto Samuel EstevesIn Plano Atrativo [Attractive Plan], Komatsu articulates relationships between control and force. Barbed wire, a symbol of restriction, and coins, an expression of value and power, form an interdependent structure.
Inspired by geometric tapestries, the artist creates a visually harmonious pattern that, up close, reveals its tension: the allure of money confronts the danger of wire.
Cabo de madeira revestido em pleastico e rodo de madeira e EVA
Foto Samuel Esteves
Marcelo Cidade parte da apropriação e desuso de instrumentos de limpeza do cotidiano para criticar a precarização e o consumo do trabalho e do trabalhador.
43 x 62 x 6 cm
Cabo de madeira revestido em pleastico e rodo de madeira e EVA
Foto Samuel EstevesMarcelo Cidade parte da apropriação e desuso de instrumentos de limpeza do cotidiano para criticar a precarização e o consumo do trabalho e do trabalhador.
Aquarela sobre papel 100% algodão
Foto Samuel Esteves
A série Tríades, de Chiara Banfi, explora a interseção entre geometria, música e simbolismo, investigando as profundas conexões estruturais entre padrões harmônicos e formas geométricas. Ao examinar essas relações, a artista busca revelar as correspondências entre a harmonia musical, a geometria sagrada e sua ligação com arquétipos universais.
240 x 160 cm
Aquarela sobre papel 100% algodão
Foto Samuel EstevesA série Tríades, de Chiara Banfi, explora a interseção entre geometria, música e simbolismo, investigando as profundas conexões estruturais entre padrões harmônicos e formas geométricas. Ao examinar essas relações, a artista busca revelar as correspondências entre a harmonia musical, a geometria sagrada e sua ligação com arquétipos universais.
Foto Filipe Berndt
segunda montagem do stand
Foto Filipe Berndt
segunda montagem do stand
Foto Filipe Berndtsegunda montagem do stand
Foto Filipe Berndt
segunda montagem do stand
Foto Filipe BerndtFolha de contato e caneta permanente
Foto Vermelho
A série Untitled – Self-Portraits é um desdobramento dos autorretratos performáticos realizados por Carlos Motta em 1998, nos quais o artista encarnava personagens fictícios em paisagens encenadas. Em 2025, Motta revisita esse material de arquivo e de época, intervindo nas folhas de contato originais ao apagar os cenários e isolar apenas o corpo em sequência. O gesto reforça o corpo como território de transformação e resistência, aprofundando a investigação do artista sobre alteridade sexual e construção de identidades dissidentes. A série integra as coleções do Centre Pompidou, Lara Foundation (Singapura) e MoMA, Nova York.
31 x 21 cm
Folha de contato e caneta permanente
Foto VermelhoA série Untitled – Self-Portraits é um desdobramento dos autorretratos performáticos realizados por Carlos Motta em 1998, nos quais o artista encarnava personagens fictícios em paisagens encenadas. Em 2025, Motta revisita esse material de arquivo e de época, intervindo nas folhas de contato originais ao apagar os cenários e isolar apenas o corpo em sequência. O gesto reforça o corpo como território de transformação e resistência, aprofundando a investigação do artista sobre alteridade sexual e construção de identidades dissidentes. A série integra as coleções do Centre Pompidou, Lara Foundation (Singapura) e MoMA, Nova York.
Laca nitrocelulose, primer, verniz acrílico e MDF
Foto Filipe Berndt
Tectônicas foram produzidas após anos de acúmulos de materiais no ateliê de Cadu. O corte revelou incontáveis camadas de tinta, uma topologia artificial que nos aproxima dos ciclos geológicos.
17 x 72,5 x 9 cm
Laca nitrocelulose, primer, verniz acrílico e MDF
Foto Filipe BerndtTectônicas foram produzidas após anos de acúmulos de materiais no ateliê de Cadu. O corte revelou incontáveis camadas de tinta, uma topologia artificial que nos aproxima dos ciclos geológicos.
concreto, alumínio, pintura de esmalte sintético
Foto Filipe Berndt
Nessa série de pinturas sobre concreto, Iván Argote trabalha em torno da construção e formação de narrativas históricas e culturais a partir de slogans, artefatos e monumentos. Em vez de uma história escrita pelos “vencedores”, Argote apresenta aqui uma coleção de artefatos recompostos de uma arqueologia que prioriza o afeto e a resistência.
87 x 96 x 4 cm
concreto, alumínio, pintura de esmalte sintético
Foto Filipe BerndtNessa série de pinturas sobre concreto, Iván Argote trabalha em torno da construção e formação de narrativas históricas e culturais a partir de slogans, artefatos e monumentos. Em vez de uma história escrita pelos “vencedores”, Argote apresenta aqui uma coleção de artefatos recompostos de uma arqueologia que prioriza o afeto e a resistência.
Caneta à base de água, tinta acrílica sobre papel, serigrafia em aço, molduras de ferro, tinta acrílica sobre mapa montado em placa de ACM
Foto Filipe Berndt
Essa série é baseada em espiãs cuja profissão principal não era “ser espiã”. Eram pessoas públicas – atrizes, cantoras, esportistas, estrelas da mídia, socialites – que trabalhavam disfarçadas para ajudar seus países ou suas causas.
Os retratos são montados em molduras de aço e apresentados sobre mapas antigos da Revista National Geographic que mostram – pintados em vermelho – os países envolvidos nos conflitos em que as espiãs atuaram.
Sobre os mapas são apresentadas também pinturas de uma das armas utilizadas na época de cada conflito específico emoldurada em aço, e uma serigrafia em aço baseada em imagens documentais produzidas na época por um fotógrafo de guerra.
85 x 120 cm
Caneta à base de água, tinta acrílica sobre papel, serigrafia em aço, molduras de ferro, tinta acrílica sobre mapa montado em placa de ACM
Foto Filipe BerndtEssa série é baseada em espiãs cuja profissão principal não era “ser espiã”. Eram pessoas públicas – atrizes, cantoras, esportistas, estrelas da mídia, socialites – que trabalhavam disfarçadas para ajudar seus países ou suas causas.
Os retratos são montados em molduras de aço e apresentados sobre mapas antigos da Revista National Geographic que mostram – pintados em vermelho – os países envolvidos nos conflitos em que as espiãs atuaram.
Sobre os mapas são apresentadas também pinturas de uma das armas utilizadas na época de cada conflito específico emoldurada em aço, e uma serigrafia em aço baseada em imagens documentais produzidas na época por um fotógrafo de guerra.
Tinta acrílica sobre jornal montada em placa de alumínio e barra de alumínio.
Foto Vermelho
Em Tentativa de apagar o cotidiano, o artista Marcelo Cidade estabelece uma prática diária de pintura em jornais locais. O artista procura apagar as notícias e imagens dos periódicos, deixando em evidência traços geométricos. Linhas de diferentes cores, tamanhos e formas surgem, e os gráficos perdem a sua função original ao se organizarem em novos padrões.
57 x 68 cm cada (Dìptico)
Tinta acrílica sobre jornal montada em placa de alumínio e barra de alumínio.
Foto VermelhoEm Tentativa de apagar o cotidiano, o artista Marcelo Cidade estabelece uma prática diária de pintura em jornais locais. O artista procura apagar as notícias e imagens dos periódicos, deixando em evidência traços geométricos. Linhas de diferentes cores, tamanhos e formas surgem, e os gráficos perdem a sua função original ao se organizarem em novos padrões.
segunda montagem do stand
Foto Filipe Berndt
segunda montagem do stand
Foto Filipe Berndtveludo, espuma e arame
Foto Vermelho
Na série Conforto, Edgard de Souza dá às almofadas o status de escultura. Meticulosamente feitas à mão pelo artista, elas são deslocadas de seu contexto original, tornando-se desajustadas ou austeras. A produção de Edgard emerge em um período marcado pelo medo da pandemia de AIDS nos anos 1980, e esse contexto provoca em sua obra um embate entre impulsos de recolhimento e selvageria. Esse recolhimento se manifesta de diferentes formas: uma delas pelo viés surrealista, onde, a partir do conforto de objetos cotidianos, surgem vida e desejo. Suas esculturas exploram emoções humanas fundamentais, oscilando entre tragédia e êxtase.
65 x 57 x 30 cm
veludo, espuma e arame
Foto VermelhoNa série Conforto, Edgard de Souza dá às almofadas o status de escultura. Meticulosamente feitas à mão pelo artista, elas são deslocadas de seu contexto original, tornando-se desajustadas ou austeras. A produção de Edgard emerge em um período marcado pelo medo da pandemia de AIDS nos anos 1980, e esse contexto provoca em sua obra um embate entre impulsos de recolhimento e selvageria. Esse recolhimento se manifesta de diferentes formas: uma delas pelo viés surrealista, onde, a partir do conforto de objetos cotidianos, surgem vida e desejo. Suas esculturas exploram emoções humanas fundamentais, oscilando entre tragédia e êxtase.
Tinta acrílica, bastão oleoso, pastel seco, encáustica, lona crua, cetim, gelatina, feltro, algodão cru, papelão, papel paraná, plástico neon e fitilho sobre madeirite pregado em ripa reaproveitada
Foto Samuel Esteves
Meia tem sua prática fundamentada em uma pesquisa em torno da pintura de paisagem, de suas formas, história e sentidos. As paisagens de Meia começam a ser elaboradas pelo trânsito do artista, seja por seus deslocamentos pelas ruas ou por seus ciclos de afetos. Ambos os circuitos equipam o artista com material para a elaboração de suas pinturas. Na rua, ele identifica, seleciona e recolhe elementos com potencial construtivo; dos afetos ele ganha elementos que carregam qualidades tônicas e simbólicas.
Suas composições, assim, baseiam-se em grades (grids) que se desprendem da racionalidade, da ordem e da neutralidade, para desenvolverse a partir de subjetividades contextuais, da fragmentação de histórias e pelo hibridismo. Embora suas construções se baseiem em colagens de matérias de diferentes valores intrínsecos, sua prática inclui técnicas e materiais clássicos e nobres da pintura, como a encáustica, a tinta a óleo, o bastão oleoso e o carvão.
150 x 123 cm
Tinta acrílica, bastão oleoso, pastel seco, encáustica, lona crua, cetim, gelatina, feltro, algodão cru, papelão, papel paraná, plástico neon e fitilho sobre madeirite pregado em ripa reaproveitada
Foto Samuel EstevesMeia tem sua prática fundamentada em uma pesquisa em torno da pintura de paisagem, de suas formas, história e sentidos. As paisagens de Meia começam a ser elaboradas pelo trânsito do artista, seja por seus deslocamentos pelas ruas ou por seus ciclos de afetos. Ambos os circuitos equipam o artista com material para a elaboração de suas pinturas. Na rua, ele identifica, seleciona e recolhe elementos com potencial construtivo; dos afetos ele ganha elementos que carregam qualidades tônicas e simbólicas.
Suas composições, assim, baseiam-se em grades (grids) que se desprendem da racionalidade, da ordem e da neutralidade, para desenvolverse a partir de subjetividades contextuais, da fragmentação de histórias e pelo hibridismo. Embora suas construções se baseiem em colagens de matérias de diferentes valores intrínsecos, sua prática inclui técnicas e materiais clássicos e nobres da pintura, como a encáustica, a tinta a óleo, o bastão oleoso e o carvão.
PVA sobre algodão cru
Foto Vermelho
“Essa série investiga as ervas usadas pelas benzedeiras, bem como as rezas que essas fazem quando benzem as pessoas. É na interseção entre objeto-imagem-erva e a escrita-reza-voz que o trabalho sustenta a singeleza das tradições populares como importância fundamental para a nossa constituição”.
André Vargas
70 x 82 cm
PVA sobre algodão cru
Foto Vermelho“Essa série investiga as ervas usadas pelas benzedeiras, bem como as rezas que essas fazem quando benzem as pessoas. É na interseção entre objeto-imagem-erva e a escrita-reza-voz que o trabalho sustenta a singeleza das tradições populares como importância fundamental para a nossa constituição”.
André Vargas