The Deichtorhallen Hamburg presents the exhibition “Claudia Andujar: The End of the World.” Curated by Viktor Hois, the show presents over 80 works by Andujar.
The Deichtorhallen Hamburg presents the exhibition “Claudia Andujar: The End of the World.” Curated by Viktor Hois, the show presents over 80 works by Andujar.
The Deichtorhallen Hamburg presents the exhibition “Claudia Andujar: The End of the World.” Curated by Viktor Hois, the show presents over 80 works by Andujar.
The Museum of Ethnography, in Budapest, opens today Claudia Andujar’s first exhibition in Hungary, the country where the artist lived with her family during the first 13 years of her life.
“Yanomami. Spirits. Survivors” is produced by Néprajzi Múzeum in collaboration with Vermelho and marks the first exhibition of contemporary photography in its new building.
The exhibition presents 124 photographs including analog enlargements, digital prints and projections.”Yanomami. Spirits. Survivors” has a singular importance in Andujar’s trajectory. It was from Hungary that the artist fled with her mother during World War II. Her father was murdered by the Nazis in Auschwitz. The exhibition in Hungary maps Andujar’s continued effort and work to prevent a new genocide, that of the Yanomami people.
The Museum of Ethnography, in Budapest, opens today Claudia Andujar’s first exhibition in Hungary, the country where the artist lived with her family during the first 13 years of her life.
“Yanomami. Spirits. Survivors” is produced by Néprajzi Múzeum in collaboration with Vermelho and marks the first exhibition of contemporary photography in its new building.
The exhibition presents 124 photographs including analog enlargements, digital prints and projections.”Yanomami. Spirits. Survivors” has a singular importance in Andujar’s trajectory. It was from Hungary that the artist fled with her mother during World War II. Her father was murdered by the Nazis in Auschwitz. The exhibition in Hungary maps Andujar’s continued effort and work to prevent a new genocide, that of the Yanomami people.
The Museum of Ethnography, in Budapest, opens today Claudia Andujar’s first exhibition in Hungary, the country where the artist lived with her family during the first 13 years of her life.
“Yanomami. Spirits. Survivors” is produced by Néprajzi Múzeum in collaboration with Vermelho and marks the first exhibition of contemporary photography in its new building.
The exhibition presents 124 photographs including analog enlargements, digital prints and projections.”Yanomami. Spirits. Survivors” has a singular importance in Andujar’s trajectory. It was from Hungary that the artist fled with her mother during World War II. Her father was murdered by the Nazis in Auschwitz. The exhibition in Hungary maps Andujar’s continued effort and work to prevent a new genocide, that of the Yanomami people.
80x120cm
Mineral pigment ink on Hahnemühle Photo Rag Baryta 350g paper
Photo Galeria VermelhoEm 1971, Claudia Andujar publicou o ensaio fotográfico A Sônia no primeiro número da Revista de Fotografia (junho de 1971), que na época tinha George Love como editor. Segundo Andujar, o ensaio consumiu 10 rolos de filmes que foram refotografados utilizando o Repronar. O ensaio foi apresentado na forma de projeção de slide, no MASP, em 1971, com a música I had a Dream do cantor, compositor e fundador da banda The Loovin Spoonful, John Sebastian.
A Sônia
Sônia veio da Bahia. Queria ser modelo. Tentou as editoras e os estúdios de diversos fotógrafos, mas não conseguiu trabalho. Conheci-a nessa ocasião. Sônia não apresentava as características comuns às modelos. Alguma coisa, entretanto, havia nessa moça que me impressionava fortemente. Mas eu não sabia o que era. Guardei seu endereço. Não demorei a chamá-la. Realizamos este ensaio. Depois, sem outra oportunidade, Sônia voltou à Bahia.
O corpo humano é para mim o objeto mais belo que existe. Por isso, há anos sonhava em realizar um ensaio fotográfico sobre as formas físicas da mulher para conseguir revelar sua essência. No mundo atual, os homens têm menos consciência do próprio corpo. Essa consciência quando é clara e procurada, aumenta misteriosamente a beleza e o significado do corpo, como se lhe atribuísse cores. Assim, sinto as mulheres azuis e os homens cinza. O fascínio que pode exercer um corpo feminino em quem o observa e estuda, vai além da sensualidade, tornando-o objeto perfeito para a criação artística. Inclusive, é possível também que, como mulher, ao realizar um ensaio estético sobre as formas físicas femininas, eu esteja procurando uma identificação reflexa e idealizada do que desconheço do meu próprio corpo. Mas não poderei explicar por que Sônia, a moça que todos os meus colegas recusaram como modelo, servia perfeitamente para o meu ensaio. E mais, por que o corpo azul de Sônia se tornaria a revelação das imagens de um sonho?
No primeiro dia, depois de uma hora de fotografias, tive de interromper o trabalho. Sônia não sabia posar. Porém, era justamente disso que provinha seu encanto inocente. Os gestos e atitudes não profissionais revelaram uma sensualidade mansa, tranquila. Ela não parecia estar diante da câmera fotográfica, mas fora do mundo. Tentei compreender esse outro mundo oferecendo-lhe alguns discos para escolher um. Sônia ouviu vários e depois ficou repetindo uma única canção: I had a Dream (Eu tive um sonho), de autoria de John B. Sebastian, em que o próprio compositor a cantou acompanhado por um violão no Festival de Woodstock. Por coincidência era uma de minhas canções prediletas. Sônia não compreendia uma só palavra da letra. Quando voltamos ao trabalho, ouvindo essa música, ela assumia espontaneamente poses oníricas, sem saber tratar-se de um sonho o que Sebastian cantava. Assim, Sônia me revelou também o que eu sempre quis captar no corpo de uma mulher. E o ensaio fotográfico que realizava integrou-se de forma definitiva com essa música. Era um sonho, ou melhor, eu tivera um sonho em qualquer instante de minha vida e o estava decifrando no trabalho com Sônia.
Usei apenas um fundo infinito branco. Foram três horas de fotografias convencionais, poucas para um trabalho profissional tão importante para mim: 10 rolos de 36 exposições. Minha intenção era fazer fotos simples e diretas. A partir dessas fotos é que teve início a fase mais complexa e criativa, embora já totalmente programada. Eu chamei essa fase de reconstrução da imagem de Sônia, ou elaboração. Durante a semana em que refotografei as imagens selecionadas, fiz cortes de toda natureza usando filtros de diferentes cores, efetuando revelações em positivo e negativo. Finalmente cheguei a 90 cromos: a sequência ideal. A música de Sebastian agia no meu inconsciente, estimulando a sensibilidade e a intuição. Não sei se era a própria música ou o que ela representava naqueles instantes. Quando cheguei ao final, pude dizer que já não existia mais Sônia. Projetei a série para mim mesma. A felicidade que senti me garantiu que o velho sonho havia sido realizado.
Claudia Andujar na apresentação da projeção em 1971.
80x120cm
Mineral pigment ink on Hahnemühle Photo Rag Baryta 350g paper
Photo Galeria VermelhoA Sônia features some of the hallmarks of Andujar’s work, such as superimposing images, rephotography and the use of filters. Sônia was a young woman who came to São Paulo with the desire to work as a model, but was turned down by all the studios she sought. Sonia’s “inability” is the very provocation of the essay. According to Andujar, “Sônia didn’t know how to pose. But that was precisely where her innocent charm came from. The unprofessional gestures and attitudes revealed a gentle, tranquil sensuality. She didn’t seem to be in front of the camera, but out of the world”. The essay was presented in the form of a slide projection, at MASP, in 1971, and published in the first issue of Revista de Fotografia (June 1971).
68 x 102 cm
Scanned infrared film printed with pigmented mineral ink on Hahnemühle Photo Rag Baryta 315 gr paper Photo ©️ Claudia Andujar92 x 141 cm
Scanned infrared film printed with pigmented mineral ink on Hahnemühle Photo Rag Baryta 315 gr paper Photo ©️ Claudia Andujar102 x 68 cm
Scanned infrared film printed with pigmented mineral ink on Hahnemühle Photo Rag Baryta 315 gr paper
Photo reproductionFor someone who has spent much of her life in transit, like Andujar, the house (yano or xapono in the Yanomami languages) and, more broadly, the social organization of the Yanomami, becomes a topic of interest. The xaponos are collective spaces where more than one family lives. From these structures, various trails lead to the river, the forest, and other neighboring communities. The artist’s observation of the local flora, the detailed study of the structures of each element—leaves, fungi, and tree trunks—is part of her investigation into the elements of the forest that make up both the everyday life and the imagination of the Yanomami.
This work was produced with infrared film in an analog camera. In Brazil, this type of film was controlled, with its use restricted to the military and some specific scientific purposes. By subverting the traditional use of infrared, Andujar and other experimental photographers of the time propose a playful and poetic operation in contrast to the programmatic and functional use of the technology.
Excerpt from a text by Thais Rivitti for the exhibition “My Life in Two Worlds”, at the Pinacoteca do Ceará.
68 x 102 cm
Scanned infrared film printed with pigmented mineral ink on Hahnemühle Photo Rag Baryta 315 gr paper Photo ©️ Claudia Andujar45x67cm
Gelatin and silver on Ilford Multigrade Classic 1K glossy paper Photo ©️ Claudia Andujar68x102cm
Gelatin and silver on Ilford Multigrade Classic 1K glossy paper Photo ©️ Claudia Andujar68 x 102 cm
Gelatina e prata sobre papel Ilford Multigrade Classic 1K brilhante Photo ©️ Claudia Andujar45 x 67 cm
Gelatin and silver on Ilford Multigrade Classic 1K glossy paper Photo ©️ Claudia Andujar70 x 100 cm
Mineral pigmented ink on Hahnemühle Photo Rag Baryta 315g paper Photo ©️ Claudia Andujar66.6 x 100 cm
Mineral pigmented ink on Hahnemühle Photo Rag Baryta 315g paper Photo ©️ Claudia Andujar67 x 100 cm
Mineral pigmented inkjet print on Canson Photo Rag 310 gr paper Photo ©️ Claudia Andujar It is known today that a large part of compulsory admissions was made due to the migratory explosion of the 1960s to the State of São Paulo, caused by industrial development, which contributed to the increase in unemployment, begging and marginality. Incarcerating people in these situations could be a way to make the problem go away from the streets.100 x 67 cm
Mineral pigmented inkjet print on Canson Photo Rag 310 gr paper Photo ©️ Claudia Andujar It is known today that a large part of compulsory admissions was made due to the migratory explosion of the 1960s to the State of São Paulo, caused by industrial development, which contributed to the increase in unemployment, begging and marginality. Incarcerating people in these situations could be a way to make the problem go away from the streets.100 x 67 cm
Mineral pigmented inkjet print on Canson Photo Rag 310 gr paper Photo Claudia Andujar It is known today that a large part of compulsory admissions was made due to the migratory explosion of the 1960s to the State of São Paulo, caused by industrial development, which contributed to the increase in unemployment, begging and marginality. Incarcerating people in these situations could be a way to make the problem go away from the streets.102 x 72 cm
Mineral pigmented inkjet print on Hahnemühle Photo Rag Baryta paper Photo ©️ Claudia Andujar57 x 38,5 cm 4 pieces
Gelatin and silver on Ilford Multigrade Classic 1K glossy paper Photo ©️ Claudia Andujar30 x 45 cm
Mineral pigmented inkjet print on Hahnemühle Photo Silk Baryta 310g Photo ©️ Claudia Andujar80 x 120 cm (each)
Mineral pigmented ink on Hahnemühle Photo Rag Baryta 315g paper Photo ©️ Claudia Andujar68 x 102 cm
Gelatin and silver on Ilford Multigrade Classic 1K glossy paper Photo ©️ Claudia Andujar68 x 102 cm
Gelatin and silver on Ilford Multigrade Classic 1K glossy paper Photo ©️ Claudia Andujar45 pieces: 46 x 55 cm each
Gelatin and silver on Ilford Multigrade Classic 5K matter paper. Photo ©️ Claudia Andujar66.6 x 100 cm
Chrome overlay and mineral pigmented inkjet print on Hahnemühle Photo Rag Baryta 315 gr paper. Photo ©️ Claudia AndujarClaudia Andujar (Neuchatêl, 1931) is a Swiss-born Brazilian artist and activist who, along with other activists, founded the Comissão de Criação de Parque Yanomami (CCPY) [The Comission for the Creation of the Yanomami Park], which became the Comissão Pró Yanomami em 1978.The Commission, coordinated by Andujar, coordinated the campaign for the demarcation of Yanomami territory for the preservation and survival of the Yanomami people in the Amazon. The park was officially recognized by the Brazilian government in 1992. The artist has made the struggle for recognition of the Yanomami people and their right to their culture and land her life’s work.
Claudia Andujar, Vermelho and the Hutukara Associação Yanomami (HAY), an NGO led by the xamã and political leader Davi Kopenawa Yanomami, have been working together since 2004. Andujar and Vermelho donate 33% of the proceeds from commercializing the artist’s work to HAY which also receives support from the Norwegian Government, The Rainforest Foundation and other public and private institutions around the world in support of the Yanomami people.
Andujar escaped the Holocaust by fleeing to Switzerland with her mother from the Nazi German invasion of Hungary, where she lived with her family, in 1944. In late 1946 she crosses the Atlantic to the US to escape war-torn Europe and to live with her uncle, the only Holocaust survivor of her paternal Jewish family. In New York, she studies humanities at Hunter College, works as a guide and translator at the United Nations – she is fluent in five languages – among other activities, and studies painting. In 1955 she moved to São Paulo to be reunited with her mother who had moved to Brazil shortly after the war. Without speaking Portuguese, Claudia picks up photography and uses it as a tool to make contact with the country and its people and also for work. Over the following decades, she collaborats with national and international magazines, such as Life, Aperture, Look, Cláudia, Quatro Rodas and Setenta. In 1966, she joined the first team of photographers for Realidade magazine.
In 1971 she makes her first contact with the Yanomami, in 1977 she meets Davi Kopenawa Yanomami and in 1978 she founds CCPY, with the Italian missionary Carlo Zacquini, the anthropologists Alcida Ramos and Beto Ricardo (both Brazilians); and, the French anthropologist Bruce Albert, among others; and, a year later, the committee presents the mapping of the Yanomami Indigenous Land [Terra Indígena Yanomami, TIY] to the Brazilian government.
She starts teaching photography at MASP in 1973 and holds a series of exhibitions and publishes several books during the decade. Claudia’s story is available in English and Portuguese versions on the Fondation Cartier website. The foundation has been supporting Andujar´s work for the last two decades.
In 2000, she won the annual Cultural Freedom [Photography] Award as a human rights advocate from the Lannan Foundation in New Mexico (USA). In 2003, she received the Severo Gomes Award from the Teotônio Vilela Commission on Human Rights, São Paulo (Brazil), and in 2005, the award for best Photography Exhibition from the APCA [Paulista Association of Art Critics], with Vulnerabilidade do Ser, held at Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brazil. In 2008, she was honored by the Brazilian Ministry of Culture for her artistic and cultural achievements. In 2018, she received the Goethe-Medaille in Weimar, Germany, for her lifelong contribution to international relations. She shared all the honors with her friend and fellow activist, the indigenous leader Davi Kopenawa Yanomami, who in 1989 received the UNEP (United Nations Environment Programme) Global 500 Award and with whom she helped found Hutukara (HAY) in 2004.
She received a grant from the Guggenheim Foundation (1971 and 1977) and participated in numerous exhibitions in Brazil and abroad, with emphasis on the 24th and 27th Bienal de São Paulo. Her recent exhibition A Luta Yanomami [The Yanomami Struggle] opens at MUAC, Mexico City, in May 2023, after touring at Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, Paris, the Trienale de Milano, Fundacion MAPFRE, Barcelona, Winterthur Fotomuseum, Winterthur, Switzerland, The Barbican Center, London, and The Shed, New York.
Her work is presente in important collections around the world, including Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires [MALBA], Buenos Aires (Argentina); Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo (Brazil); Museu Afro-Brasileiro, São Paulo (Brazil); Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand [MASP] (Brazil); Museu de Belas Artes, Rio de Janeiro (Brazil); Museo de Arte Moderno de Medellín [MAMM], Medelín (Colombia); MoMA – New York (USA); ICA Miami (USA); TATE Modern, London (England); Maison Européene de la Photographie, Paris (France); Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, Paris (France); Museum für Moderne Kunst, MMK, Frankfurt (Germany); Stedelijk Museum Collection, Amsterdam (The Netherlands); Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid (Spain); o Instituto Inhotim, Brumadinho (Brazil), inaugurated a permanente Gallery with more than 300 of her works in 2017.
Claudia Andujar (Neuchatêl, 1931) is a Swiss-born Brazilian artist and activist who, along with other activists, founded the Comissão de Criação de Parque Yanomami (CCPY) [The Comission for the Creation of the Yanomami Park], which became the Comissão Pró Yanomami em 1978.The Commission, coordinated by Andujar, coordinated the campaign for the demarcation of Yanomami territory for the preservation and survival of the Yanomami people in the Amazon. The park was officially recognized by the Brazilian government in 1992. The artist has made the struggle for recognition of the Yanomami people and their right to their culture and land her life’s work.
Claudia Andujar, Vermelho and the Hutukara Associação Yanomami (HAY), an NGO led by the xamã and political leader Davi Kopenawa Yanomami, have been working together since 2004. Andujar and Vermelho donate 33% of the proceeds from commercializing the artist’s work to HAY which also receives support from the Norwegian Government, The Rainforest Foundation and other public and private institutions around the world in support of the Yanomami people.
Andujar escaped the Holocaust by fleeing to Switzerland with her mother from the Nazi German invasion of Hungary, where she lived with her family, in 1944. In late 1946 she crosses the Atlantic to the US to escape war-torn Europe and to live with her uncle, the only Holocaust survivor of her paternal Jewish family. In New York, she studies humanities at Hunter College, works as a guide and translator at the United Nations – she is fluent in five languages – among other activities, and studies painting. In 1955 she moved to São Paulo to be reunited with her mother who had moved to Brazil shortly after the war. Without speaking Portuguese, Claudia picks up photography and uses it as a tool to make contact with the country and its people and also for work. Over the following decades, she collaborats with national and international magazines, such as Life, Aperture, Look, Cláudia, Quatro Rodas and Setenta. In 1966, she joined the first team of photographers for Realidade magazine.
In 1971 she makes her first contact with the Yanomami, in 1977 she meets Davi Kopenawa Yanomami and in 1978 she founds CCPY, with the Italian missionary Carlo Zacquini, the anthropologists Alcida Ramos and Beto Ricardo (both Brazilians); and, the French anthropologist Bruce Albert, among others; and, a year later, the committee presents the mapping of the Yanomami Indigenous Land [Terra Indígena Yanomami, TIY] to the Brazilian government.
She starts teaching photography at MASP in 1973 and holds a series of exhibitions and publishes several books during the decade. Claudia’s story is available in English and Portuguese versions on the Fondation Cartier website. The foundation has been supporting Andujar´s work for the last two decades.
In 2000, she won the annual Cultural Freedom [Photography] Award as a human rights advocate from the Lannan Foundation in New Mexico (USA). In 2003, she received the Severo Gomes Award from the Teotônio Vilela Commission on Human Rights, São Paulo (Brazil), and in 2005, the award for best Photography Exhibition from the APCA [Paulista Association of Art Critics], with Vulnerabilidade do Ser, held at Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brazil. In 2008, she was honored by the Brazilian Ministry of Culture for her artistic and cultural achievements. In 2018, she received the Goethe-Medaille in Weimar, Germany, for her lifelong contribution to international relations. She shared all the honors with her friend and fellow activist, the indigenous leader Davi Kopenawa Yanomami, who in 1989 received the UNEP (United Nations Environment Programme) Global 500 Award and with whom she helped found Hutukara (HAY) in 2004.
She received a grant from the Guggenheim Foundation (1971 and 1977) and participated in numerous exhibitions in Brazil and abroad, with emphasis on the 24th and 27th Bienal de São Paulo. Her recent exhibition A Luta Yanomami [The Yanomami Struggle] opens at MUAC, Mexico City, in May 2023, after touring at Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, Paris, the Trienale de Milano, Fundacion MAPFRE, Barcelona, Winterthur Fotomuseum, Winterthur, Switzerland, The Barbican Center, London, and The Shed, New York.
Her work is presente in important collections around the world, including Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires [MALBA], Buenos Aires (Argentina); Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo (Brazil); Museu Afro-Brasileiro, São Paulo (Brazil); Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand [MASP] (Brazil); Museu de Belas Artes, Rio de Janeiro (Brazil); Museo de Arte Moderno de Medellín [MAMM], Medelín (Colombia); MoMA – New York (USA); ICA Miami (USA); TATE Modern, London (England); Maison Européene de la Photographie, Paris (France); Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, Paris (France); Museum für Moderne Kunst, MMK, Frankfurt (Germany); Stedelijk Museum Collection, Amsterdam (The Netherlands); Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid (Spain); o Instituto Inhotim, Brumadinho (Brazil), inaugurated a permanente Gallery with more than 300 of her works in 2017.
Claudia Andujar
1931, Neuchatel, Suíça
Lives and works in São Paulo
Solo Exhibitions
2024
– Claudia Andujar. Cosmovisão. Itaú Cultural, São Paulo, Brasil
– Claudia Andujar. Minha vida em dois mundos. Pinacoteca do Ceará – Fortaleza – Brasil
– Claudia Andujar. La Lucha Yanomami – Banco de la Republica – Bogotá – Colômbia
– Claudia Andujar. The End of the World – Deichtorhallen Hamburg – Hamburg – Germany
2023
– Claudia Andujar. La lucha Yanomami – Museo Amparo – Puebla – Mexico
– Yanomami. Spirits. Survivors. Photo Exhibition of Claudia Andujar – Museu de Etnografia de Budapeste – Budapest – Hungary
– Claudia Andujar. Sonhos Yanomami – Projeto Parede – Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM SP) – São Paulo – Brazil
– Claudia Andujar: poéticas do essencial – Museu Paranaense [MUPA] – Curitiba – Brazil
– Yanomami – Museu Municipal de Arte (MUMA) – Curitiba – Brazil
– Retratos Yanomami. Festival de Fotografia de Paranapiacaba – Paranapiacaba – Brazil
– Claudia Andujar y la lucha Yanomami – Museo Universitario Arte Contemporáneo (MUAC) – Mexico City – Mexico
– The Yanomami Struggle – The Shed – New York – USA
2022
– Claudia Andujar. A Sônia. Galeria Vermelho, São Paulo, Brasil
– Claudia Andujar e os Yanomami – Senac Scipião – São Paulo – Brasil
– The Falling Sky – Trinity Square Video – Toronto – Canadá
2021
– Claudia Andujar. The Yanomami Struggle – Fotomuseum Winterthur – Winterthur – Suíça
– Claudia Andujar. The Yanomami Struggle – Barbican Centre – Londres – Inglaterra
– Claudia Andujar – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Claudia Andujar – Fundación MAPFRE – Barcelona – Espanha
– Claudia Andujar – Institute of Contemporary Art (ICA Miami) – Miami – EUA
2020
– Claudia Andujar. The Yanomami Struggle – La Triennale di Milano – Milão – Itália
– Claudia Andujar, La lutte Yanomami – Fundação Cartier – Paris – França
– Claudia Andujar – Fraunkirchl Erding – Erding – Alemanha
2019
– Yano-a – Galeria Claudia Andujar – Instituto Inhotim – Brumadinho – Brasil
– Claudia Andujar: a luta Yanomami – Instituto Moreira Salles (IMS) – Rio de Janeiro – Brasil
2018
– Amazônia de Claudia Andujar e George Love – Instituto Moreira Salles (IMS) – São Paulo – Brasil
– Claudia Andujar: A luta Yanomami – Instituto Moreira Salles (IMS) – São Paulo – Brasil
– Claudia Andujar: Sonhos Yanomami – Sesc Birigui – Birigui – Brasil
– Claudia Andujar: Yano-a – Sesc Caborê – Paraty – Brasil
– Claudia Andujar: Sonhos Yanomami – Sesc SJC – São José dos Campos – Brasil
2017
– Claudia Andujar: Tomorrow must not be Yesterday – Museum für Moderne Kunst (MMK) – Frankfurt – Alemanha
– Claudia Andujar: visão Yanomami – Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa – Lisboa – Portugal
2016
– Claudia Andujar – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Brasile: erede di culture ancestral – Galleria Cândido Portinari – Palazzo Pamphilj – Roma – Itália
– Marcados – Museu de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA) – Buenos Aires – Argentina
2015
– Galeria Claudia Andujar (exposição permanente) – Instituto Inhotim – Brumadinho – Brasil
– Claudia Andujar: no lugar do outro – Instituto Moreira Salles (IMS) – Rio de Janeiro – Brasil
2013
– Marcados – Galeria Vicente do Rego Monteiro – Fundação Joaquim Nabuco – Recife – Brasil
– O vôo de Watupari – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2012
– Sonho Verde Azulado – Prédio Histórico dos Correios – São Paulo – Brasil
– Obra Incompleta, 1961-68 (Sao Paulo y Washington) – Galeria Elba Benítez – Madri – Espanha
2011
– Marcados Para – Centro da Cultura Judaica [CCJ] – São Paulo – Brasil
2009
– Marcados – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Retratos Yanomami – CAIXA Cultural Salvador – Galeria Arcos – Salvador – Brasil
– Claudia Andujar : Brésil, symphonie humaine – Maison de la Photographie Robert Doisneau – Gentilly – França
– Retratos Yanomami – Galeria Octogonal – CAIXA Cultural São Paulo – São Paulo – Brasil
2008
– Retratos Yanomami – Galerias Piccolas I e II – CAIXA Cultural Brasília: – Brasília – Brasil
– Meu Mundo – Programa de Fotografia 2008 – Galeria Olido – São Paulo – Brasil
2007
– Uma Autobiografia Visual –Museu de Arte Moderna da Bahia [MAM BA] – Salvador – Brasil
2005
– Vulnerabilidade do Ser – Pinacoteca do Estado – São Paulo – Brasil
– Yano-a – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Women’s Fórum – Deauville – França
– Uma arqueologia do encontro – Palácio das Artes – Belo Horizonte – Brasil
2004
– Campos Lúdicos/Gestos Solenes – Galeria Senac de Comunicação e Artes – São Paulo – Brasil
2002
– Luzes, Seres e Água – Prêmio Especial Porto Seguro – Espaço Porto Seguro – São Paulo – Brasil
2001
– Yanomami – Retrospectiva Yanomami do Acervo do Museu de Fotografia de Curitiba – Memorial da América Latina – São Paulo – Brasil
2000
– The Yanomami – Lannan Foundation – Santa Fe – EUA
– Na Sombra das Luzes e Imagens Fotográficas Rupestres:Grafitagem Yanomami – Museu da Imagem e do Som [MIS SP] – São Paulo – Brasil
1999
– Retrospectiva Yanomami do Acervo de Fotografia de Curitiba – Photo España 99 – Museo de la Ciudad – Madri – Espanha
– Retrospectiva Yanomami do Acervo de Fotografia de Curitiba – Encontros da Imagem – Mosteiro dos Tibães – Braga – Portugal
1998
– Yanomami: A Casa, A Floresta, O Invisível – II Bienal Internacional de Fotografia da Cidade de Curitiba – Curitiba – Brasil
1990
– Yanomami/1990 – O Extermínio continua. Até quando? – Memorial da América Latina – São Paulo – Brasil
1989
– Genocídio Yanomami: Morte no Brasil – Museu de Arte de São Paulo [MASP] – São Paulo – Brasil
1971
– Sônia – Museu de Arte de São Paulo [MASP] – São Paulo – Brasil
– Famílias brasileiras – Museu de Arte de São Paulo [MASP] – São Paulo – Brasil
1961
– Claudia Andujar – George Eastman House – Rochester- EUA
1960
– Photographs for Collectors – Museum of Modern Art (MoMA) – Nova York – USA
1958
– Amazon Rainforest – Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) – São Paulo – Brasil
– Claudia Andujar – Limelight Gallery – Nova Iorque – EUA
Group Exhibitions
2024
– Territorios. Arte contemporáneo latinoamericano en la Colección Jorge M. Pérez – Centro Andaluz de Arte Contemporáneo [CAAC]
Sevilha – Espanha
2023
– No Fim da Madrugada – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– A verdade está no corpo – Paço das Artes – São Paulo
– Justiça de Transição não é Transação: a brutalidade e o jardim – Memorial da Procuradoria Geral de República – Rio de Janeiro – Brasil
– The Grid. L’art passé au crible – Musée Louvain-la-Neuve – Louvain-la-Neuve – Bélgica
– Esse frágil equilíbrio – Embajada del Brasil – Espacio Cultural – Palacio Pereda – Buenos Aires – Argentina
– Casa no céu – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Elementar: fazer junto – Museu de Arte Moderna (MAM SP) – São Paulo – Brasil
– Mães no imaginário da arte – Museu Afro Brasil Emanoel Araújo – Parque do Ibirapuera – São Paulo – Brasil
– Chão da praça: obras do acervo da Pinacoteca – Pinacoteca Contemporânea – São Paulo – Brasil
– The Yanomami Struggle – The Shed – Nova York – EUA
2022
– Outras Lembranças, Outros Enredos – Cordoaria Nacional – Lisboa – Portugal
– Modernas! São Paulo visto por elas – Museu Judaico – São Paulo – Brasil
– Coração na aldeia, pés no mundo – Sesc Piracicaba – Piracicaba – Brasil
– A Mulher na Fotografia Brasileira – Fundação Cultural de Curitiba – Curitiba – Brasil
– Histórias Brasileiras – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand [MASP] – São Paulo – Brasil
– Constelação Clarice – Instituto Moreira Salles [IMS Rio] – Rio de Janeiro – Brasil
– Currency: Photography Beyond Capture. 8th Triennial of Photography Hamburg – Halle für aktuelle Kunst – Hamburgo – Alemanha
– Por muito tempo acreditei ter sonhado que era livre – Instituto Tomie Ohtake [ITO] – São Paulo – Brasil
– Alfredo Jaar. The Temptation to Exist – Galerie Lelong & Co. – Nova York – EUA
– Forest: ancestry and dystopia – Fundacion Pablo Atchugarry – Miami – EUA
– Coleção Sartori — A arte contemporânea habita Antônio Prado – Museu de Arte do Rio Grande do Sul [MARGS] – Porto Alegre – Brasil
2021
– Inside the Amazon – Kunsthausbaselland – Basiléia – Suíça
– Por um sopro de fúria e esperança – Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia [MUBE] – São Paulo – Brasil
– Constelação Clarice – Instituto Moreira Salles Paulista [IMS] – São Paulo – Brasil
– Presença – Estação República do Metrô – São Paulo – Brasil
– Colección. Episodio 2 – Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia – Madri – Espanha
– Amazonia – Centro Andaluz de Arte Contemporáneo [CAAC] – Sevilha – Espanha
– Arte Contemporânea Brasileira na Coleção de Andrea e José Olympio Pereira – Centro Cultural Banco do Brasil [CCBB] – Rio de Janeiro – Brasil
2020
– Pinacoteca: Acervo – Pina_Luz – Pinacoteca do Estado de São Paulo – São Paulo – Brasil
– Contemporâneo, sempre – coleção Santander Brasil – Farol Santander Porto Alegre – Porto Alegre – Brasil
– Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM – 20 anos – Museu de Arte Moderna (MAM SP) – São Paulo – Brasil
– Mecarõ. Amazonia en la Colección Petitgas – Montpellier Contemporain [MO.CO] – Montpellier – França
– Vaivém – Centro Cultural Banco do Brasil [CCBB] – Belo Horizonte – Brasil
– La lenta exploson de uma semilla – OTR Espacio de Arte – Madri – Espanha
– Heranças de um Brasil Profundo – Museu Afro Brasil – São Paulo – Brasil
– Construção – Galeria Mendes Wood DM – São Paulo – Brasil
– Retratos de mulheres por mulheres – Galeria do Sesi Paulista – São Paulo – Brasil
2019
– Portraits and Community – Tate Modern on Level 2 West – Londres – Inglaterra
– O Ovo e a Galinha – Simone Cadinelli – Rio de Janeiro – Brasil
– Vaivém – Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) – Rio de Janeiro – Brasil
– Contemporâneo, sempre – coleção Santander Brasil – Farol Santander São Paulo – São Paulo – Brasil
– Feche os Olhos e veja. Galeria Almeida Dale, São Paulo, Brasil
– 150 Paraty em Foco. Festival Internacional de Fotografia (Artista Homenageada) – Paraty – Brasil
– Nature. Between Desire and Reality. From Amazonia to the Alps – Haus für Kunst Uri – Altdorf – Suíça
– Vaivém – Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) – Brasília – Brasil
– Trees – Fondation Cartier – Paris – França
– SEGUNDA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2019 – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Amazonia. Thé Shaman and Mind of the Forest – Musée d’histoire de Nantes – Nantes – França
– Festival La Gacilly-Baden Photo – Baden – Áustria
– Territorio común. Nuevas incorporaciones a la colección MAMM – Museu de Arte Moderno Medellín – Medelin – Colômbia
– Vaivém – Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB SP) – São Paulo – Brasil
– A Queda do Céu – Caixa Cultural Brasília – Brasília – Brasil
– The World to Come: Ethics and Aesthetics in the Anthropocene – Michigan State Museum – East Lasing – EUA
– Festival Transatlântico de Fotografia – Instituto Mario Cravo Neto (IMCN) – Salvador – Brasil
2018
– Minas – Galeria Vicente do Rêgo Monteiro – Fundação Joaquim Nabuco – Recife – Brasil
– Arte Pará – Fundação Romulo Maiorana – Belém – Brasil
– Géométries Sud – Foundation Cartier pour l’art contemporaine – Paris – França
– Confusing Public and Private – The Third Beijing Photo Biennial – The Culture Industry Center of Beizhen – Pequim – China
– Patrimônios do Norte. Uma Exposição em Comemoração aos 81 anos do IPHAN – Paço Imperial – Rio de Janeiro – Brasil
– The World to Come. Art in the Age of the Anthropocene – Harn Museum – Gainesville – EUA
– Arte, Democracia e Utopia – Museu de Arte do Rio (MAR) – Rio de Janeiro – Brasil
– MAM 70: MAM e MAC USP – Museu de Arte Moderna (MAM SP) – São Paulo – Brasil
– AI-5 50 ANOS. Ainda não terminou de acabar – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo – Brasil
– Mulheres radicais: arte latino-americana, 1960–1985 – Pinacoteca do Estado – São Paulo – Brasil
– Arte tem gênero? Mulheres na Coleção de Arte da Cidade – Centro Cultural São Paulo (CCSP) – São Paulo – Brasil
– Festival Photo de La Gacilly – Festival Photo de La Gacilly – Jardin du Relais postal – Gacilly – França
– Fondation Cartier pour l’art contemporain, A Beautiful Elsewhere – Power Station of Art (PSA) – Shanghai – China
– Radical Women: Latin American Art, 1960–1985 – Brooklyn Museum – Nova York – EUA
– Hybrid Topographies – 60 Wall Gallery – Nova York – EUA
2017
– Simultaneous Eidos. Guangzhou Image Triennial 2017 – Guangdong Museum of Art – Guangdong – China
– Histórias da Sexualidade – Museu de Arte de São Paulo [MASP] – São Paulo – Brasil
– Here the border is you – proyectosLA – Los Angeles – EUA
– Radical Women: Latin American Art, 1960-1985 (Pacific Standard Time: LA/LA) – Hammer Museum – Los Angeles – EUA
– Bienal Sur_Trazas Simultáneas – Espacio Cultural de la Embajada del Brasil – Buenos Aires – Argentina
– São Paulo não é uma cidade, invenções do Centro – Sesc 24 de Maio – São Paulo – Brasil
– Entre nós – A figura humana no acervo do Masp – Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) – Rio de Janeiro, Brasília – Brasil
– Retrato(s) da Mulher na Fotografia – Museu da Fotografia Cidade de Curitiba – Curitiba – Brasil
– Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos – OCA – São Paulo – Brasil
– Dja Guata Porã | Rio de Janeiro indígena – Museu de Arte do Rio – Rio de Janeiro – Brasil
– Amazonie. Le chamane et la pensée de la forêt – Muséum of
Pointe-à-Callière – Montreal – Canadá
– Nada levarei quando morrer, aqueles que me devem cobrarei no inferno – Galpão VB – São Paulo – Brasil
– Quando o Rio virou Mar – Museu Histórico Nacional – Rio de Janeiro – Brasil
– 10 Years Old – Fondazione Fotografia Modena – Modena
– Avenida Paulista – Museu de Arte de São Paulo (MASP) – São Paulo – Brasil
2016
– Verboamérica. Colleción MALBA – Museu de Arte Latinoamericano de Buenos Aires [MALBA] – Buenos Aires – Argentina. (Exp. Permanente)
– El Origen de la Noche. Sonido, Tiempo y Territorio Indígena – Museo de Arte de la Universidad Nacional de Colombia – Bogotá – Colômbia
– Light – Galeria Lago – Instituto Inhotim – Brumadinho – Brasil
– Adornos do Brasil Indígena – Resistências Contemporâneas – SESC Pinheiros – São Paulo – Brasil
– O Útero do Mundo – Museu de Arte Moderna (MAM) – São Paulo – Brasil
– Os muitos e o um: a arte contemporânea brasileira na coleção de José Olympio e Andrea Pereira – Instituto Tomie Ohtake (ITO) – São Paulo – Brasil
– Situações: a instalação no acervo da Pinacoteca – Pinacoteca do Estado de São Paulo – São Paulo – Brasil
– De lo espiritual en el arte. Obertura – Museu de Arte Moderno de Medellín – Medelin – Colômbia
– Coletiva – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Coleção Joaquim Paiva – Museu de Arte Moderna [MAM RJ] – Rio de Janeiro – Brasil
– Amazonie. Le chamane et la pensée de la forêt – Musée d’ethnographie de Genève – Genebra – Suíça
– A Queda do Céu – SESC Rio Preto – São José do Rio Preto – Brasil
2015
– Parati em Foco – Casa da Cultura de Parati – Parati – Brasil
– Quarta-feira de Cinzas – Parque Lage – Rio de Janeiro – Brasil
– Strange World. Opere dalla Collezione – Fondazione Fotografia Modena – Modena – Itália
– Encruzilhada – Parque Lage – Rio de Janeiro – Brasil
– A Queda do Céu – Paço das Artes – São Paulo – Brasil
– Cruzeiro do Sul – Paço das Artes – São Paulo – Brasil
2014
– Roteiro poético do Imaginário das grandes bacias fluviais Brasileiras – Museu da Imagem e do Som (MIS) – São Paulo – Brasil
– Amazônia ciclos de modernidade – Museu do Estado do Pará – Belém – Brasil
– Histórias Mestiças – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo – Brasil
– Vivid Memories – Fondation Cartier pour lárt contemporain – Paris – França
– Amazônia ciclos de Modernidade – Palácio da Justiça – Manaus – Brasil
– Tupi or not Tupi – Museu Oscar Niemeyer (MON) – Curitiba – Brasil
– América Latina, 1960-2013 – Museu Amparo – Puebla – México
– Cães sem Plumas – Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – Recife – Brasil
– Poder Provisório – Sala Paulo Figueiredo – MAM SP – São Paulo – Brasil
– 30×bienal [itinerância] – SESC Piracicaba – Piracicaba – Brasil
– Um Olhar sobre o Brasil: A Fotografia na Construção da Imagem da Nação – Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Brasília – Brasil
– Cruzamentos: Contemporary Brazilian Art – Wexner Center for the Arts – Columbus – EUA
2013
– Escavar o Futuro – Palácio das Artes – Belo Horizonte – Brasil
– Tomie Correspondências – Centro Cultural dos Correios – Rio de Janeiro – Brasil
– América Latina, 1960-2013 – Fondation Cartier pour l’art contemporain – Paris – França
– Fronteiras Incertas – Arte e Fotografia no acervo do MAC USP – MAC USP Nova Sede – São Paulo – Brasil
– 30 X Bienal: Transformações na Arte Brasileira da 1ª à 30ª edição – Pavilhão da Bienal – São Paulo – Brasil
– Cães sem Plumas – Galeria Nara Roesler – São Paulo – Brasil
– Mundos Cruzados – Museu de Arte Moderna [MAM-RJ] – Rio de Janeiro – Brasil
– Saber Desconocer – 43rd (inter) National Artists’ Salon – Museo de Arte Moderno de Medellín – Medelín – Colômbia
– Coleção Itaú de Fotografia Brasileira – Fundação Clovis Salgado – Belo Horizonte – Brasil
– ImageSingulières – 5e Rendez-Vous Photographique – Sète – França
– Coleção Itaú de Fotografia Brasileira – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo – Brasil
– Pop, Realismi e Politica: Brasile – Argentina Anne Sessanta – Galeria D’Arte Moderna e Contemporânea [GAMEC] – Bergamo – Itália
– Um olhar sobre o Brasil: a fotografia na construção da imagem da nação – CCBB RJ – Rio de Janeiro – Brasil
– O Abrigo e o Terreno. Arte e Sociedade no Brasil I – Museu de Arte do Rio [MAR] – Rio de Janeiro – Brasil
– Tomie Correspondências – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo – Brasil
– Coletiva – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
2012
– Um olhar sobre o Brasil: A fotografia na construção da imagem da nação – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo – Brasil
– Planos de Fuga – Centro Cultural Banco do Brasil [CCBB SP] – São Paulo – Brasil
– Mythologies: Brazilian Contemporary Photography – Shiseido Gallery – Tóquio – Japão
– América do Sul Pop: a arte das contradições – Museu Oscar Niemeyer – Curitiba – Brasil
– Amazônia, Ciclos da Modernidade – Centro Cultural Banco do Brasil [CCBB DF] – Brasília – Brasil
– Rituals of Chaos – Bronx Museum – Nova Iorque – EUA
– Jenseits von Brasilien – Museum für Völker Kunde – Viena – Áustria
– Arte de Contradicciones. Pop, realismos y política. Brasil – Argentina – Fundação PROA – Buenos Aires – Argentina
– Amazônia, Ciclos da Modernidade – Centro Cultural Banco do Brasil [CCBB RJ] – Rio de Janeiro – Brasil
– Coleção Itaú de Fotografia Brasileira – Paço Imperial – Rio de Janeiro – Brasil
– The Tenth Parallel. Contemporary Photography from India to South America – Fondazione Cassa di Risparmio de Modena – Modena – Itália
– Foto/Gráfica, Une nouvelle histoire des livres de photographies latino-américains – Le Bal – Paris – França
– Eloge du vertige: photographies de la Collection Itaú – Maison Européenne de la Photographie – Paris – França
2011
– Extremes: Photographie Brésilienne 1840/2011 – Center for Fine Arts Bozar – Bruxelas – Bélgica
– Extremos: fotografias na coleção da Maison Européene de la Photographie Paris – Instituto Moreira Salles – São Paulo – Brasil
– Meditação, Transe – Mendes Wood – São Paulo – Brasil
– Untitled (12ª Bienal de Istambul) – Istambul – Turquia
– Geração 00 – A nova fotografia Brasileira – SESC Belenzinho – São Paulo – Brasil
– Extremos: fotografias na coleção da Maison Européene de la Photographie Paris – Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro – Brasil
2010
– Primeira e Última, Notas sobre o Monumento – Galeria Luisa Strina – Brasil
– Um dia que terá terminado – Museu de Arte Contemporânea [MAC Ibirapuera] – São Paulo – Brasil
– Autour de l´extrême: um choix dans les collections de la MEP – Maison Europeene de La Photographie – Ville de Paris –Paris –França
– Arte Pará 2010 (Artista convidada/guest artist) – Museu do Estado do Pará – Belém- Brasil
– Amazônia a Arte – Palácio das Artes – Belo Horizonte- Brasil
– Gigante por la propria naturaleza – Instituto Valenciano de Arte Moderno [IVAM] – Valência – Espanha
– La Revanch de l’archive Photographique – Centre de la photographie Genève – Genebra – Suíça
– The 70s: Photography and Everyday Life – The Netherlands Fotomuseum – Rotterdam – Holanda
– A Cidade do Homem Nu – Museu de Arte Moderna de São Paulo [MAM SP] – São Paulo – Brasil
– The 70s: Photography and Everyday Life – Centro Andaluz de Arte Contemporáneo [CAAC] – Sevilha – Espanha
– Pictures by Women: A History of Modern Photography – Museum of Modern Art [MOMA] – Nova Iorque – EUA
– Dez Anos de Núcleo Contemporâneo – Museu de Arte Moderna de São Paulo [MAM SP] – São Paulo – Brasil
2009
– The 70s: Photography and Everyday Life – Palazzo Civico – Cagliari – Itália
– Ulsan International Photography Festival – Ulsan – Coréia do Sul
– The 70s: Photography and Everyday Life – Museum d’Arte Provincia di Nuoro – Sardegna – Itália
– The 70s: Photography and Everyday Life – PHotoEspaña 2009 – Madrid – Espanha
– Um acervo em preto e branco: fotografias 1947/1980 – Pinacoteca de São Paulo – São Paulo – Brasil
2008
– Provas de Contato – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil
– Móbile – fotografia no acervo do MAB – Galeria Rubem Valentim – Museu de Arte de Brasília – Brasília – Brasil
– Fotografia Brasileira Contemporânea – (Artista Homenageada) – FestFotoPoA 2008 – Festival Internacional de Fotografia – Centro Cultural Erico Verissimo [CEEE] – Porto Alegre – Brasil
– Arte contemporânea: aquisições recentes do acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo – Estação Pinacoteca – São Paulo – Brasil
2007
– Cidadania…Brasileira – Centro Cultural São Paulo – São Paulo – Brasil
– Mirame – Una ventana a la fotografía brasileña – Fototeca de Cuba – Havana – Cuba
– Novas Aquisições 2006/2007 – Coleção Gilberto Chateaubriand –Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro [MAM RJ] -– Rio de Janeiro – Brasil
2006
– MAM (NA) OCA – OCA – Parque do Ibirapuera – São Paulo – Brasil
– Todos os rios correm para o mar – Palácio do Itamaraty – Brasília – Brasil
– Manobras Radicais – CCBB SP – São Paulo – Brasil
– Mulheres vêem Mulheres – SENAC – São Paulo – Brasil
– 27ª Bienal de São Paulo – Como viver junto – Pavilhão da Bienal – São Paulo – Brasil
– 5ª Bienal Internacional de Liége – Centro Cultural Lês Chiroux- Liége – Bélgica
– Exposição da coleção permanente da Fundação Cartier em Paris – Museu de Arte Contemporânea – Tóquio –Japão
– Trem de Prata – Museu Imperial – Petrópolis – Brasil
2005
– Rencontres Parallèles – Centre d’art contemporain de Basse-Normandie – Hérouville-saint-Clair – França
– Citizens – Pitzhanger Manor Museum – Londres – Inglaterra
– Citizens – Ormeau Baths Gallery – Belfast – Irlanda do Norte
– Citizens – The City Gallery – Leicester – Inglaterra
– Citizens – Oriel Davies – Powys – País de Gales
– O Brasil da terra encantada à aldeia global – Palácio Itamaraty – Brasília – Brasil
– 100 anos da Pinacoteca: A formação de um acervo – São Paulo – Brasil
– Brasileiro Brasileiros – Museu Afro-Brasil – São Paulo – Brasil
– O retrato como imagem do Mundo – Museu de Arte Moderna [MAM SP] – São Paulo – Brasil
– Leituras Poéticas do Filme : Povo da Lua, Povo do Sangue – IBECC/UNESCO, São Paulo – Brasil
– Identidade – Fundação Cartier – Paris – França
2004
– Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira – Museu Oscar Niemeyer – Curitiba – Brasil
– Novas Aquisições 2003 – Coleção Gilberto Chateaubriand – Museu de Arte Moderna [MAM RJ] – Rio de Janeiro – Brasil
– Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira – Museu Nacional de Belas Artes – Rio de Janeiro – Brasil
– Yanomami: O Espírito da Floresta – Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro – Brasil
2003
– Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo – Brasil
– Yanomami: L’esprit de la Forêt – Fondation Cartier – Paris – França
2002
– Arte Foto – Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro – Brasil
– Casa e Floresta – Yanomami – Museu de Arte Moderna [MAM SP] – São Paulo – Brasil
– Mudos Criados – Fotografia da América Latina – Stichting Fotografie Noorderlicht – Groningen – Holanda
2001
– Trajetória da Luz na Arte Brasileira –Instituto Cultural Itaú – São Paulo – Brasil
2000
– Na sombra das luzes & Imagens fotográficas rupestres: grafitagem Yanomami – Museu da Imagem e do Som (MIS-SP) – São Paulo – Brasil
1998
– 24ª Bienal de São Paulo: Na Sombra das Luzes – Pavilhão da Bienal – São Paulo – Brasil
– Yanomami: A Casa, A Floresta, O Invisível – II Bienal Internacional de Fotografia da Cidade de Curitiba – Curitiba – Brasil
– Amazônicas – Instituto Itaú Cultural – São Paulo – Brasil
– A History of Women Photographers – Akron Art Museum – Akron – Ohio – EUA
– Coleção Pirelli – Museu de Arte de São Paulo – São Paulo – Brasil
1997
– Exílios Tropicais .Biennale of Photography – Herten – Alemanha
1996
– The History of Women Photographers [exposição itinerante] – EUA
1994
– Yanomami – Fotofest – Houston – Texas – EUA
1993
– A New Installation of Photography from the Collection – Museum of Modern Art [MoMA] – Nova Iorque – EUA
1991
– Coleção Pirelli – Museu de Arte de São Paulo [MASP] – São Paulo – Brasil
1990
– Yanomami/1990: o extermínio continua. Até quando? – Memorial da América Latina – São Paulo – Brasil
1989
– UABC: Artistas de Uruguay, Argentina, Brasil y Chile – Stedelijk Museum Amsterdam – Amsterdam – Holanda
– Genocídio Yanomami: morte do Brasil – Museu de Arte de São Paulo [MASP] – São Paulo – Brasil
1985
– Photojournalism in the 80s – Hillwood Art Gallery – Nova York – EUA
1981
– LateinamerikaPhotographie von 1860 bis heute – Kunsthaus – Zurique – Suíça
1980
– Triennial of Photography – Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) – São Paulo – Brasil
1978
– Latin American Biennale – Pavilhão da Bienal – São Paulo – Brasil
1976
– Grande São Paulo/76 – Museu de Arte de São Paulo [MASP] – São Paulo – Brasil
1974
– Week of Photography – Museu de Arte de São Paulo [MASP] – São Paulo – Brasil
1973
– O homem da Hileia (The Man of the Hileia) at MASP
– O homem da Hileia – Brazil-Export Fair – Bruxelas – Bélgica
1972
– O fotógrafo desconhecido – Museu de Arte Contemporânea (MAC USP) – São Paulo – Brasil
– Hileia amazônica – Museu de Arte de São Paulo [MASP] – São Paulo – Brasil
1971
– 9 fotográfos de São Paulo – Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP) – São Paulo – Brasil
1970
– Fotógrafos de São Paulo – Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado (MAB·FAAP) – São Paulo – Brasil
1965
– The World and its People – Kodak Pavilion at the New York World’s Fair – Nova York – EUA
1960
– Museum of Modern Art. Photography Collection – Museum of Modern Art [MOMA] – Nova Iorque – EUA
1956
– V Salão Paulista de Arte Moderna – Galeria Prestes Maia – São Paulo – Brasil
1955
– IV Salão Paulista de Arte Moderna – Galeria Prestes Maia – São Paulo – Brasil
Other Activities
Founding member of the Committee For the Creation of the Yanomami Park [CCPY] in defense of life, land and culture of the Yanomami Indians in Brazil.
1978
– Participação na elaboração do projeto para a criação do parque Yanomami / participation in the project design to the creation of the Yanomami Territory.
1978/1999
– Coordenadora da comissão pela criação do parque Yanomami / coordinator of the campaign for the demarcation of the Yanomami Territory
1985/1995
– Coordenadora da campanha contra a invasão da terra Yanomami, praticada por garimpeiros na
busca de ouro/ coordinator of the campaign against the invasion of Yanomami Territory, practiced by miners in search of gold.
1995
– Responsável pelo início do programa de alfabetização bilíngue Yanomami/ responsible for initiating the Yanomami bilingual literacy program
1999/ 2000
– Elaboração de um programa de visibilidade para a Comissão Pró-Yanomami (CCPY)/ elaborator of a program for the visibility of CCPY through exhibitions and website
Grants, Awards and Titles
2023
– Doutora Honoris Causa – Universidade de Brasília (UnB) – Brasília – Brasil
2022
– Prêmio Milú Villela – Itaú Cultural 35 Anos – São Paulo – Brasil
– 20ª FLIP (Artista homenageada) – Paraty – Rio de Janeiro
– Prêmio Mérito Cultural na Fotografia, categoria ‘Produção de Obra Fotografica’. REDE de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil – São Paulo – Brasil
2019
– Prêmio ABCA 2018 – Clarival do Prado Valladares (trajetória)
– 150 Paraty em Foco. Festival Internacional de Fotografia 2019 (Artista Homenageada) – Paraty – Brasil
2018
– Goethe-Medaille 2018 – Weimar – Alemanha
2010
– Kassel Photobook Award [Marcados] – Kassel – Alemanha
– The Prix Pictet 2010 [indicação] – Londres – Inglaterra\
2008
– Ordem do Mérito Cultural 2008 – Ministério da Cultura (MINC) – Brasília – Brasil
2006
– Prêmio Claudia – Editora Abril – São Paulo – Brasil
2005
– Bolsa para revisitação de meu arquivo de fotografia -Fundação Vitae em 2004- São Paulo
– Prêmio da melhor exposição de fotografia – Associação Paulista de Críticos de Arte [APCA) – Pinacoteca do Estado de São Paulo – Brasil
2003
– 5° Prêmio Severo Gomes – Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos – São Paulo – Brasil
2002
– Prêmio Especial de Fotografia – Espaço Porto Seguro – São Paulo – Brasil
2000
– Prêmio Anual da Liberdade Cultural – Photographer and Human Rights Advocate – Lannan Foundation – Santa Fe – EUA
1985
– Grosser Preis Der Stadt Oberhausen e Interfilm Jury Preis no 31. Westdeutsche Kurzfilmtage Oberhausen [Povo da Lua, Povo do Sangue, 1985] – Oberhausen – Alemanha
1976
– Fotografia – Fapesp – SP
1971/1974
– Projeto Yanomami – Fotografia – Fundação John Simon Guggenheim – New York – EUA
Bibliography (selection)
2018
– Claudia Andujar. A luta Yanomami. IMS, São Paulo, Brasil [Photography Catalogue of the Year, The 2019 Photobook Awards, Aperture]
2015
– Claudia Andujar. No lugar do outro. IMS, São Paulo, Brasil
2010
– Arte Brasileira nos Acervos de Curitiba – Fernando Burjato e Daniela Vicentini
2009
– 70s Photography and everydaylife – Madrid: LaFabrica Editorial, 2009. ISBN: 978-84-92498-77-2
– Marcados – Claudia Andujar – São Paulo: CosacNaify / ISBN: 978-85-7503-829-1
2008
– Claudia Andujar – Laluzi Coleção Arte de Bolso – São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. [com texto de Simonetta Persichetti]
– Yanomami, Hutukara – nuestra tierra – Buenos Aires: Edição Marcos Adandia, 2008. [publicação semestral Dulce Equis Negra]
– ANDUJAR, Claudia – Yanomami, la danses des images – texto de Alvaro Machado e mapa de François-Michel Le Tourneau – França: Ed. Marval
2007
– Catálogo da 27° Bienal Internacional de São Paulo – São Paulo: Fundação Bienal, 2007.
2005
– ANDUJAR, Claudia – Vulnerabilidade do Ser – São Paulo: Ed. Cosac Naify, 2005. [Exposição na Pinacoteca de São Paulo]
2004
– Mapas Abiertos, fotografia Latinoamericana 19991-2002 – Madrid: Fundação Telefónica, 2004. [participação fotográfica com textos de Alejandro Castellanos, Rubens Fernandes Jr., Juan Antonio Molina, Ivánde la Nuez]
– ANDUJAR, Claudia – Yanomami – Espíritos da Floresta – Rio de Janeiro: CCBB-RJ – Centro Cultural do Banco do Brasil, 2004. [Participação fotográfica no Catálogo/Livro com textos de Bruce Albert e de Davi Kopenawa Yanomami]
2003
– ANDUJAR, Claudia – Yanomami : l’espirit de la forêt, Paris: Foundation Cartier pour l’art contemporain, 2003. [Catálogo /Livro com textos de Hervé Chandès, Bruce Albert e depoimento de Davi Kopenawa Yanomami]
2001
– Drucksache N.F.6 – Internacionale Heiner Müller Gesellschaft – Cenas de um Encontro não Ensaiado – um ensaio fotográfico – Düsseldorf: Richter Verlag, 2001. [Colaboração com Laymert Garcia dos Santos]
2000
– Imagens da Fotografia Brasileira 2 – São Paulo: Editora SENAC e Estação Liberdade, 2000. [participação fotográfica com pesquisa e texto de Simonetta Perrischetti]
1998
– Yanomami: Claudia Andujar – São Paulo: Dorea Books and Art DBA, pag 21. 1998.
1980
– Missa da Terra sem Males, Brasil: Tempo e Presença Editora Ltda., 1980. [texto por Pedro Casaldaliga]
1979
– Mitopoemas Yanomami – São Paulo: Olivetti do Brasil, 1979. [Gravação em Yanomami e tradução em Português por Carlo Zacquini; Narradores e desenhistas Yanomami da bacia do rio Catrimani, Koromani Waika (+), Mamoké Rorowé (+) e Kreptipe Wakatautheri; Coordenação do livro e adaptação literária Mario Chamie; Concepção gráfica Emilie Chamie, introdução de P.M. Bardi (+)]
– Canto a la Realidad, Fotografia Latinoamericana 1860-1993. Madrid: Casa de América de Madrid, 1979. [participação fotográfica, texto por Erika Billeter]
1978
– Yanomami – Frente ao Eterno – São Paulo: Editora Práxis, 1978. [introdução por Darcy Ribeiro]
– Amazônia, com George Love – São Paulo: Ed. Práxis, 1978.
1973
– The Amazon, The World’s Wild Places – Holanda: Time Life International, 1973. [participação fotográfica – com texto de Tom Sterling]
1970
– A Week in Bico’s World: Brazil – New York / Londres: Crowell-Collier Press, Crowell-Macmillan Press, 1970 [com texto de Seymour Reit]
Collections (selection)
– Kadist Foundation – San Francisco – USA
– Institute of Contemporary Art, ICA Miami – Miami – USA
– Sesc São Paulo – São Paulo – Brazil
– Musée d’ethnographie de Genève, MEG – Geneve – Switzerland
– Fotostiftung Schweiz – Winterthur – Switzerland
– Stedelijk Museum Collection – Amsterdam – The Netherlands
– Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia – Madrid – Spain
– Museum für Modern Kunst, MMK – Frankfurt – Germany
– Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, MALBA – Buenos Aires – Argentina
– Museo de Arte Moderno de Medellín – Medelín – Colombia
– Museum of Modern Art, MoMA – New York – USA
– George Eastman House International Museum of Photography and Film – New York – USA
– Coleção Pirelli – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, MASP – São Paulo – Brazil
– Museu de arte de São Paulo Assis Chateaubriand, MASP – São Paulo – Brazil
– Pinacoteca do Estado de São Paulo – São Paulo – Brazil
– Museu Afro-Brasileiro – São Paulo – Brazil
– Maison Européene de la Photographie, MEP – Paris – France
– Museu Nacional de Belas Artes – Rio de Janeiro – Brazil
– TATE Modern – London – England
– Fondation Cartier pour l’Art Contemporain – Paris – France
– Coleção Gilberto Chateaubriand – Museu de Arte Moderna, MAM RJ – Rio de Janeiro – Brazil
– Museu de Arte de Brasília, MAB – Brasília- Brazil
– Museu Paranaense, MUPA – Curitiba – Brazil
– Instituto Inhotim – Brumadinho – Brazil
– Museu de Arte Moderna, MAM-SP – São Paulo – Brazil
– Coleção de Arte da Cidade, Secretaria Municipal de Cultura – São Paulo – Brazil
– Museu da Fotografia Cidade de Curitiba – Curitiba – Brazil
– Museu da Fotografia Fortaleza – Fortaleza – Brazil
A fotógrafa Claudia Andujar nasceu em Neuchâtel, na Suíça, em 1931. Mudou-se para os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial e casou-se com o espanhol Julio Andujar, em Nova York. Separou-se anos depois e veio para o Brasil, em 1955, para morar com sua mãe em São Paulo. Naturalizada brasileira, Claudia dedica a vida à proteção dos índios Yanomami. Suas fotos foram publicadas em revistas nacionais e internacionais, como Life, Look e Fortune. O contato com os Yanomami começou em 1971 durante viagem à Amazônia registrada em matéria na revista Realidade. Organizou um grupo de estudos em defesa da criação de uma área indígena Yanomami, o primeiro passo para a fundação da ONG Comissão Pró-Yanomami. Sua série Marcados foi feita para contribuir com os cadastros de saúde usados por equipes de vacinação da região, com o objetivo de proteger os índios da dizimação por doenças como sarampo e poliomielite. Seus trabalhos foram expostos em mostras como Arte Brasileira: 50 Anos de História no Acervo MAC/USP: 1920-1970, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (1996); 24ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo (1998); 27ª Bienal Internacional Arte São Paulo (2006) ; Coleção Pirelli/MASP de Fotografia, no MASP (1998); Photo España 99, Festival Internacional de Fotografia, no Museo de la Ciudad, Madri (1999). Em 2015, o Instituto Inhotim inaugurou sua 19ª galeria permanente, dedicada ao trabalho de Claudia Andujar. O pavilhão exibe mais de 500 fotografias selecionadas pelo curador Rodrigo Moura no arquivo da artista de 1970 a 2010 na Amazônia e com os Yanomamis.
Nesta entrevista, realizada em outubro de 2017 na casa de Claudia Andujar, ela fala do encontro com os índios Yanomamis e da relação com a fotografia para o registro documental com um olhar próprio da artista, que busca alinhar o social e o estético no mesmo clique.
CLAUDIA ANDUJAR: Você é alemão?
HANS ULRICH OBRIST: Não, sou suíço como você.
CA: Ah, suíço! Muito bem. De onde?
HUO: Eu sou de Zurique. Você é de Neuchâtel, certo?
CA: Correto. Quer dizer, eu nasci lá.
HUO: Você ainda tem o passaporte suíço?
CA: Não. Eu nunca tive um passaporte suíço. Nasci na Suíça porque minha mãe era de Neuchâtel, mas fui criada na Transilvânia. Por conta do contexto político, a região já foi parte da Hungria e, depois, da Romênia. Eu apenas nasci na Suíça. Vivi lá como refugiada depois da Segunda Guerra Mundial por dois ou três anos e deixei o país.
HUO: Quando você descobriu a fotografia? Como a fotografia chegou a você? Ou, como você chegou à fotografia?
CA: Comecei a fotografar no Brasil, porque quando eu vim para cá, não falava português. Era uma maneira de me aproximar das pessoas. Também vivi nos Estados Unidos, por isso falo inglês.
HUO: E quando você fez as suas primeiras fotografias?
CA: Minhas primeiras fotografias… você diz as primeiras da minha vida ou aquelas já com uma ideia sobre a fotografia?
HUO: Sim, quando o seu trabalho começou? As primeiras fotografias que você consideraria…
CA: Não me lembro muito bem. Foi logo depois de que eu vim para o Brasil, mas não me lembro. Foi nos anos 1960.
HUO: Você pode nos contar sobre as suas primeiras fotografias?
CA: Eu não me lembro.
HUO: Mas nós nos lembramos. Todos nós lembramos das suas incríveis fotografias com os Yanomami. Eu as descobri na Fundação Cartier. Meu amigo, o Herve Chandes… Você o conhece? Ele é um amigo muito próximo, talvez o mais antigo. Um dia, ele me ligou e disse: “Você tem que vir a Paris ver esse trabalho”. Foi assim que…
CA: Ele falou sobre o meu trabalho?
HUO: Ele me apresentou ao seu trabalho muitos anos atrás.
CA: Conheço bem o Herve. Não falo com ele há algum tempo…
HUO: Foi ele que me contou sobre o seu trabalho com os Yanomamis. Nos anos 70, você fez uma reportagem para a revista Realidade. Você poderia nos contar um pouco sobre as suas memórias do encontro com os Yanomamis?
CA: O que eu posso dizer é o seguinte: antes de trabalhar com os Yanomamis, eu era colaboradora da revista Realidade, aqui no Brasil. Por conta da situação política da época, a Realidade foi fechada. Depois desse episódio, tentei encontrar um lugar onde pudesse ficar por um longo tempo. Quer dizer, eu não queria deadlines. Foi assim que eu viajei pela primeira vez para as terras Yanomami. Um amigo meu suíço, René Furst, tinha passado um tempo com os Yanomamis e me aconselhou a ir. Ele disse que eu gostaria. Então, decidi seguir sua sugestão. Até agora, continuo trabalhando e envolvida com os Yanomamis.
HUO: Você disse que, desde o princípio, ficou encantada com a bondade e sinceridade deles…
CA: Quando estive com eles pela primeira vez, quando os conheci, eles eram pessoas de primeiro contato. O território é muito grande e a situação varia muito de acordo com a região. Mas quando eu fui pela primeira vez, eles tinham pouquíssimo contato com pessoas de fora do território Yanomami. Cheguei de avião, vestindo calça jeans… No começo, eles não tinham certeza se eu era uma mulher ou um homem. Não estão acostumados a ver pessoas vestidas. Então, vieram até mim para descobrir se eu era homem ou mulher. Falei que era mulher e que estava usando jeans porque era assim que a gente se vestia para viajar. Eles quiseram tocar todas as partes do meu corpo para ver se eu era uma mulher normal. Foi assim que nos conhecemos. Fiquei particularmente tocada pelo fato de que eram tão puros e tão espontâneos na maneira como se relacionavam.
HUO: É interessante que você tenha ido acompanhada de dois médicos.
CA: Sim, mas isso não foi na primeira vez em que conheci os Yanomamis. Foi depois. De qualquer maneira, foi uma das primeiras vezes.
HUO: Você disse que a prioridade era proteger os Yanomamis, porque eles eram vítimas de epidemias…
CA: Sim, é verdade… Quando pessoas de fora entraram em contato com os Yanomamis, também trouxeram doenças.
HUO: Em uma entrevista, você disse que queria protegê-los. Ou seja, a fotografia tinha uma função.
CA: Sim, tem uma função.
HUO: A fotografia tinha a função de documentar e, por isso, nós os identificávamos com números. Eles não tinham nomes…
CA: Não, não tinham. No início da nossa relação, decidi visitá-los com esses dois médicos de São Paulo. A ideia era ver se podiam ajudar, por conta das doenças que estavam se espalhando pelo território Yanomani. Sobre os números, precisávamos identificar os Yanomamis pelo projeto de saúde que começamos e consideramos que a melhor maneira era fotografá-los com os números.
HUO: Você também disse que passou muito tempo com eles. Você não teve pressa, porque estava tentando construir uma amizade…
CA: Sim, era o que eu queria. Tentava estabelecer uma amizade, conhecê-los melhor e ter mais liberdade para circular e fotografar.
HUO: Quanto tempo você passou com eles?
CA: No total? Ainda tenho contato com eles, não sei responder. Nos últimos anos, não pude visitá-los muitas vezes. Vou quando recebo alguma ajuda para chegar ao território dos Yanomamis ou quando as pessoas me pedem ajuda, porque querem conhecer os Yanomamis. Aí, eu vou junto. Mas, hoje em dia, é difícil para mim e vou muito menos do que no passado. Eu diria que na década de 1980, passei a maior parte do meu tempo no território Yanomami. Nos anos 90, voltei muitas vezes. Ainda vou. Mas não saberia dizer quanto tempo fiquei lá. É meio difícil responder a essa pergunta.
HUO: É bonito, porque é um projeto da vida inteira.
CA: Sim. Ainda hoje é um projeto da vida inteira.
HUO: Quando você compreendeu que seria um projeto de vida? Isso estava claro desde o princípio? Ou foi algo que se deu gradualmente, aos poucos?
CA: Quando eu decidi ir para o território dos Yanomami, uma das coisas que eu decidi era ter um projeto sem limite de tempo. Eu não sabia se era um projeto para a vida toda, mas me dei a liberdade para deixar em aberto por quanto tempo eu manteria essa amizade com eles. Como eu disse, ainda sou muito apegada a eles, muito além da fotografia. Atualmente, eu envio recursos para ajudá-los com projetos ou para alguma necessidade específica. Ou seja, por enquanto, tenho a certeza de que ficarei com eles até o fim da minha vida.
HUO: Muito bonito! Nosso amigo Herve Chandes me contou que você também colecionava desenhos, jogos e sonhos.
CA: Não sei se coleciono jogos. Eu devo ter umas 30 mil fotografias, como você pode ver aqui. Elas não são apenas dos Yanomamis. Essas são decorações que eles usam para se embelezar. Aliás, antes de eu ir para o território dos Yanomami, eu também trabalhei com outros grupos indígenas. Tenho colecionado obras de arte indígena de vários lugares. Por sinal, nem tudo está exposto.
HUO: Para muitos deles, foi a primeira vez em que viram uma câmera.
CA: Eles nunca tinham visto uma câmera, nenhum deles, até onde eu saiba. Talvez alguns deles tivessem visto, porque o território Yanomami é imenso e, dependendo da região, o contato se deu em períodos diferentes. Mas eu diria que, quando cheguei lá, eles tinham poucos contatos com o mundo exterior. Eu não conheço todos os Yanomamis. Nem metade deles. Conheço algumas áreas, certas regiões, mas mesmo hoje em dia alguns Yanomamis tiveram nenhum ou pouquíssimo contato com o mundo exterior.
HUO: Como eles não conheciam a fotografia, você tinha que explicar… O que você fez para que eles não tivessem medo?
CA: Demorou bastante até que eu começasse a fotografar… Não cheguei com uma câmera e saí tirando fotos logo que os conheci.
HUO: Você deixou a câmera em casa.
CA: Sim. Eu senti que precisava iniciar um relacionamento antes de começar a fotografar. Como eu disse, o território é muito grande. De qualquer forma, nas primeiras vezes em que fui, era um território com pouco contato… Logo no início, achei que era importante desenvolver uma amizade, ter uma relação com eles antes de começar a fotografar. Mas em outros lugares em que fui, eu era a única pessoa não-Yanomami que eles já tinham visto. Levava minha câmera, mas sempre fui muito cuidadosa em desenvolver essa relação antes de começar a fotografar.
HUO: Como você se comunicava inicialmente com eles?
CA: Em geral, eu ia com alguém que soubesse falar Yanomami.
HUO: Um tradutor.
CA: Exatamente.
HUO: Há um paradoxo. Li que, para os Yanomamis, quando você os fotografa, é como se lhes tirasse parte da consciência.
CA: Sim, é como eu me sentia. Eles achavam que interferia com a alma deles. Por isso, sempre fui muito cuidadosa até que eles ficassem confiantes e sem medo, até que eles entendessem completamente que não se tratava de uma agressão. Até hoje eu acho que isso é muito importante. Hoje em dia, porém, as coisas mudaram muito, porque os Yanomamis, em particular os mais jovens, tiram fotografias. Alguns deles têm câmeras.
HUO: Você conhece alguns artistas Yanomamis?
CA: Depende do que você considera um artista. Como você define um artista?
HUO: Bem, você disse que eles fotografam. Alguns deles talvez só fotografem para documentar, para uso diário. Mas alguns podem chegar a tornar-se fotógrafos.
CA: Ah! Como fotógrafos, você diz… Não, até agora, não acho que eles fotografam com alguma intenção artística. Eles fotografam só por fotografar mesmo, até onde eu sei. Como eu disse, não conheço todos, mas até onde eu sei, essa não é a razão.
HUO: Eu li que os Yanomamis têm essa ideia de que, quando eles morrem, a fotografia deve ser destruída para que a alma, a consciência deles seja devolvida.
CA: Sim, é verdade.
HUO: É um paradoxo porque não se pode destruir a foto. Ou será que você as destrói quando as pessoas morrem?
CA: Não, eu não sei quando ou se eles morreram. Eu nunca destruí minhas fotos.
HUO: É uma boa resposta. O que você buscava quando fotografava?
CA: Depende. No início, eu achava que fotografava os Yanomami para começar o projeto de saúde. Portanto, era a razão por trás das fotografias. Dependia muito de onde eu fotografava. Se era um lugar onde tinha vivido por algum tempo, a situação mudava. Obviamente, eu também… Hoje em dia, não fotografo mais. Deixei a fotografia.
HUO: Quando você deixou a fotografia?
CA: Bem, é algo que aconteceu depois de muito tempo… Eu diria dez anos atrás.
HUO: O que a fez parar de fotografar?
CA: No final, eu dedicava praticamente todo o meu trabalho aos Yanomamis. Por outro lado, senti que outras coisas importantes precisavam ser feitas. Atualmente, eu trabalho muito com o que já tenho e não sinto a necessidade de fotografar mais. Talvez eu volte, não sei… Mas posso dizer que, pelo menos nos últimos cinco anos, não fotografei mais.
HUO: É interessante porque encontrei uma entrevista sua em que você disse ter encontrado um verdadeiro sentido para o seu trabalho muito mais tarde na sua vida. Você fala do título Marcados…
CA: Como eu disse, tratava-se de um trabalho especial, porque, na época, começamos com esses dois médicos. Era um trabalho. Por isso eu chamei de Marcados, porque usávamos esses números para identificar os Yanomamis, para marca-los. Mas eu diria que a fotografia, para mim, o meu trabalho em fotografia é parte da minha alma.
HUO: Lindo.
CA: Eu comecei a fotografar os Yanomami em 1970, são 50 anos. É uma vida. Houve épocas em que eu estava mais ligada a alguma coisa, em outras épocas, em outras.
HUO: O título Marcados tem alguma coisa a ver com o seu passado distante, porque, como você disse, quando tinha 13 anos, a família do seu pai foi deportada. Todos eles foram marcados e todos morreram. Qual é a relação com a sua própria história, porque me parece ter uma grande relevância.
CA: Você quer saber se isso tem alguma relação com o meu trabalho com os Yanomami? Sem dúvida. Eu diria isso de um outro jeito… A minha dedicação de tantos anos aos Yanomami, não só à fotografia, mas a dedicação a eles… Nossa relação foi mudando através dos anos e hoje eu vou pouco, mas continuo sabendo o que está acontecendo por lá e sigo tentando ajudar. Mas eu colocaria isso [a numeração] de outro jeito. Por eu ter perdido a minha família, por conta de toda a questão do fim da Segunda Guerra Mundial, é que há uma relação com a minha dedicação a eles, não por conta dos números.
HUO: Também queria perguntar sobre seu livro, o primeiro da década de 70. É muito bonito. Você poderia nos falar um pouco sobre essa primeira publicação? Eu sempre penso que, em fotografia, o livro é o trabalho. É algo que Helen Levitt e Cartier Bresson me ensinaram. Eles diziam que o livro é o trabalho. Esse aqui parece muito um livro de artista. É uma publicação muito bonita. Como ele surgiu?
CA: Na verdade, não é muito complicado. Soube da possibilidade de publicar um livro com o meu trabalho…
HUO: Você usou as fotografias e também há alguns desenhos. De onde esses desenhos maravilhosos saíram?
CA: Aliás, tenho outro livro que é baseado em desenhos que você ainda não viu, chamado Mitos e Poemas Yanomamis.
HUO: Que bonito! Foi publicado pela Olivetti, certo?
CA: Eu acho que sim. É um belo trabalho. Passei um bom tempo também dedicada à educação durante o processo, desde que comecei a fotografá-los. Eles aceitaram bastante bem. Eu costumava ir e fotografar. Eles nem prestavam mais atenção. Passou a ser parte da vida deles. Senti, no entanto, que queria que eles também se expressassem por si mesmos. Por isso, pedi que fizessem esses desenhos. Mas eles nunca tinham visto um desenho na vida até que começamos a trabalhar. Levei papel, canetas e lápis e sugeri que eles se expressassem através do desenho. Eu os apresentei o desenho.
HUO: Esse livro é incrível!
CA: Quando comecei isso, eu não disse a eles o que fazer. Apenas deixei o papel com os lápis ali e disse que podiam fazer o que quisessem. Foi assim que começaram a desenhar.
HUO: Quem fez os poemas?
CA: Os textos… Tenho um amigo com quem trabalhei por muito tempo, que já estava vivendo com eles antes mesmo da minha chegada. Ou seja, ele falava a língua muito melhor do que eu. Pedi para ele escrever as coisas que eles diziam. Então, perguntei a eles o que aqueles desenhos representavam.
HUO: É um livro simplesmente sensacional. Algum dos seus livros foi reeditado?
CA: Não. Na verdade, acho que Herve está pensando em republicar esse livro. Será a primeira vez.
HUO: Acho muito importante que seja!
CA: Obviamente, os desenhos seriam usados e, talvez, possam usar inclusive as fotografias que eles fazem, que não existiam na época. É uma atividade recente.
HUO: Você viu algumas das fotografias deles?
CA: Bem, não impressas. Hoje em dia, eles usam máquinas digitais. Eu conheço o trabalho digital deles. Quer dizer, algo desse trabalho. Tenho passado menos tempo lá., como já disse. Atualmente eles fotografam cada vez mais.
HUO: Nesse livro, há um mapa e também um texto seu em português. Aqui diz: “Entre os Yanomami, não existe à rigor chefe absoluto.” O que isso significa?
CA: De uma certa maneira, isso mudou também, mas não é um chefe. Tem um xamã, mas isso é parte do que nós chamamos religião, certo? Há pessoas que não chegam a ser o chefe. É como se fosse um grupo de sábios. Por causa do contato com o nosso mundo, por exemplo, tem o Davi Kopenawa Yanomami[1]. Eu não chamaria ele de chefe. Quando fiquei morando lá, uma das pessoas que também conheci foi o Davi. Depois o Davi começou a ser convidado para eventos fora dos Yanomamis. Hoje, ele é muito conhecido mundialmente e está encorajando o filho dele para continuar.
HUO: Ele é como uma figura pública. Herve falou muito sobre o Davi.
CA: Ele se tornou conhecido através dos anos, também por conta dos projetos que a gente começou a fazer. Além de conhecido no mundo todo, ele conseguiu chegar ao governo brasileiro para demarcar as terras Yanomami. É muito importante esse reconhecimento. A gente começou a fazer campanhas.
HUO: Você se envolveu nesse aspecto mais ativista da campanha? Você era parte de uma ONG?
CA: Com relação ao povo Yanomami, fui eu quem começou isso.
HUO: Você também era parte da ONG Comissão Pró-Yanomami? Qual o seu papel nessa organização?
CA: A CCPY. Quando comecei a viajar com mais frequência, numa tentativa de chamar a atenção do mundo para os Yanomamis, iniciamos o trabalho da CCPY. Tratava-se de uma organização que tentava influenciar o governo a reconhecer as terras dos Yanomamis. Posso dizer que eu comecei esse trabalho.
HUO: É muito importante. Você escreveu nesse texto que os Yanomamis são felizes. Há essa noção de felicidade que, talvez, o mundo pudesse aprender com eles nos dias de hoje. Na sua opinião, qual é a razão dessa felicidade?
CA: Eu não sei se os Yanomamis são tão felizes. Nesse momento, eles estão sendo invadidos por garimpeiros. Não estão nem um pouco felizes.
HUO: Isso mudou, então.
CA: Eu não entendo o que você quer dizer com felicidade.
HUO: É apenas uma frase retirada desse livro.
CA: As coisas mudaram muito dos anos 70 até hoje. Atualmente há cerca de 50 mil garimpeiros trabalhando ilegalmente no território Yanomami. Eles não estão nada felizes. Os Yanomamis estão muito preocupados com toda a situação, assim como eu.
HUO: Assim como todos nós!
CA: É terrível. Estamos todos muito cientes da situação.
HUO: Você tem planejada alguma viagem para lá?
CA: Sim, eu tenho uma viagem programada para dezembro, mas apenas para ficar uma ou duas semanas. Continuo na tentativa de informar e disseminar sobre a situação Yanomami, assim como conversar com pessoas como você, que estão interessadas no assunto. Alguns brasileiros me pediram para acompanhá-los, porque querem conhecer os Yanomamis e entender a situação. O plano é ir em dezembro, apenas por um curto período. Eu só conheço os Yanomamis do Brasil, não os da Venezuela, onde estão aproximadamente metade deles. Mesmo no Brasil, não conheço todos, apenas os de certas regiões.
HUO: O que vai acontecer com o seu arquivo? Você quer deixá-lo com uma instituição?
CA: Sim, estou pensando em deixar para uma instituição no Brasil.
HUO: Mas ainda não se decidiu…
CA: Não, ainda não tenho certeza… É uma coisa na qual estou trabalhando no momento para saber o que fazer com todo esse trabalho. Quero deixar numa instituição que siga promovendo e acompanhando a situação Yanomami, que continue no projeto de ajudar. Venho dedicando muito tempo a ver como posso administrar tudo isso. Não quero simplesmente deixá-lo num museu.
HUO: Precisa ser ativo, como se fosse uma luta permanente.
CA: Além disso, muitas pessoas atualmente estão envolvidas nesse trabalho que eu iniciei.
HUO: Em Sonhos Yanomami, você fazia sobreposições com as fotos. Como surgiu essa série? Como você começou a sobrepor as fotografias para chegar a esse efeito onírico? Qual foi a inspiração? Que experiências levaram a essa ideia?
CA: Qual o meu sonho?
HUO: Essa também é uma boa pergunta.
CA: Na época, meu sonho era que o governo brasileiro reconhecesse o território Yanomami, que o território indígena fosse reconhecido numa legislação brasileira que dissesse o que pode e o que não pode ser feitos lá. É uma maneira de proteger as pessoas. Trabalhei por muito tempo, mais de 10 anos, nessa luta. Era o meu sonho. Hoje, meu sonho é que eles tenham a possibilidade de continuar a viver, conforme seus direitos. Obviamente, muitas coisas mudaram desde os anos 70. Também penso na educação. Atualmente é importante que eles falem português, que saibam ler e escrever, e que também saibam defender as suas terras, que é reconhecida pelo governo brasileiro. No momento, o presidente [Michel Temer] está tentando eliminar esse reconhecimento. Ele não poderia fazer isso, mas é o que ele quer.
HUO: É um perigo.
CA: Sim e, nesse caso, não são apenas os Yanomamis, são todas as terras indígenas que o Brasil reconheceu ao longo dos anos.
HUO: É muito bonita e urgente essa questão do sonho. Gostaria de saber um pouco mais sobre a sua Série dos Sonhos de 74, a Série dos Sonhos Yanomamis. Gostaria de saber sobre essa técnica, porque você sobrepõe as fotografias, criando um efeito onírico. É uma técnica bastante peculiar.
CA: É uma técnica de sobreposição de imagens.
HUO: Falamos muito a respeito dos Yanomamis e isso é importante, porque é muito urgente. Agora, para você, quais são as suas séries de fotografia mais importantes, fora do seu trabalho com os Yanomami?
CA: Para mim, o mais importante foi esse trabalho com os Yanomamis. Não resta dúvida sobre isso. Eu dediquei a minha vida a ele. Tenho também um grande interesse em fotografar a natureza.
HUO: Você pode nos dar alguns exemplos?
CA: Para mim, foi uma maneira de crescer, de evoluir. Agora, estou pensando em retomar, rever o meu trabalho sobre a natureza.
HUO: Qual seria o seu conselho para um jovem fotógrafo?
CA: Se sentir livre, se dedicar, não ficar preso de jeito nenhum. É muito importante se sentir livre.
HUO: Qual a sua definição de fotógrafo?
CA: Uma pessoa que é capaz de penetrar no mundo, na alma da vida.
[1] Davi Kopenawa Yanomami é um xamã e líder político Yanomami, um dos responsáveis pela demarcação do território Yanomami em 1992. Escreveu o livro La chut du ciel, em parceria com o antropólogo francês Bruce Albert, publicado no Brasil com prefácio de Eduardo Viveiros de Castro. A obra é um manifesto e testemunho autobiográfico para denunciar a destruição de seu povo.
Meeting Claudia Andujar. A Conversation for the exhibition “Tomorrow must not by like yesterday” at MMK Frankfurt, 2016
Meeting Claudia Andujar the first time in São Paulo in April 2015 left a strong impression on me. Paula Macedo Weiß and Marcos Gallon joined our meeting. I remember to have asked only one or two initial questions before Claudia Andujar started to talk about her work, her life, her biography, the people she portrayed, skipping from the personal to the political, from the present to the past. Although the conversation was already so rich, that I would not be capable of summarizing it properly, I have had the great desire to continue speaking with her. I was delighted when Claudia Andujar agreed upon meeting with me repeatedly on Skype over a time span of six months from the beginning of 2016 on. A time that was informed by demonstrations taking place in front of Claudia Andujar’s apartment on Avenida Paulista in São Paulo; a time during which Brazil’s senate continued an impeachment trial against President Dilma Rousseff, who as a consequence has been suspended from her position in April 2016 (followed by an official impeachment in September 2016); a time of a political and economic crisis of the country, which again has had devastating consequences for Brazil’s indigenous population. The following text is an excerpt of our conversation.
Carolin Köchling: Could you please first of all talk about the circumstances in which you have produced the series of Marcados [Marked]. When did you go to the Amazon first? And tell me something about the beginning of the Comissão Pró-Yanomami that you founded in 1978.
Claudia Andujar: When I started working with the Yanomami, I received scholarships from The John Simon Guggenheim Foundation, which allowed me to stay with them for one year at first, then for a second and a third year. This was in 1971. I did not only go there to take photographs. I got engaged politically after I witnessed the consequences of the military dictatorship in their territory and lives. The territory is huge. Actually half of the Yanomami live in Brazil, and the other half live in Venezuela. It is a large nation. I started working with them during the Military Dictatorship in Brazil. The government claimed that the Amazon was empty. They did not consider the indigenous population as people. The military government wanted to populate the Amazon with the people from the south to develop the area.
During that time in Catrimani the indigenous people did not have contact with other people outside their nation before, at least very little. The government started to build a highway that would cross their territory. And I was there when this happened. They engaged workers to cut the forest in order to build a road. The arrival of all these people brought a lot of diseases and problems. Many Yanomami – whole villages died off. That is when I started defending their lives and their culture. It was in 1978 that we – myself, Bruce Albert and Carlo Zacquini – decided to create a non-governmental organization to be able to formally defend the Yanomami. It was called CCPY Comissão pela Criação do Parque Yanomami [Commission for the Creation of the Yanomami Park], but in the end we gave up the idea of a park and then we called it Comissão Pró-Yanomami. I put my photography aside and concentrated on the work within this commission. It was also a moment in Brazil in which the press did not want to show photographs of indigenous people, their problems and so on. I had a lot of difficulties. I was removed from the territory by the military government to prevent me from doing this work. It took almost 15 years after I started this work for the Brazilian government to recognize the rights of the Yanomami land. And this was seven years after the fall of the military dictatorship in 1985. During this time I developed relationships of trust with the Yanomami, who understood what we were trying to do. We had a lot of support from Europe to do this work. The Brazilian government faced a lot of pressure from the United Nations and as a consequence, President Collor figured it would strategically be good for his political power to engage with the Yanomami question, announcing the recognition of their land in 1992.
In addition to gaining recognition of the Yanomami territory, our commission wanted to improve their health situation. There were no doctors, nothing in the Yanomami land to defend them. They were just dying off. And it was at that time that I decided to devote my work for their health by starting a health project. There were two doctors from São Paulo who volunteered to come. We made a plan to start a campaign, a vaccination campaign. Our plan was to go from village to village, first of all to gather information about their health conditions and with that also to start vaccination. This is how the Marcados were born. This work. When I went there with the two doctors, I was only interested in starting this health project. It was not my initially intention to produce this as a series. I did not think about making exhibitions or anything like that.
CK: Can you explain the numbers in the images?
CA: The Yanomami do not have names. Culturally they don’t have that. They were big families, so everybody was called by their family relationship: father, mother, and brother. So we decided we had to make health cards, and to distinguish each from one another, I would photograph them. Instead of identifying them with names, we used signs with numbers hanging from their necks. This is how all of this came to existence.
CK: Your photographs turned out to be more than a mere documentation. Although you shot the series for this medical reason, the images show your interest in the individual.
CA: The doctors thought that I was spending too much time photographing the subjects. Sometimes I had a whole film for one person. But this is the way I work. I wanted to show the intimacy, which was created between us. To me this is always very important. It means trying to capture a bit of the character of the person. It was only in the beginning of 2000 that I saw all these pictures and I thought it would be worth showing them to the public. And it was then, that I made a selection of the photographs and named this work Marcados. It was first shown at the Biennial of Sao Paulo in 2006 and then this work became very important.
CK: You have a very personal relationship to this body of work…
CA: Yes, I do. I grew up in Transylvania and Hungary (today it is Romania). In 1944 when the Nazis invaded Hungary, all the Jewish people were deported and killed in concentration camps. My father’s family was Jewish and they were all killed. I have nobody at all who survived from my father’s side. In the concentration camp they were marked with numbers, tattooed on their arms. These were the Marcados para morrer [Marked to die]. What I was trying to do with the Yanomami was to mark them to live, to survive. This is also why I have a very special and personal connection with this work.
CK: You not only made the selection of 87 photographs for the series, but you also created a juxtaposition of images in diptychs, triptychs and politychs. They are not randomly arranged; they are shown in certain groups. Can you talk about this decision?
CA: This is actually quite simple. As I mentioned, the vaccination campaign took place in various villages. So I usually make a series according to the place the picture was taken. There is a place called Ajarani and all pictures from Ajarani are together. You can also see that the photographs of one group have been taken from the same place.
CK: In most of the photographs there is a black or simple wood panel background. Which gives the viewer the chance to concentrate on the faces. I think here it becomes clear that you aim to engage with the individual human, which distinguishes from an anthropological approach. Especially when looking back on how indigenous people were depicted by the colonial masters, when they added props into the images in order to explain their culture or at least what they wanted to see in it. But you focus on their faces. Can you talk about this distinction between an anthropological approach and your interest in the individual of a person?
CA: I am not an anthropologist. In all my photographs, including the Marcados, I am interested in the gaze of the person, the expression of the eyes, and I try to penetrate the personality. This is my way of trying to understand the world.
CK: This is also what we have talked about when we met the first time. In Marcados I can see that there is an intimate relationship between you and the subject. In your recent series Fiscais [Guardians] the young men seem to be more distant. Could you please talk about this distinction and also the distinction between the circumstances of production?
CA: The Guardiões were photographed in 2010, in a totally different time. I went to a place called Toototobi. I was invited to a meeting, an assembly held by an organization that was founded by Davi Kopenawa Yanomami in the beginning of 2000. The meetings take place every two years and they try to involve as many villages as possible. As I said before, the Yanomami area is extremely large and up until today there are no roads. The road that was to be built in the 1970’s was never finished. They can only connect with those villages that are accessible by foot. So they have to walk the paths through the forest to go from one village to the other. This organization, which is called Hutukara is founded with the aim to help the Yanomami to grow and to resist the invasion of illegal gold miners. It is basically an initiative to defend themselves all together. And this is probably the most important and difficult part of todays work. The Yanomami are very aware of this and that is why they try to raise funds to organize these meetings. They are trying to build helicopter ports to be able to become one nation that holds together. And when I went to this meeting in 2010 there were also invited people from governmental organizations. The Yanomami became aware of the fact that everything has to be discussed in a peaceful manner. So they decided to select a group of young people who they could trust and they would serve as guardians who maintain peace during these meetings. It was what struck me the most. I have never seen something like this before. So I was interested in making photographs of these guardians. They are walking around all the time to maintain peace. I wanted to transmit their way of behaving…
CK: It is a totally different relationship in comparison to the people in Marcados….
CA: And what I wanted to convey is very different. The entire meeting lasted only four or five days. It was a special atmosphere. They were always walking around with a borduna, which is a wooden stick in their hands, and always in a very serious way.
CK: There is a 40-year gap between the two series. This is also visible in the medium. Marcados are black and white analogue photographs; Fiscais are color digital photographs.
CA: This meeting was something in which I had little time to do the work. This is why I decided to make use of the digital camera. I never was able to develop something intimate with the digital camera.
CK: I read your essay on the drawings of the Yanomami you contributed to a catalog of the Weltkulturen Museum in Frankfurt. Can you talk about the drawings and how they influence your understanding of the Yanomami culture?
CA: I published a book on the Yanomami drawings in 1978. It is called Mitopoemas Yãnomam [Mythical poems of the Yanomami]. In the beginning it was only a few people with whom I started to draw. I think the book shows drawings from five people in total. I wanted to better understand their way of thinking and also their culture. And since I am always taking pictures of them, I wanted to give them the chance to draw pictures of what they see. After they finished the drawing I always asked them to tell me what it is that they drew.
Body painting is an important part of the Yanomami’s culture. For the body paintings they use specific colors, so I tried to bring pencils in similar colors. A lot of red, black, kind of darkish blue, yellow. It was fascinating to see that they treated the two-dimensional paper also like a body. They would usually turn the paper over to continue to the other side. It was in a kind of m